Questões de Concurso
Sobre figuras de linguagem em português
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Negócio da China
Por Mentor Neto
Mais um ano, mais um vírus que vai acabar com a humanidade. Enquanto escrevo esta crônica, o Corona Vírus já contabiliza mais de 400 vítimas fatais, na China. Difícil saber se os dados são confiáveis, já que o governo chinês não preza exatamente por compartilhar informações. Apesar disso, estão fazendo o que podem. Interditaram entradas e saídas da cidade que foi o epicentro da doença. Wuhan tem mais de 11 milhões de habitantes. Um vilarejo para os padrões chineses, mas é gente que não acaba mais. Praticamente dois Rio de Janeiro de habitantes impossibilitados de transitar pelo país. Ao mesmo tempo, autoridades chinesas insistem em minimizar o problema ou culpar os Estados Unidos por difundir o medo. A falta de transparência chinesa apenas complica a situação e as consequências econômicas começam a se espalhar numa velocidade mais rápida do que uma pandemia. Azar do mundo que o Corona não surgiu no Brasil. Fosse aqui o berço dessa doença e o planeta estaria salvo. Acabaríamos com o vírus do mesmo jeito que acabamos com o Orkut. Afinal, não existe povo capaz de administrar crises melhor do que o brasileiro. Se a Natureza nos tivesse brindado com esta oportunidade, a raça humana estaria segura. De cara, já teríamos dado um apelido para a doença. “Gripe Cervejona”, por exemplo.
– Cadê o Plínio, do RH?
– Pegou a cervejona, mas amanhã ele tá aí.
E pronto.
Um belo dum apelido já desmoraliza o vírus de cara, que é para impor nosso ritmo. Claro que não seríamos capazes de fechar uma cidade inteira. Se alguém sugerisse uma maluquice dessas, metade do país diria que é coisa de fascista e que no tempo do Lula era melhor. A outra metade diria que o Corona é coisa de comunista e que temos sorte de ter o Mito para nos salvar. Divididos, permitiríamos que, em pouco tempo, o vírus se espalhasse por todo o país. Ótima notícia, pois possibilitaria que mais pesquisadores tivessem condições de estudar possíveis vacinas. Por aqui o Corona seria uma doencinha de verão, porque lidamos com doenças muito mais graves do que essa. O Bacilo da Corrupção, por exemplo. Isso sim é doença séria. Quando ataca, corrói o sujeito por dentro, apesar de não apresentar sintomas externos. Pelo contrário. Alguns doentes acabam vivendo melhor do que no tempo em que eram saudáveis. Pelo menos até serem diagnosticados. Alguns dizem que o foco inicial foi Brasília. Mas há registros de casos desde 1500. Mais grave que o Corona é, também, o Bala-Perdida Vírus. Surgiu no Rio de Janeiro e não tem cura conhecida. Mata mais do que a peste negra e é tão implacável quanto. Você está lá, saudável, assistindo o futebol na sua sala quando, sem mais nem menos, pimba! O vírus entra pela janela e já era para você. Outra doença muito comum nos últimos anos é causada pela misteriosa Bactéria da Barragem. Doença fulminante, capaz de dizimar cidades inteiras em questão de horas. Tem ainda a Epidemia do Desmatamento, o Microorganismo dos Rios Poluídos, a Metástase da Desigualdade e a mais grave de todas, que muitos chamam de a M&atil de;e de Todas as Doenças: o Germe do Voto Errado, onde o sujeito perde completamente a habilidade de escolher seus representantes. Todas doenças gravíssimas, com que aprendemos a conviver, enquanto a cura não vem. Há quem diga, inclusive, que existem remédios para esses nossos males, mas que o sistema não permite que cheguem aos doentes, por interesses econômicos. O antibiótico da Educação e a vacina do Saneamento, por exemplo. Então, não me venham com esse escarcéu por causa de um viruzinho mequetrefe desses, ora por favor.
Brasileiro que é brasileiro tira essa cervejona de letra, isso sim.
Disponível em https://istoe.com.br/negocio-da-china-2/
No trecho acima, há uma figura de linguagem de:
“Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre – o senhor solte em minha frente uma ideia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém!”
Nessa passagem, o protagonista, ao se identificar com um “cão mestre”, recorre a uma __________________, ou seja, pela substituição de um termo por outro, a partir de uma relação de __________________ entre os elementos que esses termos designam. É uma espécie de ___________________ subentendida.
sequência, as palavras que completam CORRETAMENTE essas lacunas são:
I. A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido. Exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” II. A Antítese é a figura de linguagem que ocorre quando atribuímos um “nome” a algo que não possui um nome específico, fazendo referência a outras coisas e objetos. Exemplo: “céu da boca”. III. A Hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto. Por exemplo, em vez de dizermos “eu estou com muita sede“, as vezes dizemos “estou morrendo de sede“. Na verdade, não estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da sede. IV. Eufemismo é a figura de linguagem que se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo refletindo a falta de nexo. Confira um exemplo simples de um paradoxo: “Ele não passa de um pobre homem rico”.
Leia as afirmativas a seguir:
I. A acrossemia é o processo de formação de vocábulos por meio da combinação de sílabas extraídas de compostos ou expressões. É um recurso que não possui aplicabilidade à formação de siglas.
II. A metáfora é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Na frase seguinte, por exemplo, ocorre metáfora: A formiga disse para a cigarra: "Cantou…agora dança!".
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. A consciência, a intencionalidade e a participação são os fundamentos mais marcantes do planejamento participativo. Nele, os grupos de educadores buscam desenvolver alternativas de educação e planos. Ocorre uma descentralização do saber e a valorização da construção, da participação, do diálogo, do poder coletivo, da consciência crítica e da reflexão sobre como fazer mudanças.
II. A antítese é o emprego de termos com sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas ideias, lado a lado, em uma frase. Pode-se observar um exemplo de antítese na frase: "Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente".
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. O eufemismo consiste em dizer algo desagradável por meio de palavras que abrandem o impacto causado por essa situação. Na frase seguinte, é possível observar um exemplo de eufemismo: Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
II. A catacrese consiste em dar um novo sentido a uma palavra, fazendo com que ela passe a dar nome a outro ser semelhante. Por exemplo: Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
Marque a alternativa CORRETA:
Quando eu tinha seis anos
Leia o Texto para responder a questão.
Texto
“Carlos Nuzman é fantástico”
(Juca Kfouri)
Carlos Nuzman jamais imaginou aparecer, como acaba de acontecer, durante tanto tempo, no “Fantástico”. Além de ver e ouvir todas as acusações que pesam contra ele como intermediário de compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016, teve a honra do destaque de uma frase sua na abertura dos jogos “Aqui é o melhor lugar do mundo”. Era mesmo. Para quem imaginava impunidade eterna. Ricardo Teixeira também disse a mesma coisa em entrevista recente à “Folha de S. Paulo”. Parece que está deixando de ser. E eles precisam aproveitar o tempo que lhes resta por aqui mesmo, porque não podem mais sair do “melhor lugar do mundo”. Nuzman ainda teve o direito de aparecer na mesma reportagem com referências aos malfeitos de José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Minutos intermináveis, imagens expostas, visita forçada à Polícia Federal. Jesus! Difícil, agora, tamanha popularidade, ir ao restaurante preferido, ao cinema, teatro, a um simples jogo de vôlei. Maracanã? Nem pensar! Pobres cartolas milionários do esporte brasileiro. A mão que afagava é a mesma que apedreja.
Disponível em: <http://blogdojuca.uol.com.br/2017/09/carlos-nuzman-e-fantastico/>
Texto Disponível em: <http://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com.br/2016/08/tirinha-hagar-em-questoes-de-vestibular.html>. Acesso em: 9 set. 2017
O Médico de Hagar usou de um eufemismo para recomendar-lhe dieta de emagrecimento. Hagar, ao reportar a recomendação médica a sua esposa
“Você já leu Eça de Queirós ou Camões?”
Nessa frase está presente a seguinte figura
de linguagem:
Considere as afirmativas feitas sobre o seguinte fragmento do texto:
De direito, tudo lhes é permitido. Na prática, muito lhes é negado. Formalmente, tudo está ao alcance de todos. Concretamente, uns têm braços mais longos do que outros.
I. A expressão “braços mais longos”, metaforicamente, indica que o acesso (a bens e direitos) é mais fácil para alguns do que para outros.
II. As palavras “formalmente” e “concretamente” admitem, respectivamente, o sentido de “em princípio” e “na realidade”.
III. A oposição “permitido” e “negado” sugere que a população afrodescendente goza de direitos que não estão formalizados na legislação.
Quais encontram respaldo no texto?