Questões de Português - Gêneros Textuais para Concurso
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COLUNA I
1.
Disponível em:<encurtador.com.br/cmKLW> . Acesso em: 16 maio 2019.
2.
Disponível em: <encurtador.com.br/bjtQX>. Acesso em: 16 maio 2019.
3.
Disponível em: <encurtador.com.br/ivG48>. Acesso em: 16 maio 2019.
4.
Disponível em: <encurtador.com.br/dmyR8>. Acesso em: 29 maio 2019. (Adaptação)
COLUNA II
( ) Esse gênero tem o objetivo de obter informações sobre algo por meio de perguntas feitas a alguém que detém essas informações. ( ) Esse gênero tem o objetivo de identificar o conteúdo que está dentro da embalagem a que corresponde. ( ) Esse gênero tem o objetivo de reunir o histórico das habilidades e experiências de um profissional para que ele seja avaliado para uma vaga de emprego. ( ) Esse gênero tem o objetivo de criticar algum acontecimento ou fato da atualidade.
Assinale a sequência correta.
Considerando os aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o item.
O texto, estruturado em forma narrativa, traz
informações científicas importantes sobre novas
descobertas no norte da Groelândia que podem mudar
a forma como se enxerga o mundo antigo.
Assinale a opção cuja estruturação segue mais de perto essas instruções.
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item.
O texto é uma crônica narrada em primeira pessoa que
relata as experiências pessoais do emissor sob um ponto
de vista individual, com a intenção de gerar humor a
partir de uma situação inusitada que foi vivenciada.
Texto para o item.
Internet: <callegariemarques.com.br> (com adaptações).
No texto, que se caracteriza como descritivo, são apresentadas descrições dos processos a serem realizados para a colocação de facetas de porcelana e lentes de contato dentais.
TEXTO VI
[...] Considerando que uma semiose é um sistema de signos em sua organização própria, é importante que os jovens, ao explorarem as possibilidades expressivas das diversas linguagens, possam realizar reflexões que envolvam o exercício de análise de elementos discursivos, composicionais e formais de enunciados nas diferentes semioses. (...) Afinal, muito por efeito das novas tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDIC), os textos e discursos atuais organizam-se de maneira híbrida e multissemiótica5, incorporando diferentes sistemas de signos em sua constituição.
(BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 486)
LEIA A TIRINHA
Disponível em: https://www.deliciastododia.com.br/bolos-etortas/bolo-de-caneca-com-gotas/. Acesso em: 15 ago. 2022.
Um elemento que caracteriza o gênero desse
texto é a(o)
A respeito das ideias do texto CG1A1-I e de suas características estruturais, julgue o item a seguir.
Quanto ao gênero textual, o texto classifica-se como uma
reportagem, pelo seu alto teor informativo.
Assinale a opção que apresenta o segmento de Machado de Assis que segue mais de perto essas instruções.
A viagem dos elefantes
Hoje quero falar sobre elefantes. Sei que a morte epidêmica cobre o mundo de sombras, sei que há desmandos, arbítrio, horror, que tudo isso merece nossa máxima atenção, mas peço licença para falar sobre elefantes. Não do elefante em sua carnadura genérica, não da nossa incerta ideia de elefante, isso não. O que cativa no momento minha concentração são elefantes específicos, quinze indivíduos-elefantes que fugiram de sua reserva natural e agora vagueiam por populosas províncias chinesas causando pasmo e sobressalto. Vagueiam há mais de um ano sem rumo e sem razão, até onde sabemos, mas é certo que nunca bem compreendemos a razão dos elefantes. “Entre falar e calar, um elefante sempre preferirá o silêncio”, já previu Saramago.
A notícia poderia se confundir com um desses acontecimentos frívolos que insistem em atravessar nossos graves e sérios, uma dessas histórias insólitas que nos distraem e nos alienam − e, sim, é bem capaz que não passe disso. Mas se destilo aqui algumas frases a respeito, é por achar que podemos sorver mais, que nesse caso pode haver algo de delicado e surpreendente a nos nutrir. Ou então por guardar a convicção, na esteira do grande crítico Auerbach, de que “qualquer acontecimento, se for possível exprimi-lo limpo e integralmente, interpretaria por inteiro a si próprio e aos seres humanos que dele participassem”, sendo esse um dos fins últimos da literatura. Aí está, na falta da razão dos elefantes encontrei a minha: escrevo sobre eles porque talvez possam dizer algo sobre nós, sobre nossa vontade de fugir, nossa ânsia por liberdade, dispersão, desterro.
Menos que fugir, esses elefantes exploram novos mundos, aventuram-se em novos territórios. São capazes de pisar o desconhecido sem achar que tudo sabem de partida, que não haverá nada para ver na próxima pradaria, nada que não resulte temível ou doentio. O mundo é ainda franco e aberto aos elefantes, o mundo é para eles o que talvez tenha chegado a ser para nós, em dia longínquo, prenhe de futuro. Têm ainda uma chance os elefantes, é isso o que descubro, é isso o que invejo ao vê-los vagar, entendendo enfim meu interesse excessivo.
(Adaptado de: FUKS, Julián. Lembremos do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 103-106, passim)
Atenção: Para responder à questão, leia a crônica “Tatu”, de Carlos Drummond de Andrade.
O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa de outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do plenilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz a claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia, quando saio precisamente para caçar? Como prover a minha subsistência, se de dia é aquela competição desvairada entre bichos, como entre homens, e de noite não me dão folga?
Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do interior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu.
Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar vivo um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Estava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa outra cor que as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua. Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como quem diz, diante de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê de inimigos maiores. Sem pressentir que o mais temível deles andava por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor universitário.
− Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madrugada?
− Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando todos roncam.
Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir qualquer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho. Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça; e jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde, nas profundas camadas do ser, e só permite que venha aflorar em noite de lua cheia!).
Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando agiu, já este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E outra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natureza depositou em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sereno narrador mentiu, sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na rua, a um vendedor de ocasião, quando tudo se vende, desde o mico à alma, se o PM não ronda perto.
Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e tratou de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira, e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite perdeu para ele seu encanto luminoso. A ideia de levá-lo para o zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se revela profundamente contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa em apelar para os bombeiros a fim de demolir o metrô tão rapidamente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e no luar do Corcovado.
Não é fábula. Eu compreendo o tatu.
RADAR: Esse aparelho, que baseia seu funcionamento na reflexão de ondas hertzianas, toma seu nome das iniciais das palavras inglesas radio detection and ranging, equivalentes a “detecção e localização por rádio”.
Esse segmento textual deve ser classificado como: