Questões de Português - Gêneros Textuais para Concurso

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Q1897972 Português
No que se refere às técnicas de redação, julgue o item.

O exemplo: “...com lábios vermelhos como sangue, cabelo negro como ébano e pele branca como a neve...” corresponde à tipologia textual narração.  
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Q1897971 Português
No que se refere às técnicas de redação, julgue o item.

A tipologia textual corresponde às características gerais que formam um determinado texto. Existem apenas quatro tipos textuais. São eles: narração; descrição; dissertação; e argumentação.  
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Q1896660 Português
Instrução: Leia o texto 3 a seguir e responda à questão que a ele se refere.

Texto 3  




Disponível em: https://bichinhosdejardim.com/tecnologia-que-agiliza/. Acesso em 25 out. 2021. 

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Sobre o Texto 3, é CORRETO afirmar:

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Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Prova: FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível Superior |
Q1895461 Português
Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto predominantemente expositivo é
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Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-RO Prova: FGV - 2021 - TCE-RO - Técnico Judiciário |
Q1895153 Português
“Por medo de contágio da Covid-19, muitos londrinos relutam a segurar o corrimão das escadas rolantes das estações de metrô. O resultado é um aumento nas quedas com risco de vida – alertaram as autoridades do transporte público nesta sexta-feira (17).” (Isto É, 17/09/2021)
Esse segmento exemplifica um tipo de texto denominado informativo, estruturado a partir de um emissor que se dirige a um receptor para modificar seu estado de conhecimento.
A informação crucial desse segmento é a de que:
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Q1894647 Português

Observe o texto descritivo a seguir.


“Entramos vagarosa e silenciosamente pela porta do laboratório às escuras; o cheiro do local era nauseabundo e havia uma substância pegajosa não identificada por todo o chão. Havia tubos de ensaio espalhados, como se os trabalhadores do local tivessem saído às pressas... Pelo amargo de nossas bocas, as expectativas eram as piores possíveis.”


A estratégia empregada nessa descrição é a de:

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Q1892748 Português
Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que tentam convencer-nos a adquirir determinado produto: são os chamados textos publicitários. Vejamos a seguir um exemplo desses textos.
É festa na fazenda! Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do rebanho. A Tristeza Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer fase da vida. Contudo, existe uma dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo dos animais. Com você, Ganaseg™ 7% & Kinetomax® Ganaseg™ 7% Combate da Babesiose (Piroplasmose) Curto período de carência para o leite (apenas 96 horas) Ótimo índice de segurança Kinetomax® Rápida ação contra a Anaplasmose Dose única Curto período de carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 4 dias para animais tratados via subcutânea) Xô, tristeza!

Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar que:
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Q1883759 Português
      Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos, ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”. 


Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O texto apresenta características do gênero parábola, pois constitui uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta.
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Q1882280 Português

O texto refere-se à questão. 



A Terra é chata


Estou a fim de concordar com os terraplanistas. Mas, antes, meu cérebro terá de virar uma pizza



Um novo planeta foi descoberto por um satélite da Nasa. Fica na primeira galáxia à direita depois do Sol, a cem anos-luz daqui. É um pouquinho maior que a terra e, como se constatou, redondo, em forma de globo.


Também como a Terra, gira em torno de si mesmo e de uma estrela e é dilatado nos polos e achatado no Equador, ou vice-versa. Eles o estão chamando de TOI 700 d, sendo TOI a sigla em inglês para “Objeto de Interesse do tess”. tess é a nova sensação das varreduras espaciais: um satélite caça-planetas. Desde que entrou em ação, em 2018, já achou três. 


Para descobrir um planeta, o tess passa 27 dias observando uma estrela, de olho em qualquer oscilação de seu brilho. O que, se acontecer, terá sido provocado pela passagem de um corpo celeste —um planeta— ao redor dela. A vida é meio parada no espaço, donde não há outras opções. Mas, para não restar dúvida, exige-se que tal oscilação se dê pelo menos três vezes. Cada operação congrega um batalhão de cientistas, quase todos nóbeis, fazendo cálculos fora do alcance da nossa aritmética escolar.


Pois é armado dessa aritmética de ábaco e de contar nos dedos que um grupo de novos pitecantropos afirma que a Terra é plana, não esférica. São os terraplanistas. Indiferentes a 2.500 anos de ensinamentos por gente como Pitágoras, Aristóteles, Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e Einstein, seus argumentos são os de uma criança de babador. Para eles, a terra é chata e em forma de pizza, como se pode constatar, dizem, olhando pela janela do avião.


Os cientistas de toda parte e de todos os tempos nos menti ram. As estações espaciais que, lá de cima, nos veem redondos e esféricos, não existem. A nasa é um estúdio de efeitos especiais. A lua também é chata. Marte, Vênus, Júpiter, idem. Eles acreditam nisso.


Estou propenso a concordar. Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.


CASTRO, Ruy. A terra é chata. Folha de S.Paulo. São Paulo, 20 jan. 2020. Disponível em: < htt ps://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2020/01/a-terra-e-chata.shtml>. Acesso em: 8 fev. 2020.

A respeito de variação linguística, avalie o que se afirma.

I – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra Nada na língua é por acaso, Castro usou predominantemente a norma culta.
II – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra Nada na língua é por acaso, Castro usou predominantemente a norma popular.
III – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra Nada na língua é por acaso, Castro usou predominantemente a norma-padrão.
IV – No segundo parágrafo, segundo período, na oração “Eles o estão chamando de TOI 700 d [...]”, o uso do pronome oblíquo “o” expressa uma construção da norma culta, conforme a exposição de Marcos Bagno, na obra Nada na língua é por acaso.

V – No quinto parágrafo, primeiro período, a concordância nominal usada pelo autor, “Os cientistas [...]”, ocorre na norma-padrão, mas não ocorre predominantemente na norma popular, na qual se flexiona somente o determinante: “Os cientista”.

Está correto apenas o que se afirma em

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Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MS Prova: IBFC - 2022 - MS - Tutor Médico |
Q1879724 Português
Leia o texto abaixo, para responder a questão:


Diferenciação entre os gêneros textuais: notícia e artigo de opinião.


Saber interpretar um texto, a partir do contexto de produção em que ele está inserido, é fundamental para a experiência cotidiana do leitor. A interpretação permite que saibamos diferenciar o conteúdo de uma notícia de jornal do de um artigo de opinião. Eles são gêneros textuais que nos propiciam a ter posturas diferentes quanto a suas leituras. Nesse ínterim, em teoria, no gênero textual notícia, não procuramos ler nas entrelinhas, pois as informações são factuais, não há linguagem subjetiva, não há duplo sentido. Já no gênero textual artigo de opinião é necessário saber ler nas entrelinhas, entender a linguagem subjetiva, entre outras estratégias de leitura que exigem posicionamento ativo na interpretação do que está escrito. Não podemos admitir que o teor de textos desse gênero seja formado de verdades absolutas. Devemos estar atentos para o contexto em que o artigo de opinião foi produzido, a fonte, as imagens (se houver), o autor e a data de publicação são, inicialmente, dados importantes para começarmos a leitura consciente de um artigo de opinião. (Texto desenvolvido especificamente para esta prova) 
Em relação à interpretação do texto analise as afirmativas abaixo:

I. A postura do leitor de um artigo de opinião e de uma notícia deve ser a mesma, ou seja, as estratégias de leitura e o foco de qualquer gênero textual não diferem.
II. Conhecer as especificidades dos dois gêneros textuais, notícia e artigo de opinião, auxilia na interpretação de seus conteúdos.
III. O gênero textual artigo de opinião raramente impõe a leitura nas entrelinhas e nem se utiliza da linguagem subjetiva.

Estão corretas as afirmativas:
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Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MS Prova: IBFC - 2022 - MS - Médico de Família e Comunidade |
Q1879676 Português
Utilize o texto abaixo para responder a questão.


“Fazer ‘turismo sustentável’ exige respeito ao meio ambiente e à cultura local; veja miniguia com dicas” Medidas simples podem melhorar a experiência do viajante enquanto beneficiam as comunidades visitadas, o ambiente e seu meio.


(Por Patrícia Figueiredo, G1. 04-abr-2019)


Observe os itens apresentados pelo Guia do desafio: turismo sustentável:

1 - Pesquise o destino: conheça a história, cultura e problemas locais.
2 - Busque a diversidade: os destinos têm só um cartãopostal e não são legais só na alta temporada.
3 - Escolha os serviços: pousada e agência regularizados pagam impostos que ajudam a manter o local.
4 - Respeite a natureza: não imponha som alto à fauna. Não deixe lixo na área, nem mate animais peçonhentos.
5 - Não explore os animais: andar de elefante ou nadar com golfinhos não é tão divertido para eles. Fuja de lembrancinhas feitas com produtos de origem animal.
6 - Cumpra as regras de visitação: não abra novas trilhas, não acenda fogueiras e não deixe marcas em grutas.
7 - Economize recursos naturais: água e eletricidade devem ser poupadas: os hotéis usam os recursos finitos do planeta.
8 - Prefira produtos e serviços locais: o lucro de grandes redes geralmente vai para o país onde a empresa foi criada.
9 - Respeite a cultura local: deixe o carro na pousada se vir uma procissão e cuidado para não entrar em locais privados sem permissão.
10 - Seja menos turista e mais viajante: não foque somente nas selfies, curta o meio, curta o ambiente, observe e compartilhe a experiência do nativo.


(Disponível em https://g1.globo.com/natureza/desafionatureza/noticia/2019/04/06/fazer-turismo-sustentavel-exigerespeito-ao-meio-ambiente-e-a-cultura-local-veja-miniguia-comdicas.ghtml)
De acordo com o texto, “O gênero textual injuntivo do texto é classificado como guia. Isso significa que esse é um gênero textual não literário. Suas características são:

I. Na tipologia textual, é formado pelo texto injuntivo, também chamado de texto instrucional.
II. Indica ordem, persuasão, orientação.
III. O modo verbal utilizado nos textos injuntivos, incluindo o gênero guia, é o futuro do pretérito.

Estão corretas as afirmativas.
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Q1878907 Português
Texto I


Um alerta contemporâneo


O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento, para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique o que não conseguimos explicar até agora.

O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.

Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá, esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo, quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.

O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais. É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.

No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.

Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo, chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus fatal pelo mundo afora.

O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao poder, como se fôssemos estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre lembrando que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e respeito, até conhecê-lo melhor.


Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado]

(Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/um-alertacontemporaneo-24305182)
O texto I é um artigo de opinião. Dentre outros recursos, para convencer o leitor da pertinência de seu ponto de vista, o autor:
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Q1873771 Português
Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense. O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei, para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de atividade criminosa” (Netinbag.com).
O texto 5 deve ser classificado predominantemente como: 
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Q1873755 Português
Texto 1
“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção acerca da materialidade, de autoria ou participação referente a um fato tido como criminoso” (Jus.com.br). 
O texto 1 pode ser classificado como: 
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Q1871313 Português

Aquela bola

        Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:

        - Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.

        - Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:

        - Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.

        - Deixa o menino, Luiz Otávio.

     - Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.

        - O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.

      - Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.

        - E se ele machucasse o Rubem?

       - E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.

        - Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?

        - Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.

        - Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?

        - Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.

        - É apenas futebol, Luiz Otávio.

        - Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….

        - Haverá – disse Rogério, no banco de trás.

        - O quê?

        - Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…

        - Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.

        - Luiz Otávio…

        - Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.

        - Como você, Luiz Otávio?

        - O quê?

        - Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.

        - Ora, Margarete…

        - Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!

        - Margarete…

        - Conta!

        - Eu estava falando em tese…

Luís Fernando Veríssimo

Luís Fernando Veríssimo é um dos mais aclamados cronistas da atualidade. Assinale a alternativa que defina de forma mais precisa o gênero discursivo crônica:
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Q1865536 Português

Leia o Texto III a seguir para responder à questão.


Texto III


Considerando-se as características e a função do gênero textual que exemplifica, a linguagem do Texto III é essencialmente 
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Q1855681 Português
Observe o seguinte texto, de responsabilidade de uma secretaria estadual de trânsito: “NÃO JOGUE FORA SUA VIDA NUMA ULTRAPASSAGEM. Não deixe que a pressa converta sua viagem num jogo perigoso ou estará arriscando sua vida em cada ultrapassagem. Se você não tem toda a situação a seu favor, não ultrapasse. A vida não é um jogo e seu encontro com as férias sempre pode esperar um pouco mais. A vida é a viagem mais formosa.”
Sobre esse pequeno texto, é correto afirmar que: 
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Q1853047 Português

    Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício.

Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. 

Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item.


Memórias do Cárcere é considerada uma obra híbrida, resultado da combinação de autobiografia, memorialismo, ensaio e romance. 

Alternativas
Q1850392 Português

O texto que segue faz parte de uma campanha educativa do governo federal com relação à ingestão de bebidas alcoólicas por motoristas. Leia-o atentamente, de modo a responder o que se pede. 


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No processo de criação textual, o autor mobiliza um série de conhecimentos – do gênero, da estrutura composicional e linguístico para atingir seu propósito comunicativo. Nesse sentido, avalie as proposições abaixo, sobre a sua organização.


I- Há predominância de formas verbais no modo imperativo, por se tratar de frases de caráter injuntivo, muito comum no gênero “manual”.

II- São apresentadas, no manual do pegador, várias orientações que se espera que sejam atendidas, para evitar imprudências, e, sobretudo, prevenir acidentes no trânsito, a exemplo da recomendação (6).

III- Todas as ocorrências do verbo PEGAR, nas 6 “instruções”, com exceção da expressão “pro bicho não pegar”, revelam o emprego do termo no sentido denotativo, como forma de dar mais clareza à informação.


É CORRETO o que se afirma apenas em: 

Alternativas
Q1837298 Português

Obs.: As questões se apoiam em frases do discurso publicitário ou de propaganda.

Assinale a opção que indica o texto publicitário que se utiliza de uma marca específica do texto poético tradicional.
Alternativas
Respostas
141: E
142: E
143: B
144: C
145: E
146: C
147: C
148: C
149: B
150: E
151: C
152: B
153: B
154: D
155: B
156: C
157: B
158: C
159: B
160: C