Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia - pronomes em português

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Q701360 Português

Para a questão, leia a reportagem abaixo.

Azeite de oliva ajuda a prevenir derrames, diz estudo

Estudo encontrou que o uso de azeite para cozinhar ou como acompanhamento diminui o risco de AVC em 41%

WASHINGTON - Uma dieta rica em azeite de oliva pode proteger idosos dos derrames cerebrais, que são a terceira causa de morte nos Estados Unidos depois das doenças cardíacas e o câncer, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Journal of Neurology.

O consumo de azeite de oliva foi vinculado a outros efeitos benéficos para a saúde. 

O derrame cerebral ou acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma artéria no cérebro ou que leva sangue ao cérebro fica bloqueada por um coágulo ou se rompe. O cérebro, sem sangue e oxigênio, começa a morrer

Os derrames são mais comuns à medida que as pessoas envelhecem, quando o risco se duplica por cada década de vida depois dos 55 anos de idade, segundo a Associação Cardíaca Americano.

"Nossa pesquisa indica que deveriam emitir um novo conjunto de recomendações dietéticas para prevenir os derrames nos idosos de 65 anos", disse a autora do estudo, Cecilia Samieri, da Universidade de Bordeaux e o Instituto Nacional de Pesquisa Médica.

"O derrame cerebral é muito comum entre as pessoas idosas e o azeite de oliva seria uma forma barata e fácil de ajudar a preveni-lo", acrescentou.

Os pesquisadores revisaram os registros médicos de 7.625 idosos de 65 anos, nas cidades francesas de Bordeaux, Dijon e Montpellier. Os pacientes, no início do estudo, não tinham histórico de derrames.

Os participantes fizeram exames de acompanhamento dois, quatro e seis anos mais tarde e se registraram e verificaram os incidentes de derrame. Aos cinco anos, tinham registrado entre esses pacientes 148 derrames.

Para o estudo se classificou o consumo de azeite de oliva nas categorias de "não uso", "uso moderado", "uso intensivo," o qual inclui o uso de azeite para cozinhar, como tempero ou com pão.

Após considerações sobre dieta, atividade física, índice de massa corporal e outros fatores de risco para o derrame, o estudo encontrou que quem tinha usado azeite de oliva, regularmente, para cozinhar ou como acompanhamento, mostrava um risco 41% menor de derrame comparado com quem jamais tinha usado azeite de oliva em sua dieta. 

O estudo lembra que o consumo de azeite de oliva foi vinculado com efeitos benéficos contra fatores de risco cardiovascular tais como diabetes, alta pressão sanguínea, colesterol alto e obesidade.

Leia o trecho abaixo.

“O derrame cerebral é muito comum entre as pessoas idosas e o azeite de oliva seria uma forma barata e fácil de ajudar a preveni-lo", acrescentou.

O pronome pessoal “o” refere-se 

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Q700690 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    Há um comentário frequentemente encontrado nos meios de comunicação ou mesmo em conversas cotidianas: “O carnaval de hoje não é mais o mesmo. Transformou-se em um grande empreendimento turístico. Perdeu a autenticidade.” Em seu sentido amplo, esse comentário aplica-se a diversas modalidades de cultura popular: não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culinária. Pode ser expresso na forma de um lamento e de um incontido sentimento de nostalgia.

    Em outras palavras, circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as culturas populares na qual estas são apresentadas sob o signo da perda. Supõe-se que elas conheceram em sua longa história um momento no qual teriam florescido na sua forma mais autêntica e próxima às expectativas daqueles que as produzem. Mas desde então, como consequência das transformações históricas e em especial da chamada modernização, essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos definidores.

    Essa narrativa é seguramente poderosa e tem notável capacidade de convencimento. No entanto, um fantasma ronda os estudos sobre as culturas populares. Elas não desapareceram; continuam a existir e se reproduzir: festas regionais, como o bumba meu boi; as festas do Divino Espírito Santo; as festas de Reis; as inúmeras modalidades de música popular ou folclórica produzidas em diversas regiões do Brasil. Os exemplos podem se estender facilmente. O que importa assinalar, no entanto, é que essas formas de cultura popular continuam a ser produzidas no tempo presente e de modo criativo; e não parecem indicar, ao contrário do que se afirma obsessivamente, que estejam em processo de desaparecimento.

    O problema evidentemente não está na cultura popular, mas nas perspectivas que postulam sua existência arcaica e seu inevitável desaparecimento. Trata-se de um fantasma produzido pelos que se recusam a reconhecer que elas expressam visões de mundo diferentes.

    Muitas vezes, essas formas socioculturais estão associadas à oposição entre um mundo rural estável e harmônico e um mundo urbano industrializado e “inautêntico”. Contudo, pesquisas de antropologia social ou cultural já demonstraram que as culturas populares, estejam elas situadas no mundo rural ou nas grandes cidades, desempenham funções sociais e simbólicas fundamentais para sua persistência e reprodução. Desse modo, festas, artesanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.

    As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais passíveis de serem inventariados. Elas consistem efetivamente em sistemas de práticas sociais. Os comentários usuais sobre uma suposta perda de autenticidade das culturas populares na atualidade esquecem que elas não são o espelho de nossas categorias e classificações; o que elas oferecem de mais interessante não é nem o testemunho de um passado remoto, nem a catástrofe de seu desaparecimento, mas invenções alternativas e atuais dos modos de estar no mundo.

(Adaptado de: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. “Culturas populares: patrimônio e autenticidade”. In: Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. BOTELHO, André e SHWARCZ, Lilia Moritz (org.) São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 136-139)

Atente para as afirmações abaixo. I. O uso obrigatório dos sinais indicativos de crase na frase não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culinária deve-se à regência do verbo “aplicar”. (1º parágrafo) II. O segmento Trata-se de um fantasma produzido... (4º parágrafo) está corretamente reescrito do seguinte modo: Tratam-se de ilusões produzidas... III. No 2º parágrafo, o segmento “no qual” pode ser substituído por “em que”, sem prejuízo da correção e do sentido. Está correto o que consta APENAS em
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Q700638 Português
Ao flagrar-se representado no quadro que Gauguin I , Van Gogh ficou surpreso, porque II como alguém que III . Preenche, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III, preservando a correção e a clareza da frase:
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Q699936 Português
Ao ser indagado a respeito de si, o personagem descreve-se empregando todos os recursos linguísticos apontados abaixo, EXCETO:
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Q699738 Português

Texto I

O Relacionamento Aberto

                                                       (Por Gregorio Duvivier)

    “Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

    Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente. E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

    Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

    Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

    O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão.

    Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de semana.

    O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser.

    Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não, não. Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017, assim como as ombreiras e a pochete.

    Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima coisa a voltar pode ser o Crocs.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml . Acesso em: 18/07/2016)

No quarto parágrafo, o autor emprega dois pronomes indefinidos em “tudo é possível e nada é passível de ciúme” e, por meio deles:
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Q699297 Português

INSTRUÇÕES -A questão é relacionada ao texto abaixo. Leia-o com atenção antes de responder a elas.

Demagogia eleitoreira

A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade. De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior. De outro, o governo, que apresenta o programa como a salvação da pátria. No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS. Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.

Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.

Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, cometem, a meu ver, um erro duplo. Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?

Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB. O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.

Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar. O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.

Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde. Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde. A população se queixa da falta de assistência médica?

Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram arquitetar. Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Por acaso, não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?

Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, se lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só, que seja?

Insisto que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.

Apresentar-nos como mercenários que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada. 

A existência no serviço público de uma minoria de profissionais desinteressados e irresponsáveis não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.

A saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos que lhe assegurem eficiência e continuidade.

(Varela. D. , Folha de S. Paulo, 07/09/2013. Texto adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome destacado não se refere ao termo transcrito entre colchetes.
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Q699276 Português

As lacunas das frases a seguir devem ser preenchidas por pronomes relativos precedidos ou não de preposição.

1. O assediador vê o corpo da mulher como algo público, _______ se pode opinar e, por que não, do qual se pode servir à vontade.

2. Mais de 80% mudaram de caminho, desistiram de sair a pé ou até de ir ________ desejavam, por medo da atitude dos homens.

3. Os manifestantes, _______ estava o rapaz mascarado, dirigiram-se para o prédio da Assembleia.

4. A imprensa divulgou a existência de um programa ________ os analistas da NSA usam para acessar conteúdo de e-mails.

Assinale a alternativa em que os pronomes apresentados completam CORRETAMENTE as lacunas.

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Q699275 Português

Leia os avisos abaixo.

“Antes de entrar no elevador, certifique-se de que o mesmo se encontra no andar.”

“Mantenha a porta fechada durante o expediente. Tranque a mesma ao final do turno.”

Na língua escrita formal, as expressões o mesmo e a mesma devem ser substituídas, respectivamente, pelos pronomes

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Q699180 Português

VÓ CAIU NA PISCINA 

Noite na casa da serra, a luz apagou. Entra o garoto:

– Pai, vó caiu na piscina.

– Tudo bem, filho.

O garoto insiste:

– Escutou o que eu falei, pai?

– Escutei, e daí? Tudo bem.

– Cê não vai lá?

– Não estou com vontade de cair na piscina.

– Mas ela tá lá...

– Eu sei, você já me contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho descansado.

– Tá escuro, pai.

– Assim até é melhor. Eu gosto de fumar no escuro. Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo. Pede à sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo, sossegado.

– Pai...

– Meu filho, vá dormir. É melhor você deitar logo. Amanhã cedinho a gente volta pro Rio, e você custa a acordar. Não quero atrasar a descida por sua causa.

– Vó tá com uma vela.

– Pois então? Tudo bem. Depois ela acende.

– Já tá acesa.

– Se está acesa, não tem problema. Quando ela sair da piscina, pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, a distância é pequena, você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.

– Por quê cê não acredita no que eu digo?

– Como não acredito? Acredito sim.

–Cê não tá acreditando.

– Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei e disse: tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse?

– Não, pai, cê não acreditou ni mim.

– Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso. Eu acreditei. Quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você acha que estou dizendo que acreditei mas estou mentindo? Fique sabendo que seu pai não gosta de mentir.

– Não te chamei de mentiroso. 

– Não chamou, mas está duvidando de mim. Bem, não vamos discutir por causa de uma bobagem. Sua avó caiu na piscina, e daí? É um direito dela. Não tem nada de extraordinário cair na piscina. Eu só não caio porque estou meio resfriado.

– Ô, pai, cê é de morte!

O garoto sai, desolado. Aquele velho não compreende mesmo nada. Daí a pouco chega a mãe:

– Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?

– Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha?

– Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu? Está com a vela acesa na mão, pedindo para que tirem ela de lá, Eduardo! Não pode sair sozinha, está com a roupa encharcada, pesando muito, e se você não for depressa, ela vai ter uma coisa! Ela morre, Eduardo!

– Como? Por que aquele diabo não me disse isto? Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que ela tinha tropeçado, escorregado e caído! Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase que ia parar também dentro d’água.

– Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada direito. Falou que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a senhora estava se banhando.

– Está bem, Eduardo – disse dona Marieta, safando-se da água pela mão do filho, e sempre empunhando a vela que conseguira manter acesa.– Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho! 

A primeira palavra desta frase: “– Ô, pai, cê é de morte!”, na análise morfológica, é
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Ano: 2012 Banca: IFPI Órgão: IF-PI Prova: IFPI - 2012 - IF-PI - Auxiliar Administrativo |
Q699031 Português
MADRIGAL MELANCÓLICO
 Manuel Bandeira
1. O que eu adoro em ti,
2. Não é a tua beleza.
3. A beleza, é em nós que ela existe.

4. A beleza é um conceito.
5. E a beleza é triste.
6. Não é triste em si,
7. Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

8. O que eu adoro em ti,
9. Não é a tua inteligência.
10. Não é o teu espírito sutil,
11. Tão ágil, tão luminoso,
12. - Ave solta no céu matinal da montanha.
13. Nem a tua ciência
14. Do coração dos homens e das coisas.

15. O que eu adoro em ti,
16. Não é a tua graça musical,
17. Sucessiva e renovada a cada momento,
18. Graça aérea como o teu próprio pensamento,
19. Graça que perturba e que satisfaz.

20. O que eu adoro em ti,
21. Não é a mãe que já perdi.
22. Não é a irmã que já perdi.
23. E meu pai.

24. O que eu adoro em tua natureza,
25. Não é o profundo instinto maternal
26. Em teu flanco aberto como uma ferida.
27. Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
28. O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
29. O que eu adoro em ti, é a vida.

Analisando a oração “O que eu adoro em ti” (v 1), percebe-se que a palavra destacada classifica-se como: 
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Q698278 Português
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego do demonstrativo sublinhado está adequado.
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Q698148 Português

Texto para responder à questão.

    

Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que mais própria ou dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um ditador por ter roubado uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Non cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.

VIEIRA, Antônio. Sermões. In: MOTTA, Dantas. Primeira epistola de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o Tiradentes - aos ladrões ricos. Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°

Constitui um equívoco de leitura supor que o pronome em destaque se refere ao elemento do texto indicado em:
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Q697662 Português
Nós respeitamos o patrimônio público”. Como podemos classificar “Nós” nesta frase?
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Q697133 Português
O difícil, mas possível, diálogo entre a arte e a ciência

                                                                                                                                         Daniel Martins de Barros

Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil. Se a revolução científica, com sua valorização da metodologia experimental e sua necessidade de rigor, trouxe avanços inegáveis para a humanidade, por outro lado também tornou o trabalho científico distante do homem comum. Com isso, distanciou-o também da arte, que talhada para captar a essência humana, o faz de maneira basicamente intuitiva. Tentativas de reaproximação até existem, mas a inconstância e variabilidade no seu sucesso atestam a dificuldade da empreitada. Um dos diálogos mais interessantes entre ciência e arte se deu nas primeiras décadas do século 20, na relação entre o surrealismo e a psicanálise.

Os sonhos eram considerados proféticos e reveladores, até que, em 1899, Sigmund Freud apresentou uma das primeiras tentativas de interpretá-los cientificamente no livro A Interpretação dos Sonhos.Simplificando bastante, sonhos seriam um momento em que conteúdos inconscientes surgiriam para nós, ainda que disfarçados, e caberia à psicanálise desmascarar seu real significado.

O movimento artístico do surrealismo imediatamente se apropriou dessas teorias. Os surrealistas já nutriam um interesse especial pelo inconsciente, tentando retratar esses conteúdos em suas obras, mas após a tradução do livro de Freud para o espanhol, o pintor catalão Salvador Dalí tornou-se um dos maiores entusiastas da obra freudiana. Segundo ele mesmo, o objetivo de sua pintura era materializar as imagens de sua “irracionalidade concreta”.

Desde que se tornou fã declarado do médico austríaco, Dalí tentou se encontrar com ele. Tanto insistiu que conseguiu, quando Freud já estava idoso e bastante doente. A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram incapazes de conversar: Dalí não falava alemão nem inglês, e Freud, além do câncer de mandíbula, não estava ouvindo bem. A interação ficou limitada: Freud analisou um quadro recente de Dalí, enquanto esse passava o tempo desenhando o psicanalista e o observava a conversar com o amigo e escritor Stephan Zweig.

O resultado tímido do encontro poderia bem ser emblemático da complicada engenharia que é construir pontes entre tão distantes universos. As conversas nem sempre são frutíferas, as trocas muitas vezes são frustrantes. Mas a retomada desse episódio na peça Histeria, do dramaturgo Terry Johnson, mostra que não desistimos, e que  novas maneiras podem ser tentadas. Usando a liberdade que só se encontra na arte, Johnson expande o diálogo que não aconteceu, mostrando – ainda que numa realidade alternativa e em chave cômica – que os caminhos que ligam arte e ciência podem ser acidentados, mas não deixam de ser possíveis. Embora a psicanálise não seja mais considerada científica pelos critérios atuais e o surrealismo já não exista como movimento organizado, o encontro dessas duas formas de saber, no alvorecer do século 20, persiste como emblema de um diálogo que, mesmo que cheio de ruídos, não pode ser abandonado.


Adaptado de: http://m.cultura.estadao.com.br/noticias/teatro-e-danca,analise-o-dificil--mas-possivel--dialogo-entre-a-arte-e-a-ciencia,10000048930 Acesso em 17 de maio de 2016.
No trecho “Com isso, distanciou-o também da arte, que talhada para captar a essência humana, o faz de maneira basicamente intuitiva.”, o pronome em destaque
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Q696924 Português
O texto adiante é um fragmento do romance autobiográfico Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda a questão proposta.

“Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem ‘sabido’ que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: ‘A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.” Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página final da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai.
- Mocinha, quem é Terteão?
Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém”.
- Mocinha, que quer dizer isso?
Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.”
Relativamente às formas e à colocação de pronomes, podemos afirmar corretamente que:
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Q696388 Português
Texto 1
Por que você ainda se lembra das coisas embaraçosas que fez na infância (e se sente péssimo)?
Acredite, isso serve para que você não faça coisas bizarras novamente
Você está andando na rua e, de repente, lembrase de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos! Fique tranquilo, esses flashbacks são extremamente normais e têm até nome: “memória involuntária”. A psicóloga Jennifer Wild, do Centro de Oxford para Transtornos de Ansiedade e Trauma, disse ao BuzzFeed que esse tipo de comportamento é extremamente comum. “Depois de um trauma ou um evento embaraçoso, a maioria das pessoas tem essas lembranças”.
Já ouviu o termo memória seletiva? Segundo o professor Chris Brewin, do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL, nossos cérebros retêm as informações sobre eventos traumáticos e todos os sentimentos associados a isso. É uma espécie de sistema de punição e recompensa. “Seu cérebro lembra-se de experiências importantes – de perigo ou humilhação – para impedi-lo de fazer a mesma coisa novamente”, diz Brewin.
Você aprende associando experiências com os resultados. Esta é a psicologia clássica. Ivan Pavlov, famoso psicólogo russo, costumava tocar um sino antes de alimentar seus cães. Eventualmente, os cães começaram a salivar na expectativa de alimentos apenas ao ouvir o som do sino.
A mesma coisa acontece com memórias traumáticas ou socialmente embaraçosas. Seu cérebro traz de volta sensações desagradáveis – medo e/ou vergonha – quando ele se encontra em uma situação semelhante à do evento original. “Nessas situações, ficamos cheios de adrenalina e isso aumenta a nossa consciência”, diz Wild.
É comum que essas memórias involuntárias ocorram alguns dias após o ocorrido, mas essas lembranças podem te acompanhar por um bom tempo.
Para a maioria das pessoas, as memórias involuntárias são apenas mais um modo de se sentir envergonhado e constrangido. Mas essas memórias também podem resultar em doenças cognitivas mais  graves, como depressão e fobia social. Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa após uma dessas lembranças, procure um especialista. 

Retirado e adaptado de: <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Neurociencia/noticia/2015/04/por-que-voce-ainda-lembra-das-coisas-embaracosas-que-fez-na-infancia-e-se-sente-pessimo.html>.

Em “lembra-se de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos!”, o termo em destaque
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Ano: 2016 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2016 - UFRN - Enfermeiro |
Q694596 Português
Mas há a teoria divertida: nos anos 60, o matemático Freeman Dyson escreveu que uma civilização alienígena suficientemente avançada precisaria de tanta energia que desenvolveria a tecnologia para cercar uma estrela inteira com coletores solares. Essa megaconstrução hipotética passou a ser chamada de Esfera de Dyson.
Sobre o trecho em questão, considere as afirmativas a seguir.  Imagem associada para resolução da questão Das afirmativas, estão corretas 
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Q694177 Português

    Leia o texto abaixo para responder à questão.

    Você reconhece quem teve uma festa de criança em casa no dia anterior. Alguma coisa no rosto. A expressão de quem chegou à terrível conclusão de que Herodes talvez tivesse razão.

    – Que respiração ofegante o senhor tem!

    – Foi de tanto encher balão.

     – Que dificuldade o senhor tem para caminhar!

    – Foi de tanto levar canelada tentando apartar briga.

    – Como suas mãos estão trêmulas!

    – Foi de tanto me controlar para não esgoelar ninguém!

    Respeito e consideração para quem teve uma festa de criança em casa no dia anterior.

    O pai e a mãe estão atirados num sofá, um para cada lado. Semiconscientes. Já é noite, mas a festa ainda não acabou. Sobram três crianças que não param de correr pela casa.

    – Tenho uma ideia – diz o pai.

    – Qual é?

    – Vamos mandar eles brincarem no meio da rua. Esta hora tem bastante movimento.

    – Não seja malvado. Daqui a pouco eles vão embora.

    – Quando? Essas três foram as primeiras a chegar. Acho que os pais deixaram elas aqui e fugiram para o exterior. 

    Uma menina cruza a sala na corrida. Quando chegou, tinha o vestido mais engomado da festa. Depois de três banhos de guaraná e uma batalha de brigadeiro, parece uma veterana das trincheiras.

    – Essa aí é a pior – diz o pai, num sussurro dramático.

    – Essa baixinha! É um terror!

    – Coitadinha. É a Cândida.

    – Cândida?! É uma terrorista!

    – Sshhh. – De onde é que saiu essa figura?

    – É uma colega do Paulinho.

    – E aquele ranhento que não para de comer?

    – É o Chico. Também é colega.

    – Será que não alimentam ele em casa? E o outro, o que está pulando de cima da mesa?

    – É o Paulinho! Você não reconhece o seu próprio filho?

    – Ele está coberto de chocolate.

    – É que ele teve uma luta de brigadeiros com a Cândida...

    – E perdeu, claro. A Cândida é imbatível. Guerra de brigadeiros, jiu-jítsu, vôlei com balão, hipismo com cachorro. Ela foi a única que conseguiu montar no Atlas.

    – Por falar nisso, onde é que anda o Atlas?

     – Fugiu de casa, lógico. Era o que eu devia ter feito.

    – Ora, é só uma vez por ano...

    – Você precisava me lembrar? Pensar que daqui a um ano tem outra...

    – Você não pode falar. Você também gosta de fazer festa no seu aniversário.

    – Mas nós somos finos. Nenhuma festa teve guerra de chocolate. Nos embebedamos como pessoas civilizadas.

    – Ah é? E o anão com o trombone?

    – Essa história você inventou. Não havia nenhum anão com um trombone.

    – Ah, não? A Araci é que sabe dessa história. Só que ela foi embora no mesmo dia. O Chico se aproxima.

    – Tem mais cachorro, quente?

    – Não, meu filho. Acabou.

    – Brigadeiro?

    – Também acabou, Chico. 

    – Dá uma lambida na cabeça do Paulinho

    – sugere o pai, sob um olhar de reprimenda da mãe.

    – Puxa, não tem mais nada?

    – diz Chico. E se afasta, desconsolado.

    – E ainda reclama, o filho da mãe!

    – Shhh.

    – Bom, você eu não sei, mas eu...

    – Você o quê?

    – Vou tomar meu banho, se é que ainda tenho forças para ligar um chuveiro, e ver televisão na cama.

    – E quando chegarem os pais?

    – Que pais?

    – Os pais da Cândida e dos outros, ora.

    – O que é que eu tenho com eles?

    – Quando eles chegarem, você tem que receber.

    – Ah, não.

    – Ah, sim!

    – Mais essa? 

    Batem na porta. O pai vai abrir, esbravejando sem palavras. É um casal que se identifica como os pais da Cândida.

    – Entrem, entrem.

    – Nós só viemos buscar a...

    – Não, entrem. A Cândida não vai querer sair agora. Ela é um encanto. Meu bem, os pais da Cândida. Sentem, sentem.

    O pai esfrega as mãos, subitamente reanimado.

    – Quem sabe uma cervejinha? Querida, vá buscar.

    Como Araci se foi, a própria mãe – que se ocupou com a festa desde de manhã cedo, que mal se aguenta em pé, que podia matar o marido – vai buscar a cerveja. Pisando nos embrulhos de doces, nos copos de papelão e nos balões estourados que cobrem o chão e que ela mesma terá que limpar no dia seguinte. Respeito e comiseração para as mães que tiveram festa de criança em casa, no dia seguinte.

    Enquanto isso o pai acaba de abrir a porta para os pais do Chico e os manda entrar, entusiasmado com a ideia de começar sua própria festa.

    – Querida, mais cerveja!

Luis Fernando Veríssimo. In: comédias da vida privada – 101 crônicas escolhidas. P. 223-225. 

Em relação ao texto e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q693769 Português

Leia a sentença abaixo, retirada do Texto 3, e analise as afirmativas a seguir com base na norma padrão escrita.

“A melhor notícia impressa que você já recebeu na sua vida.”

I. A expressão “melhor notícia” pode ser substituída por “notícia melhor” sem alteração no sentido na sentença.

II. O termo “impressa” corresponde ao particípio passado de imprimir.

III. Os termos “você” e “sua” estão na função de pronome reflexivo e possessivo, respectivamente.

IV. O termo “que” está desempenhando a função de pronome relativo.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q693563 Português
Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, m o s tra c a ra c te rís tic a s c o m p o rta m e n ta is indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conse guinte , tem os em todos os crim es, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada.Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed.comemorativa), p. 82. 
Altera-se o sentido fundamental de: "algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta" com a substituição da preposição “em”, que rege o relativo “o qual”, por:
Alternativas
Respostas
2921: B
2922: E
2923: E
2924: C
2925: C
2926: B
2927: C
2928: A
2929: B
2930: E
2931: E
2932: D
2933: A
2934: D
2935: B
2936: B
2937: B
2938: D
2939: E
2940: C