Questões de Concurso Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q1679022 Português

Fogo de palha ou surto de hashtag?


    Num mundo em que nem os números, ou nem sequer os satélites, são confiáveis, ai de nós que queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. A Amazônia está pegando fogo inteirinha, como aparece naqueles mapas em que os focos são colocados em tamanho perceptível aos olhos, mas evidentemente não compatível com o da vida real? Os incêndios aumentaram 1 quatrilhão por cento? A culpa é de Fulano? Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados, em várias situações, na tentativa de distinguir fatos e suas infinitas interpretações.

    Fator hashtag. Está bombando nas redes sociais e não é um gatinho adorável? Desconfie, desconfie muito. É bom ter um canal para expressar sentimentos e opiniões. #metoo, #timesup ou #prayforamazonia são exatamente isso. Servem, dessa forma, para avaliar humores emocionais, não como um prognóstico infalível. Outra pequena dica: gente que nunca rezou por nada e de repente se prostra diante do divino por causa da floresta é como certos candidatos que vão à missa e até comungam em véspera de eleição.

    Fator fofura. Apresentadores ou influenciadores se emocionam e ficam com a voz embargada? Estão tratando de Greta Thunberg, a adolescente sueca em que tantos adultos querem acreditar, ou de macaquinhos indianos chamuscados e transportados por pensamento mágico para a floresta brasileira. Os ultrassensíveis, programados, como todos os humanos, para se comover com filhotes de mamíferos, moram bem longe dela. De perto, independentemente de sua importância e de seus prodígios, as florestas sempre foram fonte de temor. Ah, sim, se aparecer alguém usando cocar, a coisa está perdida. Índios não usam cocar no dia a dia, exceto para efeitos midiáticos.

    Fator uma semana. Passaram-se sete dias e o acontecimento, sem ter mudado em sua essência, sumiu do mapa. Depois do pico do fogo de palha, existe uma tendência a falar mais francamente. Registrem-se as manifestações a favor do “intervencionismo ambiental”. Escreveu um valente professor americano, Lawrence Douglas, comparando-o ao intervencionismo humanitário: “A comunidade internacional precisa assumir a responsabilidade – não, em primeira instância, aplicando a força militar, mas através de sanções comerciais e boicotes econômicos”. Por incrível coincidência, 46 deputados e dezessete ONGs da França propuseram sanções contra a soja e a carne importadas do Brasil. Não é só aqui que tem bancada ruralista.

(Vilma Gryzinski, Veja, 11.09.2019. Adaptado)

É correto afirmar que o texto consiste em
Alternativas
Q1679021 Português
Emissão de NF-e


A Receita Federal divulgou um levantamento que aponta que a média diária de vendas com nota fiscal eletrônica (NF-e) atingiu R$ 23,9 bilhões em junho de 2020. O percentual é o maior registrado até então no ano.

Uma nota fiscal eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, originalmente. Ele é emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Atualmente, ela é um dos mais importantes instrumentos de fiscalização tributária.

De acordo com os dados, as vendas em junho de 2020 aumentaram 15,6% em relação ao mês de maio de 2020 e 10,3% superior ao de junho de 2019, segundo o órgão. Entre abril e maio de 2020, por sua vez, houve um aumento de 9,1%.

De acordo com a Receita Federal, a alta emissão de NF-e reflete o movimento, principalmente, das vendas de empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.

As empresas de médio porte são aquelas cujo faturamento é maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões por ano. As empresas de grande porte, por sua vez, são aquelas que possuem um faturamento anual superior a R$ 300 milhões.

De acordo com a Receita Federal, os dados das vendas semanais permitem interpretar uma recuperação gradual da economia.

No total, após o pico de R$ 180 bilhões na última semana de maio de 2020, no mês de junho de 2020, as vendas semanais mostraram movimento superior a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi (R$ 137 bilhões).

A última semana de junho de 2020 registrou vendas de R$ 177 bilhões.

O órgão também informou que, em 2020, o comércio eletrônico teve vendas crescentes em quantidade e em volume, com tendência de elevação intensificada a partir de março de 2020.

Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas apuradas com a NF-e cresceu 20,6% em março de 2020, 17,5% em abril de 2020, 37,4% em maio de 2020 e 73,0% em junho de 2020.

Por Ananda Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2WmQieW). Com adaptações.
Leia o texto 'Emissão de NF-e' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. No trecho "Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas apuradas com a NF-e cresceu 21,4% em maio de 2020", o artigo indefinido "ao" determina de maneira vaga ou imprecisa a causa da retração econômica sentida pelos estados da região Norte do Brasil nos primeiros meses da pandemia de Covid-19.

II. De acordo com a Receita Federal, em 2020, o comércio eletrônico apresentou uma tendência de elevação intensificada a partir de março desse ano, conforme pode ser percebido a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.

III. No mês de junho de 2020, as vendas semanais mostraram um movimento superior a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi, de acordo com a autora.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1679017 Português
Emissão de NF-e


A Receita Federal divulgou um levantamento que aponta que a média diária de vendas com nota fiscal eletrônica (NF-e) atingiu R$ 23,9 bilhões em junho de 2020. O percentual é o maior registrado até então no ano.

Uma nota fiscal eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, originalmente. Ele é emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Atualmente, ela é um dos mais importantes instrumentos de fiscalização tributária.

De acordo com os dados, as vendas em junho de 2020 aumentaram 15,6% em relação ao mês de maio de 2020 e 10,3% superior ao de junho de 2019, segundo o órgão. Entre abril e maio de 2020, por sua vez, houve um aumento de 9,1%.

De acordo com a Receita Federal, a alta emissão de NF-e reflete o movimento, principalmente, das vendas de empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.

As empresas de médio porte são aquelas cujo faturamento é maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões por ano. As empresas de grande porte, por sua vez, são aquelas que possuem um faturamento anual superior a R$ 300 milhões.

De acordo com a Receita Federal, os dados das vendas semanais permitem interpretar uma recuperação gradual da economia.

No total, após o pico de R$ 180 bilhões na última semana de maio de 2020, no mês de junho de 2020, as vendas semanais mostraram movimento superior a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi (R$ 137 bilhões).

A última semana de junho de 2020 registrou vendas de R$ 177 bilhões.

O órgão também informou que, em 2020, o comércio eletrônico teve vendas crescentes em quantidade e em volume, com tendência de elevação intensificada a partir de março de 2020.

Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas apuradas com a NF-e cresceu 20,6% em março de 2020, 17,5% em abril de 2020, 37,4% em maio de 2020 e 73,0% em junho de 2020.

Por Ananda Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2WmQieW). Com adaptações.
Leia o texto 'Emissão de NF-e' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. As informações presentes no texto permitem concluir que o percentual de vendas com nota fiscal eletrônica apontado pela Receita Federal referente ao mês de junho é o maior registrado até então no ano de 2020.

II. Na semana do feriado de Corpus Christi, em 2009, as vendas com nota fiscal eletrônica no Brasil representaram R$ 137 bilhões, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto. Nesse período, o aumento do volume de vendas é diretamente influenciado pela movimentação de turistas em direção às praias.

III. No trecho "a Receita Federal afirma que houve um pico de R$ 280 bilhões nas vendas com nota fiscal eletrônica na última semana de maio de 2020", o substantivo biforme "pico" assume um gênero neutro para designar um valor numérico que, posteriormente no texto, será comparado aos resultados de vendas em outras regiões ou períodos a fim de enfatizar o argumento principal da autora de que a economia pode estar se recuperando.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1678630 Português

Imagem associada para resolução da questão

A ilustração apresenta, ironicamente, o(a)
Alternativas
Q1678532 Português
Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria

O trenzinho recebeu em Magoari o pessoal do matadouro e tocou para Belém. Já era noite. Só se sentia o cheiro doce do sangue. As manchas na roupa dos passageiros ninguém via porque não havia luz. De vez em quando passava uma fagulha que a chaminé da locomotiva botava. E os vagões no escuro. Trem misterioso. Noite fora, noite dentro. O chefe vinha recolher os bilhetes de cigarro na boca. Chegava a passagem bem perto da ponta acesa e dava uma chupada para fazer mais luz. Via mal e mal a data e ia guardando no bolso. Havia sempre uns que gritavam:
— Vai pisar no inferno!
Ele pedia perdão (ou não pedia) e continuava seu caminho.Os vagões sacolejando.
O trenzinho seguia danado para Belém porque o maquinista não tinha jantado até aquela hora. Os que não dormiam aproveitando a escuridão conversavam e até gesticulavam por força do hábito brasileiro. Ou então cantavam, assobiavam. Só as mulheres se encolhiam com medo de algum desrespeito. Noite sem lua nem nada. Os fósforos é que alumiavam um instante as caras cansadas e a pretidão feia caía de novo. Ninguém estranhava. Era assim mesmo todos os dias. O pessoal do matadouro já estava acostumado. Parecia trem de carga o trem de Magoari.
[...]
Antônio Castilho de Alcântara Machado de Oliveira (1901-1935 
Assinale a alternativa CORRETA quanto às afirmações, abaixo, sobre as suas características textuais:
Alternativas
Q1677667 Português

Leia a tira abaixo para responder à questão.
Imagem associada para resolução da questão
Sobre a tira lida:
Alternativas
Q1677298 Português

Leia as sequências I, II e III.


I - Há quem acredite que a família está ameaçada de ser destruída ou que já se encontra em estado de falência.


II - Não há dúvida de que algumas famílias, ou integrantes delas, recusam a convivência com o grupo, afastam-se para sempre, buscam apagar da memória a existência desse laço primordial.


III - ... há também recasamentos, e as mulheres que muito precisam ou querem se dedicar ao trabalho remunerado vivem se martirizando pela culpa de estar longe da família por tanto tempo

Do ponto de vista da estrutura morfossemântica, sobre os trechos em I, II e III, está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q1676943 Português
Leia o texto com atenção:

EMERGÊNCIA

    É fácil identificar o passageiro de primeira viagem. É o que já entra no avião desconfiado. O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.
    – Bom dia...
    – Como assim?
    Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta. Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado. Tem dificuldade com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo. Confidencia para o passageiro ao seu lado:
     – Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?
    Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.
    Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem”. O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve. A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa.
     – Obrigado. Não bebo.
    Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de Santa Mãe do Céu! No rosto. Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende. É a última espiada que dará pela janela.
    Mas o pior está por vir. De repente ele ouve uma misteriosa voz descarnada. Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.
    “Senhores passageiros, sua atenção, por favor. A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás.”
    – Emergência? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada em emergência. Olha, o meu é sem emergência.
    Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.
    – Isto é apenas rotina, cavalheiro.
    – Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai meu santo.
    “No caso de despressurização da cabina, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos.”
    – Que história é essa? Que despressurização? Que cabina?
    “Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente.”
     – Respirar normalmente?! A cabina despressurizada, máscaras de oxigênio caindo sobre nossas cabeças – e ele quer que a gente respire normalmente?! “Em caso de pouso forçado na água...”
    – O quê?!
     “... os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”
    – Essa não! Bancos flutuantes, não! Tudo, menos bancos flutuantes!
    – Calma, cavalheiro.
    – Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!
    – Cavalheiro, por favor. Fique calmo.
   – Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por quê, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.
    – Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.
    – Só não quero mais ouvir falar de banco flutuante.
   – Certo. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.
    Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça.
    – É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico!
     A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:
    – Calmante, por quê? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!
    Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido. Não quer o almoço. Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir. Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando da portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.
    De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.
     – Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de...
    Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:
    – Olha para a frente, Araújo! Olha para a frente!

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Mais comédias para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009.

Com base no texto lido responda a questão:
Use V para verdadeiro e F para falso:
(___) Por desconhecer as informações habituais de um voo o passageiro apresenta uma emotividade excessiva. (___) O texto deixa evidente uma posição crítica quanto a falta de segurança desse meio de transporte. (___) O que causa o humor na crônica é a estratégia do autor ao empregar somente palavras polissêmicas. (___) O comportamento do passageiro diante da tripulação foi belicoso.
Respeitando a ordem em que as frases aparecem, temos:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: CIESP Órgão: CIESP Prova: CIESP - 2021 - CIESP - Auxiliar Administrativo |
Q1676734 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

TEXTO  (Interpretação de Texto)

Amazônia Centro do Mundo
Encontro histórico reúne, neste momento, líderes da floresta, ativistas climáticos internacionais, cientistas do clima e da Terra e alguns dos melhores pensadores do Brasil

Neste momento, na Terra do Meio, coração da maior floresta tropical do planeta, uma formação humana inédita está reunida para criar uma aliança pela Amazônia. É um encontro de diferentes em torno de uma ideia comum: barrar a destruição da floresta e dos povos da floresta, hoje devorada por predadores de toda ordem. Entre eles, as grandes corporações de mineração e o agronegócio insustentável. É também um encontro para salvar a nós mesmos e as outras espécies, estas que condenamos ao nos tornarmos uma força de destruição. Nesta luta, devemos ser liderados pelos povos da floresta – os indígenas, beiradeiros e quilombolas que mantêm a Amazônia ainda viva e em pé. Este é um encontro de descolonização. Por isso, não um encontro na Europa nem um encontro nas capitais do Sudeste do Brasil. Deslocar o que é centro e o que é periferia é imperativo para criar futuro. Na época em que nossa espécie vive a emergência climática, o maior desafio de nossa trajetória, a Amazônia é o centro do mundo. É em torno dela que nós, os que queremos viver e fazer viver, precisamos atravessar muros e superar barreiras para criar um comum global. [...]

Todas estas pessoas deixaram suas casas e seus países convidadas por mim, pelo Instituto Ibirapitanga, pelo Instituto Socioambiental e pela Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Rio Iriri. Algumas viajaram semanas num barco à vela, para conhecer de forma profunda, com seu corpo no corpo do território, a floresta e os povos da floresta. É instinto de sobrevivência o que as move, mas é também amor. É movimento de vida numa geopolítica que impõe a morte da maioria para o benefício e os lucros da minoria que controla o planeta. É uma pequena grande COP da Floresta criada a partir das bases. Aqui, não há cúpula. [...]
No encontro Amazônia Centro do Mundo haverá população da cidade e da floresta. E também os produtores rurais que colocam alimento na mesa da população, aqueles que respeitam os povos tradicionais e atuam preservando a Amazônia, porque sabem que dela depende o seu sustento. Sabemos que há fazendeiros que destroem a floresta, mas também sabemos que há agricultores que a respeitam e têm mudado suas práticas para responder aos desafios do colapso climático que atingirá a todos, produtores que respeitam a lei e a democracia e que também querem viver em paz. Pessoas que perceberam que precisam não apenas parar de desmatar, mas reflorestar a floresta.
O fim do mundo não é um fim. É um meio. É o que os povos indígenas nos mostram em sua resistência de mais de 500 anos à força de destruição promovida pelos não indígenas. À tentativa de extermínio completo, seja pela bala, seja pela assimilação. Hoje, meio milênio depois da barbárie produzida pelos europeus, as populações indígenas não apenas não se deixaram engolir como aumentam. E erguem, mais uma vez, suas vozes para denunciar que os brancos quebraram todos os limites e constroem rapidamente um apocalipse que, desta vez, atinge também os colonizadores: a maior floresta tropical do mundo está perto de alcançar o ponto de não retorno. Dizem isso muito antes do que qualquer cientista do clima. Alguns de seus ancestrais plantaram essa floresta.
Eles sabem.
Como Raoni tem repetido há décadas: “Se continuar com as queimadas, o vento vai aumentar, o sol vai ficar muito quente, a Terra também. Todos nós, não só os indígenas, vamos ficar sem respirar. Se destruir a floresta, todos nós vamos silenciar”.
Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que temiam. Alteraram o clima do planeta. Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem. Mas não todos os humanos. Uma minoria dos humanos, abrigada nos países desenvolvidos demais, consumiu o planeta. As consequências, porém, já são sentidas pelas maiorias pobres e pelos povos que não cabem nas categorias de rico e de pobre impostas pelo capitalismo. [...]

BRUM, Eliane. El País. Disponível em: <encurtador.com.br/BHTVI>. Acesso em: 16 nov. 2019.
De acordo com o texto , para que soluções sejam encontradas para barrar a destruição da floresta e de seus povos, são atitudes necessárias, exceto:
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Q1676492 Português

Pai não entende nada


A filha de 14 anos chega para o pai e diz:

- Pai, preciso comprar um biquíni novo.

- Mas filha, você comprou um biquíni no ano passado.

- Ah pai, quero um biquíni novo.

- Filha, teu biquíni é novo. E você nem cresceu tanto assim.

- Mas eu quero, pai.

- Tá bom, filha. Pegue esse dinheiro e compre um biquíni maior.

- Maior não, pai. Menor.

Pai não entende nada mesmo!


Luís Fernando Veríssimo.

A crônica é um texto narrativo que em muitas ocasiões pretende criar uma situação engraçada. O humor desta crônica foi construído a partir do(a):
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Q1676127 Português

      A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.

    

     O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São Paulo.

    

    A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.

   

    Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.

    

    Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.

    

      A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.

 

  Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.

    

    No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.

    

     A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.


Internet:<www.codevasf.gov.br> (com adaptações). 

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.


A ideia principal do texto é defender a técnica de irrigação na região Nordeste do Brasil, já que se trata de uma área semiárida.

Alternativas
Q1676125 Português

      A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.

    

     O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São Paulo.

    

    A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.

   

    Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.

    

    Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.

    

      A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.

 

  Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.

    

    No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.

    

     A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.


Internet:<www.codevasf.gov.br> (com adaptações). 

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.


Infere-se do texto que a escassez de chuvas na região central do Brasil não permite a prática de culturas anuais sem o uso de tecnologias de irrigação.

Alternativas
Q1676124 Português

      A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.

    

     O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São Paulo.

    

    A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.

   

    Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.

    

    Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.

    

      A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.

 

  Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.

    

    No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.

    

     A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.


Internet:<www.codevasf.gov.br> (com adaptações). 

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.


De acordo com o texto, a irrigação constitui uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola, especialmente no cultivo de culturas perenes.

Alternativas
Q1676123 Português

      A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.

    

     O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São Paulo.

    

    A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.

   

    Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.

    

    Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.

    

      A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.

 

  Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.

    

    No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.

    

     A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.


Internet:<www.codevasf.gov.br> (com adaptações). 

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.


No último parágrafo do texto, o pronome “ela”, em “Aliada a ela”, refere-se à expressão “produtividade agrícola”.

Alternativas
Q1676113 Português

       Desde fim dos anos 80 do século passado, o efeito estufa como ameaça ecológica número um não é mais contestado. Embora não se possa provar, irrefutavelmente, que o aumento até agora medido das temperaturas anuais médias (em torno de um grau nos últimos cem anos) se refere ao desenvolvimento humano, essa suposição tem, no entanto, muita probabilidade de ser correta — de tal forma que seria irresponsabilidade deixar as coisas seguirem seu curso. Um primeiro sinal de que o clima mundial já começou a mudar é o aumento de anomalias meteorológicas — ciclones, períodos de seca e trombas-d’água diluvianas — desde os anos 90 do século passado.

    

     Os limites do crescimento marcam uma espécie de escassez, embora no mercado não se tornem imediatamente notados como tais. A atmosfera, por exemplo, não funciona como um reservatório, que um dia esvaziará e outro dia será novamente enchido por bombeamento (a isso, o mercado poderia ao menos reagir em curto prazo), mas como um mecanismo que, lenta mas inexoravelmente, terá efeito retroativo em nossas condições de vida, comparável a um parafuso de rosca que se aperta sempre mais.

     

       O limite do demasiado é invisível e também não pode ser determinado diretamente por experimentos. Assim como, ao se escalarem montanhas, o ar cada vez mais rarefeito nas alturas desafia os alpinistas diferenciadamente — uns mais, outros menos —, a fauna e a flora, em regiões diferenciadas, reagem diferentemente ao aquecimento da atmosfera. Uma das preocupações mais sérias é provocada pela velocidade com que já está ocorrendo a mudança climática. Se ela não for eficazmente freada, poderá exigir demasiado da capacidade adaptativa de muitas espécies.


Thomas Kesselring. Depois de nós, o dilúvio. A dimensão do meio ambiente. In: Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Benno Dischinger (Trad.). Caxias do Sul, RS: Educs, 2007, p. 222 (com adaptações).

Em relação aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item a seguir.


De acordo com o texto, as espécies serão atingidas de maneira uniforme pelo aquecimento global.

Alternativas
Q1676112 Português

       Desde fim dos anos 80 do século passado, o efeito estufa como ameaça ecológica número um não é mais contestado. Embora não se possa provar, irrefutavelmente, que o aumento até agora medido das temperaturas anuais médias (em torno de um grau nos últimos cem anos) se refere ao desenvolvimento humano, essa suposição tem, no entanto, muita probabilidade de ser correta — de tal forma que seria irresponsabilidade deixar as coisas seguirem seu curso. Um primeiro sinal de que o clima mundial já começou a mudar é o aumento de anomalias meteorológicas — ciclones, períodos de seca e trombas-d’água diluvianas — desde os anos 90 do século passado.

    

     Os limites do crescimento marcam uma espécie de escassez, embora no mercado não se tornem imediatamente notados como tais. A atmosfera, por exemplo, não funciona como um reservatório, que um dia esvaziará e outro dia será novamente enchido por bombeamento (a isso, o mercado poderia ao menos reagir em curto prazo), mas como um mecanismo que, lenta mas inexoravelmente, terá efeito retroativo em nossas condições de vida, comparável a um parafuso de rosca que se aperta sempre mais.

     

       O limite do demasiado é invisível e também não pode ser determinado diretamente por experimentos. Assim como, ao se escalarem montanhas, o ar cada vez mais rarefeito nas alturas desafia os alpinistas diferenciadamente — uns mais, outros menos —, a fauna e a flora, em regiões diferenciadas, reagem diferentemente ao aquecimento da atmosfera. Uma das preocupações mais sérias é provocada pela velocidade com que já está ocorrendo a mudança climática. Se ela não for eficazmente freada, poderá exigir demasiado da capacidade adaptativa de muitas espécies.


Thomas Kesselring. Depois de nós, o dilúvio. A dimensão do meio ambiente. In: Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Benno Dischinger (Trad.). Caxias do Sul, RS: Educs, 2007, p. 222 (com adaptações).

Em relação aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item a seguir.


Infere-se do texto que, em relação às mudanças climáticas, ainda não se pode definir ao certo quais cenários realmente devem ser esperados.

Alternativas
Q1675795 Português

Analise o texto abaixo para responder a próxima questão:


O Meu Guri


Quando, seu moço, nasceu meu rebento

Não era o momento dele rebentar

Já foi nascendo com cara de fome

E eu não tinha nem nome pra lhe dar

Como fui levando, não sei lhe explicar

Fui assim, levando, ele a me levar

E na sua meninice Ele um dia me disse que chegava lá


Olha aí!

Olha aí!


Olha aí!

Ai, o meu guri, olha aí!

Olha aí!

É o meu guri e ele chega


Chega suado e veloz do batente

Traz sempre um presente pra me encabular

Tanta corrente de ouro, seu moço

Que haja pescoço pra enfiar

Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro

Chave, caderneta, terço e patuá

Um lenço e uma penca de documentos

Pra finalmente eu me identificar, olha aí!


Olha aí!

Ai, o meu guri, olha aí!

Olha aí!

É o meu guri e ele chega

Chega no morro com carregamento

Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador

Rezo até ele chegar cá no alto

Essa onda de assalto está um horror

Eu consolo ele, ele me consola

Boto ele no colo pra ele me ninar

De repente, acordo, olho pro lado

E o danado já foi trabalhar, olha aí!


Olha aí! (Ah, olha aí)

Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, meu guri)

É o meu guri e ele chega (olha aí meu guri)


Chega estampado, manchete, retrato

Com venda nos olhos, legenda e as iniciais

Eu não entendo essa gente, seu moço

Fazendo alvoroço demais


O guri no mato, acho que tá rindo

Acho que tá lindo de papo pro ar

Desde o começo, eu não disse, seu moço

Ele disse que chegava lá


Olha aí!

Olha aí!


Olha aí! (Ah, olha aí)

Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, meu guri)

É o meu guri (olha aí meu guri)


Chico Buarque

Qual das frases abaixo que fica evidente o caráter dúbio do menino?
Alternativas
Q1675792 Português

Analise o texto abaixo para responder a próxima questão:


O Meu Guri


Quando, seu moço, nasceu meu rebento

Não era o momento dele rebentar

Já foi nascendo com cara de fome

E eu não tinha nem nome pra lhe dar

Como fui levando, não sei lhe explicar

Fui assim, levando, ele a me levar

E na sua meninice Ele um dia me disse que chegava lá


Olha aí!

Olha aí!


Olha aí!

Ai, o meu guri, olha aí!

Olha aí!

É o meu guri e ele chega


Chega suado e veloz do batente

Traz sempre um presente pra me encabular

Tanta corrente de ouro, seu moço

Que haja pescoço pra enfiar

Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro

Chave, caderneta, terço e patuá

Um lenço e uma penca de documentos

Pra finalmente eu me identificar, olha aí!


Olha aí!

Ai, o meu guri, olha aí!

Olha aí!

É o meu guri e ele chega

Chega no morro com carregamento

Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador

Rezo até ele chegar cá no alto

Essa onda de assalto está um horror

Eu consolo ele, ele me consola

Boto ele no colo pra ele me ninar

De repente, acordo, olho pro lado

E o danado já foi trabalhar, olha aí!


Olha aí! (Ah, olha aí)

Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, meu guri)

É o meu guri e ele chega (olha aí meu guri)


Chega estampado, manchete, retrato

Com venda nos olhos, legenda e as iniciais

Eu não entendo essa gente, seu moço

Fazendo alvoroço demais


O guri no mato, acho que tá rindo

Acho que tá lindo de papo pro ar

Desde o começo, eu não disse, seu moço

Ele disse que chegava lá


Olha aí!

Olha aí!


Olha aí! (Ah, olha aí)

Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, meu guri)

É o meu guri (olha aí meu guri)


Chico Buarque

Em qual das alternativas abaixo que estão presentes conceitos da letra de composição de Chico Buarque?
Alternativas
Q1675708 Português

Para responder a questão, leia com atenção o texto a seguir.


Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!”. E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”.


(Rubem Braga)

Com base no texto de Rubem Braga, marque (V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) Em “E então a contasse para”, há omissão do “que” e o termo “então” estabelece uma sequência explicativa. ( ) No segundo período, a conjunção “e” foi reiterada várias vezes para dar sequência às ideias por meio de orações coordenadas sindéticas. ( ) As retomadas da palavra “engraçada” e da conjunção “que” (tão...que), que conecta os diversos períodos, estabelecem coesão e garantem a progressão temática. ( ) Em “risse tanto que chegasse a chorar”, a oração subordinada estabelece uma relação de causa, permitindo a construção da oposição “risse-chorar”. ( ) A locução “ai meu Deus” e o termo “Ah” não fazem parte das estruturas das orações do período em que aparecem.
Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


Alternativas
Q1675355 Português
Na fala, “[...] A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu [...]” há quebra de entoação do narrador observador. Nessa perspectiva, a construção de sentido se dá:
Alternativas
Respostas
5181: D
5182: C
5183: B
5184: A
5185: C
5186: D
5187: B
5188: A
5189: D
5190: B
5191: E
5192: E
5193: C
5194: E
5195: E
5196: C
5197: C
5198: B
5199: E
5200: D