Questões de Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas para Concurso
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I. A oração “que sequer foi ouvida pela juíza” é subordinada adjetiva explicativa e coordenada sindética aditiva em relação à primeira oração do período. II. A oração “que não inventou fatos” é subordinada substantiva objetiva direta em relação à primeira oração do período e coordenada com a oração imediatamente subsequente. III. A oração “que coordenou a ação” é subordinada adjetiva restritiva vinculada ao aposto do sujeito da primeira oração do período. IV. A oração “que teria extrapolado as suas funções” é subordinada adjetiva explicativa, vinculada ao agente da passiva da oração imediatamente anterior.
Assinale a alternativa correta.
Analise os trechos abaixo, extraídos do texto 3.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), a partir dos trechos 1 e 2.
( ) Em 1, o vocábulo “que” funciona, na primeira ocorrência, como pronome relativo introduzindo uma oração adjetiva, e na segunda, como conjunção introduzindo um complemento verbal oracional.
( ) Em 1, na construção “a mais conhecida é a do Cretáceo-Terciário”, ocorre elipse de um termo contextualmente implícito.
( ) Em 2, o pronome “se” pode vir anteposto ou posposto ao verbo, em cada uma das ocorrências, sem ferir a norma culta da língua escrita: “se refere” e “refere-se”.
( ) Em 2, a expressão “Por analogia” pode ser substituída por “Consequentemente”, sem prejuízo de significado no texto.
( ) Os três níveis mencionados em 2 funcionam de forma autônoma e independente no meio ambiente.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,
de cima para baixo.
Adaptado de: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/10/et-caicara-suposto-ovni-deixa-marcas-no-litoral-de-saopaulo.html>. Acesso em 23 out. 2017.
Texto para responder à questão.
Dinamarca, um país contra o desperdício de comida
Embora o desperdício alim entar seja socialmente mal visto, o que geralmente é uma das primeiras lições aprendidas em casa, os maus hábitos superam as boas intenções. Na Dinamarca, o esforço dos últimos cinco anos deu frutos: o país reduziu as perdas de alimentos em 25% graças ao impulso popular do movimento encabeçado pela plataforma Stop Spild Af Mad (“basta de desperdiçar comida”, no idioma local). Esse grupo é o motor, mas já embarcaram na ideia gigantes como Nestlé e Unilever, chefs famosos e redes de supermercados como a Rema 1000. De tanto ser martelada, em meia década essa mensagem impregnou a sociedade.
Numa loja da Rema 1000 em Copenhague, há um saco de cenouras e outro de cherovias (uma raiz semelhante à cenoura) ao lado da balança onde frutas e hortaliças são pesadas. Esses dois produtos, muito populares, são vendidos por unidade, e não em maços ou sacos. É simples e ajuda o consumidor a comprar só o que necessita. Um pouco mais adiante, junto às geladeiras de laticínios, são guardados os ovos. Ficam refrigerados a 12oC para prolongar seu uso sem problemas de toxicidade. Os sacos de pão de forma apresentam meias porções, e as de bolinhos vêm com apenas cinco. Nos freezers das carnes, bifes e peitos de frango com prazo de validade muito exíguo têm um adesivo chamativo e preço reduzido. Em nenhum lugar há ofertas do tipo “leve três e pague dois”.
“Se você for analisar, faz sentido. Para que comprar mais do que o necessário? E, no entanto, todos nós fazemos isso”, diz Anne-Marie Jensen Kerstens, consultora alimentar da Federação de Comerciantes Varejistas (DSK, na sigla em dinamarquês). Em 2008, essa foi a primeira rede de supermercados da Dinamarca a eliminar os descontos por volume, como o 3x2, preferindo oferecer produtos unitários a preços baixos. “Não só não atrapalhou as vendas como o cliente tende a levara quantidade exata”, comenta Jense Kerstens.
O caminho dinamarquês contra o desperdício de alimentos - todos os caminhos, na verdade - levam a Selina Juul, uma designer gráfica transformada em ativista que abalou as consciências. Nascida em Moscou em 1980, chegou à Dinamarca com 13 anos e logo percebeu um fato para ela inconcebível. “As pessoas jogavam fora os restos de comida, quando em Moscou não sabíamos o que íamos comer no dia seguinte”, lembra a criadora de Stop Spild Af Mad em um restaurante do centro perto do Ministério de Alimentação, Agricultura e Pesca. É uma de suas piscadelas típicas. Isso e sua determinação a transformaram na Dinamarquesa do Ano em 2014. De cidadã irritada com o desperdício de alimentos (um total de 700.000 toneladas por ano, das quais 260.000 correspondem ao consumidor), Juul transformou Stop Spild Af Mad na maior ONG de seu tipo no país.
Isabel Rerrer. El País,15/10/2016