Questões de Concurso Comentadas sobre português para consulplan

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Q1007574 Português

A língua e a cultura

        Cada língua representa uma cultura e, por conseguinte, uma visão de mundo. Por isso, não há palavras para Natal, democracia ou microprocessador digital em ianomami. (Talvez hoje, após anos de contato com os brancos, já haja). Mas, será que a cultura determina a língua ou é a língua que determina a cultura? Segundo a tese de Sapir-Whorf [...] há uma coextensão entre língua e cultura, de tal modo que ambas se condicionam mutuamente. Não dá para saber ao certo quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.

        Nesse sentido, nenhum povo pode criar conceitos ou expressar vivências que a sua língua não permita. [...] (Segundo o biólogo americano Jared Diamond [...] as condições históricas e geográficas também influem). 

        Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas oferecem mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras.

        [...] 

        Mas, quer tenham sido as condições naturais que determinaram o surgimento da civilização – e a consequente complexificação da linguagem – em alguns lugares do planeta e não em outros, quer tenha sido o contrário, o fato é que a complexidade linguística resultante desse processo ensejou um círculo virtuoso que prossegue até hoje. Não se trata de povos mais inteligentes do que outros, mas talvez de povos mais sortudos.

(BIZZOCCHI, Aldo. A língua e a cultura. Língua Portuguesa, ano 3, nº 27, p. 60-61, jan. 2008. Adaptado.) 

No trecho “Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas oferecem mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras. ” (3º§), o autor:
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Q935577 Português
Por que ética?
Por que ética? E o que é a ética? Não poderemos nos contentar com uma representação qualquer ou indeterminada. Da mesma forma, pressupondo uma pré-compreensão completamente indeterminada, desde o início podemos nos perguntar: por que afinal devemos nos ocupar com a ética? […] Entre os jovens intelectuais, antigamente havia interesse mais pelas assim chamadas teorias críticas da sociedade. Ao contrário disto, na ética supõe-se uma reflexão sobre valores reduzida ao individual e ao inter-humano. E teme-se que aqui, contudo não seria possível encontrar nada de obrigatório, a não ser remontando-se a tradições cristãs ou de outras religiões. É o ético, ou então, ao contrário, as relações de poder, que são determinantes na vida social? E estas não determinam, por sua vez, as representações éticas de um tempo? E se isto é assim, ao se pretender lidar diretamente com a ética e não a partir de uma perspectiva de crítica da ideologia, não representaria isto um retorno a uma ingenuidade hoje insustentável? (TUGENDHAT, Ernest. Lições sobre ética. Petrópolis: Vozes. 1996, p. 11-13. Adaptado.)
No texto anterior, o autor utiliza como estratégia para a construção de seu texto uma sequência de interrogações. Pode-se afirmar que tal estratégia
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Q935576 Português
Texto I
Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum dos seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores? [...] – As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave-defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas; abolir o amor à natureza [...] (HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo, p. 22, 1946.)
Texto II
Imagem associada para resolução da questão

A partir de uma comparação entre os textos I e II, e considerando-se uma possível reflexão advinda do texto I acerca de um comportamento social, depreende-se que o texto II constitui
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Q907854 Português

                       Bye Bye, Brasil


Oi, coração

Não dá pra falar muito não,

Espera passar o avião.

Assim que o inverno passar,

Eu acho que vou te buscar,

Aqui tá fazendo calor,

Deu pane no ventilador,

Já tem fliperama em Macau,

Tomei a costeira em Belém do Pará,

Puseram uma usina no mar,

Talvez fique ruim pra pescar,

Meu amor.

No Tocantins,

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee,

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na TV,

Capaz de cair um toró,

Estou me sentindo tão só,

Oh, tenha dó de mim.

Pintou uma chance legal,

Um lance lá na capital,

Nem tem que ter ginasial,

Meu amor.

No Tabariz,

O som é que nem os Bee Gees,

Dancei com uma dona infeliz,

Que tem um tufão nos quadris,

Tem um japonês trás de mim,

Eu vou dar um pulo em Manaus,

Aqui tá quarenta e dois graus,

O sol nunca mais vai se pôr,

Eu tenho saudades da nossa canção,

Saudades de roça e sertão,

Bom mesmo é ter um caminhão,

Meu amor.

                                   (BUARQUE, Chico & MENESCAL, Roberto. Fragmento.)

Dentre os termos e/ou orações sublinhados a seguir: “Aqui tá quarenta e dois graus, / O sol nunca mais vai se pôr, / Eu tenho saudades da nossa canção, / Saudades de roça e sertão, / Bom mesmo é ter um caminhão, / Meu amor.”, exerce função sintática DIFERENTE dos demais:
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Q907851 Português

                       Bye Bye, Brasil


Oi, coração

Não dá pra falar muito não,

Espera passar o avião.

Assim que o inverno passar,

Eu acho que vou te buscar,

Aqui tá fazendo calor,

Deu pane no ventilador,

Já tem fliperama em Macau,

Tomei a costeira em Belém do Pará,

Puseram uma usina no mar,

Talvez fique ruim pra pescar,

Meu amor.

No Tocantins,

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee,

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na TV,

Capaz de cair um toró,

Estou me sentindo tão só,

Oh, tenha dó de mim.

Pintou uma chance legal,

Um lance lá na capital,

Nem tem que ter ginasial,

Meu amor.

No Tabariz,

O som é que nem os Bee Gees,

Dancei com uma dona infeliz,

Que tem um tufão nos quadris,

Tem um japonês trás de mim,

Eu vou dar um pulo em Manaus,

Aqui tá quarenta e dois graus,

O sol nunca mais vai se pôr,

Eu tenho saudades da nossa canção,

Saudades de roça e sertão,

Bom mesmo é ter um caminhão,

Meu amor.

                                   (BUARQUE, Chico & MENESCAL, Roberto. Fragmento.)

Observe os quadrinhos a seguir.


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Considerando-se a Teoria da Comunicação, pode-se afirmar que:

Alternativas
Respostas
21: A
22: C
23: D
24: C
25: D