Questões de Concurso
Sobre história do brasil em história
Foram encontradas 5.818 questões
Leia o texto abaixo:
“A Escravidão é de fato a Desigualdade Radical por excelência. Com a Escravidão — principalmente se o escravo estiver sujeito a todos os rigores que a Escravidão potencialmente lhe impõe, ao passo em que neste caso o Senhor estará em pleno exercício de todos os seus poderes e privilégios relacionados à posse do escravo — podemos dizer que este escravo estará privado de tudo, de todos os seus direitos sobre si. No início da Idade Moderna, difunde‐se muito uma releitura de certas passagens bíblicas como o notório episódio da “maldição de Cam”. Trata‐se de associar à Desigualdade Escrava, relida como Diferença Escrava, uma Diferença Negra que será reconstruída desde os tempos da expansão europeia em direção ao Novo Mundo.”
Com base na conceituação de Escravidão descrita acima, para a antiguidade e para os tempos modernos, podemos afirmar que:
1. Os hilotas correspondiam, na Grécia Antiga, a populações ou grupos de populações submetidas pelos espartanos e obrigadas, a partir daí, a uma forma específica de trabalho compulsório. Uma de suas características essenciais é que eles eram dependentes coletivos, em contraste, por exemplo, com o escravo ateniense do período clássico, que via de regra estava preso a um destino individual de dependência. Enquanto o hilota insere‐se em um grupo “escravizado” por uma comunidade de senhores, já o “escravo” propriamente dito passa a pertencer a um indivíduo: ele é propriedade de alguém.
2. A estratificação social no Brasil Colonial fundou‐se precisamente no deslocamento imaginário da noção desigualadora de “Escravo” para a coordenada de contrários fundada sob a perspectiva da diferença entre homens livres e escravos. Nesta perspectiva, um indivíduo não está escravo, ele é escravo, e toda a violência maior do modelo de estratificação social típico do Brasil Colonial esteve alicerçada neste deslocamento, nesta estratégia social imobilizadora que transmudava uma circunstância em essência. É digno de nota que os abolicionistas tenham se empenhado precisamente em reconduzir o discurso sobre a Escravidão para o plano das desigualdades.
3. A racialização da escravidão na ótica moderna, implica em que a escravidão possa ser vista como uma diferença coletiva. Não seriam certos indivíduos de natureza humana deficiente, como propunha Aristóteles, que deveriam estar destinados à escravidão, mas sim um grupo humano específico, que traria na cor da pele os sinais de uma inferioridade da alma, mas que podem adquirir sua liberdade pela comprovada natureza humanística da raça, nestes termos, a superação da inferioridade da cor da pele dá lugar a concepção de cidadania ampliada com o discurso republicano e positivista no Brasil.
4. O discurso de uma diferença negra inextricavelmente acompanhada de sua segunda natureza, que seria a diferença escrava, desponta desde o início da modernidade europeia, como o aparato ideológico que sustenta todo um comércio de escravos. Ainda que tenha enfrentado críticas, mesmo no período de vigência do tráfico negreiro, isto não impedirá que a prática escravista da exploração da mão‐ de‐obra africana encontre a mais ampla difusão. Justificada apenas pela concepção de que espanhóis e portugueses não eram os primeiros a se utilizarem da mão-de-obra escrava africana.
5. A Desigualdade Escrava, relida como Diferença Negra, foi reconstruída desde os tempos da expansão europeia em direção ao Novo Mundo. No cadinho de formação do Escravismo Colonial, interessou a traficantes e senhores coloniais a desconstrução de uma série de diferenças étnicas africanas, com vistas à construção de uma Diferença Negra no interior da qual todas as etnias pré‐existentes no continente africano se misturam. Portanto, associar Escravidão e Diferença Negra será uma pedra de toque para o Escravismo Colonial, e para o concurso desta construção discursiva não faltaram contribuições que se mostravam indiferentes à escravização de povos africanos.
Estão CORRETAS:
Leia o texto abaixo e responda:
Comenta Celso Furtado que “a ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa” (1971, p. 5). Pode-se dizer que algo de similar aconteceu por ocasião do processo de independência das antigas colônias ibéricas no Novo Mundo, ocorrido nas primeiras décadas do Séc. XIX. Este processo foi decorrente do surgimento e do rápido desenvolvimento do capitalismo industrial na Europa – mormente na Inglaterra – a partir de meados do Séc. XVIII. Em apenas algumas décadas, a proliferação das novas relações de produção, impulsionadas pelo surgimento do sistema fabril e do trabalho assalariado, tornou inteiramente obsoleto o sistema colonial que reinou entre os Sécs. XVI e XVIII, fundado no trabalho escravo e no monopólio comercial das metrópoles sobre as colônias.
Os Impérios coloniais ibéricos fundados puramente no monopólio, achavam-se por isso condenados, a independência e a formação dos Estados nacionais na América Portuguesa e na América Espanhola, embora ocorridas na mesma época e produto da mesma situação estrutural, seguiram cursos extremamente diferenciados. No Brasil, a unidade política e territorial foi mantida após a independência, Marcos Kaplan observou: “Somente o Brasil conserva a unidade herdada da colônia e mantida pelo Império independente” (Kaplan, 1974, p. 115).
Considerando a construção do Estado Nacional
Brasileiro, é CORRETO afirmar que:
Tal concepção está ligada a uma historiografia tradicional que representava a relação de contato entre índios e a sociedade Ocidental como:
O desacordo entre abolicionistas só não existia em relação:
A opção que apresenta revoltas que NÃO são do período regencial é:
Apesar das características acima, pode-se também afirmar que a Revolução Constitucionalista tinha:
O trecho acima traduz:
“Era preciso criar uma ideia do homem brasileiro, de povo brasileiro, no interior de um projeto de nação brasileira. Sobretudo, era preciso perceber a nação como diferença e continuidade colonial e como continuidade da diferença colonial. Pensou-se o Brasil com o conceito de “raça” e a sociedade brasileira como uma mescla de raças”.
Tal afirmativa está de acordo com um contexto de:
I formulação de teorias científicas europeias, que permitiram a elaboração de interpretações acerca do atraso do país e condição dos habitantes. II apresentação de projetos de organização nacional sem que, contudo, pudesse ser afastada uma visão pessimista acerca do presente e do futuro da nação. III contribuição das ciências para a naturalização das diferenças socioculturais, estabelecendo correlações rígidas entre as leis da natureza e a sociedade. IV avanço dos conhecimentos científicos que promoveriam uma releitura da miscigenação, tornando-a positiva por causa da diversidade biológica.
Os itens corretos são:
“[...] porque [a cidade] pode ser socorrida por mar e por terra de muita gente portuguesa até a quantia de dois mil homens, de entre os quais podem sair dez mil escravos de peleja, a saber: quatro mil pretos da Guiné e seis mil índios da terra, mui bons flecheiros, que juntos com a gente da cidade, se fará mui arrazoada exército”. (SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, 1587, p.140-141 [adaptado])
O trecho acima deixa evidente que:
(Disponível em: http://www.sescsp.org.br/livraria/3791_OS+SERTOES#/content=detalhes-do-produto.)
O famoso livro de Euclides da Cunha tem como tema principal:
Assinale a alternativa procedente:
Analise as afirmativas a seguir:
I. A civilização grega se desenvolveu em uma região cuja maior parte do relevo era de planície, com um solo fértil para o desenvolvimento da agricultura, realidade que levou os gregos a tornarem o comércio marítimo sua principal atividade econômica, promovendo assim a exportação de legumes para toda a Europa.
II. O Barroco foi introduzido no Brasil no início do século XIII e exerceu uma grande importância na arquitetura, na pintura e na literatura brasileira através de artistas como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, considerado um dos maiores expoentes do estilo no país.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as afirmativas a seguir:
I. A República da Espada é a fase da história do Brasil, após a Proclamação da República, na qual houve a promulgação de sua primeira Constituição Republicana e quando ocorreu o governo de seus dois primeiros presidentes: os militares Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
II. A Constituição de 1741 foi a primeira Carta Magna adotada no Brasil depois da instauração da República. Promulgada em 24 de fevereiro de 1741, essa carta estabelecia como forma de governo o regime representativo, no qual o povo exerceria diretamente o poder ao escolher seus representantes por meio do voto, para um período de quatro anos.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as afirmativas a seguir:
I. O Estado Novo, no Brasil, é definido por muitos historiadores como uma ditadura civil que contou com o apoio dos militares. Foi o maior recesso parlamentar da história política do país, com duração de dezoito anos, no qual o presidente passou a legislar através de decretos-lei. O Estado Novo durou até 1945, quando Vargas foi deposto pelos militares que antes o apoiavam.
II. Embora o mercantilismo seja um conjunto de práticas econômicas que variou conforme cada reino, há alguns pontos em comum, como o metalismo, ou seja, a busca e o acúmulo de metais preciosos, como o cobre e o chumbo, algo que proporcionava um claro aumento do poder econômico.
Marque a alternativa CORRETA: