Questões de Português - Ortografia para Concurso

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Q2697179 Português

A ortografa se caracteriza por estabelecer padrões para escrita das palavras. Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam escritas corretamente.

Alternativas
Q2696893 Português

Analise os textos I e II para responder às questões 01 a 10.

Texto I

Disponível em: <http://coisasdamiroca.centerblog.net/8058->. Acesso em:10 nov. 2019.


Texto II

Ter um cachorro pode te ajudar a viver mais, aponta estudo

Gabriela Glette

Nos últimos anos, diversas pesquisas apontaram as vantagens de se ter um cachorro em casa. Nossos fiéis amigos de quatro patas são muito mais do que companheiros e podem nos ajudar a viver mais. É o que aponta um recente estudo feito por pesquisadores da American Heart Association.

O resultado veio após diversas análises em banco de dados, constatando que, de modo geral, donos de cães diminuem o risco de morte prematura em pelo menos 24%. Além disto, os cachorros podem ser ótimos para quem já sofreu uma doença cardiovascular, como infartos e derrames, reduzindo em cerca de um terço os riscos dessas pessoas voltarem a apresentar esses problemas.

A pesquisa foi realizada com 300 mil suecos – com idades entre 40 e 85 anos – e que já sofreram um infarto ou ataque isquêmico. Entre os sobreviventes de ataques isquêmicos que viviam com cachorros, o risco de morte era 33% menor em comparação com quem vivia sozinho. Já para os donos de cães que já tiveram derrames, o risco de morrer era 27% menor.

Em uma segunda pesquisa, foram analisados dados de cerca de 3,8 milhões de pessoas maiores de 18 anos. O resultado é que, entre os donos de cães, o risco de morte precoce era 24% inferior em relação ao resto da população, e as chances de se ter um ataque cardíaco caíam em 65%.

Outras pesquisas já comprovaram que ter um cachorro em casa pode melhorar nossa saúde cardiovascular. Se ter uma boa saúde é o resultado de um conjunto de fatores associados – como uma boa alimentação e a prática frequente de exercícios, a resposta para o bem que um cachorro pode nos oferecer pode estar diretamente ligada com a questão da companhia. Diversos outros estudos mostraram que a solidão pode ser extremamente prejudicial à saúde. Você ainda tem dúvidas quanto a adotar um cachorro?


A estreita ligação entre solidão e saúde

Existe uma diferença enorme entre solitude e solidão. O ser humano precisa de momentos em que esteja sozinho, porém aquela sensação de desamparo e angústia que acompanha a solidão é prejudicial à saúde.

Um estudo do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Nova York, inclusive, comprovou que pessoas mais solitárias eram as que mais possuíam problemas cardíacos. Proteção, afeto, segurança e relacionamento com o próximo são essenciais para a saúde mental – e física também do ser humano. Infelizmente, algumas pessoas não possuem familiares próximos ou moram em um país distante. E é aí que os cachorros podem desempenhar um papel fundamental em nossas vidas.


Adaptado de: <https://www.hypeness.com.br/2019/10/ter-um-cachorro-pode-te-ajudar-a-viver-mais-aponta-estudo/>. Acesso em: 15 out. 2019.

Assinale a alternativa que apresenta uma palavra acentuada por ser proparoxítona.

Alternativas
Q2696853 Português

As questões 7 a 10 se referem ao texto a seguir:


Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero.

Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade. [...]

A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/ind ex/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]

Analise as afirmativas quanto à acentuação de algumas palavras retiradas do texto:


I- “Último”, “sábado”, “diagnóstico”, “útero” e “rótula” são proparoxítonas sempre acentuadas.

II- “Através”, “Perequê”, “também” e “parabéns” são exemplos de oxítonas acentuadas por terminarem em E(S), EM(ENS).

III- “Mês” e “até” são exemplos de monossílabos tônicos acentuados por terminarem em E(S).


Estão corretas:

Alternativas
Q2696573 Português

São escritas com ‘j’, da mesma forma que ‘cervejeiras’:

Alternativas
Q2696570 Português

(https://www.google.com/search?q=tirinhas&safe=active&sour ce=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjmmbre9o)

Sobre a acentuação das palavras na tirinha acima, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q2696567 Português

Leia o texto abaixo e depois marque a alternativa que o completa corretamente:


“Uma ________ britânica mostrou que a exposição de crianças à _______ não deve ser encarada como algo normal

Os cientistas explicam que em alguns momentos a limpeza excessiva é importante, como na hora das refeições

_______ ter o contato com o chão também é importante para a criança desenvolver imunidade, e isso pode ocorrer _____ do sexto mês de vida.”


(https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/25/mante r-a-casa-limpa-demais-nao-e-ruim-para-imunidade-dascriancas-entenda.htm)

Alternativas
Q2696411 Português

A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que _____, não ______. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados ______em tranquilidade de tudo quanto ______. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Necessitavam de uma ordem social em que ______ poucas razões para a criminalidade.

(COUTO, Mia. Moçambique-Jornal "Savana", 13 de Dezembro de 2003)


Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto:

Alternativas
Q2696407 Português

Com o tema “Compadrio – São João Dormiu” a Lumiar, do Pina, Zona Sul do Recife, foi a vencedora da 35º edição do Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas. O resultado, divulgado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade, consagrou o grupo que na edição de 2018 também foi campeão. Os integrantes receberão o prêmio de R$ 13 mil + R$ 3 mil pela classificação nas eliminatórias – valor que será concedido a todas as 12 finalistas.

O júri, responsável pelas notas, foi composto por 18 jurados, sendo três para cada critério avaliado: casamento, marcador, coreografia, figurino, trilha sonora e desenvolvimento do tema.


(https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/sao-joao-2019/2019/07/01/ NWS,109294,70,1457,NOTICIAS,2190-LUMIAR-BICAMPEA-CONCURSOQUADRILHAS-JUNINAS-RECIFE.aspx

Quais palavras, retiradas do texto, são acentuadas pela mesma regra?

Alternativas
Q2695378 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto, com atenção, e responda às questões 01 a 10.


FILOSOFIA POLÍTICA


1 Entre as diversas questões que a filosofia visa investigar, pode-se perguntar sobre como é e como deveria ser o

convívio em sociedade. Se for investigada a palavra política, que vem do grego, será compreendido

que politika refere-se aos assuntos da cidade (pólis). É nesse sentido que, em filosofia política, pergunta-se sobre a

natureza das leis, a natureza do governo, a origem da organização social e sobre qual seria a melhor forma de

5 convívio entre os indivíduos. Todos esses temas nos levam a pensar sobre o espaço público, que é o espaço da

política.

O primeiro filósofo a sistematizar uma ideia política foi Platão (428-7 – 348-7 a.C.). Ele escreveu sobre o assunto

principalmente em dois livros, A república e As leis. Nesses livros, apresenta a ideia de que uma sociedade bem

ordenada é aquela onde cada indivíduo desempenha a função na qual é mais habilidoso. Os hábeis com as mãos

10 devem ser artesãos, os fortes devem proteger a cidade e os sábios devem governá-la. Platão pensa também sobre

como deve ser a educação nessa cidade ideal, para conseguir desenvolver em cada criança o seu potencial a fim de

que possa executar melhor a sua função. Cada indivíduo, para ele, será livre enquanto estiver cumprindo as leis,

criadas com o intuito de melhor conduzir a cidade.

Ainda no mundo grego, Aristóteles (384 – 322 a.C.) vai discordar de Platão. Em Política, Aristóteles pensa que a

15 cidade ideal de Platão, onde há prioridade daquilo que é público sobre aquilo que é privado, não funcionaria muito

bem. Para ele, as pessoas dão mais valor ao que pertence a si mesmo, do que ao que pertence a todos. Aristóteles

se preocupou menos com hipóteses de uma sociedade perfeita e mais em compreender a realidade política de seu

tempo, estudando as leis de diferentes cidades e as formas de governo existentes. A melhor forma de organização

política, defendida por ele, é um sistema misto de democracia e aristocracia, chamado politia, para evitar os conflitos

20 de interesses entre os ricos e os pobres. É dele também a ideia de que o homem é um animal político, isto é, que faz

parte da natureza humana se organizar politicamente. A ideia de que é natural se organizar politicamente perdurou

até o séc. XVII. [...]

Pensando na ideia de que a sociedade se organiza a partir de um contrato social, John Locke (1632 – 1704), em

seus dois tratados políticos, escreveu que antes da formação das sociedades os indivíduos não viviam em guerra,

25 pois estavam debaixo de leis naturais. Para ele, é natural a garantia da vida, e os homens racionais respeitariam

essa lei. A formação das sociedades ocorre pela necessidade da garantia da propriedade. O melhor governo, para

Locke, é aquele que garanta os direitos à vida, liberdade, propriedade e de se revoltar contra governos injustos e leis

injustas. [...]

CELETI, Filipe Rangel. Filosofia política. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-politica.htm>. Acesso em: 14 set. 2019. Adaptado.

Marque a única alternativa que, caso o acento gráfico da palavra destacada seja eliminado, não ocorre mudança de classe gramatical: de nome para verbo.

Alternativas
Q2695218 Português

094 paisagem com remédios


Na Baixada do Glicério um prédio inacabado

foi conquistado por sofás velhos, encerados puídos,

cachorros e pessoas vira-latas. Muito perto,

o entreposto do Inamps bafeja uma fumaça de remédios

vencidos. Filas e filas de receitas médicas

encardidas, empunhadas as orações. Gosmentos de

vergonha das suas sujeiras, os engenheiros cobrem

o Tamanduateí com placas de concreto. Deixarão

correr uma autoestrada moderníssima por cima. Os

meninos vão rachar a cabeça nessas pistas lisinhas.

Quem viver verá na TV.


(São Paulo - Brasil - 1993)

(Fernando Bonassi. Passaporte. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 94.)

Assim como em ‘autoestrada’, não se emprega mais o hífen em:

Alternativas
Q2695051 Português

O jabuti


O funileiro desce a rua; não vai malsatisfeito porque sempre faz algum dinheiro em nossa esquina. Não se queixa da profissão, mas diz que é dura. Há os dias de chuva, por exemplo. Sim, existe um sindicato, mas ele não acredita que valha de nada. Enfim... Depois de arrumar suas ferramentas e suas folhas de zinco e alumínio ele se despediu com indiferença.

Em seu lugar, como em um ballet, aparecem três moças de short. Uma delas traz uma bola branca e as três ficam a jogá-la com as mãos, na esquina. Uma tem o corpo mais bem traçado que as outras; é mais linda quando ergue os braços para deter a bola, com um gesto ao mesmo tempo ágil e indolente. Depois elas somem, caminho da praia, e aparecem dois velhos, de guitarra e bandolim. O cego da guitarra já o conheço; não aparecia há algum tempo, e costumava passar acompanhado de uma velha. Ele tocava e os dois cantavam, com vozes finas, horríveis e tristes, os últimos sambas; a mulher vendia o jornal de modinhas e recolhia as moedas jogadas do alto dos apartamentos. Na voz daquele casal triste todos os sambas pareciam iguais, e nenhum parecia samba. Eram mais pungentes e ridículos quando tentavam cantar marchinhas alegres de carnaval. Terá morrido a velha portuguesa?

Os dois atravessam a rua vazia com um ar tão hesitante como se ambos fossem cegos. Param já longe de minha janela, e daqui ouço a mistura confusa e triste de suas vozes e instrumentos.

Um menino vem avisar que o nosso jabuti está fugindo: apanhou-o já na calçada, virado para cima; certamente perdeu o equilíbrio ao passar da soleira do portão para a calçada.

Esse filhote de jabuti tem um quintal para seu domínio, e uma casa inteira onde pode passear. Mas segue o exemplo de um outro jabuti que um vizinho deixou aqui nos meses do verão. Vem exatamente no mesmo rumo, atravessando a cozinha, a sala de jantar e o escritório até a varanda. Quando encontra uma porta fechada fica esperando. Desce penosamente os degraus, avança colado ao muro. Às vezes cai no caminho e fica de patas para cima, impotente: às vezes chega até a rua. Sempre que tem de se lançar de um degrau a outro se detém um pouco; mas sempre arrisca.

Aonde levará essa trilha secreta dos jabutis, essa linha misteriosa do destino que eles parecem obrigados a seguir com obstinação e sacrifício? Se eu os deixasse seguir, seriam levados para alguma outra casa, esmagados por algum carro ou comidos por algum bicho quando caíssem de barriga para o ar. Neste mundo de cimento e asfalto não há maiores esperanças para eles. Entretanto, o pequeno jabuti insiste sempre em sua aventura, com o passo penoso e lerdo. Há alguma fonte secreta, algum reino fabuloso, alguma coisa que o chama de longe; e lá vai ele carregando seu casco humilde, lentamente, para atender a esse apelo secreto...


(BRAGA, Rubem. 200 Crônicas Escolhidas. Círculo do Livro S.A.)

A expressão “ridículos”, transcrita do 2º§ texto, é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte palavra:

Alternativas
Q2694799 Português

A arte de ser feliz


Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: quase sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


(Cecília Meireles. Escolha o seu sonho. Rio de Janeiro.)

A expressão “época”, transcrita do 4º§ do texto, é acentuada pela mesma razão que a seguinte palavra:


Alternativas
Q2694578 Português

Leia o texto a seguir para responder as questões de 01 a 08.


Por que Tarsila do Amaral inspira?

Nascida no final do século XIX, foi criada para ser esposa e mãe. Ousou fazer diferente. Ousou escolher o lugar que queria ocupar no mundo, agiu para isso.


O MASP inaugurou em abril deste ano a mais ampla exposição de Tarsila do Amaral já realizada na história. A mais numerosa foi a da Pinacoteca de São Paulo, em 2008. Depois outras duas exposições potentes, realizadas pelo Art Institute of Chicago e pelo MoMA de Nova York, têm colocado a obra da artista brasileira em um novo patamar de reconhecimento global.

Como sua sobrinha-neta homônima, conheço e contemplo a obra de Tarsila desde muito pequena. Ao entrar na exposição montada com maestria pelo MASP, lembro-me da casa dela e das paredes das casas de meus familiares, que já foram decoradas com as peças, hoje valorizadas internacionalmente. Tarsila adorava presentear os parentes com seus trabalhos.

Mas muito além de rever estas cores e formas tão peculiares, além de rememorar tantas histórias íntimas envolvendo minha tia-avó, essas grandes exposições (e os olhares que tais mostras suscitam em torno da obra) me fazem rever a dimensão desta mulher no mundo.

É uma obviedade dizer que dos anos 20 para cá muita coisa mudou. Olhar a criação de qualquer artista sob as perspectivas de comportamento atualizadas para 2019 poderia revelar uma obra datada.

Tenho feito isso com Tarsila. E ao rever sua obra, entendo cada vez mais seu vanguardismo feito em voz baixa. Digo isso porque Tarsila era discreta. A partir da mais icônica de suas obras, Abaporu, Tarsila inspirou o manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. Não o escreveu, nem o leu em voz alta no Theatro Municipal de São Paulo. Inspirou-o.

Em uma tela em branco, Tarsila escolheu pintar com cores que seus professores diziam “feias”, de mau gosto. Cores fortes, cheias de luz, do jeito que ela enxergava nas paisagens do interior do Brasil, seu habitat natural, as cores caipiras.

Em uma época na qual a pintura retratava majoritariamente personagens brancos, Tarsila criou “A Negra”, exposta no MoMA e agora no MASP com a devida importância afetiva que a personagem ali representada tinha para a artista.

Ao longo da exposição no MoMA, conversei com diversos frequentadores da mostra e não posso esquecer um funcionário do museu, senhor negro americano, que sorriu ao dizer que a obra que ele mais tinha gostado era “A Negra”, porque se sentiu representado nela. Quantos personagens negros já ocuparam as paredes do MoMA?

Tarsila era filha de aristocratas. Nascida no final do século XIX, foi criada para ser esposa e mãe. Ousou fazer diferente. Ousou escolher o lugar que queria ocupar no mundo, agiu para isso. Ousou escolher as cores caipiras, a despeito dos grandes mestres com quem estudou.

Tarsila ousou dizer publicamente que queria ser a pintora do Brasil. Não teve medo de dizer isso em Paris, a cidade onde passou grande parte dos anos 20, que era a capital do mundo artístico na época.

A despeito de todos os papéis pensados para uma mulher filha de fazendeiros nascida em 1886 na cidade de Capivari, interior de São Paulo, a exposição “Tarsila Popular” em cartaz no MASP mostra que ela conquistou o lugar que desejou para sua existência. Por tudo isso, Tarsila inspira.


(Tarsilinha do Amaral é advogada, sobrinhaneta da artista e representante do espólio de Tarsila do Amaral. Texto adaptado. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/16/ opinion/1555368121_160698.html)

“Depois outras duas exposições potentes, realizadas pelo Art Institute of Chicago e pelo MoMA de Nova York, têm colocado a obra da artista brasileira em um novo patamar de reconhecimento global.”

Assinale a alternativa que justifica o acento no verbo “ter” do período acima.

Alternativas
Q2694119 Português

Assinalar a alternativa que apresenta uma palavra proparoxítona:

Alternativas
Q2692895 Português

Assinale a alternativa em que as duas palavras estão corretamente acentuadas segundo a norma-padrão.

Alternativas
Ano: 2019 Banca: FAU Órgão: IF-PR Prova: FAU - 2019 - IF-PR - Assistente em Administração |
Q2692530 Português

Maria Thereza, a primeira-dama desnuda


Maria Thereza Goulart foi considerada a mais bela e jovem primeira-dama do mundo. No tempo em que residiu no Palácio da Alvorada com os filhos Denize e João Vicente, entre setembro de 1961 e março de 1964, sua imagem revestiu de encanto o mito do marido, o presidente João Goulart (1918-1976). Atração das festas, mereceu as capas de revistas europeias e uma reportagem especial da “Time”, que a comparou com Jackie Kennedy. Como Jackie, mantinha-se muda. Procurou calar pelo resto da vida, ao ser levada ao exílio, à viuvez e à volta traumática ao Brasil.

O desinteresse da imprensa pelo que pensava e seus projetos lhe provocou a revolta. Hoje com 81 ou 83 anos (não revela idade), faz revelações ao jornalista Wagner William. O resultado é “Uma mulher vestida de silêncio”, volume de 644 páginas lançado pela editora Record. Durante 14 anos, as conversas resultaram em 80 horas de gravação, complementadas com pesquisas em arquivos e jornais, além de diários e cartas.

Entre os fatos inéditos destacam-se pensamentos e estudos psicológicos de Maria Thereza. Segundo William, além de tímida, sofre síndrome do pânico. O distúrbio a teria induzido a uma tentativa de suicídio na adolescência, “para chamar atenção dos pais”. O período mais feliz da sua vida foi nos anos 1950, quando Jango era vice-presidente e moravam em Copacabana.

Ficou deslumbrada com as festas em sua homenagem, mas se cansou da fama em seguida. (...) No exílio uruguaio, sentiu-se quase tão feliz como na fase de Copacabana e tentou convencer Jango a não voltar para o Brasil. O casal adorava circular pela Europa, caçar, atirar, cavalgar e disputar corridas em carros velozes. “Jango, vamos ter um filho aqui”, suplicou. Ele respondeu com sarcasmo: “Imagina, que coisa ridícula. Como eu posso ter um filho que vai nascer no Uruguai?”.

Mesmo banida do Brasil, teimava em cruzar a fronteira – e era escoltada de volta. Em 1971, passava de Fusca com a prima Terezinha pela cidade de Rio Grande quando a polícia levou-as a um quartel. Lá, uma policial mandou que tirasse a roupa: “A calcinha também? Por quê?” “Porque sim, porque tenho ordens”. Estava certa de que seria torturada, mas foi solta. Nunca contou a Jango, para evitar sua fúria. Desaprovava a obsessão do intrépido marido, que planejava retornar ao Brasil a partir de Paris, mas morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976. A família crê que ele tenha sido envenenado pela CIA. Todos, exceto Maria Thereza.

De volta ao Brasil, repetiu por duas décadas a quem lhe pedia entrevistas: “Vocês vão deturpar o que eu digo”. Viveu com discrição, sem deixar de namorar e frequentar a noite. Queria ser escritora e fotógrafa, mas não deu continuidade aos planos. “Até hoje ela não se sente em casa no Brasil”, afirma William. “Muda sempre de endereço. É como se não reconhecesse mais o lugar em que nasceu.”


Fonte: Luis Antônio Giron. Revista ISTOÉ, 24 de abril de 2019, Ano 42, Nº 2573, página 61.

Tendo como referência as regras de acentuação vigentes, assinale a alternativa que apresente período com palavra acentuada pela mesma regra da palavra em destaque no período: Nunca contou a Jango, para evitar sua fúria:

Alternativas
Q2692221 Português

São palavras que devem ser acentuadas, EXCETO:

Alternativas
Q2692116 Português

Leia as assertivas abaixo:


I. Eles quiseram que ela fizesse os relatórios.

II. Colocaram todos os pertences dentro do caixote e levaram para a feira.

III. Depois do pedágio, os passageiros puderam descer para ir à lanchonete.

IV. À exceção de seus sobrinhos, ninguém mais quis ajudar na horta comunitária.


Assinale a alternativa que se aplica quanto às normas de ortografia:

Alternativas
Q2692114 Português

Assinale a alternativa que não contenha erros de ortografia:

Alternativas
Q2691853 Português

De acordo com o estudo sobre Acentuação, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).


( ) A palavra odisseia não é mais acentuada, uma vez que ditongos abertos ei, em paroxítonos, se enquadram na nova regra.

( ) freqüência continua com acento trema e circunflexo, pois é uma paroxítona terminada em ditongo decrescente.

( ) As palavras tambem e alguem deixaram de ser acentuadas, uma vez que são oxítonas com terminação "em".

( ) Não há mais acento diferencial nos pares : para/pára, pelo/pêlo; entretanto, ele permanece nos pares: por/pôr e pode/pôde.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

Alternativas
Respostas
741: B
742: D
743: A
744: C
745: A
746: C
747: E
748: C
749: B
750: B
751: A
752: C
753: A
754: E
755: C
756: E
757: C
758: A
759: B
760: B