Questões de Concurso Sobre morfologia - verbos em português

Foram encontradas 11.890 questões

Q2372782 Português

Texto II

Kafka 2023


Certa manhã, Franz acordou de sonhos intraquilos.

 

    “Quando certa manhã...”. Touuuuummm (alerta de zap). “Franz, aqui é Adilene, secretária da Dra. Myrian, gostaria de confirmar sua consulta amanhã, às 10:30”. “Olá, Adilene. Está confirmado. Tem onde parar o carro?”.

   “Quando certa manhã Gregor Samsa...”. Ploim (alerta de e-mail). “Franzêra, pra dividir os gastos da festa surpresa da Felice eu fiz um Splitwise. Baixa o app e coloca lá as suas despesas. Beijos do seu brother máximo, Max Brod”. “Caro Max, não sei usar essas ferramentas. Me manda a conta e eu pago. Obrigado. PS. Vc acha que a Felice gostou?”

    “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou...”. Brrrrrrrrr (alerta da BBC). Cientistas da Universidade Católica de Brandeburgo realizam o primeiro transplante total de cílios em roedores. A experiência é um marco na oftalmologia, pois...”.

   “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos...”. Touuuuummm (alerta de zap). “Já pensou em morar numa casa com piscina a apenas 27 minutos de São Paulo? Pois a Gardência Inc. acaba de lançar o condomínio Gardênica Garden Barueri.”

    “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilo, encontrou-se...”. Prrrrrrrr. Prrrrrrrr. Prrrrrrrr (celular vibrando em cima da mesa). Uma voz distante: “Alô, Claudinha?”. Gritaria de crianças ao fundo. “Não tem ninguém aqui com esse nome.”. “Esse não é o celular da Claudinha?”. “Já disse, é engano”. “Ô, Lurdes! Tem um homem aqui falando que não é a Claudinha, mas foi a Claudinha mesmo que me deu esse...”.

    “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama...”. Brrrrlum (alerta de DM no Twitter/X). “FALA FRANZ AQUI E O GUIGAO A GENTE ESTUDOU NO QUINTAL DAS ARTES SEU APELIDO ERA ZOREBA KKKKK!!!!!! E AI VOCE TEM VISTO O PESSOAL KKK ?????”.

  “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num...” Touuuuummm (alerta de zap): “Não tem onde parar no consultório, mas nós temos convênio com o Estapar do Bradesco, só lembra de carimbar o ticket na saída”. Touuuuummm (alerta de zap) “Claro que a Felice gostou, Franzêra! Você é que foi muito lerdo, vacilão!”.

    Franz abandonou o word e abriu o Instagram. Queria ver pela milésima vez as mesmas fotos de Felice, mas os dois primeiros posts eram, respectivamente, veja só, da Adilene (num caiaque) e do Max Brod (uma lasanha), Franz logo se esqueceu do que tinha ido fazer e seguiu no feed. “Veja como secar com JEJUM INTERMITENTE!”. Depois o vídeo de um gato vestido de mágico saindo de uma cartola. Depois, uma moça de biquini se contorcendo para mostrar a bunda e o peito ao mesmo tempo, segurando um livro do Proust: “Pondo a leitura em dia!”. Depois, uma turma do escritório amontoada numa selfie no barco viking no Hopi Hari.

    Quando certa manhã Frans Kafka acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num poema monstruoso: “Andorinha lá fora está dizendo:”/“Passei o dia à toa, à toa! // Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!”/“Passe a vida à toa, à toa...”.


(PRATA, Antônio. Folha de S. Paulo. Em: 19/11/2023.) 


Notas:
Franz Kafka foi um escritor boêmio de língua alemã, autor de romances e contos, considerado pelos críticos como um dos escritores mais influentes do século XX. “A metamorfose” é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

(Fonte: Amazon.com.br)


“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseando num...” (7º§) O verbo em destaque pode ser analisado como
Alternativas
Q2372601 Português
No primeiro quadrinho do texto “B”, na passagem “Tem gente que não consegue ler mais de um livro ao mesmo tempo”, é correto afirmar que o termo “gente”, do ponto de vista morfológico,
Alternativas
Q2372600 Português
Ainda com base no fragmento “[...] BENTINHO FICOU COM CIÚMES PQ ELE QUERIA PEGAR O ESCOBAR”, encontrado no texto “A”, assinale a alternativa em que o verbo em destaque apresenta significado equivalente ao do termo sublinhado no fragmento.
Alternativas
Q2372599 Português
Com base no texto “A”, na passagem “observe: BENTINHO FICOU COM CIÚMES PQ ELE QUERIA PEGAR O ESCOBAR”, em se tratando dos tipos textuais presentes em tal passagem, pode-se afirmar que: 
Alternativas
Q2372593 Português
GRAMÁTICA: A QUEM SERÁ QUE SE DESTINA


         Faz um bom tempo já que se firmou entre os pesquisadores da área da educação linguística a convicção de que a função primordial da escola, no que diz respeito à pedagogia de língua materna, é promover o letramento de seus aprendizes. E para essa promoção do letramento, as atividades fundamentais são a leitura e a escrita, com foco na diversidade de gêneros textuais que circulam na sociedade.

           Além da leitura e da escrita, também tem espaço em sala de aula para a reflexão sobre a língua e a linguagem. Essa reflexão deve ser feita primordialmente através das chamadas atividades epilinguísticas, aquelas que não recorrem à nomenclatura técnica (a metalinguagem), de modo a permitir o percurso uso→reflexão→uso. Isso, logo de saída, implica que tais atividades só podem ser feitas a partir de textos autênticos, falados e escritos, dos quais se possa depreender o funcionamento da língua na construção dos sentidos. O enfoque deve ser, portanto, essencialmente semântico-pragmático-discursivo: as reflexões sobre os aspectos especificamente gramaticais precisam ser lançadas contra esse pano de fundo semântico-pragmático-discursivo, de modo a conscientizar o aprendiz de que os recursos disponíveis na língua são ativados essencialmente para a produção de sentido e a interação social.

         É do uso que se depreende a gramática, é do discurso que se chega nas regularidades (sempre instáveis e provisórias) da língua – uma distinção, é claro, que tem aqui uma perspectiva apenas pedagógica, já que na prática social mais ampla discurso e sistema (ou uso e gramática) interagem sem cessar, são indissociáveis, tanto quanto o oxigênio e o hidrogênio da água: são os usos frequentes e regulares de determinada forma linguística que acabam por transformá-la em regra gramatical, assim como são as regras gramaticais as condicionadoras dos usos linguísticos. Dado que só existe língua se existirem falantes dessa língua, ou seja, só existe língua em uso, a prática da linguagem como atividade constitutiva da própria natureza humana (natureza cognitiva e sociocultural) é que ditará os rumos da língua, num processo cíclico e permanente, que só se interrompe quando e se deixarem de existir falantes da língua.


BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012, pp. 19-20. 
No fragmento “[...] a função primordial da escola [...] é promover o letramento de seus aprendizes”, o termo sublinhado classifica-se morfossintaticamente como
Alternativas
Q2372517 Português
          Meu caro,

        Não pense que me esqueci das minhas obrigações, muito me aflige estar em dívida com você. Fiquei de lhe entregar os originais até o fim de 2015, e lá se vão três anos. Como deve ser do seu conhecimento, passei ultimamente por diversas atribulações: separação, mudança, seguro-fiança para o novo apartamento, despesas com advogados, prostatite aguda, o diabo. Não bastassem os perrengues pessoais, ficou difícil me dedicar a devaneios literários sem ser afetado pelos acontecimentos recentes no nosso país. Já gastei o adiantado que você generosamente me concedeu, e ainda me falta paz de espírito para alinhavar os escritos em que tenho trabalhado sem trégua. Sei que é impróprio incomodá-lo num momento em que a crise econômica parece não ter arrefecido conforme se esperava. Estou ciente das severas condições do mercado editorial, mas se o amigo puder me adiantar mais uma parcela dos meus royalties, tratarei de me isolar por uns meses nas montanhas, a fim de o regalar com um romance que haverá de lhe dar grandes alegrias.

     Um forte abraço.



(Adaptado de: BUARQUE, Chico. Essa gente. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, edição digital)
A respeito da forma verbal empregada, o texto legitima o seguinte comentário:
Alternativas
Q2372510 Português
          Você talvez conheça o baiacu, ou os sabores desse peixe. Eu conheço outro: o Baiacu de Ouro, um prêmio literário que recebi em Manaus há uns vinte anos.

           Um dia alguém me telefonou e deu a notícia. Agradeci com duas palavras e disse que eu não ia fazer discurso na solenidade de entrega. Minha surpresa maior foi o envelope balofo que recebi junto com o Baiacu. Não era um cheque, era dinheiro mesmo. Mas como a inflação também era balofa, meu ânimo arrefeceu.

         Tive que ouvir um discurso, felizmente breve, e mesmo brevíssimo, sem firulas e salamaleques. Depois, quatro músicos interpretaram o “Quarteto No 1”, de Villa-Lobos. Eram músicos búlgaros, louros de rostos rosados, e todos usavam traje a rigor na noite abafada. O envelope gordo não entrava no meu bolso, tive que segurá-lo enquanto ouvia o primeiro movimento do Quarteto do grande compositor. Depois do “Canto lírico” me entreguei a um devaneio: não fosse a queda do Muro de Berlim, esses virtuosos das cordas não estariam interpretando com esmero “Melancolia” diante de um escritor emocionado, que apalpava um envelope obeso. Esses músicos são a maior contribuição da queda do Muro para o Amazonas, pensei, prestando atenção à harmonia, vendo mãos búlgaras movimentar arcos e beliscar cordas, o suor escorrendo de queixos e orelhas dos Bálcãs até gotejar no assoalho de uma cidade amazônica.

          Aplaudi de pé, o coração disparado.

     Quando saí da sala, abri o envelope, contei as cédulas de cruzados: dava para alimentar meu gato por três meses e ainda levá-lo a um bom veterinário.



(Adaptado de: HATOUM, Milton. Sete crônicas. Belo Horizonte: Páginas Editora, 2020, edição digital) 
não fosse a queda do Muro de Berlim, esses virtuosos das cordas não estariam interpretando com esmero “Melancolia”
Mantendo a correção e as relações de sentido, o trecho sublinhado pode ser corretamente substituído por: 
Alternativas
Q2372419 Português
Nos versos da canção composta por Dudu Falcão:

“Eu gosto do meu quarto do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista não aceito turistas
  Meu mundo tá fechado pra visitação”, os dois verbos destacados são classificados, respectivamente, como:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN Provas: FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Advogado | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Administrador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fiscal de Tributos | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista de Controle Interno | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Contador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assistente Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Dentista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Educador Físico (Bacharel) | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Enfermeiro | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Engenheiro Civil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Farmacêutico / Bioquímico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fisioterapeuta | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Psiquiatra | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Nutricionista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Pedagogo em Assistência Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Psicólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Turismólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Veterinário | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Consultor Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Jornalista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Arquivista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Contábil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador Interno Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Tecnologia da Informação | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Redação Parlamentar | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Procurador Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador - CCS 75 – NS |
Q2372254 Português
O futuro do trabalho ou o trabalho sem futuro?


Marcelo Augusto Vieira Graglia


          Billy Turnbull era um rapaz astuto, nos seus recém-completados 14 anos de vida. Naquela manhã fria de maio de 1831, caminhava pela rua principal de Bedlington em direção à mina que ficava no lado oeste da cidade, próxima à estrada que levava ao norte. Por entre a névoa, Billy já distinguia as pedras da igreja de São Authbert. Cerca de 400 metros abaixo, virou à esquerda, após a casa de Walter Daglass. Três portas acima, havia um arco que levava a um pátio com seis residências e um pomar. As casas eram decrépitas, para dizer o mínimo. O campo de batatas ficava do outro lado da parede dos fundos, seguia por ali para cortar caminho.

        Naquela manhã fria, quando Billy Turnbull finalmente chegou à entrada da mina, a querela já estava armada. Dezenas de homens, vestidos em seus farrapos e com seus rostos tingidos pelo pó preto do carvão, se aglomeravam em torno da máquina a vapor recém-adquirida pelo Sr. Stephens. Com suas pás e picaretas, amotinados, golpeavam o equipamento que respondia emitindo longos chiados. Em pouco tempo, a máquina parecia morta, imóvel e silenciosa. Assustado, Billy viu Brian Llewellin saindo do meio dos mineiros e vindo em sua direção. Quando o amigo se aproximou, perguntou: O que está havendo, Brian? Ao que este respondeu: Não sou Brian, meu nome é Ned Ludd.

        A história acima foi construída a partir de personagens fictícios, mas baseada em fatos históricos. Ned Ludd era a alcunha utilizada por muitos dos trabalhadores envolvidos em protestos e sabotagens. O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.

      No campo do trabalho humano, é histórico o temor pelos efeitos potencialmente destruidores da tecnologia sobre os postos de trabalho, simbolicamente representado pelo movimento ludista. Nesta segunda década do século 21, novamente a emergência de uma nova onda de inovação tecnológica reacende a polêmica com visões diametralmente opostas: de um lado, a daqueles que vislumbram um futuro brilhante, no qual a tecnologia libertaria a humanidade da obrigação do trabalho duro, repetitivo, desestimulante, ao mesmo tempo que elimina doenças, promove a longevidade, o conforto e o deleite com novas possibilidades lúdicas e sensoriais trazidas por artefatos tecnológicos e ambientes digitais; de outro, em posição antagônica, há aqueles que temem as consequências potencialmente nefastas da proliferação da tecnologia de forma intensa por tantos campos sensíveis. Soma-se ainda o risco da desumanização das relações e da interferência voraz de sistemas de inteligência artificial (IA) em campos eminentemente humanos, num cenário de pós-humanismo cibernético.

       O que alimenta esses temores? Embora a automação tenha sido historicamente confinada a tarefas rotineiras envolvendo atividades baseadas em regras explícitas, a IA está entrando rapidamente em domínios dependentes de reconhecimento de padrões e pode substituir os humanos em uma ampla gama de tarefas cognitivas não rotineiras, seja em relação ao trabalho industrial, de serviço ou de conhecimento. Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.

       Parafraseando a célebre frase narrada por Tucídides, na colossal obra História da Guerra do Peloponeso, quando a delegação da cidade de Corinto se empenhava em convencer os relutantes espartanos a abandonar seu temor em declarar guerra a Atenas: não devemos temer a tecnologia (Atenas), o que devemos temer são a nossa ignorância, a nossa indiferença e a nossa inércia. A ignorância, no sentido de não entendermos ou não buscarmos entender o processo histórico que ora se movimenta; a indiferença, no sentido de não nos sensibilizarmos com os efeitos deletérios possíveis, especialmente sobre grandes parcelas menos protegidas ou desfavorecidas da nossa sociedade, de ignorarmos os riscos; ademais, a inércia, traduzida pelo não agir, enquanto indivíduos, sociedade e governos não se preparam devidamente, não estabelecem estratégias adequadas, não constroem seus diques, seus programas, projetos e políticas públicas robustas e suficientes para enfrentar um mundo em transformação.

        John Maynard Keynes, em Economic possibilities for our grandchildren (1930), argumentava que o aumento da eficiência técnica havia ocorrido de forma mais rápida do que seria possível para lidar com o problema da absorção da força de trabalho. A depressão mundial – consumada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a enorme anomalia do desemprego que se estabeleceu – impedia a clareza de visão necessária para que muitos pudessem captar as tendências que se afiguravam, como a do desemprego estrutural. Para Keynes, isso significava “desemprego devido à nossa descoberta de meios de economizar o uso do trabalho ultrapassando o ritmo em que podemos encontrar novos usos para o trabalho”. O economista previa que, mantidas as taxas de crescimento da produtividade geradas pela incorporação de tecnologias nos processos produtivos, e outras condições, em 100 anos o problema econômico mundial da escassez poderia ser resolvido. Em contrapartida, esse ganho de produtividade se daria, principalmente, pela substituição do trabalho humano; portanto, não seria necessário, no futuro, um contingente tão grande de pessoas trabalhando. Dessa forma, o principal problema econômico seria de distribuição de riqueza, não mais de escassez.

       A nova onda de inovação tecnológica tem características que a diferem das anteriores, como as da eletricidade, do automóvel, do computador, da internet. Entre elas, a ruptura do padrão de crescimento dos empregos concomitante ao crescimento econômico. Isso nos leva a três questões distintas. Em primeiro lugar, a questão da distribuição de renda enquanto processo a ser revisto e adequado aos novos tempos; em segundo, a questão da transição segura de uma sociedade economicamente baseada na renda do trabalho e emprego para outra em que não haja para muitos; e, por último, mas não menos importante e desafiador, a construção e a viabilização de alternativas para a falta do trabalho enquanto fonte de significado e propósito subjetivos de vida.

         A chegada dos chamados modelos de IA do tipo LLM – Large Language Models –, treinados a partir de algoritmos de aprendizagem profunda, com uso de quantidades colossais de dados, permitiu o desenvolvimento de produtos surpreendentes, como o ChatGPT, o Bard e o Midjourney. Esses produtos furaram a bolha técnica onde essa tecnologia vinha sendo desenvolvida, ao possibilitar que milhões de pessoas e organizações pudessem utilizar seus recursos nas mais diferentes aplicações. Ao mesmo tempo, trouxeram a concretude das possibilidades de substituição de inúmeras tarefas e funções humanas, reacendendo antigos temores.

        Neste momento, há enormes diferenças entre as pesquisas e as projeções sobre o impacto dessas tecnologias. Há argumentos frágeis, e mesmo outros desonestos, tentando desqualificar as preocupações com o risco da eliminação de muitos postos de trabalho. Alguns destes apelam para uma aritmética primitiva e descabida, de que novos empregos e profissões surgirão e compensarão aqueles perdidos. Há dois equívocos nesta lógica: a de que o futuro sempre repete o passado e a de que se trata de uma conta de subtração. A realidade põe por terra esses argumentos: por um lado, milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas, por outro, milhares de vagas não preenchidas pelas empresas por conta da sofisticação das competências exigidas. Isto sem falar do fenômeno da precarização do trabalho, bem representado pelos modelos de plataformas digitais. O pensamento de risco sugere que deveríamos considerar um cenário de intensa substituição de postos de trabalho por sistemas, robôs e máquinas e de crescimento da oferta de postos de trabalho precarizados. Não há mal algum, nessas circunstâncias, em nos prepararmos para isto. A história nos mostra o quanto é mais sábio prevenir do que remediar. E, preparados para o adverso, sabendo que a imagem do futuro não está ainda formada, poderemos esperar pela serendipidade. 



Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/.>. Acesso em: 03 nov. 2023.

Analise o período a seguir.


Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.


Sobre o verbo da primeira oração, é correto afirmar: 

Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN Provas: FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Advogado | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Administrador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fiscal de Tributos | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista de Controle Interno | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Contador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assistente Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Dentista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Educador Físico (Bacharel) | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Enfermeiro | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Engenheiro Civil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Farmacêutico / Bioquímico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fisioterapeuta | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Psiquiatra | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Nutricionista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Pedagogo em Assistência Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Psicólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Turismólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Veterinário | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Consultor Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Jornalista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Arquivista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Contábil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador Interno Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Tecnologia da Informação | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Redação Parlamentar | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Procurador Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador - CCS 75 – NS |
Q2372248 Português
O futuro do trabalho ou o trabalho sem futuro?


Marcelo Augusto Vieira Graglia


          Billy Turnbull era um rapaz astuto, nos seus recém-completados 14 anos de vida. Naquela manhã fria de maio de 1831, caminhava pela rua principal de Bedlington em direção à mina que ficava no lado oeste da cidade, próxima à estrada que levava ao norte. Por entre a névoa, Billy já distinguia as pedras da igreja de São Authbert. Cerca de 400 metros abaixo, virou à esquerda, após a casa de Walter Daglass. Três portas acima, havia um arco que levava a um pátio com seis residências e um pomar. As casas eram decrépitas, para dizer o mínimo. O campo de batatas ficava do outro lado da parede dos fundos, seguia por ali para cortar caminho.

        Naquela manhã fria, quando Billy Turnbull finalmente chegou à entrada da mina, a querela já estava armada. Dezenas de homens, vestidos em seus farrapos e com seus rostos tingidos pelo pó preto do carvão, se aglomeravam em torno da máquina a vapor recém-adquirida pelo Sr. Stephens. Com suas pás e picaretas, amotinados, golpeavam o equipamento que respondia emitindo longos chiados. Em pouco tempo, a máquina parecia morta, imóvel e silenciosa. Assustado, Billy viu Brian Llewellin saindo do meio dos mineiros e vindo em sua direção. Quando o amigo se aproximou, perguntou: O que está havendo, Brian? Ao que este respondeu: Não sou Brian, meu nome é Ned Ludd.

        A história acima foi construída a partir de personagens fictícios, mas baseada em fatos históricos. Ned Ludd era a alcunha utilizada por muitos dos trabalhadores envolvidos em protestos e sabotagens. O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.

      No campo do trabalho humano, é histórico o temor pelos efeitos potencialmente destruidores da tecnologia sobre os postos de trabalho, simbolicamente representado pelo movimento ludista. Nesta segunda década do século 21, novamente a emergência de uma nova onda de inovação tecnológica reacende a polêmica com visões diametralmente opostas: de um lado, a daqueles que vislumbram um futuro brilhante, no qual a tecnologia libertaria a humanidade da obrigação do trabalho duro, repetitivo, desestimulante, ao mesmo tempo que elimina doenças, promove a longevidade, o conforto e o deleite com novas possibilidades lúdicas e sensoriais trazidas por artefatos tecnológicos e ambientes digitais; de outro, em posição antagônica, há aqueles que temem as consequências potencialmente nefastas da proliferação da tecnologia de forma intensa por tantos campos sensíveis. Soma-se ainda o risco da desumanização das relações e da interferência voraz de sistemas de inteligência artificial (IA) em campos eminentemente humanos, num cenário de pós-humanismo cibernético.

       O que alimenta esses temores? Embora a automação tenha sido historicamente confinada a tarefas rotineiras envolvendo atividades baseadas em regras explícitas, a IA está entrando rapidamente em domínios dependentes de reconhecimento de padrões e pode substituir os humanos em uma ampla gama de tarefas cognitivas não rotineiras, seja em relação ao trabalho industrial, de serviço ou de conhecimento. Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.

       Parafraseando a célebre frase narrada por Tucídides, na colossal obra História da Guerra do Peloponeso, quando a delegação da cidade de Corinto se empenhava em convencer os relutantes espartanos a abandonar seu temor em declarar guerra a Atenas: não devemos temer a tecnologia (Atenas), o que devemos temer são a nossa ignorância, a nossa indiferença e a nossa inércia. A ignorância, no sentido de não entendermos ou não buscarmos entender o processo histórico que ora se movimenta; a indiferença, no sentido de não nos sensibilizarmos com os efeitos deletérios possíveis, especialmente sobre grandes parcelas menos protegidas ou desfavorecidas da nossa sociedade, de ignorarmos os riscos; ademais, a inércia, traduzida pelo não agir, enquanto indivíduos, sociedade e governos não se preparam devidamente, não estabelecem estratégias adequadas, não constroem seus diques, seus programas, projetos e políticas públicas robustas e suficientes para enfrentar um mundo em transformação.

        John Maynard Keynes, em Economic possibilities for our grandchildren (1930), argumentava que o aumento da eficiência técnica havia ocorrido de forma mais rápida do que seria possível para lidar com o problema da absorção da força de trabalho. A depressão mundial – consumada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a enorme anomalia do desemprego que se estabeleceu – impedia a clareza de visão necessária para que muitos pudessem captar as tendências que se afiguravam, como a do desemprego estrutural. Para Keynes, isso significava “desemprego devido à nossa descoberta de meios de economizar o uso do trabalho ultrapassando o ritmo em que podemos encontrar novos usos para o trabalho”. O economista previa que, mantidas as taxas de crescimento da produtividade geradas pela incorporação de tecnologias nos processos produtivos, e outras condições, em 100 anos o problema econômico mundial da escassez poderia ser resolvido. Em contrapartida, esse ganho de produtividade se daria, principalmente, pela substituição do trabalho humano; portanto, não seria necessário, no futuro, um contingente tão grande de pessoas trabalhando. Dessa forma, o principal problema econômico seria de distribuição de riqueza, não mais de escassez.

       A nova onda de inovação tecnológica tem características que a diferem das anteriores, como as da eletricidade, do automóvel, do computador, da internet. Entre elas, a ruptura do padrão de crescimento dos empregos concomitante ao crescimento econômico. Isso nos leva a três questões distintas. Em primeiro lugar, a questão da distribuição de renda enquanto processo a ser revisto e adequado aos novos tempos; em segundo, a questão da transição segura de uma sociedade economicamente baseada na renda do trabalho e emprego para outra em que não haja para muitos; e, por último, mas não menos importante e desafiador, a construção e a viabilização de alternativas para a falta do trabalho enquanto fonte de significado e propósito subjetivos de vida.

         A chegada dos chamados modelos de IA do tipo LLM – Large Language Models –, treinados a partir de algoritmos de aprendizagem profunda, com uso de quantidades colossais de dados, permitiu o desenvolvimento de produtos surpreendentes, como o ChatGPT, o Bard e o Midjourney. Esses produtos furaram a bolha técnica onde essa tecnologia vinha sendo desenvolvida, ao possibilitar que milhões de pessoas e organizações pudessem utilizar seus recursos nas mais diferentes aplicações. Ao mesmo tempo, trouxeram a concretude das possibilidades de substituição de inúmeras tarefas e funções humanas, reacendendo antigos temores.

        Neste momento, há enormes diferenças entre as pesquisas e as projeções sobre o impacto dessas tecnologias. Há argumentos frágeis, e mesmo outros desonestos, tentando desqualificar as preocupações com o risco da eliminação de muitos postos de trabalho. Alguns destes apelam para uma aritmética primitiva e descabida, de que novos empregos e profissões surgirão e compensarão aqueles perdidos. Há dois equívocos nesta lógica: a de que o futuro sempre repete o passado e a de que se trata de uma conta de subtração. A realidade põe por terra esses argumentos: por um lado, milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas, por outro, milhares de vagas não preenchidas pelas empresas por conta da sofisticação das competências exigidas. Isto sem falar do fenômeno da precarização do trabalho, bem representado pelos modelos de plataformas digitais. O pensamento de risco sugere que deveríamos considerar um cenário de intensa substituição de postos de trabalho por sistemas, robôs e máquinas e de crescimento da oferta de postos de trabalho precarizados. Não há mal algum, nessas circunstâncias, em nos prepararmos para isto. A história nos mostra o quanto é mais sábio prevenir do que remediar. E, preparados para o adverso, sabendo que a imagem do futuro não está ainda formada, poderemos esperar pela serendipidade. 



Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/.>. Acesso em: 03 nov. 2023.
Sobre as sequências textuais presentes nos parágrafos 1 e 2, é correto afirmar: 
Alternativas
Q2371002 Português
Mudanças na operação da propaganda comercial


      Em seus começos, em fins do século XIX, a propaganda comercial sublinhava e elogiava as qualidades do produto: apresentava, por exemplo, os efeitos curativos dos remédios, o conforto de uma mobília, o bom gosto de uma peça de roupa em moda. Como na era da sociedade industrial os produtos eram valorizados por sua durabilidade, a propaganda tendia __I__ inventar uma imagem duradoura que garantisse o reconhecimento imediato do produto e fosse facilmente repetida. Essa “marca” podia ser um desenho, um slogan, uma pequena melodia, uma rima. A propaganda também buscava afirmar o produto trazendo o nome do fabricante como garantia da qualidade ou da exclusividade.

          Para entendermos a mudança ocorrida na forma da propaganda, precisamos levar em conta a passagem da sociedade industrial __II__ pós-industrial. Com o aumento da competição entre produtores e distribuidores, com o crescimento do mercado da moda (que não se restringe mais ao vestuário) e, sobretudo, __III__ medida que pesquisas de mercado indicavam que as vendas dependiam da capacidade de manipular desejos do consumidor e até mesmo de criar desejos nele, a propaganda comercial foi deixando de apresentar o produto propriamente dito (com suas propriedades, qualidades, durabilidade) para afirmar os desejos que ele realizaria: sucesso, prosperidade, segurança, juventude eterna, beleza, atração sexual, felicidade. Em outras palavras, a propaganda ou publicidade comercial passou __IV__ vender imagens e signos, e não as próprias mercadorias.

         Por exemplo, em lugar do sabonete e do desodorante, surge a imagem da sensualidade da mulher ou do homem que os usam. O automóvel é apresentado como prova de sucesso, charme e inteligência do consumidor.

           A propaganda comercial também se apropria de atitudes, opiniões e posições críticas ou radicais existentes na sociedade, esvaziando seu conteúdo social ou político para investi-las num produto, transformando-as em moda consumível e passageira. Feminismo, guerrilha revolucionária, movimentos de periferia são transformados em qualidades que vendem produtos.

           Mas a publicidade não se contenta em construir imagens com as quais o consumidor é induzido a identificar-se. Ela as apresenta como realização de desejos que ele nem sabia que tinha e que passa a ter – uma roupa ou um perfume são associados a viagens a países distantes e exóticos ou a uma relação sexual fantástica; um utensílio doméstico ou um sabão em pó são apresentados como a suprema defesa do feminismo, liberando a mulher das penas caseiras; etc.


(CHAUI, Marilena. Iniciação à filosofia – 2. Ed. Ática, 2014. Adaptado.)
As formas verbais são empregadas nos textos conforme o sentido que produzem. Indique, a seguir, qual das formas destacadas produz sentido não equivalente às demais de acordo com o tempo verbal empregado. 
Alternativas
Q2371000 Português
Mudanças na operação da propaganda comercial


      Em seus começos, em fins do século XIX, a propaganda comercial sublinhava e elogiava as qualidades do produto: apresentava, por exemplo, os efeitos curativos dos remédios, o conforto de uma mobília, o bom gosto de uma peça de roupa em moda. Como na era da sociedade industrial os produtos eram valorizados por sua durabilidade, a propaganda tendia __I__ inventar uma imagem duradoura que garantisse o reconhecimento imediato do produto e fosse facilmente repetida. Essa “marca” podia ser um desenho, um slogan, uma pequena melodia, uma rima. A propaganda também buscava afirmar o produto trazendo o nome do fabricante como garantia da qualidade ou da exclusividade.

          Para entendermos a mudança ocorrida na forma da propaganda, precisamos levar em conta a passagem da sociedade industrial __II__ pós-industrial. Com o aumento da competição entre produtores e distribuidores, com o crescimento do mercado da moda (que não se restringe mais ao vestuário) e, sobretudo, __III__ medida que pesquisas de mercado indicavam que as vendas dependiam da capacidade de manipular desejos do consumidor e até mesmo de criar desejos nele, a propaganda comercial foi deixando de apresentar o produto propriamente dito (com suas propriedades, qualidades, durabilidade) para afirmar os desejos que ele realizaria: sucesso, prosperidade, segurança, juventude eterna, beleza, atração sexual, felicidade. Em outras palavras, a propaganda ou publicidade comercial passou __IV__ vender imagens e signos, e não as próprias mercadorias.

         Por exemplo, em lugar do sabonete e do desodorante, surge a imagem da sensualidade da mulher ou do homem que os usam. O automóvel é apresentado como prova de sucesso, charme e inteligência do consumidor.

           A propaganda comercial também se apropria de atitudes, opiniões e posições críticas ou radicais existentes na sociedade, esvaziando seu conteúdo social ou político para investi-las num produto, transformando-as em moda consumível e passageira. Feminismo, guerrilha revolucionária, movimentos de periferia são transformados em qualidades que vendem produtos.

           Mas a publicidade não se contenta em construir imagens com as quais o consumidor é induzido a identificar-se. Ela as apresenta como realização de desejos que ele nem sabia que tinha e que passa a ter – uma roupa ou um perfume são associados a viagens a países distantes e exóticos ou a uma relação sexual fantástica; um utensílio doméstico ou um sabão em pó são apresentados como a suprema defesa do feminismo, liberando a mulher das penas caseiras; etc.


(CHAUI, Marilena. Iniciação à filosofia – 2. Ed. Ática, 2014. Adaptado.)
As classes gramaticais podem ser reconhecidas não só de acordo com suas funções, mas também de acordo com o contexto em que as palavras são empregadas. Assim, assinale a alternativa em que as classes gramaticais estão corretamente identificadas em relação ao trecho destacado a seguir: “Como na era(I) da sociedade industrial os produtos eram(II) valorizados por sua(III) durabilidade, [...]” (1º§)
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INPI Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A3 – Gestão E Suporte – Formação: Contabilidade Ou Ciências Contábeis | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A4 – Gestão E Suporte – Formação: Economia Ou Ciências Econômicas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A1 – Gestão E Suporte – Formação: Administração | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A2 – Gestão E Suporte – Formação: Direito | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A5 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A6 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A7 – Gestão E Suporte – Formação: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A8 – Gestão E Suporte – Formação: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P2- Bioquímica / Imunologia / Biologia Celular E Molecular / Biotecnologia / Microbiologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P1 - Biologia Celular E Molecular / Bioquímica / Biotecnologia / Enzimologia / Microbiologia / Imunologia / Bioinformática | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P5 – Instrumentos E Processos De Medição De Grandezas Físicas, Químicas E Biomédicas/Sensores E Biosensores/Aparelhos De Diagnóstico E Terapia/Biomecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Tecnologista em propriedade industrial – área: t1 – formação: qualquer área de formação. | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P3 - Redes De Comunicação Sem Fio / Sistemas De Comunicações Móveis / Sistemas E Redes De Comunicação Digital / Protocolos De Comunicação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P4 – Processamento De Sinais/Processamento De Dados De Imagem, Áudio Ou Voz/Codificação, Compressão E Decodificação De Imagem, Áudio E Voz/Reconhecimento De Padrões |
Q2370861 Português

Texto CB1A1-III


        Toda língua satisfaz à necessidade humana de comunicação. Embora muitas pessoas do mundo de hoje sejam tentadas a gastar mais tempo em mídias sociais do que talvez deveriam, é o impulso das trocas linguísticas que as está levando a essa situação. Não importa o quão ocupadas algumas pessoas estejam, é difícil não participarem de alguma conversa na tela à sua frente, para opinar sobre assuntos dos quais elas sabem pouco e se importam menos ainda. Seja por meio de conversas informais, da absorção de informações vindas da televisão, da discussão de jogos ou da leitura/escrita de romances, falar e escrever conecta os humanos, de modo ainda mais íntimo, em uma comunidade. 


Daniel Everett. Linguagem: a história da maior invenção da humanidade. Tradução de Mauricio Resende. São Paulo: Editora Contexto, Belo Horizonte: Gutenberg, 2019, p. 12-13 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, relativos a aspectos linguísticos do texto CB1A1-III. 


Após a forma verbal “deveriam” (segundo período), está elíptico o verbo tentar. 

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INPI Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A3 – Gestão E Suporte – Formação: Contabilidade Ou Ciências Contábeis | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A4 – Gestão E Suporte – Formação: Economia Ou Ciências Econômicas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A1 – Gestão E Suporte – Formação: Administração | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A2 – Gestão E Suporte – Formação: Direito | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A5 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A6 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A7 – Gestão E Suporte – Formação: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A8 – Gestão E Suporte – Formação: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P2- Bioquímica / Imunologia / Biologia Celular E Molecular / Biotecnologia / Microbiologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P1 - Biologia Celular E Molecular / Bioquímica / Biotecnologia / Enzimologia / Microbiologia / Imunologia / Bioinformática | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P5 – Instrumentos E Processos De Medição De Grandezas Físicas, Químicas E Biomédicas/Sensores E Biosensores/Aparelhos De Diagnóstico E Terapia/Biomecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Tecnologista em propriedade industrial – área: t1 – formação: qualquer área de formação. | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P3 - Redes De Comunicação Sem Fio / Sistemas De Comunicações Móveis / Sistemas E Redes De Comunicação Digital / Protocolos De Comunicação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P4 – Processamento De Sinais/Processamento De Dados De Imagem, Áudio Ou Voz/Codificação, Compressão E Decodificação De Imagem, Áudio E Voz/Reconhecimento De Padrões |
Q2370851 Português

 Texto CB1A1-I


        Com o avanço científico e tecnológico ocorrido na Europa durante o Renascimento, os inventores começaram a demandar reconhecimento oficial de suas criações, a fim de impedir a imitação de seus inventos. Assim, em 1421, foi concedida ao inventor Filippo Brunelleschi, em Veneza, a primeira patente, com prazo de três anos, pela invenção de um modelo de embarcação para transportar mármore. Nesse contexto de criação de um sistema de concessão de privilégios como forma de proteção de um invento, em 1474, foi promulgado na República de Veneza o Estatuto de Veneza, garantindo ao inventor a exploração comercial do seu invento pela concessão do privilégio da invenção pelo prazo de dez anos.


        No começo do século XVII, em 1623, a Inglaterra promulgou o Estatuto dos Monopólios, que consistiu na primeira base legal para concessão de patentes no país para uma invenção efetivamente nova. O estatuto contribuiu para a promulgação da Lei de Patentes de 1624, que, por sua vez, instituiu o sistema de patentes britânico. Em 1790, os Estados Unidos da América promulgaram a sua primeira lei de patentes, intitulada Patent Act, na qual era autorizada a concessão de direitos exclusivos aos inventores sobre as suas obras, estabelecendo um prazo de quatorze anos de duração. Nessa mesma conjuntura, em 1791, a França promulgou sua primeira lei de patentes, denominada Décret d’Allarde, considerada uma das principais leis publicadas durante a Revolução Francesa.


        No Brasil, o príncipe regente Dom João VI promulgou o Alvará de 28 de abril de 1809, tornando o país um dos primeiros no mundo a reconhecer a proteção dos direitos do inventor, atrás apenas da República de Veneza (1474), da Inglaterra (1623), dos Estados Unidos da América (1790) e da França (1791).



Flávia Romano Villa Verde et al. As invenções no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Brasil) – INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos Integrados – DIRPA, Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica – CEPIT e Divisão de Documentação Patentária – DIDOC, 2023, p. 20-21 (com adaptações). 

Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item. 


No terceiro período do segundo parágrafo, a forma verbal “promulgaram” poderia ser substituída por promulgou, sem prejuízo da correção gramatical do texto. 

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INPI Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A3 – Gestão E Suporte – Formação: Contabilidade Ou Ciências Contábeis | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A4 – Gestão E Suporte – Formação: Economia Ou Ciências Econômicas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A1 – Gestão E Suporte – Formação: Administração | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A2 – Gestão E Suporte – Formação: Direito | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A5 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A6 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A7 – Gestão E Suporte – Formação: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A8 – Gestão E Suporte – Formação: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P2- Bioquímica / Imunologia / Biologia Celular E Molecular / Biotecnologia / Microbiologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P1 - Biologia Celular E Molecular / Bioquímica / Biotecnologia / Enzimologia / Microbiologia / Imunologia / Bioinformática | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P5 – Instrumentos E Processos De Medição De Grandezas Físicas, Químicas E Biomédicas/Sensores E Biosensores/Aparelhos De Diagnóstico E Terapia/Biomecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Tecnologista em propriedade industrial – área: t1 – formação: qualquer área de formação. | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P3 - Redes De Comunicação Sem Fio / Sistemas De Comunicações Móveis / Sistemas E Redes De Comunicação Digital / Protocolos De Comunicação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P4 – Processamento De Sinais/Processamento De Dados De Imagem, Áudio Ou Voz/Codificação, Compressão E Decodificação De Imagem, Áudio E Voz/Reconhecimento De Padrões |
Q2370848 Português

 Texto CB1A1-I


        Com o avanço científico e tecnológico ocorrido na Europa durante o Renascimento, os inventores começaram a demandar reconhecimento oficial de suas criações, a fim de impedir a imitação de seus inventos. Assim, em 1421, foi concedida ao inventor Filippo Brunelleschi, em Veneza, a primeira patente, com prazo de três anos, pela invenção de um modelo de embarcação para transportar mármore. Nesse contexto de criação de um sistema de concessão de privilégios como forma de proteção de um invento, em 1474, foi promulgado na República de Veneza o Estatuto de Veneza, garantindo ao inventor a exploração comercial do seu invento pela concessão do privilégio da invenção pelo prazo de dez anos.


        No começo do século XVII, em 1623, a Inglaterra promulgou o Estatuto dos Monopólios, que consistiu na primeira base legal para concessão de patentes no país para uma invenção efetivamente nova. O estatuto contribuiu para a promulgação da Lei de Patentes de 1624, que, por sua vez, instituiu o sistema de patentes britânico. Em 1790, os Estados Unidos da América promulgaram a sua primeira lei de patentes, intitulada Patent Act, na qual era autorizada a concessão de direitos exclusivos aos inventores sobre as suas obras, estabelecendo um prazo de quatorze anos de duração. Nessa mesma conjuntura, em 1791, a França promulgou sua primeira lei de patentes, denominada Décret d’Allarde, considerada uma das principais leis publicadas durante a Revolução Francesa.


        No Brasil, o príncipe regente Dom João VI promulgou o Alvará de 28 de abril de 1809, tornando o país um dos primeiros no mundo a reconhecer a proteção dos direitos do inventor, atrás apenas da República de Veneza (1474), da Inglaterra (1623), dos Estados Unidos da América (1790) e da França (1791).



Flávia Romano Villa Verde et al. As invenções no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Brasil) – INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos Integrados – DIRPA, Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica – CEPIT e Divisão de Documentação Patentária – DIDOC, 2023, p. 20-21 (com adaptações). 

Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item. 


No segundo período do primeiro parágrafo, o segmento “a primeira patente” funciona como complemento direto da locução verbal “foi concedida”.

Alternativas
Q2370625 Português
Os verbos apresentam flexão em voz e as vozes do verbo indicam se o sujeito gramatical é o agente ou o paciente da ação verbal, ou seja, se pratica ou se sofre a ação. Sabendo disso, analise as frases abaixo e assinale a alternativa que apresenta a correta classificação de ambas as frases:

I. O carro foi consertado pelo mecânico.
II. Consertou-se o carro.  
Alternativas
Q2370559 Português
Responda à questão com base na seguinte tirinha:





Autor: André Dahmer 
Analise os verbos da frase abaixo e assinale a alternativa correta:

A Rússia confirmou a existência de uma arma que transforma pessoas em zumbis  
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: TJ-RJ Prova: FGV - 2024 - TJ-RJ - Mediador Judiciário |
Q2370273 Português
Nas frases abaixo há a presença de verbo + advérbio; se ocorrer a substituição desse conjunto por um só verbo de sentido equivalente, a forma inadequada é: 
Alternativas
Q2370167 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão:


Receita para um dálmata

(ou: Soneto branco com bolinhas pretas)


Pegue um papel, ou uma parede, ou algo

que seja quase branco e bem vazio.

Amasse-o até que tome forma

de um animal: focinho, corpo, patas.


Em cada pata ponha muitas unhas

e em sua boca muitos dentes. (Caso

queira, pinte o focinho de qualquer

cor que pareça rosa). Atrás, na bunda,


ponha um fiapo nervoso: será seu

rabo. Pronto. Ou quase: deixe-o lá

fora e espere chover nanquim. Agora


dê grama ao bicho. Se ele rejeitar,

é dálmata. Se comer (e mugir),

é uma vaca que tens. Tente outra vez.


Gregório Duvivier
Em virtude de o poema apresentar uma estrutura de um texto instrucional, ou seja, apresenta o passo a passo de como algo deve ser feito, no caso como fazer um dálmata, existe maior uso de um modo verbal.

Assinale a alternativa que apresente o modo verbal predominante no poema:
Alternativas
Q2369559 Português

Texto II 





https://www.cingo.com.br/inteligencia-artificial-preditivae-preventiva/


“Você não se preocupa com o avanço da inteligência artificial?”
O tempo verbal utilizado no período em destaque é igual ao utilizado em: 
Alternativas
Respostas
2041: D
2042: A
2043: B
2044: C
2045: D
2046: B
2047: E
2048: A
2049: C
2050: B
2051: B
2052: B
2053: E
2054: E
2055: E
2056: B
2057: A
2058: A
2059: A
2060: B