Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

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Q3073331 Português

AMORES VIRTUAIS

Chegou à conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas, chegando perto do fúnebre abismo dos 30 anos, chegou à conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.

Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de infância? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?

Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor (a) Preferido (a), achou que Xuxa ia passar uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Süskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou à conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.

No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades, que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela. Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características – encaradas como “defeito” sob os exigentes olhos de mulher que imagina estar fadada à vida monástica – e inventando outras qualidades; sim, se ela agia de tal forma, não seria difícil imaginar que outros agiriam da mesma maneira. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado “Poeta Coruscante”, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Zezé, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.  

Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro, e foi assistir emocionada, a mais uma eliminatória de A Fazenda. 


Juliano Martinz (adaptado) - Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas-engracadas/amores-virtuais/. Acesso em: 04 de maio 2022. 

Nos excertos abaixo, é possível inferir sobre a sujeição e a tentativa da personagem de se enquadrar em padrões estéticos ou comportamentais estabelecidos, EXCETO em: 
Alternativas
Q3073328 Português

Lygia Fagundes Telles e uma aula de horror em “Venha ver o pôr do sol”  


No dia 3 de abril de 2022, o Brasil perdeu uma de suas principais vozes literárias. Consagrada por crítica e público, lida tanto nas universidades quanto nas escolas e traduzida para inúmeros idiomas, a paulistana Lygia Fagundes Telles deixa uma obra de imenso valor, composta por coletâneas de contos e romances que figuram em qualquer lista de melhores títulos da literatura brasileira no século 20. 

Marcas reconhecidas dessa produção são a profundidade psicológica de personagens, a dedicação às filigranas da escrita e o teor político subjacente à composição ficcional. Mas outras características de Telles são igualmente importantes, como a expressão do sobrenatural, do mágico e, por que não?, do horror. 


(OSCAR NESTAREZ - Revista Galileu - 14 ABR 2022) - adaptado 

O verbete “filigranas”, grafado no texto anterior, pode ter o seu significado, nesse contexto, compreendido como:
Alternativas
Q3073296 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
No trecho “É um nada a um tempo vazio e rico”, a expressão “a um tempo” poderia ser substituída, sem prejuízo ao sentido pretendido pelo autor, por: 
Alternativas
Q3073295 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
No quarto parágrafo, a autora faz referência a algo que considera ser uma “coisa rara”. Marque a alternativa que a indica. 
Alternativas
Q3073292 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
Com relação à expressão “escuridão clara”, presente no segundo parágrafo do texto, pode-se afirmar que traz a figura de linguagem denominada: 
Alternativas
Q3073289 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
No primeiro parágrafo do texto, a autora faz referência a uma “escuridão toda escura”. Marque a alternativa que indica a figura de linguagem presente nessa expressão. 
Alternativas
Q3073288 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
Com base na interpretação do texto, pode-se afirmar que, para a sua autora, a insônia representava um algo essencialmente: 
Alternativas
Q3073223 Português
Assinale a alternativa em que as duas primeiras orações foram reescritas corretamente em um único período composto. 
Alternativas
Q3073220 Português
Avaliação Econômica em Saúde

A saúde no Brasil apresentou mudanças expressivas que provocaram um crescimento acelerado dos gastos nessa área, e uma das principais causas foi o desenvolvimento tecnológico de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas – que, na grande maioria das vezes, são mais eficazes, mas ao mesmo tempo mais dispendiosas.
      Torna-se crítico, portanto, para qualquer serviço de saúde, estabelecer políticas bem definidas de adoção, manutenção e incorporação de novas tecnologias no sistema para minimizar os aspectos negativos e, assim, contribuir para uma maior qualidade dos serviços de saúde, maximizando-se os ganhos em saúde com o bom uso dos recursos disponíveis. A tomada de decisão deve apoiar-se em avaliações criteriosas que levem em consideração aspectos clínicos e econômicos. É nesse campo que se desenvolve a avaliação econômica em saúde, parte das avaliações de tecnologias em saúde. Países como a Inglaterra, País de Gales e Canadá criaram instituições que se dedicam a tais políticas. No Brasil, o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde tem estimulado o desenvolvimento da avaliação econômica e sua participação na tomada de decisões relacionadas à incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
      A avaliação econômica em saúde visa a responder basicamente duas grandes questões: “A estratégia de saúde em questão é vantajosa quando comparada com alternativas que poderiam ser implementadas com esses recursos?” e “Estamos cientes e de acordo que os recursos sejam usados dessa maneira e não de outra?”.
      Os principais métodos de avaliação econômica utilizados na área da saúde são: a análise custo-benefício, análise de minimização de custos, análise custo-efetividade e análise custo-utilidade. Nosso foco central é a análise custo-benefício, que se destaca nas avaliações econômicas, por ser considerada mais abrangente e que contempla todos os aspectos da eficiência alocativa de determinado programa. Por ser um método no qual os custos e benefícios são relatados usando a métrica comum das unidades monetárias, resultados de diferentes estudos são comparáveis e permitem avaliar o quanto a sociedade está disposta a pagar pelos efeitos de programas ou políticas públicas.
      Nesse contexto de desigualdades sociais e escassez de recursos para o financiamento da saúde, a avaliação de custo-benefício de ações e de serviços é essencial para a elaboração de estratégias e programas que respondam às reais necessidades da população. Embora se possa avaliar eficácia (influência de inovações tecnológicas), efetividade (grau de aproximação aos aprimoramentos possíveis) e eficiência (economia de custos sem prejuízo de metas), a utilização de avaliações em saúde deve justificar estratégias e programas e auxiliar na racionalização dos gastos públicos, e o conceito de eficiência é o nosso foco.
      Pela utilização dos índices de morbidade e mortalidade infantil como importantes indicadores de saúde do país, observa-se que as causas infecciosas vêm decaindo como responsáveis pela taxa total de óbitos na infância. À medida que problemas infectocontagiosos estão sendo resolvidos e que se aumenta a capacidade de manter vivos maior número de recém-nascidos, os problemas de ordem congênita e hereditária se tornam pertinentes e de relevância na saúde pública, devendo ser alvo de ações e políticas de saúde específicas.

CAMELO JUNIOR, José Simon et al. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/8MhgHV8m6HjTBQjfnDCJCkv/. Acesso em 08 de fev 2024. Fragmento adaptado.
Assinale a frase em que todas as palavras sublinhadas apresentam sentido figurado (conotativo). 
Alternativas
Q3073219 Português
Avaliação Econômica em Saúde

A saúde no Brasil apresentou mudanças expressivas que provocaram um crescimento acelerado dos gastos nessa área, e uma das principais causas foi o desenvolvimento tecnológico de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas – que, na grande maioria das vezes, são mais eficazes, mas ao mesmo tempo mais dispendiosas.
      Torna-se crítico, portanto, para qualquer serviço de saúde, estabelecer políticas bem definidas de adoção, manutenção e incorporação de novas tecnologias no sistema para minimizar os aspectos negativos e, assim, contribuir para uma maior qualidade dos serviços de saúde, maximizando-se os ganhos em saúde com o bom uso dos recursos disponíveis. A tomada de decisão deve apoiar-se em avaliações criteriosas que levem em consideração aspectos clínicos e econômicos. É nesse campo que se desenvolve a avaliação econômica em saúde, parte das avaliações de tecnologias em saúde. Países como a Inglaterra, País de Gales e Canadá criaram instituições que se dedicam a tais políticas. No Brasil, o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde tem estimulado o desenvolvimento da avaliação econômica e sua participação na tomada de decisões relacionadas à incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
      A avaliação econômica em saúde visa a responder basicamente duas grandes questões: “A estratégia de saúde em questão é vantajosa quando comparada com alternativas que poderiam ser implementadas com esses recursos?” e “Estamos cientes e de acordo que os recursos sejam usados dessa maneira e não de outra?”.
      Os principais métodos de avaliação econômica utilizados na área da saúde são: a análise custo-benefício, análise de minimização de custos, análise custo-efetividade e análise custo-utilidade. Nosso foco central é a análise custo-benefício, que se destaca nas avaliações econômicas, por ser considerada mais abrangente e que contempla todos os aspectos da eficiência alocativa de determinado programa. Por ser um método no qual os custos e benefícios são relatados usando a métrica comum das unidades monetárias, resultados de diferentes estudos são comparáveis e permitem avaliar o quanto a sociedade está disposta a pagar pelos efeitos de programas ou políticas públicas.
      Nesse contexto de desigualdades sociais e escassez de recursos para o financiamento da saúde, a avaliação de custo-benefício de ações e de serviços é essencial para a elaboração de estratégias e programas que respondam às reais necessidades da população. Embora se possa avaliar eficácia (influência de inovações tecnológicas), efetividade (grau de aproximação aos aprimoramentos possíveis) e eficiência (economia de custos sem prejuízo de metas), a utilização de avaliações em saúde deve justificar estratégias e programas e auxiliar na racionalização dos gastos públicos, e o conceito de eficiência é o nosso foco.
      Pela utilização dos índices de morbidade e mortalidade infantil como importantes indicadores de saúde do país, observa-se que as causas infecciosas vêm decaindo como responsáveis pela taxa total de óbitos na infância. À medida que problemas infectocontagiosos estão sendo resolvidos e que se aumenta a capacidade de manter vivos maior número de recém-nascidos, os problemas de ordem congênita e hereditária se tornam pertinentes e de relevância na saúde pública, devendo ser alvo de ações e políticas de saúde específicas.

CAMELO JUNIOR, José Simon et al. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/8MhgHV8m6HjTBQjfnDCJCkv/. Acesso em 08 de fev 2024. Fragmento adaptado.
Considerando o que se afirma no texto, assinale a alternativa correta
Alternativas
Q3073218 Português
Avaliação Econômica em Saúde

A saúde no Brasil apresentou mudanças expressivas que provocaram um crescimento acelerado dos gastos nessa área, e uma das principais causas foi o desenvolvimento tecnológico de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas – que, na grande maioria das vezes, são mais eficazes, mas ao mesmo tempo mais dispendiosas.
      Torna-se crítico, portanto, para qualquer serviço de saúde, estabelecer políticas bem definidas de adoção, manutenção e incorporação de novas tecnologias no sistema para minimizar os aspectos negativos e, assim, contribuir para uma maior qualidade dos serviços de saúde, maximizando-se os ganhos em saúde com o bom uso dos recursos disponíveis. A tomada de decisão deve apoiar-se em avaliações criteriosas que levem em consideração aspectos clínicos e econômicos. É nesse campo que se desenvolve a avaliação econômica em saúde, parte das avaliações de tecnologias em saúde. Países como a Inglaterra, País de Gales e Canadá criaram instituições que se dedicam a tais políticas. No Brasil, o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde tem estimulado o desenvolvimento da avaliação econômica e sua participação na tomada de decisões relacionadas à incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
      A avaliação econômica em saúde visa a responder basicamente duas grandes questões: “A estratégia de saúde em questão é vantajosa quando comparada com alternativas que poderiam ser implementadas com esses recursos?” e “Estamos cientes e de acordo que os recursos sejam usados dessa maneira e não de outra?”.
      Os principais métodos de avaliação econômica utilizados na área da saúde são: a análise custo-benefício, análise de minimização de custos, análise custo-efetividade e análise custo-utilidade. Nosso foco central é a análise custo-benefício, que se destaca nas avaliações econômicas, por ser considerada mais abrangente e que contempla todos os aspectos da eficiência alocativa de determinado programa. Por ser um método no qual os custos e benefícios são relatados usando a métrica comum das unidades monetárias, resultados de diferentes estudos são comparáveis e permitem avaliar o quanto a sociedade está disposta a pagar pelos efeitos de programas ou políticas públicas.
      Nesse contexto de desigualdades sociais e escassez de recursos para o financiamento da saúde, a avaliação de custo-benefício de ações e de serviços é essencial para a elaboração de estratégias e programas que respondam às reais necessidades da população. Embora se possa avaliar eficácia (influência de inovações tecnológicas), efetividade (grau de aproximação aos aprimoramentos possíveis) e eficiência (economia de custos sem prejuízo de metas), a utilização de avaliações em saúde deve justificar estratégias e programas e auxiliar na racionalização dos gastos públicos, e o conceito de eficiência é o nosso foco.
      Pela utilização dos índices de morbidade e mortalidade infantil como importantes indicadores de saúde do país, observa-se que as causas infecciosas vêm decaindo como responsáveis pela taxa total de óbitos na infância. À medida que problemas infectocontagiosos estão sendo resolvidos e que se aumenta a capacidade de manter vivos maior número de recém-nascidos, os problemas de ordem congênita e hereditária se tornam pertinentes e de relevância na saúde pública, devendo ser alvo de ações e políticas de saúde específicas.

CAMELO JUNIOR, José Simon et al. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/8MhgHV8m6HjTBQjfnDCJCkv/. Acesso em 08 de fev 2024. Fragmento adaptado.
Assinale a alternativa que melhor resume o texto. 
Alternativas
Q3072906 Português
Assinale, entre as alternativas abaixo, a palavra que é antônima de racional:
Alternativas
Q3072903 Português
Assinale, entre as alternativas abaixo, a palavra sinônima de excedente: 
Alternativas
Q3072901 Português

O bicho-preguiça

(Henriqueta Lisboa)


    Dizem que o gato tem sete fôlegos e que o bicho-preguiça tem sete preguiças.

    Uma vez, uma preguiça estava embaixo de uma embaúba esperando ela florescer. Quando as flores roxas viessem, a preguiça, que é muito gulosa por bananinhas de embaúba, começava a subir. Pensava que, até chegar lá em cima, já as frutas tinham vindo e estavam maduras.

    Então ela foi subindo, subindo. Sete anos se passaram. Sete vezes a embaúba floresceu e frutificou. Quando a preguiça acabou a viagem e ia comer os frutos, arrebentou o galho, e ela veio para o chão que nem um bolo. Santa paciência! Voltou à árvore e começou a subir, mas sete anos.

    Ainda está lá.

Qual o destino da preguiça após a queda do galho?
Alternativas
Q3072900 Português

O bicho-preguiça

(Henriqueta Lisboa)


    Dizem que o gato tem sete fôlegos e que o bicho-preguiça tem sete preguiças.

    Uma vez, uma preguiça estava embaixo de uma embaúba esperando ela florescer. Quando as flores roxas viessem, a preguiça, que é muito gulosa por bananinhas de embaúba, começava a subir. Pensava que, até chegar lá em cima, já as frutas tinham vindo e estavam maduras.

    Então ela foi subindo, subindo. Sete anos se passaram. Sete vezes a embaúba floresceu e frutificou. Quando a preguiça acabou a viagem e ia comer os frutos, arrebentou o galho, e ela veio para o chão que nem um bolo. Santa paciência! Voltou à árvore e começou a subir, mas sete anos.

    Ainda está lá.

Quantos anos se passaram desde que a preguiça iniciou sua subida?
Alternativas
Q3072899 Português

O bicho-preguiça

(Henriqueta Lisboa)


    Dizem que o gato tem sete fôlegos e que o bicho-preguiça tem sete preguiças.

    Uma vez, uma preguiça estava embaixo de uma embaúba esperando ela florescer. Quando as flores roxas viessem, a preguiça, que é muito gulosa por bananinhas de embaúba, começava a subir. Pensava que, até chegar lá em cima, já as frutas tinham vindo e estavam maduras.

    Então ela foi subindo, subindo. Sete anos se passaram. Sete vezes a embaúba floresceu e frutificou. Quando a preguiça acabou a viagem e ia comer os frutos, arrebentou o galho, e ela veio para o chão que nem um bolo. Santa paciência! Voltou à árvore e começou a subir, mas sete anos.

    Ainda está lá.

Qual a principal motivação da preguiça para subir na embaúba?
Alternativas
Q3072792 Português
Leia os versos abaixo para responder à questão:


Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.”

(Fernando Pessoa)
No primeiro verso, sublinhado, temos a presença da seguinte figura de linguagem: 
Alternativas
Q3072723 Português
Em “O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância.” temos a presença da seguinte figura de linguagem: 
Alternativas
Q3072716 Português
Congresso Internacional do Medo
(Carlos Drummond de Andrade)


Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das
igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos
democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da
morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e
medrosas.
O poema "Congresso Internacional do Medo" apresenta uma visão:
Alternativas
Q3072715 Português
Congresso Internacional do Medo
(Carlos Drummond de Andrade)


Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das
igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos
democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da
morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e
medrosas.
A expressão "medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos" sugere:
Alternativas
Respostas
3241: B
3242: E
3243: C
3244: D
3245: D
3246: D
3247: B
3248: B
3249: A
3250: D
3251: E
3252: A
3253: B
3254: B
3255: B
3256: C
3257: C
3258: D
3259: B
3260: C