Questões de Concurso Sobre colocação pronominal em português

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Q827218 Português

TEXTO 04

Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de o ajudar. 

                                                                                                (Sócrates)

Em relação aos termos sublinhados, é CORRETO afirmar que


Alternativas
Q826503 Português

Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.

                       

Assinale a alternativa em que a frase baseada nas falas dos quadrinhos apresenta emprego e colocação de pronomes de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q825800 Português

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.

Estaria garantida a correção gramatical do texto se, no trecho “vem se multiplicando” (linha 8), a partícula “se” fosse deslocada para imediatamente depois da forma de gerúndio – vem multiplicando-se.

Alternativas
Ano: 2012 Banca: FAPEMS Órgão: UEMS Prova: FAPEMS - 2012 - UEMS - Técnico Administrativo |
Q824608 Português

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe a posição do pronome "se" em relação aos verbos em cada trecho ea respectiva afirmação entre parênteses:

I- (...) tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade. (A próclise foi utilizada em razão da presença de palavra que atraí o pronome para a posição anterior ao verbo).

II- Não se corrige com mais "autoestima". (Em favor de finalidades expressivas, nesse caso, não se atendeu à regra de colocação pronominal da norma culta).

III- (...) o olhar humano recentra-se sobre a matéria. (A ênctise foi utilizada porque não há palavra que atraia o pronome para a posição anterior ao verbo).

IV- "Olhe-se bem", (A ênclise foi utilizada em razão do verbo no imperativo afirmativo no início da oração).

Alternativas
Q823807 Português

Leia o texto para responder à questão.

      A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio. Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.

      Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.

      A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:

      – Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o desejo de seu marido.

      Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, entendeu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém, teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo.

      Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irradiante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe faltava dantes.

      – Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.

      O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.

(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q823786 Português

Leia a charge.

Imagem associada para resolução da questão

Assinale a alternativa em que a reescrita da frase da personagem expressa a ideia do texto original e está de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Q823416 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

                    O DESAFIO DE ENSINAR COMPETÊNCIAS

Por: Júlio Furtado. Para: Revista Língua Portuguesa. Adaptado de: http://linguaportuguesa.uol.com.br/o-desafio-de-ensinar-competencias/ Acesso em 28 abr 2017.

      O discurso do ensino de habilidades e competências ganhou força a partir de 1998, com a instituição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que, a princípio, foi criado como mecanismo indutor de mudanças metodológicas nesse segmento. Acreditava-se que a existência de um exame que exigisse dos egressos competências e habilidades capazes de resolver as situações-problemas por ele colocadas iria influenciar na mudança de postura dos professores. Essa necessidade está pautada numa nova cultura que modifica as formas de produção e apropriação dos saberes. Estamos vivendo uma era pragmática em que o saber fazer e o saber agir são os “carros-chefes” para o sucesso.

      O saber idealista platônico perdeu lugar nesse mundo. O que importa não são as ideias, as abstrações, mas os resultados, as concretudes, as ações. O mundo vem mudando num ritmo acelerado e “arrastando” consigo novos paradigmas que precisam ser colocados em prática antes de serem refletidos, compreendidos e “digeridos”. O discurso do currículo por habilidades e competências vem ganhando cada vez mais força porque se projetou na escola uma missão social urgente: a de produzir profissionais mais competentes que sejam cidadãos mais conscientes.

      Essa missão exige que a escola seja pragmática e utilitarista, abandonando tudo que não leve diretamente ao desenvolvimento de competências. Embora perigosa, essa concepção vem se impondo nos processos de elaboração e planejamento curricular. Outra razão pode ser encontrada nos tipos de exigências que o Mercado e o mundo em geral vêm fazendo às pessoas. Buscam-se pessoas que saibam fazer e que tenham capacidade de planejar e resolver problemas. Todas essas questões apresentaram à escola um aluno que não se interessa por saberes sem sentido ou sem utilidade imediata.

      Eis aqui outro perigo: render-se ao utilitarismo do aluno. [...] Tudo isso contribuiu para que se acreditasse piamente que organizar o currículo escolar por habilidades e competências forma um aluno mais preparado para enfrentar o mundo [...].

      Outra questão fundamental que se coloca necessária é termos clareza sobre o conceito de habilidade e de competência, conceitos muito utilizados e pouco refletidos. Os conceitos de habilidade e de competência causam muita confusão e não são poucas as tentativas de diferenciá-los. Podemos dizer, de forma simplista, que habilidades podem ser desenvolvidas através de treinamento enquanto que competências exigem muito mais do que treinamento em seu processo de desenvolvimento. Tomemos o exemplo de falar em público. É treinável, embora requeira conhecimento, experiência e atitude, logo, é uma habilidade. Da mesma forma, podemos classificar o ato de ler um texto, de resolver uma equação ou de andar de bicicleta.

      [...] A escola que realmente quiser implantar um currículo estruturado por competências precisará exorcizar alguns velhos hábitos que inviabilizam tal proposta. O primeiro deles é o hábito de apresentar o conteúdo na sua forma mais sistematizada. Esse hábito é difícil de ser exorcizado porque alunos e professores concordam e usufruem de benefícios trazidos por ele. Ao apresentar o conteúdo de forma organizada e sistematizada, com o argumento de que o aluno “entende melhor”, o professor está “poupando” o aluno de encarar e resolver situações-problemas. O aluno, por sua vez, recebe de muito bom grado o conteúdo “mastigadinho” e atribui todo o trabalho de compreensão do conteúdo à habilidade de “explicar” do professor. Não é raro ouvirmos de alunos que ele não aprendeu porque o professor não explicou direito.

Assinale a alternativa em que a análise sobre a colocação pronominal esteja INCORRETA:
Alternativas
Q823370 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

              MULHER ENGRAVIDA USANDO DIU E POSTA FOTO INUSITADA DO BEBÊ

Adaptado de: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/mulher-engravida-usando-diu-e-posta-foto-inusitada-do-bebe/ Por Marina Rappa. Atualizado em 5 maio 2017, 15h30 acesso em 06 mai 2017


      [...] o bebê, Dexter Tyler, aparece segurando o DIU (dispositivo intrauterino) utilizado por sua mãe – um método usado justamente para impedir uma gravidez. A mãe, a americana Lucy Hellein, publicou a imagem no Facebook e rapidamente pessoas do mundo todo compartilharam a foto de Dexter. De acordo com Lucy, o dispositivo foi encontrado atrás da placenta, o que significa que Dexter não nasceu com o DIU na mão, como muitos pensaram. Na publicação, Lucy fala que o dispositivo que usava (e que falhou) era o Mirena, um tipo de DIU que libera hormônio – diferente do de cobre, por exemplo, que funciona como uma barreira física.

      Mas engravidar usando o DIU é comum? “Não. O Mirena é ainda mais potente que a pílula em termos de contracepção – e também é mais confiável que o DIU de cobre, pois o hormônio liberado transforma o muco e impede que o espermatozoide chegue no útero. Mas, claro, nenhum método está isento de falhas”, afirma [...] a ginecologista Rita Dardes, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp.

      De acordo com Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, os números referentes à falha destes métodos contraceptivos são muito baixos. “Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas. O de progesterona, como o Mirena, falha para 0,1 de cada 100 mulheres – próximo à laqueadura”. 

      Segundo Marianne Pinotti, ginecologista, obstetra e mastologista da Clínica Pinotti, é possível que o DIU tenha se deslocado. “O DIU precisa estar bem posicionado: encostado dentro do fundo do útero, ocupando toda a cavidade endometrial, pois o efeito dele se dá a partir disso. Se ele está deslocado, falha”.

      Outro fator imprescindível para a eficácia do DIU é o monitoramento. “Imediatamente após a colocação do DIU, fazemos um controle por ultrassom. Isso vai nos mostrar a posição do dispositivo. No caso do de cobre, repetimos esse controle após a primeira menstruação depois da colocação. Mesmo que raro, o deslocamento ocorre geralmente nos primeiros meses após a colocação. Então, se a gente controla um mês depois e ele continua bem posicionado, a chance de se deslocar depois é muito remota”, diz Pinotti.

      Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal – e algumas informações podem auxiliar na escolha do melhor método.

      “Hoje tem uma parcela de mulheres que não quer colocar hormônio nenhum no corpo. Elas podem optar pelo cobre, que funciona como método de barreira (quando o dispositivo funciona como um bloqueio entre o espermatozoide e o útero), mas pode aumentar a incidência de cólicas e do fluxo menstrual. O Mirena, além de funcionar como contraceptivo, também auxilia no controle de ciclo, pois é hormonal. A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este método”, afirma Dardes. 

      Em casos como os do fofíssimo Dexter, em que a mãe engravida usando o DIU, não é preciso ter pânico – mas a mãe deve ficar alerta. “A gravidez com o DIU Mirena não apresenta quase nenhum problema. O material não vai causar interferência. O de cobre, como é muito duro, pode causar a ruptura da bolsa de líquido do bebê. O maior risco é o de aborto, principalmente para o caso do DIU de cobre”, diz Pinotti. “Passado o primeiro trimestre da gravidez, se nada acontecer, a mulher não deve ter mais problemas”, complementa Dardes.

      Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo. Mesmo assim, a mulher que engravidar com o DIU deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu. “No início, se o DIU estiver perto do colo do útero, existem protocolos que recomendam sua retirada, o que pode causar sangramento. Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar, e ele ficará junto à placenta”, afirma. 

Analise as proposições a seguir sobre colocação pronominal e assinale a alternativa que contenha análise corretas sobre as mesmas.

I. Em: ”o efeito dele se dá a partir disso”, tem-se ocorrência de próclise obrigatória.

II. Em: “Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar” há a ocorrência de próclise obrigatória.

III. Em: “Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal” temse a ocorrência de próclise, mas a ênclise também estaria correta.

IV. Em: “deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu” tem-se a ocorrência de próclise, entretanto, de acordo com as normas vigentes, a ênclise seria obrigatória.

Alternativas
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: CRMV - SC Prova: IESES - 2017 - CRMV - SC - Advogado |
Q822880 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.

MULHER ENGRAVIDA USANDO DIU E POSTA FOTO INUSITADA DO BEBÊ

Adaptado de: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/mulher-engravidausando-diu-e-posta-foto-inusitada-do-bebe/ Por Marina Rappa. Atualizado em 5 maio 2017, 15h30 acesso em 06 mai 2017

    [...] o bebê, Dexter Tyler, aparece segurando o DIU (dispositivo intrauterino) utilizado por sua mãe – um método usado justamente para impedir uma gravidez. A mãe, a americana Lucy Hellein, publicou a imagem no Facebook e rapidamente pessoas do mundo todo compartilharam a foto de Dexter. De acordo com Lucy, o dispositivo foi encontrado atrás da placenta, o que significa que Dexter não nasceu com o DIU na mão, como muitos pensaram. Na publicação, Lucy fala que o dispositivo que usava (e que falhou) era o Mirena, um tipo de DIU que libera hormônio – diferente do de cobre, por exemplo, que funciona como uma barreira física.

    Mas engravidar usando o DIU é comum? “Não. O Mirena é ainda mais potente que a pílula em termos de contracepção – e também é mais confiável que o DIU de cobre, pois o hormônio liberado transforma o muco e impede que o espermatozoide chegue no útero. Mas, claro, nenhum método está isento de falhas”, afirma [...] a ginecologista Rita Dardes, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp.

    De acordo com Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, os números referentes à falha destes métodos contraceptivos são muito baixos. “Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas. O de progesterona, como o Mirena, falha para 0,1 de cada 100 mulheres – próximo à laqueadura”.

    Segundo Marianne Pinotti, ginecologista, obstetra e mastologista da Clínica Pinotti, é possível que o DIU tenha se deslocado. “O DIU precisa estar bem posicionado: encostado dentro do fundo do útero, ocupando toda a cavidade endometrial, pois o efeito dele se dá a partir disso. Se ele está deslocado, falha”.

    Outro fator imprescindível para a eficácia do DIU é o monitoramento. “Imediatamente após a colocação do DIU, fazemos um controle por ultrassom. Isso vai nos mostrar a posição do dispositivo. No caso do de cobre, repetimos esse controle após a primeira menstruação depois da colocação. Mesmo que raro, o deslocamento ocorre geralmente nos primeiros meses após a colocação. Então, se a gente controla um mês depois e ele continua bem posicionado, a chance de se deslocar depois é muito remota”, diz Pinotti.

    Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal – e algumas informações podem auxiliar na escolha do melhor método.

    “Hoje tem uma parcela de mulheres que não quer colocar hormônio nenhum no corpo. Elas podem optar pelo cobre, que funciona como método de barreira (quando o dispositivo funciona como um bloqueio entre o espermatozoide e o útero), mas pode aumentar a incidência de cólicas e do fluxo menstrual. O Mirena, além de funcionar como contraceptivo, também auxilia no controle de ciclo, pois é hormonal. A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este método”, afirma Dardes.

    Em casos como os do fofíssimo Dexter, em que a mãe engravida usando o DIU, não é preciso ter pânico – mas a mãe deve ficar alerta. “A gravidez com o DIU Mirena não apresenta quase nenhum problema. O material não vai causar interferência. O de cobre, como é muito duro, pode causar a ruptura da bolsa de líquido do bebê. O maior risco é o de aborto, principalmente para o caso do DIU de cobre”, diz Pinotti. “Passado o primeiro trimestre da gravidez, se nada acontecer, a mulher não deve ter mais problemas”, complementa Dardes.

     Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo. Mesmo assim, a mulher que engravidar com o DIU deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu. “No início, se o DIU estiver perto do colo do útero, existem protocolos que recomendam sua retirada, o que pode causar sangramento. Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar, e ele ficará junto à placenta”, afirma.

Analise as proposições a seguir sobre colocação pronominal e assinale a alternativa que contenha análise corretas sobre as mesmas.

I. Em: ”o efeito dele se dá a partir disso”, tem-se ocorrência de próclise obrigatória.

II. Em: “Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar” há a ocorrência de próclise obrigatória.

III. Em: “Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal” temse a ocorrência de próclise, mas a ênclise também estaria correta.

IV. Em: “deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu” tem-se a ocorrência de próclise, entretanto, de acordo com as normas vigentes, a ênclise seria obrigatória.

Alternativas
Q820960 Português

Julgue o item acerca dos sentidos e aspectos linguísticos do texto.

No trecho “nos leva à dimensão política” (linha 24), a forma pronominal “nos” poderia estar empregada após a forma verbal – leva-nos à dimensão política –, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

Alternativas
Q820482 Português

Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir. 


Estaria garantida a correção gramatical do texto se, na linha 19, a forma pronominal “o” fosse deslocada para depois da forma verbal “deixaria” – deixaria-o –, visto que não há elemento impositivo de próclise na oração.

Alternativas
Q817063 Português

Leia o texto.

Enfim casados. Venho agora da prainha, aonde os fui embarcar para Petrópolis. O casamento foi ao meio-dia em ponto, na matriz da Glória, poucas pessoas, muita comoção. Fidélia vestia escuro e afogado, as mangas presas nos pulsos por botões de granada, e o gesto grave. D. Carmo, austeramente posta, é verdade, ia cheia de riso, e o marido também. Tristão estava radiante. Ao subir a escadaria, troquei um olhar com mana Rita, e creio que sorrimos; não sei se nela, mas em mim era a lembrança daquele dia de cemitério, e do que ouvi sobre a nova viúva do Noronha. Aí vínhamos nós com ela a outras núpcias. Tal era a vontade do Destino.

Machado de Assis. Memorial de Aires – excerto.

Analise as afirmativas feitas sobre o texto. 1. Trata-se de um texto descritivo e narrativo. 2. O texto retrata as personagens, sem se deter no que elas estão fazendo. 3. O texto disserta sobre um casamento e conta como agiam as personagens. 4. A frase sublinhada no texto apresenta um pronome em próclise. 5. Em: “…troquei um olhar com mana Rita, e creio que sorrimos” há uma relação de subordinação entre a primeira e a segunda oração. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q816720 Português
Tendo por base as regras de colocação pronominal, assinale a alternativa em que seu uso se faz corretamente.
Alternativas
Q813378 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão.


A MAQUIAGEM QUE VIRA VÍCIO
Por Luiz Costa Pereira Junior Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/77/a-maquiagem-que-vira-vicio-252542-1.asp Acesso em 23/03/2012 

Muita gente padece de cacoetes de linguagem. Termos-muletas, cacos verbais e fórmulas de raciocínio surgem ("meio que" ou "tipo assim") petrificados, repetidos no automático, de forma viciada ou fora de contexto, incomodando o ouvido ou o olho alheio e desvalorizando a mensagem.
Pesquisadores do idioma se perguntam se os vícios de linguagem seriam, "tipo assim", meros cacoetes passíveis de correção por quem se autopolicia ou "meio que" um sintoma de um vazio maior e mais orgânico na comunicação. Mas o uso dessas muletas expressivas pode encobrir tanto os clichês empregados independentemente da sua necessidade como uma trapaça nem sempre voluntária na comunicação.
(...)
Palavras e expressões são, então, petrificadas na linguagem de quem as usa a esmo. A recorrência crônica a clichês, dizem os especialistas, seria provocada pela dificuldade de o usuário do idioma construir conexões, estabelecer adequada passagem entre um raciocínio e outro, uma frase e outra. Nem toda marcação repetitiva, claro, é vício. Há expressões recorrentes, sem significado aparente numa frase, que servem antes para destacar partes do discurso ou reforçar um sentido. Algumas são até desejadas no meio em que ocorrem.
(...) 
Fora de contextos fáticos como o dos celulares, como nem sempre são percebidas como defeito de comunicação, a expressão e a linha de raciocínio viciadas podem ser, "tipo assim", até desejadas pelo interlocutor.
Há neuróticos da linguagem que tornaram correntes palavras e construções-muletas, como as do gerundismo, e revestimentos retóricos que viraram chagas profissionais, como o preciosismo vocabular do universo jurídico (...). 

Observe a colocação do pronome em: “Pesquisadores do idioma se perguntam se os vícios de linguagem seriam...” 
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal NÃO está de acordo com as regras gramaticais: 
Alternativas
Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Web Designer |
Q813225 Português
MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de mergulhos nos anéis do planeta

Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em: http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016. 

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão. 
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua Enceladus. 
Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda vai realizar diversos rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os campos gravitacional e magnético. 
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida. 
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão. 
Das alternativas a seguir, assinale a que apresente correção na análise apresentada.
Alternativas
Q813135 Português
Assinale a alternativa que está de acordo com a norma culta.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: CREA-SC Prova: IESES - 2017 - CREA-SC - Analista de Sistemas |
Q810524 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo. 

                 EXISTEM PESSOAS CRUÉIS DISFARÇADAS DE BOAS PESSOAS 

Adaptado de: http://www.resilienciamag.com/existem-pessoas-crueis-disfarcadas-de-boas-pessoas/ Acesso em 26 jan 2017.  

      Existem pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas. São seres que machucam, que agridem por intermédio de uma chantagem emocional maquiavélica baseada no medo, na agressão e na culpa. Aparentam ser pessoas altruístas, mas na verdade escondem interesses ocultos e frustrações profundas. 

      Muitas vezes ouve-se dizer que “quem machuca o faz porque em algum momento da vida também já foi machucado”. Que quem foi magoado, magoa. No entanto, ainda que por trás destas ideias exista uma base verídica, existe outro aspecto que sempre nos custa admitir: A maldade existe. As pessoas cruéis, por vezes, dispõem de certos componentes biológicos que as empurram em direção a determinados comportamentos agressivos. 

      O cientista e divulgador Marcelino Cereijudo nos assinala algo interessante. “Não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar”. A parte mais complexa deste tema é que muito frequentemente tendemos a buscar rótulos e patologias em comportamentos que simplesmente não entram dentro dos manuais de psicodiagnóstico. 

      Os atos maliciosos podem ocorrer sem que exista necessariamente uma doença psicológica subjacente. Todos nós, em algum momento da nossa vida, já conhecemos uma pessoa com este tipo de perfil. Seres que nos presenteiam com bajulação e atenção. Pessoas agradáveis, com êxito social, mas que em privado delineiam uma sombra obscura e alargada. Na profundeza dos seus corações, respira a crueldade, a falta de empatia, e até mesmo a agressividade. 

Analise as proposições a seguir sobre a forma como se constrói o sentido do texto:

I. Há predomínio de verbos conjugados no tempo presente do modo indicativo, o que confere facilidade para identificação do assunto em tempo próximo à realidade.

II. Em: “dispõem de certos componentes biológicos que as empurram em direção a determinados comportamentos”, optou-se pela colocação do pronome na forma proclítica, mas a ênclise também poderia ser empregada sem prejuízo à correção.

III. No segundo parágrafo, as aspas foram empregadas para indicar a fala de um dos pesquisadores consultados.

IV. A simples substituição da palavra “frustrações”, destacada no texto, por “desapontamentos” não alteraria a correção do período em que aparece.

V. Se, ao invés da próclise em “o faz”, escrevêssemos o pronome na forma enclítica, resultaria na forma pouco usual: “fá-lo”.

Agora assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as proposições.

Alternativas
Q808304 Português

Texto

A mentirosa liberdade

      Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma - como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, de um clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

      Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), [...] a alegria, de tanta tensão, nos escapa. [...]

      Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? [...] Treze anos e ainda não ficou? [...] Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

      Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.

                                                                                             (LUFT, Lya. Veja, 25/03/09, adaptado)

Em “Nunca se falou tanto em liberdade” (2°§), ao observar a posição do pronome oblíquo em destaque, percebe-se que ela, em função da norma padrão,
Alternativas
Q806184 Português

                                           TEXTO 6

Pronominais

Dê-me (1) um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me (2) dá um cigarro

Oswald de Andrade, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

Nesse marcante poema “Pronominais”, Oswald de Andrade reafirma uma das propostas do movimento Modernista brasileiro, em sua primeira fase (1922-1930): a de reduzir a distância entre a linguagem falada e a escrita, o que marca sua crítica e sua recusa ao passadismo acadêmico.

Quanto aos itens (1) e (2) em destaque no texto do poema, podemos afirmar que:

Alternativas
Q805835 Português

Uma estranha descoberta

Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava. 

“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos.

O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava.

– Ora essa! Parecem ramos de árvores!

Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia.

- Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar. 

E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante. 

Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho. 

Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve.

Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal.

Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos.

– Ora bolas! - exclamou o fauno.

[...] 

LEWIS, C.S.Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de Nárnia.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único.



Considerando o contexto em que se produziu a colocação do pronome oblíquo, em “encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos.”, pode-se afirmar, corretamente, que foi assim realizada porque:
Alternativas
Respostas
1941: E
1942: C
1943: C
1944: B
1945: C
1946: C
1947: D
1948: B
1949: D
1950: C
1951: E
1952: A
1953: C
1954: A
1955: A
1956: A
1957: A
1958: E
1959: D
1960: A