Questões de Português - Denotação e Conotação para Concurso

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Q2471116 Português
Leia o Texto 2 para responder à questão.

Texto 2

          Como leitor e apoiador do jornal O Manguinho, sintome gratificado com o poder de reflexão desse informativo, especialmente os nº 24 e 25, que trazem a denúncia da evasão escolar em Manguinhos de forma plural e dentro da realidade dos trabalhadores.
          Quem está dentro da escola encontra condições (estruturais) ideais para evadir. Quem está fora da escola encontra as mesmas condições (estruturais) para não se matricular. Portanto, a evasão escolar e a redução do número de matrículas na EJA são dois pregos nos olhos da classe trabalhadora.
           Observamos, nesse sentido, uma tendência em culpar os indivíduos, pelo desinteresse para com a escola, bem como os profissionais da educação, pelo fracasso escolar e pela busca ativa ineficaz. A grande mídia enaltece “casos de sucesso”, ao focar nos casos (raros) de pessoas que, apesar das adversidades, conseguem chegar à universidade.
            Muita gente acha que, para as pessoas superarem a pobreza e as dificuldades de manterem seus estudos, basta se esforçar. Não podemos reforçar essa ideia, pois é necessário que os direitos dos alunos possam ser garantidos. O direito, por exemplo, dos alunos participarem das decisões da escola e das decisões sobre a utilização dos recursos públicos no atendimento das necessidades do território onde vivem e estudam.

BRANDÃO, Roberto. De que lado você está? Informativo Semanal do Intersetorial Manguinhos. Disponível em: <https://informe.ensp.fiocruz.br/assets/anexos/55511a2cf4d33d95bdbad1a06e
e08783.PDF>. Acesso em: 28 fev. 2024. [Adaptado].
No segundo parágrafo, a expressão “pregos nos olhos” está sendo usada com sentido
Alternativas
Q2466791 Português

        Por que cada vez mais sul-coreanas optam por não ter filhos


        Por que cada vez mais sul-coreanas optam por não ter filhos Dados mostram queda na natalidade no país, chegando ao seu mínimo histórico. Mulheres culpam pressão social por serem as únicas responsáveis pelos cuidados com os filhos e os desafios de conciliar família e carreira. Quando ela era mais jovem, Hyobin Lee tinha o desejo de ser mãe. Mas, chegou a um ponto em que teve que tomar uma difícil decisão – e acabou optando por sua carreira em vez de uma família. Agora, é uma acadêmica de sucesso na cidade sul-coreana de Daejeon.
        Lee, de 44 anos, é apenas uma entre milhões de mulheres sul-coreanas que decidiram conscientemente não ter filhos – levando a taxa de natalidade do país para um novo mínimo histórico.
        A taxa de natalidade – o número médio de nascimentos por mulher – diminuiu para 0,72 no ano passado, de acordo com estatísticas preliminares divulgadas pelo governo da Coreia do Sul nesta semana. O número é abaixo dos 0,78 do ano anterior e dá seguimento a um declínio anual gradual desde 2015.
        O índice está bem abaixo das 2,1 crianças necessárias para manter a população do país. Com apenas 230 mil nascimentos no ano passado, os números sugerem que a população pode cair para cerca de 26 milhões até 2100 na Coreia do Sul – metade da atual.
        “Quando era jovem, sonhava em ter um filho que se parecesse comigo”, conta Lee à DW. “Eu queria brincar com ele, que lêssemos juntos e gostaria de lhe mostrar muito do mundo. Mas percebi que a realidade não é tão simples.”
        “Escolhi não ter filhos por causa da minha carreira”, diz. “Ter e criar um filho causaria problemas para minha carreira e temo que ficaria ressentida com a criança por esse motivo. E, como consequência, tanto a criança quanto eu ficaríamos infelizes”, analisa.
        Uma carreira de sucesso na sociedade coreana dominada por homens é uma das razões pelas quais muitas mulheres optam por não ter filhos. Mas há muitas outras, salienta Lee.
        “As questões econômicas desempenham um papel significativo e, apesar de várias políticas de nascimento concebidas para apoiar as mulheres, elas não funcionam como o planejado”, destaca.
        A licença parental, por exemplo, por lei, está disponível tanto para homens quanto para mulheres. No entanto, é esmagadoramente utilizada apenas pelas mulheres.
        Somente 1,3% dos homens sul-coreanos utilizam o direito à licença parental, em comparação com uma média de 43,4% nos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
        As empresas coreanas são relutantes em contratar mulheres jovens, pois temem investir na formação de um novo membro para a equipe que poderia deixar o cargo depois de engravidar e, quem sabe, se concentrar em tempo integral à maternidade em vez de regressar ao mercado de trabalho.
        “Na Coreia, ainda existe uma cultura predominante de que ter filhos e todos os aspectos do cuidado deles são responsabilidade exclusiva das mulheres”, acrescenta Lee. “O desafio de gerir simultaneamente o nascimento e o cuidado dos filhos é tão assustador que muitas mulheres optam por não ter filhos. Isto também vale para mim”.
        Jungmin Kwon, professora associada da Universidade Estadual de Portland, no Oregon (EUA), especialista em cultura popular do Leste Asiático, concorda que as pressões da sociedade sul-coreana podem ser sufocantes.
        “De acordo com muitos estudos, fatores significativos incluem o custo e o esforço envolvido no cuidado infantil”, diz.
        “A Coreia é famosa pelo seu extenso mercado de educação privada e é difícil ir contra uma atmosfera na qual se assume como certo que os pais gastarão muito dinheiro em vários programas de educação privada desde muito cedo, a fim de que seus filhos possam competir com outras crianças”.
        “Mais importante ainda, na atual cultura patriarcal, onde se espera que as mulheres suportem a maior parte da energia mental e física necessária para criar os filhos, o nascimento e o cuidado dos filhos são escolhas desafiadoras para as mulheres”, destaca Kwon, salientando que as estatísticas mostram que as mulheres ainda fazem cinco vezes mais tarefas domésticas e de cuidado com os filhos do que os homens.
        “Numa situação em que o respeito e a consideração pelas mulheres que trabalham em toda a sociedade ainda não se enraizaram, gerir bem a casa e a carreira é uma tarefa desafiadora e estressante para as mulheres.”
        E a consequência disso, salienta ela, é que, à medida que os níveis de educação de gênero se tornam mais igualitários e as mulheres têm mais recursos econômicos e escolhas na profissão do que no passado, elas estão descobrindo muitas formas de viver sem depender dos homens.
        “Muitas mulheres não querem restringir suas vidas e escolhem não só não ter filhos, como também não se casar”, explica Kwon.
        Os esforços agressivos dos recentes governos sul-coreanos para aumentar a taxa de natalidade – incluindo benefícios adicionais para famílias com vários filhos e apoio a famílias monoparentais – claramente não conseguiram virar a maré, salienta Lee, e ainda tiveram a consequência imprevista de alimentar o ressentimento entre os homens.
        “Eles sentem-se preteridos por terem de cumprir o serviço militar obrigatório e argumentam que não existe uma regra equivalente para as mulheres, que ainda se beneficiam de inúmeras políticas de apoio”, comenta.
        Foi esse filão que garantiu, em parte, a vitória de Yoon Suk Yeol nas eleições presidenciais de maio de 2022, depois de ele prometer abolir o Ministério da Igualdade de Gênero e Família.
        Tanto Lee como Kwon são pessimistas quanto à possibilidade de superar a crise populacional da Coreia do Sul. Para Lee, as mulheres jovens parecem não ter interesse em responder às necessidades do país.
        “Há uma crença generalizada de que as questões das taxas de natalidade e da pressão social não são da conta delas”, diz. “O individualismo predominante da geração mais jovem significa que é pouco provável que as pressões sociais ajudem a melhorar as taxas de natalidade”, destaca.
        “As mulheres jovens de hoje têm perspectivas diferentes sobre família, casamento, nascimento, comunidade e Estado- -nação do que as das gerações anteriores”, explica. “Elas estão menos aprisionadas pelas ‘obrigações de ser mulher’ impostas pelos Estados, sociedades e famílias patriarcais.”
        “Atualmente não é viável que as estruturas patriarcais mudem da noite para o dia e, consequentemente, também é pessimista pensar que as mulheres terão filhos para aumentar a taxa de natalidade na Coreia”, conclui a professora.

(Deutsche Welle. Disponível: https://istoedinheiro.com.br/autor/deutsche-welle. Acesso em: 01/03/2024.)
Considerando-se o tipo textual apresentado, é possível identificar como uma de suas características o predomínio da linguagem:
Alternativas
Q2465117 Português
TEXTO 2


           Localizada no município de Jijoca de Jericoacoara, a Lagoa do Paraíso, que é considerada uma das melhores praias do Brasil - é uma das principais atrações da região. É uma lagoa de águas cristalinas, com tons de azul e verde. […]

           Os estabelecimentos que ficam na lagoa colocam redes na água para os visitantes aproveitarem – assim você curte a lagoa e descansa ao mesmo tempo, uma delícia! Para quem quer curtir a lagoa de verdade, recomendo passar todo o dia todo no local, que dependendo do seu gosto, pode ser tão bom quanto passar o dia na praia (ou ainda melhor).

          Geralmente as pessoas visitam a lagoa durante o passeio pelo litoral leste, mas o tempo acaba sendo restrito. No centrinho da vila você encontra transportes que levam pessoas para passar o dia na lagoa e depois retornam para buscá-las. [...] Para saber antes de ir:

           – Leve roupas leves na mala, faz calor o ano todo em Jeri. Roupa de frio, apenas leve, para se proteger do vento.

            – Use e abuse do filtro solar e redobre o cuidado ao visitar a região. Como venta muito em Jericoacoara e adjacências, muitas vezes as pessoas não sentem o sol queimando. Camisas com proteção solar também são uma boa ideia, principalmente para fazer os passeios de buggy ou exercícios ao ar livre. […]



Disponível em: www.melhoresdestinos.com.br/o-que-fazer-em-jericoacoara.html

Leia o trecho abaixo e responda à questão:


Eu que tanto me perdi Em sãs desilusões ideais de mim Não me esqueci de quem eu sou E o quanto devo a você

Tenta me reconhecer no temporal Me espera Tenta não se acostumar eu volto já Me espera

Mesmo quando eu descuido (me desloco) Me desmando (perco o foco) Perco o chão (e perco o ar) Me reconheço em teu olhar (que é o fio pra me guiar) De volta, de volta

(“Me espera” – composição de Lucas Lima / Sandy / Tiago Iorc)


Assinale a alternativa que esteja em sentido denotativo na letra da música acima:
Alternativas
Q2457461 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



Haverá em breve uma vacina contra o câncer?


Empresas de biotecnologia querem lançar em alguns anos imunizantes contra a doença, algo que se tornou possível com a tecnologia de mRNA. Com isso, o câncer pode deixar de ser uma "sentença de morte". Em poucos anos, a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) revolucionou a medicina. Durante a pandemia de covid-19, imunizantes de alta eficácia contra o vírus Sars-Cov-2 foram desenvolvidos em apenas alguns meses graças a essa tecnologia.


Mesmo que o vírus se desenvolva com mutações mais agressivas, vacinas sob medida podem ser novamente desenvolvidas em pouco tempo graças à tecnologia de mRNA. Mas esse avanço, recentemente agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina, pode ainda alcançar muito mais.


A tecnologia de mRNA também deu novo impulso à pesquisa sobre o câncer. O CEO da empresa de biotecnologia CureVac, Alexander Zehnder, quer introduzir no mercado vacinas com base nessa tecnologia em um prazo máximo de cinco anos.


O desenvolvimento de vacinas contra certos tipos de câncer seria um sonho realizado para a humanidade. "Pesquisas sobre vacinas contra o câncer vêm sendo realizadas há 20 anos. Os progressos atuais, porém, são enormes", afirma Zehnder. "Ganhamos muita experiência durante a pandemia e a inteligência artificial está tão avançada que consegue resolver muitos problemas na programação do mRNA", explicou o chefe da CureVac em entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag.


As vacinas contra o câncer estimulam o sistema imunológico de maneira que as defesas próprias do corpo podem combater especificamente as células tumorais. "O fator mortal no câncer é o fato de ele se manter em crescimento. A vacina visa conter esse crescimento, mesmo que o câncer já esteja metastático. O câncer, dessa forma, se torna uma doença crônica com a qual se pode conviver durante décadas. Não é mais uma sentença de morte", disse Zehnder.


Corrida pela vacina


Além da CureVac, outras empresas também investem intensamente em pesquisas contra o câncer. No início de outubro, a empresa BioNTech publicou resultados preliminares promissores de um estudo clínico em andamento. A eficácia de sua vacina de mRNA contra o câncer, CARVac, já está sendo testada em cobaias.


O CEO da BioNTech, Ugur Sahin, disse em entrevista à revista alemã Der Spiegel que, segundo sua estimativa, haverá vacinas contra o câncer disponíveis nos próximos anos. "Acreditamos que será possível produzi-las em larga escala antes de 2030", afirmou.


No longo prazo, as vacinas tendem a substituir o tratamento convencional contra o câncer. Isso também seria um fator bastante positivo, uma vez que as terapias com quimioterapia ou radiação são extremamente agressivas para os pacientes.


"A quimioterapia ou a radiação nunca combatem somente o tumor, mas também os tecidos saudáveis. É por isso que há tantos efeitos colaterais", explicou Zehnder. "A vantagem de usar o mRNA é que o sistema imunológico próprio é estimulado e combate especificamente o câncer, e nada mais".


Como funciona a vacina?


As células T, ou linfócitos T, ajudam o corpo a combater infecções ao destruir as células adoecidas ou estimular outras células imunológicas a agirem, mas têm dificuldades em reconhecer as células cancerígenas, o que as células CAR-T conseguem fazer.


O tratamento com as células CAR-T foi aprovado na Europa em 2018 e vem sendo utilizado principalmente no tratamento da leucemia, o chamado câncer sanguíneo.


No entanto, essa forma bastante eficaz de imunoterapia tem custos impraticáveis para muitos. Segundo o Centro Alemão de Pesquisas sobre o Câncer da Alemanha, os fabricantes cobram até 320 mil euros pela produção dessas células imunológicas para apenas um paciente.


Nesse tipo de imunoterapia, as células T são filtradas dos leucócitos - os glóbulos brancos - do sangue do paciente. Elas então são geneticamente modificadas para formarem receptores quiméricos de antígeno (CARs) na superfície. Isso resulta em um receptor cujos componentes diferentes não se encaixam.


Vacinas deixam as células tumorais visíveis


Se as células CAR-T produzidas dessa forma forem injetadas de volta no paciente, elas se alojam especificamente nas células cancerígenas. O sistema imunológico é ativado e ataca as células tumorais. As futuras vacinas podem dar apoio a esse processo se, por exemplo, as células CAR-T não conseguirem encontrar ou estiverem muito enfraquecidas para lutar contra as tumorais.


Para deixar as células tumorais mais visíveis, a proteína Claudin-6 é introduzida na célula cancerígena com ajuda da tecnologia mRNA. Isso cria um antígeno que se aloja na superfície da célula tumoral, tornando-a mais fácil de ser reconhecida e combatida pelas CAR-T.


Até agora, as células T modificadas combatiam somente o câncer sanguíneo. Mas os avanços rápidos na tecnologia de mRNA aumentam as esperanças de que possa haver no futuro terapias eficazes e menos agressivas, não apenas para a leucemia, mas também para outros tipos de câncer.



Retirado e adaptado de: TERRA. Haverá em breve uma vacina contra o câncer? Portal Terra. Disponível em: https://www.terra. com.br/noticias/havera-em-breve-uma-vacina-contra-o-cancer, 60f8d40daa34735e8fe2882052bb273fti7x3zb1.html Acesso em: 09 nov., 2023.

Analise o sentido das palavras em destaque nos seguintes trechos, retirados de "Haverá em breve uma vacina contra o câncer?":

I.Em poucos anos, a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) revolucionou a medicina.
II.A quimioterapia ou a radiação nunca combatem somente o tumor, mas também os tecidos saudáveis.
III.Isso cria um antígeno que se aloja na superfície da célula tumoral, tornando-a mais fácil de ser reconhecida e combatida pelas CAR-T.
IV.Mas os avanços rápidos na tecnologia de mRNA aumentam as esperanças de que possa haver no futuro terapias eficazes e menos agressivas.

Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente o sentido com o qual as palavras foram empregadas nos excertos:
Alternativas
Q2457424 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Na rota do hidrogênio sustentável

O Brasil está entre os países mais bem posicionados para a produção em larga escala de hidrogênio de baixa emissão de carbono, combustível com alto poder calorífico apontado como importante vetor para a transição energética. O país tem potencial técnico para gerar 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano, sendo por volta de 90% desse volume com uso de energias renováveis. Os dados integram o Plano Decenal de Expansão de Energia 2031, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).

O estudo identifica diversas fontes e rotas tecnológicas para a produção de hidrogênio de baixo carbono, considerado por muitos especialistas o combustível do futuro, por sua capacidade de auxiliar na descarbonização do planeta. É esperado que ele venha a substituir o uso de combustíveis fósseis em setores da economia como o de transportes e de indústrias intensivas em energia (siderúrgicas, metalúrgicas e cimenteiras). Os combustíveis fósseis são responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa (GEE), associados ao aquecimento global e às mudanças climáticas.

Hidrogênio de baixa emissão de carbono é a nova terminologia empregada pela Agência Internacional de Energia (IEA) para designar o hidrogênio (H2) produzido por diferentes rotas com emissão nula ou reduzida de dióxido de carbono (CO2). Integram esse grupo o hidrogênio produzido a partir da reforma do etanol e de outros biocombustíveis ou biomassas (resíduos agrícolas ou florestais); o hidrogênio gerado a partir da eletrólise da água com uso de fontes renováveis (eólica, solar, hidráulica) ou de energia nuclear; o hidrogênio resultante do processo de reforma térmica do gás natural com captura, sequestro e uso de carbono (CCUS); o hidrogênio natural, que pode ser extraído do solo, entre outros.

De acordo com o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), do governo federal, os projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono já anunciados somam cerca de US$ 30 bilhões. Analistas e pesquisadores do setor energético consultados por Pesquisa FAPESP mostram-se otimistas quanto ao protagonismo do país nesse novo mercado. "O Brasil reúne as condições necessárias para ser um dos líderes globais do setor", avalia o especialista em energias renováveis Ricardo Ruther, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador de uma recém-inaugurada usina experimental de produção de hidrogênio verde (H2V) − o produzido por meio da eletrólise da água − da instituição.

"Temos abundância de fontes renováveis de energia eólica e solar, essenciais para a produção de hidrogênio sustentável; um mercado organizado, competitivo e dinâmico de geração de energia elétrica por fontes renováveis; um parque industrial que pode absorver a produção em larga escala de hidrogênio; e relativa proximidade com o mercado europeu, para onde o combustível será exportado", afirma.

A atenção que se dá ao hidrogênio combustível se explica pelo fato de seu poder calorífico ser cerca de três vezes superior ao do gás natural, da gasolina ou do diesel. Embora abundante no Universo, o hidrogênio raramente é achado de forma isolada, mas está presente no etanol (C2H6O), no metano (CH4) e em outros combustíveis fósseis, além da água (H2O). Para isolar a molécula de hidrogênio e utilizá-la como energia para mover veículos automotores ou em procedimentos industriais, esses compostos precisam ser submetidos a processos químicos.


Retirado e adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Na rota do hidrogênio sustentável. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/na-rota-do-hidrogeniosustentavel/ Acesso em: 08 nov., 2023.
Analise o seguinte trecho, retirado de "Na rota do hidrogênio sustentável":

O estudo identifica diversas fontes e rotas tecnológicas para a produção de hidrogênio de baixo carbono, considerado por muitos especialistas o combustível do futuro, por sua capacidade de auxiliar na descarbonização do planeta.

Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente o sentido em que foram empregadas as palavras em destaque no trecho:
Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: C
4: E
5: B