Questões de Vestibular de Pedagogia
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2016
Banca:
COMVEST - UNICAMP
Órgão:
UNICAMP
Prova:
COMVEST - UNICAMP - 2016 - UNICAMP - Vestibular |
Q799332
Pedagogia
No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico
literário, comentou que apontar no título do filme Que horas ela
volta? um erro de português “revela visão curta sobre como a
língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em
registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você
estuda? e frases do gênero são familiares a todos os
brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso
reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm
liberdade para transgressões muito maiores?
Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de
formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma
revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento
não só da língua, mas da arte também.”
(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em
http://www.melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/.
Acessado em 08/06/2016.)
Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a
seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
Ano: 2016
Banca:
COMVEST - UNICAMP
Órgão:
UNICAMP
Prova:
COMVEST - UNICAMP - 2016 - UNICAMP - Vestibular |
Q799329
Pedagogia
Em depoimento, Paulo Freire fala da necessidade de uma
tarefa educativa: “trabalhar no sentido de ajudar os homens e
as mulheres brasileiras a exercer o direito de poder estar de pé
no chão, cavando o chão, fazendo com que o chão produza
melhor é um direito e um dever nosso. A educação é uma das
chaves para abrir essas portas. Eu nunca me esqueço de uma
frase linda que eu ouvi de um educador, camponês de um
grupo de Sem Terra: pela força do nosso trabalho, pela nossa
luta, cortamos o arame farpado do latifúndio e entramos nele,
mas quando nele chegamos, vimos que havia outros arames
farpados, como o arame da nossa ignorância. Então eu percebi
que quanto mais inocentes, tanto melhor somos para os donos
do mundo. (…) Eu acho que essa é uma tarefa que não é só
política, mas também pedagógica. Não há Reforma Agrária
sem isso.”
(Adaptado de Roseli Salete Galdart, Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é
mais que escola. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 172.)
No excerto adaptado que você leu, há menção a outros arames
farpados, como “o arame da nossa ignorância”. Trata-se de
uma figura de linguagem para