Questões de Concurso
Sobre morfologia - verbos em português
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ESTUDO ERRADO (Gabriel O Pensador) Adaptado
1 Atenção pra chamada! Aderbal?
2 Presente!
3 Aninha?
4 Eu!
5 Breno?
6 Aqui!
7 Carol?
8 Presente!
9 Douglas?
10 Alô!
11 Fernandinha?
12 Tô aqui
13 Geraldo?
14 Eu!
15 Itamarzinho?
16 Faltou
17 Juquinha?
18 Eu tô aqui pra quê?
19 Será que é pra aprender?
20 Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
21 Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
22 Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
23 A professora já tá de marcação porque sempre me pega
24 Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
25 E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
26 E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo 27 Eu quero jogar botão, videogame, bola de gude
28 Mas meus pais só querem que eu vá pra aula! E estude!
29 Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
30 Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
31 Ou quem sabe aumentar minha mesada
32 Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
33 Não. De mulher pelada 34 A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
35 E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!) 36 A rua é perigosa então eu vejo televisão
37 (Tá lá mais um corpo estendido no chão)
38 Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
39 Ué não te ensinaram?
40 Não, a maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
41 Em vão, pouco interessantes, eu fico pu
42 Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio (Vai pro colégio!) 43 Então eu fui relendo tudo até a prova começar
44 Voltei louco pra contar
45 Manhê! Tirei um dez na prova
46 Me dei bem, tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
47 Decorei toda lição
48 Não errei nenhuma questão
49 Não aprendi nada de bom
50 Mas tirei dez (boa filhão!)
51 Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
52 Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
53 Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
54 Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
55 Decoreba: Esse é o método de ensino
56 Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
57 Não aprendo as causas e consequências só decoro os fatos
58 Desse jeito até história fica chato
59 Mas os velhos me disseram que o porquê é o segredo
60 Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
61 Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
62 Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
63 E sei que o estudo é uma coisa boa
64 O problema é que sem motivação a gente enjoa
65 O sistema bota um monte de abobrinha no programa...
Extraído de https://www.letras.mus.br/gabriel-pensador/66375/
“Ele, o pai, beijou a filha dos outros. Disse-lhe, com ciúme, o nome feio. E torceu-lhe o braço, até doer. Nunca pensou que sua namorada fosse filha de ninguém. Ele, o pai, humanamente lamentável, lamentavelmente humano.”
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, a classe gramatical dos termos HUMANAMENTE LAMENTÁVEL, LAMENTAVELMENTE e HUMANO:
Julgue o item subsequente.
Em "Eu faço meu dever todos os dias", o verbo "fazer"
exemplifica um verbo irregular, mantendo a raiz, mas
alterando suas terminações em diversas formas, como
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
Julgue o item subsequente.
O verbo "aceitar" em "Os termos foram aceitos pela
equipe" exemplifica um verbo abundante, que admite
mais de uma forma no particípio: "aceitado" e "aceito".
(Dik Browne. O melhor de Hagar, o horrível. Vol.5. Porto Alegre: L&PM, 2008).
Muita lógica para nada?
1 Muitas pessoas, ao longo da história, já esbravejaram contra a tentativa de racionalização e organização do pensamento por meio da lógica. Desde Sócrates, que via os sofistas como um grupo que se aproveitava da argumentação para confundir o povo e distorcer a verdade, até os pós-modernos (que desacreditam da própria noção de verdade e da lógica), temos visto todo tipo de argumentação contra a argumentação. E dentre os muitos exemplos que existem nesse sentido, talvez uma das mais espirituosas seja essa frase de Dostoiévski:
2 O homem tem tal predileção por sistemas e deduções abstratas que está disposto a distorcer intencionalmente a verdade, a negar a evidência dos seus sentidos só para justificar sua lógica. (Dostoiévski)
3 Por mais que pareça estranho esse tipo de desapreço pelo racional, especialmente se o que nos define como seres humanos é justamente a capacidade de organizar o pensamento, é importante considerar que a descrença na lógica decorre muitas vezes da observação do uso da racionalização para distorcer a realidade ou ganhar debates fingindo a verdade a que não se tem. Uma das coisas que Nietzsche criticava na filosofia era justamente a quantidade gigantesca de autores que, fingindo agir em nome da razão, lutavam impiedosamente para defender suas paixões. Nada de errado com as paixões, obviamente, o problema é não assumir a real intenção da filosofia: se esconder atrás de argumentos lógicos apenas para convencer os leitores de crenças e desejos muito particulares.
4 Não acho que a lógica é um problema. Mas concordo que devemos ponderar sobre sua utilização, pensando especialmente sobre o fato de que, muitas vezes, a ausência de argumentos sistematizados pode trazer benefícios evidentes (e a arte é o melhor exemplo disso). Por outro lado, vale ponderar também sobre o fato de que a lógica por si só não é sinal de verdade. Afinal, um bom argumento é aquele que tem a forma correta, não o conteúdo. E quem estuda lógica (olha só a utilidade dela aqui) geralmente consegue perceber essa diferença.
Extraído de: https://marcosramon.net/posts/muita-logica-para-nada/
Muita lógica para nada?
1 Muitas pessoas, ao longo da história, já esbravejaram contra a tentativa de racionalização e organização do pensamento por meio da lógica. Desde Sócrates, que via os sofistas como um grupo que se aproveitava da argumentação para confundir o povo e distorcer a verdade, até os pós-modernos (que desacreditam da própria noção de verdade e da lógica), temos visto todo tipo de argumentação contra a argumentação. E dentre os muitos exemplos que existem nesse sentido, talvez uma das mais espirituosas seja essa frase de Dostoiévski:
2 O homem tem tal predileção por sistemas e deduções abstratas que está disposto a distorcer intencionalmente a verdade, a negar a evidência dos seus sentidos só para justificar sua lógica. (Dostoiévski)
3 Por mais que pareça estranho esse tipo de desapreço pelo racional, especialmente se o que nos define como seres humanos é justamente a capacidade de organizar o pensamento, é importante considerar que a descrença na lógica decorre muitas vezes da observação do uso da racionalização para distorcer a realidade ou ganhar debates fingindo a verdade a que não se tem. Uma das coisas que Nietzsche criticava na filosofia era justamente a quantidade gigantesca de autores que, fingindo agir em nome da razão, lutavam impiedosamente para defender suas paixões. Nada de errado com as paixões, obviamente, o problema é não assumir a real intenção da filosofia: se esconder atrás de argumentos lógicos apenas para convencer os leitores de crenças e desejos muito particulares.
4 Não acho que a lógica é um problema. Mas concordo que devemos ponderar sobre sua utilização, pensando especialmente sobre o fato de que, muitas vezes, a ausência de argumentos sistematizados pode trazer benefícios evidentes (e a arte é o melhor exemplo disso). Por outro lado, vale ponderar também sobre o fato de que a lógica por si só não é sinal de verdade. Afinal, um bom argumento é aquele que tem a forma correta, não o conteúdo. E quem estuda lógica (olha só a utilidade dela aqui) geralmente consegue perceber essa diferença.
Extraído de: https://marcosramon.net/posts/muita-logica-para-nada/
Texto para o item.
Morar
Ivan Illich. No espelho do passado. São Paulo: n‑1 edições, 2024.
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item abaixo.
A locução verbal “poderia ser gravada” (linhas 18 e 19)
indica voz passiva, e a reescrita desse trecho, na voz
ativa, seria poderiam gravar.