Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia - verbos em português

Foram encontradas 3.774 questões

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DETRAN-MA Prova: FCC - 2018 - DETRAN-MA - Analista de Trânsito |
Q875902 Português

                                Mobilidade urbana


      Ao longo dos últimos anos a expressão mobilidade urbana – soma das condições e dos critérios oferecidos para a livre circulação das pessoas numa cidade − tem sido empregada para identificar um dos desafios dos grandes centros urbanos. Trata-se de um conceito mais complexo do que parece: não se reduz a uma simples questão de trânsito, diz respeito ao modo e à qualidade de vida das pessoas, à dinâmica instituída em seu cotidiano. Trata-se, enfim, de considerar uma política pública para qualificar os espaços em que os indivíduos se movimentam.

      O desafio está, sobretudo, em escolher os usos do território urbano, em privilegiar este ou aquele meio de transporte, em administrar os rumos e as concentrações de passageiros. Essa escolha não se faz sem pressupostos: o que, de fato, se pretende instituir? A livre circulação dos automóveis? O favorecimento do transporte coletivo? A velocidade máxima em canais de uso regulamentado? Faixas para ciclistas? Calçadões para pedestres? Espaços ambientais interligados? Linhas subterrâneas? A política implicada nesta ou naquela escolha diz muito das convicções de quem administra o espaço das grandes cidades. Como este é fatalmente limitado, e tende a receber um número sempre crescente de usuários, há que se encontrar medidas que otimizem seu uso e favoreçam a mobilidade de quem se considere seu usuário preferencial. Não é à toa que medidas tomadas para a implementação prática da mobilidade urbana provocam polêmicas ácidas, quando não conflitos mais graves, entre setores da população.

      Como regra geral, o poder público deve se envolver sobretudo com o que seja coletivo, o que atenda à parte maior da população, visando criar condições dignas para sua mobilidade. O transporte de massas não pode ser sacrificado em nome do transporte individual. A primazia do automóvel tem infligido enormes custos à qualidade de vida da maioria dos que habitam as grandes cidades.

                                                                              (Argemiro Diaféria, inédito

Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos e formas verbais na seguinte frase:
Alternativas
Q875092 Português
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A10BBB seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram” (ℓ.10) fosse substituída por
Alternativas
Q875079 Português
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da narração do texto.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão |
Q873221 Português

                               Sobre a dificuldade de ler


      Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.

      Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.

      Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.

      Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um grande poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.

      Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é destinado aos olhos que não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessante do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.

      Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados, mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu conheço − e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.

      Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e − presume-se − mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da crise que − pelo que ouço ser dito e repetido − está atravessando.

(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47) 

Ao final do texto, para dar conselho aos editores e a quem se interessa por livros, o autor utiliza no imperativo os verbos
Alternativas
Q872805 Português

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto 6A4CCC, julgue o item a seguir.


No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.

Alternativas
Q871505 Português
Considerando a sequência textual abaixo e a norma padrão escrita, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
Quando eu chegar à universidade e avistar o tamanho do campus, ficarei encantado, absorto por tudo aquilo que me espera.
I. Ao se substituir os verbos “chegar” e “avistar” por “vir” e “ver”, estes devem flexionar-se em “vir” e “ver”, respectivamente. II. Ao se substituir os verbos “chegar” e “avistar” por “vir” e “ver”, estes devem flexionar-se em “vier” e “vir”, respectivamente. III. Ao se substituir os verbos “chegar” e “avistar” por “vir” e “ver”, estes devem flexionar-se em “vim” e “vê”, respectivamente. IV. O termo “absorto” por ser substituído por “extasiado” sem prejuízo de significação. V. A palavra “quando” exerce a função de conjunção subordinativa adverbial temporal.
Alternativas
Q871494 Português
Considerando o trecho abaixo, transcrito do Texto 1, analise as afirmativas apresentadas na sequência, conforme a norma padrão escrita, e assinale a alternativa correta.
– Leve este, menino! Ele “enterte” mais... (linha 10)
I. O verbo “entreter” deveria estar flexionado na forma “entrete”. II. A flexão de “entreter” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo é entretém”. III.O pronome pessoal retoma o pronome demonstrativo. IV.O termo “ele” retoma o substantivo “menino”.
Alternativas
Q871137 Português

Texto 1 – Prioridade à cultura

Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)


A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso. Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela extinção de uma série de políticas e pilares que sustentam a cultura brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém. É muito comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que políticas públicas para a cultura não devem ser prioritárias. Combater essa generalização equivocada é urgente.

O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de abandoná-las. A desidratação frequente que a gestão pública do setor vem sofrendo inibe a consolidação de mecanismos de mapeamento contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da população aos bens culturais.

A frase do texto que se apresenta na voz passiva é:
Alternativas
Q871000 Português

Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412

A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro.

Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.

Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.

“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”. Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
Alternativas
Q870998 Português

Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412

A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro.

Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.

Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.

“Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro”. A forma do verbo “impor” que está INCORRETA é:
Alternativas
Q870715 Português

Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas estrelas?” e as afirmativas a seguir.


I. Podemos encontrar, no período, um verbo em voz ativa e outro em voz passiva.

II.Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.

III.nossos destinos” é um sujeito do tipo paciente.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Q869394 Português

Texto


"Hoje ainda há preconceito contra o eucalipto. Resido numa área rural e pude observar que, com o eucalipto, a região tem apresentado melhores condições para a sobrevivência da biodiversidade, dos trabalhadores e das áreas nativas. Antigamente, com a agropecuária, havia desmatamento, queimadas, caça e pesca predatória. Hoje os produtores procuram evitar incêndios, reduziram a atividade predatória, houve melhoria nos empregos e na renda dos trabalhadores"

Daniel Marques, in Painel do Leitor. Folha de São Paulo, 10 dez. 2012, p. A3. 

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q868629 Português

Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item a seguir.


A substituição de “teremos conquistado” (ℓ.10) por conquistaremos manteria os sentidos originais do texto.

Alternativas
Q868195 Português
Há correspondência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:
Alternativas
Q868193 Português

                                Limites da ciência


      Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limites da ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a composição química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são feitas. Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.

      É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito melhor. Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: "Não há mais nada novo a ser descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas". Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.

      Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele sabe, portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do conhecimento humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de vários livros de divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras da ciência em que já temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a um conhecimento total.

      A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo prazo acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema é que alterações mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois de um tempo – e nós nunca temos conhecimento completo do presente.

      Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de Gödel, que criam embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de grandes questões.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017) 

Indeterminar o agente é um dos efeitos de sentido produzido pela voz passiva analítica, a qual pode ser observada em:
Alternativas
Q868126 Português

                 Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes


      É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.

      O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.

      O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente que é visto como ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.

      Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do direito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.

       (Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017) 

Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em tempos e modos adequados na frase:
Alternativas
Q867400 Português

Briga de irmãos... Nós éramos cinco e brigávamos muito, recordou Augusto, olhos perdidos num ponto X, quase sorrindo. Isto não quer dizer que nos detestássemos. Pelo contrário. A gente gostava bastante uns dos outros e não podia viver na separação. Se um de nós ia para o colégio (era longe o colégio, a viagem se fazia a cavalo, dez léguas na estrada lamacenta, que o governo não consertava), os outros ficavam tristes uma semana. Depois esqueciam, mas a saudade do mano muitas vezes estragava o nosso banho no poço, irritava ainda mais o malogro da caça de passarinho: “Se Miguel estivesse aqui, garanto que você não deixava o tiziu fugir”, gritava Édison. “Você assustou ele falando alto... Miguel te quebrava a cara”. Miguel era o mais velho, e fora fazer o seu ginásio. Não se sabe bem por que a sua presença teria impedido a fuga do pássaro, nem ainda por que o tapa no rosto de Tito, com o tiziu já longínquo, teria remediado o acontecimento. Mas o fato é que a figura de Miguel, evocada naquele instante, embalava nosso desapontamento e de certo modo participava dele, ajudando-nos a voltar para casa de mãos vazias e a enfrentar o risinho malévolo dos Guimarães: “O que é que vocês pegaram hoje?” “Nada”. Miguel era deste tamanho, impunha-se. Além disto, sabia palavras difíceis, inclusive xingamentos, que nos deixavam de boca aberta, ao explodirem na discussão, e que decorávamos para aplicar na primeira oportunidade, em nossas brigas particulares com os meninos da rua. Realmente, Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua autoridade. E pensávamos com ânsia no seu regresso, um pouco para gozar de sua companhia, outro pouco para aprender nomes feios, e bastante para descontar os socos que ele nos dera, o miserável.

(Carlos Drummond de Andrade, A Salvação da Alma. Em: O sorvete e outras histórias.)

Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados, de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q867018 Português

                                    Texto I


                       Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo

o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo,

remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo que de tão perfeito

nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha

ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagem

[...]

Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome

você, meu caro, tem que merecê-lo,

tem que fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade. In: Discurso de primavera e algumas sombras, 1978.

Em “mas novo nas sementinhas do vir-a-ser”, o poeta faz referência ao tempo:
Alternativas
Q866341 Português

Assinale a alternativa em que se transpôs corretamente para a voz passiva a seguinte frase do texto:


Esse excesso de trabalho causa danos significativos...

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: DPE-SC Prova: FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Analista Técnico |
Q866262 Português
Assinale a alternativa correta relativamente à análise das formas verbais de frases que compõem o primeiro parágrafo do texto.
Alternativas
Respostas
2421: C
2422: C
2423: A
2424: B
2425: E
2426: E
2427: D
2428: C
2429: E
2430: E
2431: C
2432: E
2433: E
2434: A
2435: A
2436: A
2437: C
2438: C
2439: C
2440: A