Questões de Português - Morfologia - Verbos para Concurso
Foram encontradas 10.744 questões
Ano: 2024
Banca:
FAU
Órgão:
Prefeitura de Enéas Marques - PR
Prova:
FAU - 2024 - Prefeitura de Enéas Marques - PR - Mecânico |
Q2471462
Português
Texto associado
Texto 1 - SOBRE AMAR E OUVIR
Rubem Alves
Amamos não a pessoa que fala bonito,
mas a pessoa que escuta bonito... A arte de amar
e a arte de ouvir estão intimamente ligadas. Não
é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir.
Os falantes que julgam que por sua fala bonita
serão amados são uns tolos. Estão condenados à
solidão.
Quem só fala e não sabe ouvir é um
chato... O ato de falar é um ato masculino. Fala é
falus: algo que sai, se alonga e procura um
orifício onde entrar, o ouvido... Já o ato de ouvir é
feminino: o ouvido é um vazio que se permite ser
penetrado.
Não me entenda mal. Não disse que fala é
coisa de homem e ouvir é coisa de mulher. Todos
nós somos masculinos e femininos ao mesmo
tempo. Xerazade, quando contava as estórias
das 1001 noites para o sultão, estava
carinhosamente penetrando os vazios femininos
do machão. E foi dessa escuta feminina do sultão
que surgiu o amor. Não há amor que resista ao
falatório.
Disponível em
https://www.pensador.com/cronicas_curtas/
acesso em 17 de mar. De 2024.
Marque a alternativa em que o verbo
sublinhado está no pretérito imperfeito do
modo indicativo:
Ano: 2024
Banca:
SELECON
Órgão:
COREN-RR
Prova:
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Advogado |
Q2470819
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir:
Um guia multitarefa para recuperar o foco
Na verdade, não podemos fazer mais de uma coisa ao
mesmo tempo, dizem os especialistas; mas há algumas táticas
capazes de ajudar nessa missão
Não tem jeito: hoje em dia vivemos em modo multitarefa.
Quantas vezes você manda mensagem enquanto está no trânsito,
perde o fio da meada de um podcast porque está fazendo tarefas
domésticas ou fica mudando de tela entre o site de notícias e a
sua caixa de entrada?
“Ficamos presos nesta armadilha da multitarefa mesmo sem
perceber”, diz Nicole Byers, neuropsicóloga em Calgary, Canadá,
especializada no tratamento de pessoas com burnout.
Esse nosso hábito coletivo tem algumas razões, acrescenta
ela. A maioria das pessoas evita o tédio sempre que possível,
explica Byers, e a multitarefa é uma maneira eficaz de fazê-lo.
E também há muita pressão externa. “Quantas vezes
vemos um anúncio de emprego que diz: ‘Precisa ser excelente
em multitarefa’?”, ela pergunta. “Nosso mundo moderno – onde
passamos a maior parte do dia diante das telas – força nosso
cérebro a ficar no modo multitarefa”.
O fato é que não somos bons em multitarefa – e ela não é
boa para nós. Mas existem maneiras de a encararmos com mais
inteligência.
Seu cérebro no modo multitarefa
Em primeiro lugar, “multitarefa” geralmente não é o termo
mais correto. De acordo com especialistas, não é possível fazer
duas coisas ao mesmo tempo – a menos que consigamos fazer
uma delas sem pensar muito (como dar um passeio enquanto
conversamos com um amigo).
“Normalmente, quando as pessoas acham que estão no
modo multitarefa, na verdade estão alternando a atenção
entre duas tarefas diferentes”, diz Gloria Mark, professora de
informática na Universidade da Califórnia, Irvine, e autora de
Attention Span: A Groundbreaking Way to Restore Balance,
Happiness and Productivity [algo como “Capacidade de atenção:
uma maneira inovadora de recuperar o equilíbrio, a felicidade e a
produtividade”].
Vejamos o que acontece quando você se dedica a uma única
tarefa, como preparar o jantar. A partir do momento em que você
decide o que fazer, diferentes regiões de seu cérebro, chamadas
de rede de controle cognitivo, colaboram para que isso aconteça,
explica Anthony Wagner, professor de psicologia em Stanford e
vice-diretor do Instituto Wu Tsai de Neurociências da universidade.
Essa rede abrange áreas do cérebro envolvidas nas
funções executivas ou na capacidade de planejar e executar
comportamentos orientados a objetivos. Juntas, elas criam um
modelo mental da tarefa em questão e do que você precisa
para realizá-la. Seu cérebro consegue fazer isso, conta
Wagner, recorrendo a informações externas e internas, como os
ingredientes na geladeira ou a memória da receita.
Mark comparou esse processo a desenhar em um quadro
mental. Se sua amiga ligar para reclamar do dia dela, o quadro
vai se apagar. “Cada vez que você volta sua atenção para uma
nova tarefa, seu cérebro precisa se reorientar”, disse ela.
Se você conhece o prato como a palma da sua mão ou se
seu bate-papo é agradável e alegre, essa alternância pode ser
simples. Mas quanto mais esforço cada tarefa exige, mais seu cérebro terá de lidar com informações concorrentes e objetivos
diferentes.
Fonte: https://www.estadao.com.br/saude/um-guia-multitarefa-para-recuperaro-foco/. Acesso em 23/03/2024
Em “‘Nosso mundo moderno – onde passamos a maior
parte do dia diante das telas – força nosso cérebro a ficar no modo
multitarefa’” (4º parágrafo), no contexto de uso, o verbo destacado
está flexionado no:
Ano: 2024
Banca:
FAU
Órgão:
Prefeitura de Enéas Marques - PR
Prova:
FAU - 2024 - Prefeitura de Enéas Marques - PR - Agente de Obras e Construções |
Q2470557
Português
Texto associado
Texto 1 - SOBRE AMAR E OUVIR
Rubem Alves
Amamos não a pessoa que fala bonito,
mas a pessoa que escuta bonito... A arte de amar
e a arte de ouvir estão intimamente ligadas. Não
é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir.
Os falantes que julgam que por sua fala bonita
serão amados são uns tolos. Estão condenados à
solidão.
Quem só fala e não sabe ouvir é um
chato... O ato de falar é um ato masculino. Fala é
falus: algo que sai, se alonga e procura um
orifício onde entrar, o ouvido... Já o ato de ouvir é
feminino: o ouvido é um vazio que se permite ser
penetrado.
Não me entenda mal. Não disse que fala é
coisa de homem e ouvir é coisa de mulher. Todos
nós somos masculinos e femininos ao mesmo
tempo. Xerazade, quando contava as estórias
das 1001 noites para o sultão, estava
carinhosamente penetrando os vazios femininos
do machão. E foi dessa escuta feminina do sultão
que surgiu o amor. Não há amor que resista ao
falatório.
Disponível em
https://www.pensador.com/cronicas_curtas/
acesso em 17 de mar. De 2024.
Marque a alternativa em que o verbo
sublinhado está no pretérito imperfeito do
modo indicativo:
Ano: 2024
Banca:
FAU
Órgão:
Prefeitura de Enéas Marques - PR
Prova:
FAU - 2024 - Prefeitura de Enéas Marques - PR - Agente de Obras e Construções |
Q2470551
Português
Texto associado
Texto 1 - SOBRE AMAR E OUVIR
Rubem Alves
Amamos não a pessoa que fala bonito,
mas a pessoa que escuta bonito... A arte de amar
e a arte de ouvir estão intimamente ligadas. Não
é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir.
Os falantes que julgam que por sua fala bonita
serão amados são uns tolos. Estão condenados à
solidão.
Quem só fala e não sabe ouvir é um
chato... O ato de falar é um ato masculino. Fala é
falus: algo que sai, se alonga e procura um
orifício onde entrar, o ouvido... Já o ato de ouvir é
feminino: o ouvido é um vazio que se permite ser
penetrado.
Não me entenda mal. Não disse que fala é
coisa de homem e ouvir é coisa de mulher. Todos
nós somos masculinos e femininos ao mesmo
tempo. Xerazade, quando contava as estórias
das 1001 noites para o sultão, estava
carinhosamente penetrando os vazios femininos
do machão. E foi dessa escuta feminina do sultão
que surgiu o amor. Não há amor que resista ao
falatório.
Disponível em
https://www.pensador.com/cronicas_curtas/
acesso em 17 de mar. De 2024.
O verbo sublinhado é transitivo direto na
alternativa:
Ano: 2024
Banca:
FAU
Órgão:
Prefeitura de Enéas Marques - PR
Prova:
FAU - 2024 - Prefeitura de Enéas Marques - PR - Agente de Saúde Bucal |
Q2470492
Português
Texto associado
RUTH GUIMARÃES: CENTENÁRIO DE UMA
PIONEIRA
Joaquim Maria Botelho
“Mulher, negra, pobre e caipira – eis as
minhas credenciais”, disse Ruth Guimarães num
discurso na Bienal Nestlé de Literatura, em 1983.
Ruth tinha plena consciência de sua condição
humana e de sua vocação para a literatura
quando, jovenzinha de 26 anos, lançou Água
funda (1946), romance que causou frisson na
crítica literária da época e se tornou um marco da
literatura regionalista.
Ao lado de Antonio Candido – que
publicou crítica elogiosa no jornal Correio
Paulistano –, Érico Veríssimo foi um dos
primeiros a comentarem a obra muito
favoravelmente, num texto que a própria Editora
Livraria do Globo passou a usar nas propagandas
do livro de Ruth: “Há muito que não leio prosa
brasileira tão rica de contactos com a terra e com
a vida, tão fresca, tão natural e tão gostosa”. O
romancista gaúcho tinha sido gerente do
departamento editorial da Livraria do Globo e
várias vezes se encontrou com a escritora em
suas visitas à sucursal de São Paulo, dirigida por
Edgard Cavalheiro. Ficaram amigos, mas
seguiram caminhos diferentes e ficaram muito
tempo sem se ver.
Ruth passou a infância na fazenda
Campestre, que o pai administrava, local hoje
pertencente ao município de Pedralva, no sul de
Minas Gerais. Ali, conviveu com as famílias de
peões e colonos, e recolheu muitas histórias.
Com a avó, aprendeu as tradições dos índios e
dos negros. Já em São Paulo, decidiu recontar
essas histórias, segura de que tinha em mãos o
tesouro da tradição oral do povo que amava.
Jovem atrevida, reuniu os racontos de
assombração, duendes e pequenos demônios
como o saci, a mula sem cabeça e o lobisomem,
e foi procurar Mário de Andrade.
O mestre a recebeu, elogiou, corrigiu e
orientou-a nas técnicas de pesquisa folclórica,
entre 1942 e 1944. Mário de Andrade não viu o
livro pronto porque morreu em 1945 e a obra saiu
depois de Água funda, em 1950, com o título de
Os filhos do medo. Ampla pesquisa folclórica
sobre o diabo e todas as manifestações
demoníacas no imaginário do homem do Vale do
Paraíba, a publicação lhe valeu um verbete
na Enciclópédie Française de la Pléiade,
publicada pela editora Gallimard, fazendo de
Ruth Guimarães a única escritora latinoamericana a receber essa distinção.
O autor é jornalista, escritor e mestre em
literatura e crítica literária pela PUC-SP.
Adaptado do site:
https://revistacult.uol.com.br/home/cult-301-ruth-guimaraes/ , acesso em 22 de março de 2024.
As palavras sublinhadas no período “O
romancista gaúcho tinha sido gerente do
departamento editorial da Livraria do Globo e
várias vezes se encontrou com a escritora em
suas visitas à sucursal de São Paulo, dirigida
por Edgard Cavalheiro”, classificam-se,
respectivamente, quanto às classes de
palavras como: