Questões de Português - Funções morfossintáticas da palavra QUE para Concurso
Foram encontradas 1.281 questões
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Redator |
Q2472514
Português
Texto associado
Ética e a vocação para a excelência
Realização, felicidade. Quem não quer? Mas como chegar lá sem saber exatamente no que consistem a realização e a felicidade?
Diversos sistemas filosóficos se ocuparam deste tema e ofereceram as mais diversas respostas, muitas vezes opostas entre si. Para uns,
a felicidade estaria na fruição ilimitada dos prazeres; para outros, na negação completa destes mesmos prazeres. Para uns, a felicidade
de uma pessoa é indissociável da felicidade dos demais; para outros, a felicidade individual pode justificar até mesmo que se passe o
outro para trás. Em comum entre todas essas noções está a constatação de que a felicidade e a realização passam pelo modo como
nos comportamos.
Atualmente, fala-se em ética quase tanto quanto em felicidade ou realização. E a ética é frequentemente associada a um conjunto
de normas, uma lista de “certos” e “errados” que balizam nosso comportamento no relacionamento conosco mesmos, com nossa família,
nossos círculos de amigos e de trabalho, e no espaço público. Ser uma pessoa “ética” significaria se comportar de acordo com essas normas.
Não é exatamente uma maneira errada de enxergar a questão, mas é uma maneira insuficiente.
Uma ética entendida assim, em termos normativos, tende a se tornar uma ética negativa, uma ética de limites, em que a grande
preocupação é traçar (e testar) a linha do “não pode”, o limite que separa o certo do errado, com a convicção implícita de que simplesmente estar do lado “bom” desse limite será suficiente. Para fazer uma analogia com a vida escolar, é claro que ser aprovado com a média
mínima exigida pode ser aceitável quando a disciplina é especialmente difícil. Mas deveríamos transformar o “passar raspando” em um
ideal, na chave da realização de um estudante? Deveríamos nos contentar em “passar raspando” pela vida?
E a consequência de pensar na ética como a delimitação de linhas separando o certo e o errado é acabar olhando as situações no
esquema “preto ou branco”: matar uma pessoa num acidente de trânsito se torna tão grave quanto ordenar um genocídio; uma “mentirinha social”, como aquele elogio nada sincero, é tão condenável quanto uma traição. A vida não é assim: dentro das ações condenáveis,
há aquelas mais ou menos graves, e o mesmo vale para os atos louváveis.
Uma ética normativa tende também a ser vista como um saber de especialistas, de experts, que sabem lidar com um complexo de
normas, interpretá-las e aplicá-las às situações concretas. Ora, a experiência universal nos mostra que pessoas muito simples, sem qualquer
formação especial, são com frequência muito mais retas que outras que usam sua formação para distorcer e justificar o injustificável. Por
fim, para cada um de nós, uma moral entendida assim, em termos normativos, acaba dando à ética a condição de algo útil, necessário,
mas “que me limita”. Ou seja, como uma exigência externa, requerida pela vida em sociedade, mas não tão grata, nem tão iluminadora
da minha existência.
Mas haveria alguma alternativa a essa visão, limitada e pouco atraente, que é a mais difundida e que chamamos de normativa?
Sim, mas é preciso um bom recuo no tempo. É entre os antigos gregos que se encontra uma intuição acerca da moral que nos
parece fascinante. Vários de seus mais ilustres pensadores viam essa questão – e influenciaram amplamente seus contemporâneos – de
um modo bastante diverso do que apresentamos acima. Quando, entre eles – e entre os antigos em geral –, se refletia acerca do que
depois se passou a chamar de ética, não se pensava em um conjunto de regras, em um emaranhado de normas que importasse conhecer.
Em que se pensava? Em excelência, na busca do melhor e mais perfeito. Pensava-se na ciência da indagação sobre o que o homem
está chamado a ser, sobre o que é a realização integral e plena do homem. A ética não era questão de cumprir normas, de se perguntar
“posso ou não posso?”. Entendia-se a ética como a resposta à pergunta “o que devo ser?”. E a resposta, simples, mas profunda, era: o
indivíduo é chamado a ser o melhor que ele puder ser; a não se contentar com menos do que com a excelência.
De que excelência se tratava? A que, especificamente, a palavra arete (excelência moral) se referia? A todas as que podem ser
alcançadas pelo homem? No estudo, no trabalho, em um hobby, enfim, em qualquer atividade humana? Não precisamente. Há muitas
“excelências”: no esporte, na arte, nos estudos, na ciência. Mas o desempenho excepcional em certos campos não está ao alcance de
todos: poucos serão, um dia, campeões olímpicos ou prêmios Nobel. Mais do que isso, ainda: o fato de se alcançar tal nível de performance nesses campos parciais, setorizados, não torna uma pessoa necessariamente melhor como pessoa. Todos temos experiência e
notícia de como muitos gênios são canalhas.
A ética, portanto, não trata dessas “excelências”, mas de um tipo muito específico de excelência que, sim, está à mão de todo homem
ou mulher, e que, sim, os torna melhores como pessoas. Quem no-la descreve é um autor estoico do século 3º, o imperador romano
Marco Aurélio: “muitas coisas dependem por inteiro de ti: a sinceridade, a dignidade, a resistência à dor, (...) a aceitação do destino, (...) a
benevolência, a liberalidade, a simplicidade, a seriedade, a magnanimidade. Observa quantas coisas podes já conseguir sem que caiba
alegar pretextos de incapacidade natural ou inaptidão, e por desgraça permaneces voluntariamente por baixo das tuas possibilidades. Por
acaso te vês obrigado a murmurar, a ser avaro, a adular, a culpar o teu corpo, a dar-lhe satisfações, a ser frívolo e a submeter a tua alma a
tanta agitação, porque estás defeituosamente constituído? Não, pelos deuses! Faz tempo que podias haver-te afastado desses defeitos”.
Marco Aurélio está se referindo às virtudes, e a famosa obra de Aristóteles Ética a Nicômaco é exatamente isso: um tratado sobre as
diferentes virtudes, qualidades que se adquirem, que se forjam e que, em todas as épocas, foram admiradas (ainda que por vezes se desse
mais atenção a umas que a outras). A elas se refere à ética e, para toda a experiência do ocidente e boa parte do oriente, as virtudes foram vistas como o fim da educação do homem.
E isso nos traz de volta ao tema da realização e da felicidade, que, para Aristóteles, consiste em ser aquilo para o qual se foi chamado
– o famoso “torna-te aquilo que és” do poeta Píndaro. Isto é, justamente a excelência na virtude. O homem cabal é, sobretudo, o homem
virtuoso, mesmo quando seus dotes intelectuais ou sua formação cultural não sejam os melhores ou mais completos. E, se as virtudes são
inúmeras, ainda mais variados são os caminhos para a excelência – tantos quantos há seres humanos, poderíamos dizer. Cada pessoa,
com seus talentos e circunstâncias, tem sua maneira particular de atingir este ideal. O que une todos esses caminhos é a certeza de que
na vivência das virtudes em alto nível (a eupraxia, ou o agir bem) está o caminho para a felicidade. Recuperar essa ética da excelência é um
passo importantíssimo se queremos construir uma sociedade preocupada com o bem comum.
(Disponível em: gazetadopovo.com.br. Acesso em: 10/02/2024.)
No fragmento “[...] uma lista de “certos” e “errados” que balizam nosso comportamento no relacionamento conosco mesmos.” (2º§),
o pronome que exerce a mesma função em:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Redator |
Q2472512
Português
Texto associado
A vingança de uma Teixeira
A troca da bola de meia para a bola de borracha foi uma importante evolução técnica do association em nossa rua. Nossa
primeira bola de borracha era branca e pequena; um dia, entretanto, apareceu um menino com uma bola maior, de várias cores,
belíssima, uma grande bola que seus pais haviam trazido do Rio de Janeiro. Um deslumbramento; dava até pena de chutar.
Admiramo-la em silêncio; ela passou de mão em mão; jamais nenhum de nós tinha visto coisa tão linda.
Era natural que as Teixeiras não gostassem quando essa bola partiu uma vidraça. Nós todos sentimos que acontecera algo de
terrível. Alguns meninos correram; outros ficaram a certa distância da janela, olhando, trêmulos, mas apesar de tudo dispostos a enfrentar a catástrofe. Apareceu logo uma das Teixeiras, e gritou várias descomposturas. Ficamos todos imóveis, calados, ouvindo, sucumbidos. Ela apanhou a bola e sumiu para dentro de casa. Voltou logo depois e, em nossa frente, executou o castigo terrível: com um grande
canivete preto furou a bola, depois cortou-a em duas metades e jogou-a à rua. Nunca nenhum de nós teria podido imaginar um ato de
maldade tão revoltante. Choramos de raiva; apareceram mais duas Teixeiras que davam gritos e ameaçavam descer para nos puxar as
orelhas. Fugimos.
A reunião foi junto do cajueiro do morro. Nossa primeira ideia de vingança foi quebrar outras vidraças a pedradas.
Alguém
teve um plano mais engenhoso: dali mesmo, do alto do morro, podíamos quebrar as vidraças com atiradeiras, e assim ninguém
nos veria. – Mas elas vão logo dizer que fomos nós!
Alguém informou que as Teixeiras iam todas no dia seguinte para uma festa na fazenda, um casamento ou coisa que o
valha. O plano de assalto à casa foi traçado por mim. A casa das Teixeiras dava os fundos para o rio e uma vez, em que passeava de
canoa, pescando aqui e ali, eu entrara em seu quintal para roubar carambolas. Havia um cachorro, mas era nosso conhecido, fácil de
enganar.
Falou-se muito tempo dos ladrões que tinham arrombado a porta da cozinha da casa das Teixeiras. Um cabo de polícia
esteve lá, mas não chegou a nenhuma conclusão. Os ladrões tinham roubado um anel sem muito valor, mas de grande
estimação, com monograma, e tinham feito uma desordem tremenda na casa; havia vestidos espalhados pelo chão, um tinteiro
e uma caixa de pó-de-arroz entornados em um quarto, sobre uma cama. Falou-se que tinha desaparecido dinheiro, mas era
mentira; lembro-me vagamente de uma faca de cozinha, um martelo, uma lata de goiabada; isso foi todo o nosso botim.
O anel foi enterrado em algum lugar no alto do morro; mas alguns dias depois caiu um temporal e houve forte enxurrada;
jamais conseguimos encontrar o nosso tesouro secretíssimo, e rasgamos o mapa que havíamos desenhado.
Durante algum tempo as famílias da rua fecharam com mais cuidado as portas e janelas, alguns pais de família saltaram
assustados da cama a qualquer ruído, com medo dos ladrões; mas eles não apareceram mais.
Nosso terrível segredo nos deu um grande sentimento de importância, mas nunca mais jogamos futebol diante da casa
das Teixeiras. Deixamos de cumprimentar a que abrira a bola com o canivete; mesmo anos depois, já grandes, não lhe dávamos
sequer bom dia. Não sei se foi feliz na existência, e espero que não; se foi, é porque praga de menino não tem força nenhuma.
(BRAGA, Rubem. A traição das elegantes. Editora Moderna. 9ª edição.)
Releia o trecho: “[...] uma grande bola que seus pais haviam trazido do Rio de Janeiro.” (1º§). A expressão “que” desempenha
uma função morfossintática DIFERENTE em:
Ano: 2024
Banca:
CS-UFG
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Prova:
CS-UFG - 2024 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Professor Educação Especial - AEE Zona Urbana |
Q2470969
Português
Texto associado
Leia o Texto 2 para responder à questão.
Texto 2
Quem vê as imponentes árvores na Floresta da Tijuca
não imagina que há mais de 150 anos, a área era dominada
por monoculturas, que capinavam abaixo todas as árvores
para abrir espaço para plantações de cana e café,
principalmente. Os inúmeros rios e fontes d’água eram
providenciais para irrigar plantações de produtos introduzidos
no Brasil no século XVIII. Engenhos, sítios e fazendas
preenchiam as encostas arborizadas dos morros da região.
O verde, hoje tão comum no Parque Nacional da
Tijuca, é fruto de uma iniciativa pioneira de reflorestamento,
por Dom Pedro II, em 1861. Devido à falta d’água associada à
derrubada das árvores, o monarca baixou um decreto para
tentar contornar a situação. Estava ordenado o plantio de
novas mudas a partir das margens das nascentes dos rios e a
preservação das já existentes na Floresta da Tijuca. A
preocupação com o abastecimento de água da cidade, que
crescia e consumia cada vez mais, foi o que motivou uma
consciência de necessidade de conservação da floresta.
A partir desse trabalho de preservação iniciado pelo
homem, o bastão foi passado para a própria natureza, que
assumiu a missão de se regenerar e consolidar a recuperação
da floresta que quase perdeu esse status. Na atualidade, em
uma mistura de áreas replantadas e de outras recuperadas
naturalmente, cada árvore tem uma história para contar. Ou
melhor, o homem é que pode contar com esse espaço
preservado de beleza sacra, onde a natureza ensinou, talvez
pela primeira vez aos cariocas, a importância da sua
conservação.
MENEGASSI, Duda. O reflorestamento de um patrimônio. O Eco, 17 dez.
2012. Disponível em: https://oeco.org.br/reportagens/26758-oreflorestamento-de-um-patrimonio/. Acesso em: 2 mar. 2024. [Adaptado].
No trecho “A preocupação com o abastecimento de água
da cidade, que crescia e consumia cada vez mais”, o termo
“que” substitui de forma anafórica o seguinte referente:
Ano: 2024
Banca:
FDC
Órgão:
Prefeitura de São José do Vale do Rio Preto - RJ
Prova:
FDC - 2024 - Prefeitura de São José do Vale do Rio Preto - RJ - Oficial Legislativo |
Q2469768
Português
Texto associado
A tirinha a seguir, de autoria do Ziraldo, com seu emblemático personagem Menino Maluquinho,
deve ser tomada como base para a questão. Fica aqui a nossa singela homenagem a esse
que foi uma das mais respeitáveis personalidades brasileiras.
(Ziraldo)
Na primeira fala do quadrinho, o QUE
desempenha função sintática de:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Referência
Órgão:
SEROPREVI - RJ
Prova:
Instituto Referência - 2023 - SEROPREVI - RJ - Motorista |
Q2462524
Português
Texto associado
O fim do mundo - Cecília Meireles
A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.
Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.
Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?
Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.
Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.
O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos - além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.
Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos - segundo leio - que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração.
Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.
Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...
Disponível em: https://www.culturagenial.com. Acesso em: 28 ago.
2023.
A palavra QUE pode exercer diversos papéis em uma frase
como, por exemplo, o de pronome relativo, pronome
interrogativo e conjunção. No segmento retirado do 1º
parágrafo do texto “Lembro-me, porém, vagamente, de umas
mulheres nervosas que choravam”, essa palavra é classificada
como pronome relativo, porque se refere a um termo anterior
– o antecedente (mulheres). A seguir são apresentados outros
segmentos do texto nos quais aparece a mesma palavra.
Indique o único no qual o QUE deve ser classificado, no
contexto em que se encontra, como pronome relativo.