Questões de Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas para Concurso

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Q2472253 Português
Pergaminhos de 2 mil anos são revelados com ajuda de IA: ‘É uma revolução na filosofia grega’

Trio de pesquisadores criou algoritmos que conseguiram ler um lote de cartas da Grécia Antiga carbonizado pela erupção do Vesúvio, em 79 d.C.

As Ciências Humanas têm uma nova aliada: a inteligência artificial (IA).

Um lote de pergaminhos em papiro de quase 2 mil anos de idade teve seu conteúdo enfim revelado pela primeira vez após pesquisadores utilizarem IA para decifrar o material, carbonizado e deteriorado com os séculos. Para a área, a descoberta pode destravar lacunas que a arqueologia e historiografia não conseguiram desvendar — uma revolução.

O anúncio foi realizado nesta segunda-feira, 5, como resultado do prêmio do Desafio do Vesúvio (Vesuvius Challenge), criado pelo cientista computacional Brent Seales, da Universidade do Kentucky, e por apoiadores no Vale do Silício, na Califórnia, EUA. Lançado no ano passado, o objetivo é chamar cientistas para desenvolverem algoritmos para escanear pergaminhos em papiro e transformá-los em imagens em alta resolução por meio de tomografia computadorizada.

Quem levou o prêmio foi o trio de jovens pesquisadores Youssef Nader (Alemanha), Luke Farritor (Estados Unidos) e Julian Schillinger (Suíça), recebendo US$ 700 mil, segundo o executivo americano Nat Friedman, um dos patrocinadores do desafio.

O trio criou um software que leu 2 mil cartas da Grécia Antiga. O lote era mantido em uma luxuosa villa romana em Heculano, mas foi queimado no ano de 79 depois de Cristo, quando o Vesúvio devastou a Pompeia e levou cinzas às cidades vizinhas. Escavações do século 18 recuperaram mais de mil pergaminhos do lote, cuja propriedade é atribuída ao sogro do imperador romano Júlio César — e, até então, o conteúdo dos pergaminhos estava oculto de pesquisadores, devido à carbonização do material.

O trio se uniu de forma pouco comum. Em outubro passado, Farritor criou um software que conseguiu identificar a palavra grega “roxo”, o que lhe resultou um prêmio de US$ 40 mil em desafio semelhante. Em novembro, ele se juntou a Nader e, dias depois, a Schillinger, que desenvolveu um algoritmo que revela imagens de tomografia computadorizada (TC). A inscrição do trio foi feita no prazo máximo para inscrever o projeto, em 31 de dezembro.

“Este é o início de uma revolução na papirologia de Herculano e na filosofia grega em geral. É a única biblioteca que chegou até nós da antiga Época Romana”, declarou ao jornal The Guardian a papirologista Federica Nicolardi, da Universidade de Nápole Federico II.

Link: https://www.estadao.com.br/link/cultura-digital/pergaminhos-de-2-mil-anossao-revelados-com-ajuda-de-ia-e-uma-revolucao-na-filosofia-grega/. Acesso em 05/02/2024
Na frase “Trio de pesquisadores criou algoritmos que conseguiram ler um lote de cartas da Grécia”, o termo destacado introduz uma oração subordinada:
Alternativas
Q2472108 Português
Relacione as colunas e assinale a alternativa correta:

( 1 ) Tenho o desejo de que tudo se resolva da melhor maneira.
( 2 ) Eu acho que não precisamos brigar por isso.
( 3 ) O celular que comprei no ano passado já está ultrapassado.
( 4 ) Este computador, que era da minha mãe, já está com problemas.
( ) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
( ) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
( ) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
( ) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 
Alternativas
Q2471868 Português
Leia o Texto 1 para responder à questão.

Texto 1

Apenas três dos 5.570 municípios brasileiros têm mais pessoas morando em apartamentos do que em casas, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Santos (SP), Balneário Camboriú (SC) e São Caetano do Sul (SP). São essas as três cidades que abrigam mais habitantes em apartamentos do que em casas. Apesar de 84,8% da população brasileira morar em casas, há uma crescente tendência de viver em prédios. Hoje, são 25,2 milhões de pessoas vivendo em apartamentos.
Em 2022, moradores de apartamentos eram 12,5% do total da população, um aumento em relação a 2010 (8,5%). Na comparação com o Censo 2000 (7,6%), a proporção quase dobrou.
O índice maior é o do Distrito Federal (28,7%). Já no Piauí, a situação é inversa: 95,6% residem em casas. A proporção de paulistanos que moram em apartamentos cresceu 26,6% em 12 anos. O número de habitantes em moradias verticais, na cidade de São Paulo, passou de 2,6 milhões para 3,3 milhões, na comparação com a pesquisa realizada em 2010. São 700 mil pessoas a mais.

Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimasnoticias/2024/02/23/ibge-tipo-de-domicilio.htm>. Acesso em: 23 fev. 2024.
[Adaptado].
No período “A proporção de paulistanos que moram em apartamentos cresceu 26,6% em 12 anos”, a oração subordinada classifica-se como
Alternativas
Q2470427 Português
CLARICE LISPECTOR: A TEIA SUTIL DE UMA POÉTICA FEMINISTA

Rita Terezinha Schmidt
(03 de janeiro de 2024)


        Assim como Clarice sempre resistiu a qualquer tentativa de enquadramento e manifestava publicamente sua falta de interesse em produzir “literatura” – termo ao qual atribuía o peso de uma instituição, um fardo que nunca cogitou carregar porque se considerava uma amadora, e não uma “profissional” –, também nunca mencionou o termo “feminista”, seja na sua vida pública, seja na sua produção ficcional. Talvez porque na época circulava o clichê de que feministas eram mulheres mal-amadas e desejavam se igualar aos homens, noções distorcidas e disseminadas por segmentos conservadores que não admitiam a agenda da luta por direitos, foco das reivindicações dos movimentos de mulheres que começaram a ganhar vulto a partir da década de 1950.
        Nesse período e nas décadas seguintes, o impacto da obra O segundo sexo (1949), de Simone de Beauvoir, foi explosivo, particularmente pela afirmação de que a mulher “feminina”, nos termos do binarismo de gênero na cultura patriarcal, é caracterizada pela passividade e que é nessa condição que ela se torna um ser para o outro, uma alteridade institucionalizada.
        Com vivências em países europeus e nos Estados Unidos, Clarice certamente tomou conhecimento das passeatas de mulheres que ganhavam, na época, ampla cobertura nos jornais e em noticiários na televisão. Também foi leitora de escritoras inglesas como Emily Brontë, Katherine Mansfield e Virginia Woolf, que abordaram questões relativas à condição feminina, definida como “o problema que não tem nome” por Betty Friedan, em seu A mística feminina (1963). Woolf, além de inovadora na prosa de ficção, em Um teto todo seu (1929) foi pioneira na denúncia da opressão econômica, intelectual e criativa das mulheres: ao tentar fazer uma pesquisa sobre o tema mulher e ficção na biblioteca de Oxbridge (nome fictício para as duas mais tradicionais universidades da Inglaterra, Cambridge e Oxford), teve sua entrada barrada por não estar acompanhada de um homem nem levar uma carta de apresentação. Ao retornar devidamente acompanhada, levantou informações que referendaram o que observara de forma empírica, isto é, que a tradição literária era pautada, exclusivamente, na genealogia pais/filhos.
        Em tempos de questionamentos e de transformações sociais, não surpreende que na singularidade composicional de suas obras Clarice articulasse um feminismo latente de outra genealogia, a de mãe/filhas, presente nos alinhamentos entre narradora, autora implícita e personagens femininas, tramados em diferentes graus de cumplicidade. Trata-se de uma teia na qual a relação da narradora com suas personagens conflui em fios de discurso/fios de pensamento que deslizam de uma obra a outra, produzindo ressonâncias e superposições na construção de elos intersubjetivos. Se o fio, no mito de Ariadne, é símbolo de salvação de um enredamento mortal, na obra de Clarice seu arquétipo tece um imaginário que fecunda subjetividades/identificações declinadas pelo pertencimento feminino e que entrelaçam vida e ficção numa economia de afetos que não deixa de evocar o lema feminista de nossa época, “o pessoal é político”.
        Talvez nenhuma outra escritora brasileira, ao longo de sua obra, tenha sido capaz de captar e sustentar com perspicácia e constância a problemática de personagens femininas, circunscritas por injunções de uma estrutura patriarcal que contamina o espaço familiar. Suas trajetórias oscilam em movimentos de resistência, de submissão e de transgressão, num aprendizado doloroso de autoconsciência e de percepção do mundo à sua volta. Isso não significa dizer que Clarice reduzia a literatura ao compromisso verossímil de um realismo ingênuo, mas, sim, que seu viés feminista estava presente na construção das experiências vividas por suas personagens e produzia, de forma subjacente, uma crítica social pertinente a seu tempo e lugar.
        A pergunta “quem sou eu?”, implícita ou explícita, que percorre os fios de sua teia ganha expressão em Joana, Ana, Lucrécia, Laura, Virgínia, G. H., Ângela, personagens que figuram a condição da mulher brasileira de classe média dos anos 1940 a 1960 – condição essa que transcende limites geográficos e temporais. Em diferentes graus de sensibilidade quanto à realidade, todas essas personagens passam por sensações de vazio e de impotência, um desconforto com um cotidiano regulado por rituais domésticos e padrões preestabelecidos que dão um falso equilíbrio às suas existências e distorcem as percepções de si próprias e da vida. Por isso, em momentos de devaneios, vertigens ou revelações, todas são assaltadas por certo mal-estar, um desejo confuso, pela falta de algo que não sabem definir o que é, mas que sentem ser necessário descobrir. Esse momento é o das horas perigosas, quando algo reprimido emerge à superfície para romper a normalidade das aparências e desestabilizar, mesmo que momentaneamente, a estrutura engessada de suas vidas. [...]
        As obras de Clarice são declinadas no feminino sob um viés feminista, não somente pelo protagonismo de suas personagens mulheres e pelos laços de cumplicidade entre elas e a narradora, mas pelo agenciamento da escritora que intervém, de forma eloquente, no sistema de representação da cultura patriarcal. Não por acaso, o último fio de sua teia culmina no caudal de Água viva, pura imersão na energia originária de um feminino cósmico que vem “das trevas de um passado remoto”. Assim, tecida por muitos fios, a poética feminista de Clarice inscreve seu posicionamento social e político no contexto da cultura de seu tempo e projeta uma ética da diferença, inscrita no potencial criativo e subversivo das mulheres, que se reinventam para poder se imaginar outras, e umas com as outras, na literatura e na vida. 

Texto publicado originalmente na Cult 264, de dezembro de 2020.
A autora do texto é doutora em literatura, professora titular de literatura e convidada do Programa de PósGraduação em Letras da UFRGS. Adaptado de https://revistacult.uol.com.br/home/cult-301-claricelispector/ , acesso em 21 de mar de 2024.

No período, “Com vivências em países europeus e nos Estados Unidos, Clarice certamente tomou conhecimento das passeatas de mulheres que ganhavam, na época, ampla cobertura nos jornais e em noticiários na televisão” a oração sublinhada classifica-se como: 
Alternativas
Q2470371 Português
Altura dos prédios pode ter menos impacto no sombreamento do que se imagina







(Claudio Bernardes. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2024/03/osedificios-altos-e-as-sombras-na-cidade.shtml. 29.mar.2024)
Além disso, os edifícios altos, geralmente com uma moldura mais fina do que os edifícios mais largos e de altura média, projetarão uma sombra mais estreita, que se move mais rapidamente ao longo do dia. (L.43-46)
A oração sublinhada no período acima se classifica como:
Alternativas
Respostas
6: A
7: D
8: D
9: A
10: E