Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia - pronomes em português

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Q730775 Português
O livro da solidão
     Os senhores todos conhecem a pergunta famosa universalmente repetida: “Que livro escolheria para levar consigo, se
tivesse de partir para uma ilha deserta...?”
    Vêm os que acreditam em exemplos célebres e dizem naturalmente: “Uma história de Napoleão.” Mas uma ilha deserta nem sempre é um exílio... Pode ser um passatempo...
     Não sei se muita gente haverá reparado nisso – mas o Dicionário é um dos livros mais poéticos, se não mesmo o mais
poético dos livros. O dicionário tem dentro de si o universo completo.
    O dicionário é o mais democrático dos livros. Muito recomendável, portanto, na atualidade. Ali, o que governa é a disciplina das letras. Barão vem antes de conde, conde antes de duque, duque antes de rei. Sem falar que antes do rei também está o presidente.
    O dicionário responde todas as curiosidades, e tem caminhos para todas as filosofias. Vemos as famílias de palavras, longas, acomodadas na sua semelhança, – e de repente os vizinhos tão diversos! Nem sempre elegantes, nem sempre decentes, – mas obedecendo a lei das letras, cabalística como a dos números...
     O dicionário explica a alma dos vocábulos: a sua hereditariedade e as suas mutações.
     E as surpresas de palavras que nunca se tinham visto nem ouvido! Raridades, horrores, maravilhas...
     E como o bom uso das palavras e o bom uso do pensamento são uma coisa só e a mesma coisa, conhecer o sentido de
cada uma é conduzir-se entre claridades, é construir mundos tendo como laboratório o dicionário, onde jazem, catalogados, todos os necessários elementos.
   Eu levaria o dicionário para a ilha deserta. O tempo passaria docemente, enquanto eu passeasse por entre nomes conhecidos e desconhecidos, nomes, sementes e pensamentos e sementes das flores de retórica.
    Poderia louvar melhor os amigos, e melhor perdoar os inimigos, porque o mecanismo da minha linguagem estaria mais ajustado nas suas molas complicadíssimas. E sobretudo, sabendo que germes pode conter uma palavra, cultivaria o silêncio, privilégio dos deuses, e ventura suprema dos homens.
(São Paulo, Folha da Manhã, 11 de julho de 1948, Cecília Meireles)
Quanto à classe de palavras, assinale a relação INCORRETA:
Alternativas
Q730701 Português
Assinale a alternativa que a preposição entre parênteses NÃO está adequada, antecedida ao pronome relativo.
Alternativas
Q730524 Português

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

A respeito da palavra “defenestração”, o cronista diz ter procurado seu significado no dicionário “Aurelião”. De acordo com o texto e considerando o significado que ele encontrou, a palavra se classifica como um substantivo feminino. Considerando uma passagem anterior no texto, a mesma palavra poderia ser classificada como:
Alternativas
Q730480 Português

Texto A

Apoio estratégico 

O ensino da língua portuguesa é vital ao desenvolvimento de outras disciplinas

    Quando na década de 80 o então presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado, que tinha o fim de combater a inflação e estabilizar a economia, um cidadão de Curitiba, à pergunta se a situação tinha melhorado, vacilou, tremeu os lábios, gaguejou um pouco e disse, por fim: "está piorando menos".

    É o que está ocorrendo com nosso ensino. Ainda é ruim em muitos níveis e áreas? É. Mas está piorando menos. Há vários indicadores dessas melhoras e uma delas é que agora temos uma universidade, a USP, entre as 70 mais importantes do mundo. É pouco ter uma única universidade brasileira entre as cem mais? É. Mas está piorando menos.

    Ainda temos sérias deficiências, apesar de passos decisivos dados nas direções corretas, tanto no setor público como no privado. Boa parte dos médicos mais qualificados dos hospitais referenciais do Brasil estudou em escolas públicas, o mesmo acontecendo nos concursos para ocupação de carreiras de Estado e postos gerenciais nas empresas.

    Nessas mudanças, o ensino da disciplina língua portuguesa cumpre função estratégica. Os professores de quaisquer outras matérias alcançam mais facilmente os objetivos traçados nos projetos pedagógicos, se eles e os alunos são bons em português! 

    É frequente que haja prejuízos mútuos no processo de ensino e aprendizagem quando proliferam erros constantes de ortografia e sintaxe. Na Medicina e no Direito, tais equívocos podem matar o paciente ou levar o cliente para a cadeia. A diferença entre veneno e remédio pode ser uma letra apenas. E um enfermeiro que lê mal uma instrução do médico pode matar aquele que ambos querem salvar.

    Apesar de erros ortográficos serem os mais fáceis de perceber, os prejuízos da falta de clareza e de lógica, na fala como na escrita, se não são decisivos como o são na Medicina e no Direito, são igualmente deploráveis. E por quê? Porque quem fala e escreve sem clareza dá indícios de que ouve e lê pouco, e essa deficiência é capital para muitas outras.

SILVA, Deonísio da. Apoio estratégico. Revista Língua Portuguesa. Ano 7, nº 78, p.62, Abril 2012.

Analise as afirmativas abaixo e selecione a alternativa adequada. I. O uso do pronome “nosso”, na primeira frase do segundo parágrafo, estabelece a ideia de inclusão. II. O adjetivo “boa”, no terceiro parágrafo, não é relativo a “que tem bondade”. III. Em “tais equívocos” e “essa deficiência”, pode-se dizer que as palavras “tais” e “essa” desempenham o mesmo papel.
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Q728912 Português

O elemento linguístico que constitui outra forma de uso de “pelas quais” (Imagem associada para resolução da questão. 6), sem alterar a correção gramatical e semântica do período.

Alternativas
Q728397 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

QUESTÃO 04 Em relação às classes de palavras, assinale a alternativa que classifica corretamente, e respectivamente, os vocábulos em destaque, no seguinte trecho: “ comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.”
Alternativas
Q726542 Português
Variabilidade na invariabilidade

    Uma pergunta que se poderia fazer é a seguinte: se discursos de natureza muito diferente utilizam-se dos mesmos elementos semânticos, como, por exemplo, liberdade, felicidade, justiça, de que maneira se pode distingui-los?
    É preciso estabelecer uma diferença entre um nível profundo e um nível de superfície. Por exemplo, numa história de fadas, o príncipe necessita sempre de um objeto mágico para vencer seu oponente e ficar com a princesa. Numa história, é um anel mágico; noutra, é uma espada mágica e assim por diante. Os elementos semânticos que aparecem na superfície (um objeto mágico determinado) são variações que concretizam um elemento semântico invariante, mais abstrato e mais profundo, o poder-vencer.
    A liberdade pode ser concretizada, por exemplo, como "evasão espacial" (ida para uma ilha no Pacífico Sul, ida para um lugar perdido na floresta amazônica) ou como ''evasão temporal" (volta à infância). O discurso de muitos poetas românticos concretiza assim a liberdade. No entanto, a liberdade poderia ainda aparecer na superfície como “direito à diferença, à singularidade" (observe-se o discurso de certas minorias) ou como "não-exploração", que poderia ser a forma de um partido operário entender a liberdade
    Analisando, cuidadosamente, a maneira como um elemento semântico da estrutura profunda se concretiza, não vamos confundir dois ou três discursos distintos só porque todos eles falam em liberdade. É importante verificar em cada um deles o que é que "liberdade" significa, isto é, como é que ela é concretizada.
    Cada um dos níveis não tem apenas uma semântica, tem também uma sintaxe própria. Não interessa, porém, neste trabalho, expor todos os elementos da sintaxe do nível profundo e do nível superficial, pois estamos fazendo todas essas distinções com a finalidade de precisar o nível em que a linguagem sofre determinações sociais.
    Podemos agora determinar com maior precisão o componente da linguagem em que percebemos com toda a nitidez a determinação ideológica. Dissemos anteriormente que era a semântica discursiva que mostrava, com clareza, uma maneira de ver o mundo de uma dada sociedade numa determinada época. Isso, a nosso ver, está correto, pois não é indistinto falar da "liberdade" ou da "ordem", da "riqueza" ou do "amor ao próximo". No entanto, estudar as coerções ideológicas só com os elementos da estrutura profunda pode, como já mostramos, falsear a análise. É no nível superficial, isto é, na concretização dos elementos semânticos da estrutura profunda, que se revelam, com plenitude, as determinações ideológicas. Os discursos que consideram a liberdade como "direito à diferença" ou como "não-exploração da força de trabalho'' pertencem a universos ideológicos distintos .
    Além disso, dois discursos podem trabalhar com os mesmos elementos semânticos e revelar duas visões de mundo completamente diferentes, porque o falante pode dar valores distintos aos elementos semânticos que utiliza. Alguns são considerados eufóricos, isto é, são valorizados positivamente; outros, disfóricos, ou seja, são valorizados negativamente. O conto A gata borralheira e o romance Justine, do Marquês de Sade, colocam em jogo praticamente as mesmas oposições semânticas: submissão, humildade, amor ao próximo, bondade vs. prepotência, orgulho, maldade, cinismo. No primeiro dos textos, são eufóricas as virtudes da submissão e da humildade, que são recompensadas, e disfóricos o orgulho e a prepotência, que são castigados. No segundo texto, eufóricos são os elementos valorizados negativamente no primeiro texto e disfóricos, os valorizados positivamente.

FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ática, 2007.
Não interessa, porém, neste trabalho, expor todos os elementos da sintaxe do nível profundo e do nível superficial, pois estamos fazendo todas essas distinções com a finalidade de precisar o nível em que a linguagem sofre determinações sodais.
O pronome dêitico neste, no enunciado anterior, tem a mesma função em:
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Q720484 Português

Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens ultrapassados, Imagem associada para resolução da questão deveriam ceder lugar a edificações mais arrojadas.

Preenche corretamente a lacuna I da frase o que se encontra em:

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Q720483 Português

Os árabes usavam mosaicos de azulejos para ornamentar as paredes de seus palácios, conferindo às paredes brilho e ostentação. Influenciados pela técnica mourisca, artesãos espanhóis e portugueses simplificaram a técnica e adaptaram a técnica aos padrões ocidentais.

Fazendo-se as devidas alterações, os elementos sublinhados acima estão corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

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Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: FUNRIO - 2016 - IF-BA - Assistente de Alunos |
Q714144 Português
Nas comunicações oficiais a serem mantidas com uma instituição de ensino cujo cargo máximo é o de Reitor, deve-se atribuir a ele a seguinte forma de tratamento:
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Q713998 Português

Leia os textos baseados no livro “Falando de grana”, de Patrícia Broggi, para responder à questão.



(Folha de S.Paulo, 04.12.2010. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está corretamente colocado na frase em:
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Q711210 Português
“Bloqueio do WhatsApp viola direito à liberdade de expressão”, diz Lewandowski
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, suspendeu a decisão da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias (RJ).
    O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, suspendeu a decisão da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, que havia bloqueado o serviço do WhatsApp em todo o país nesta terça-feira (19), determinando o restabelecimento imediato do funcionamento do aplicativo.
    O ministro argumenta que o bloqueio “não se mostra razoável” e gera “insegurança jurídica” a seus usuários. “A suspensão do serviço do aplicativo WhatsApp (...) parece-me violar o preceito fundamental da liberdade de expressão aqui indicado, bem como a legislação de regência sobre o tema. Ademais, a extensão do bloqueio a todo o território nacional afigura-se, quando menos, medida desproporcional ao motivo que lhe deu causa”, escreveu o presidente da Corte.
    Lewandowski não analisa o mérito do processo, em que a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza determinou que o Facebook, dono do aplicativo, revele o conteúdo de mensagens para uma investigação policial. Para o ministro, o tema constitui “matéria de alta complexidade técnica, a ser resolvida no julgamento do mérito da própria ação”.
(Bruno Boghossian. 19/07/2016. Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/experiencias-digitais/noticia/2016/07/lewandowski-cita-direitoliberdade-de-expressao-ao-suspender-bloqueio-do-whatsapp.html.)
Em “[...] medida desproporcional ao motivo que lhe deu causa [...]” (2º§) o termo destacado é utilizado de forma anafórica, estabelecendo retomada que tem como referente:
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Q710692 Português

Atenção: Considere o texto a seguir para responder à questão.

Quando as crianças saírem de férias

    Tenho certeza absoluta de que em nenhum fim de junho passou pela cabeça da minha mãe o que ela faria com cinco crianças de férias dentro de casa, durante um mês. Férias eram sagradas, de 01 a 31 de julho, todos os anos. Lembro-me bem dela recolhendo os nossos uniformes do colégio e levando para lavar quando o primeiro dia de férias chegava. Só isso. As férias, propriamente ditas, eram por nossa conta.

    Quando vejo, nos telejornais, matérias e mais matérias que só faltam dizer que as férias de julho em casa com as crianças correm o risco de ser um verdadeiro inferno, penso na minha mãe. Os repórteres dão mil sugestões para preencher as vinte e quatro horas diárias das crianças, durante o mês inteirinho.

    As mães de hoje, descabeladas, começam a planejar: uma semana no acampamento, depois um dia vão ao cinema, no outro ao teatrinho, no terceiro à lanchonete, no quarto ao clube, no quinto ao parque, no sexto à casa dos avós, no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher.

    Nossas férias começavam cedo. Acordávamos às seis da manhã, comíamos um pão com manteiga, bebíamos um copo de leite e descíamos para o quintal. Era um espaço em que havia galinhas, coelhos, porquinhos-da-índia, cachorro, pombos, passarinhos, caixotes, carrinhos, cordas, árvores, tijolos, muros e muito mais.

    Nenhuma preocupação passava pela cabeça da minha mãe naqueles trinta e um dias de julho. De vez em quando ela entrava em ação quando um chegava com o joelho ralado, o cotovelo esfolado ou uma picada de abelha. Ela lavava o ferimento com água e sabão, passava mercúrio cromo e pronto, estávamos novinhos em folha.

    No dia 01 de agosto a cortina das férias se fechava. Na noite de 31 de julho, minha mãe abria o armário e tirava o uniforme de cada um, limpinho, cheirando a novo. E a vida continuava.

(Adaptado de: VILLAS, Alberto. Disponível em: www.cartacapital.com.br/cultura/quando-as-criancas-sairem-de-ferias)

Lembro-me bem dela recolhendo os nossos uniformes do colégio e levando para lavar... (1º parágrafo)

Para que a expressão os nossos uniformes do colégio seja corretamente retomada por um pronome, o segmento sublinhado deve ser substituído por:

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Q709878 Português

Texto CB1A1AAA


Clarice Lispector. Amor. In: Laços de família.

Rio de Janeiro: Rocco, 2009, p. 20-1

Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue o item que se segue.

Em “Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto” (l. 19 e 20), o agente da forma verbal “Olhando” corresponde ao referente do pronome “seu”.
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Q708576 Português

                                                      A crise segundo Albert Einstein


Levando-se em conta o seguinte período “Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo” (linha 07) e o emprego dos pronomes oblíquos e átonos dele constantes, deve-se afirmar corretamente que:
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Q705187 Português

Os netos de Lennon 

Nada como umas boas férias para sofrer uma crise histérica com as crianças. Não com todas, é claro. Refiro-me a um tipo especial de anjinho, cada vez mais frequente na cidade. Seus pais, tios e avós amavam os Beatles e os Rolling Stones. Frutos de uma omelete de teorias libertárias, as gracinhas podem tudo – e atormentam a todos. Há três semanas, um casal foi almoçar lá em casa, com a filha. Servi macarrão com molho al pesto. 

A sinhazinha, do alto dos seus 7 anos, experimentou, torceu o nariz e declarou aos gritos: 

– Está horrível, horrível!

Disfarcei achando que a mãe devia estar morta de vergonha. Coisa nenhuma. Estava feliz, até orgulhosa:

– Minha filha é muito autêntica.

A autêntica começou a bater a colher no prato, espalhando o molho verde pela toalha de renda. Arreganhei os lábios, tenso. O pai sorriu:

– Acho que você não foi muito feliz no cardápio. Ela prefere sundae. Tem mania de misturar sorvete com bacon.

Prometi intimamente servir dobradinha com açúcar queimado se alguma vez os encontrasse de novo pela frente. Quando eu era pequeno, minha mãe me obrigava a comer um pouco e fingir que gostava.

Agora, devo continuar gentil enquanto a jovem gourmande atira um fiapo de espaguete nos meus óculos.

Recentemente, em uma livraria, vi um menino agarrar o rolo de papel da máquina de calcular da caixa. Enquanto a pobre moça tentava salvar suas contas, a mãe assistia à cena placidamente. Conheço outro garoto que, mal chegado à casa alheia, atira-se com os sapatos sujos sobre o sofá, pula nas almofadas e agarra os cinzeiros de vidro sem ouvir um ah! Da mãe, que mantêm a expressão extasiada porque ele "é muito esperto". Estive próximo de um ataque cardíaco certa vez em que decidi levá-lo a passear no shopping. Correr atrás dele pelas lojas equivaleu a um treino para disputar as olimpíadas. Ele simplesmente parecia incapaz de perceber o sentido da palavra "não". Para os espíritos aventureiros, o ideal é ir no fim de semana a algum shopping da moda e conviver com a nova geração de superliberados. São centenas de crianças agitadas como abelhas e propensas a trombar nas pernas alheias, como se os adultos fossem um trambolho incômodo. Pior: O espírito antirrepressor da educação parece resultar em pequenas personalidades autoritárias

: – Pai, eu quero pizza já!

– Mas...

– Já, pai, agora mesmo!

Muitas têm mania que me surpreendem. Levei um susto no restaurante japonês. A menina, de uns 8 anos, chegou com os pais. Pediu, sofisticada:

– Sushi. Mas só de atum, com pouca mostarda. Cuidado, da outra vez você exagerou. Rápido, estou com fome.

O sushiman ficou olhando chocado, com a faca erguida. Fechei os olhos. Quando abri, ela comia agilmente, com os palitinhos nipônicos. Já vi cenas semelhantes em lojas.

Um garoto:

– Este tênis, nunca, nunca!

O pai, tímido:

– Mas é igual ao outro, e mais barato, filho.

– Eu só uso da minha marca!

Muitas crianças conhecem grifes, perfumes, a maioria tem um pé na computação, nenhuma resiste a um videogame. Fazem os pais comprar o que querem e, por isso, os lojistas as recepcionam com sorrisos e suspiros. Perdi uma grande amiga por causa do rebento. Resisti a tudo: mordidas nas almofadas, livros rasgados. Até o dia em que esqueci a parta aberta e ele se pendurou no murinho da varanda do 6° andar, onde vivo. Gritei, assustado:

– Sai daí, você vai cair.

O anjinho sorriu, uma das pernas balançando no espaço. Olhei para o lado: a mãe folheava uma revista calmamente. Eu me senti o próprio Indiana Jones. Dei três saltos, mergulhei de cabeça e o atirei ao chão. A mãe veio, furiosa:

– Você não tinha o direito. Deixou o menino fora de si. Impediu que tivesse a experiência integralmente. Como é que a cabecinha dele vai reagir?

– cair do 6° andar é uma experiência integral?

Muitas vezes, minha vontade é dar um belo beliscão à antiga em algum desses netos de Lennon. Mas me contenho. A culpa afinal não é deles, mas de uma geração de pais com horror à palavra não. E um bom não, sinceramente, não faz mal a ninguém.

CARRASCO, Walcyr. Os netos de Lennon: In: _______O golpe do aniversariante. São Paulo: Ática, 2003, p. 20 -22.

Fazendo-se a análise morfológica da frase “E um bom não, sinceramente, não faz mal a ninguém.”, é correto afirmar
Alternativas
Q702046 Português
Classifique o A destacado de cada frase. I. Ontem nós compramos a casa que desejávamos; II. Ana vai a muitas festas; III. Procurei a bolsa em toda parte, mas não a encontrei; IV. A agenda que eu queria não era esta, mas sim a que você comprou.  
Alternativas
Q701371 Português

Considere o período abaixo e as afirmações que seguem.

Me disseram que ele está muito doente.

I. O pronome “me”, de acordo com a norma culta, não deveria iniciar a oração.

II. O advérbio “muito” intensifica o adjetivo “doente”.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q701367 Português

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

I. O chefe pediu para ________ fazer a entrega logo.

II. Ele não ____ disse nada.

Alternativas
Q701365 Português

Assinale a alternativa que indica corretamente o pronome adequado para substituir o termo destacado no trecho abaixo.

Precisamos contar ao gerente o que houve aqui.

Alternativas
Respostas
2901: E
2902: C
2903: D
2904: D
2905: E
2906: C
2907: C
2908: D
2909: C
2910: E
2911: D
2912: B
2913: E
2914: C
2915: B
2916: A
2917: A
2918: C
2919: C
2920: B