Questões de Português - Paralelismo sintático e semântico para Concurso
Foram encontradas 58 questões
Considere o período a seguir.
Sobre a organização desse período, é correto afirmar:
Texto 01
Trabalhei com muitos suecos e guardo com carinho boas lembranças e amigos que mantenho até hoje. Inclusive na fábrica, pois atuei muito tempo acompanhando a produção de veículos. Na Volvo, eu aprendi o valor da organização, dos processos, da eficiência, do equilíbrioP Ao contrário de nós, brasileiros, os suecos não trabalhavam além da conta. Ao final do expediente, religiosamente, eles partiam para suas casas, suas famílias, seus hobbies. E isso não é à toa.
A Suécia tem na sua cultura um conceito de vida chamado lagom (muito similar ao hygge, dos dinamarqueses), que significa “o suficiente”; nem muito, nem pouco. É o adequado, moderado, equilibrado. Significa não ostentar, não mostrar superioridade e sucesso pelas posses materiais. É não ser apenas moderno ou apenas clássico. É não comprar por impulso nem acumular sem usar. Seguir o lagom significa trabalhar o necessário e com foco, transformando eficiência em resultado. E ter tempo para cuidar da vida pessoal, do corpo, da mente e da família.
Vale ressaltar que o lagom não se opõe à ambição, à modernidade, à arquitetura arrojada, à boa comida nem aos gostos refinados. Apenas nos aconselha a viver cada momento de forma moderada, para não comprometer os acontecimentos futuros. Lagom representa “o suficiente”, em contraste com o “quanto mais melhor” que está destruindo nossa sociedade ocidental com tantos acúmulos. [...] Viver uma vida simples não se trata de ter uma existência simplória, que se contenta com o menos. Uma vida simples é moderada, justa e feliz. Suficiente e única para cada um.
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura de composição da referida passagem.
I. O termo “religiosamente” foi usado em sentido figurado, expressando uma circunstância de modo. II. O pronome “eles” foi usado como elemento de coesão, referindo-se a um termo anteriormente expresso. II. O termo “hobbies” foi usado em itálico para assinalar o emprego de um estrangeirismo. V. A expressão “ao final do expediente” foi usada como uma circunstância de tempo e, por estar antecipada, deve ser separada por vírgula. V. As expressões “suas casas”, “suas famílias”, “seus hobbies” constituem um paralelismo sintático, pois foram usadas com a mesma função.
Estão CORRETAS as afirmativas
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 e, a seguir, responda às questões que a ele se referem. Texto 04
A (nem sempre) sutil diferença entre autêntico e ser grosseiro
.........Multa gente usa a sinceridade ou autenticidade como desculpa para grosserias: "O que eu tenho pra falar, falo na cara"; "Não douro pllula, não uso meias palavras, sou uma pessoa autêntica!"
Quantas vezes você jé ouviu frases como essas? Na verdade, elas são, na maioria das vezes, desculpas para esconder a falta de tato de pessoas ríspidas. Pessoas assim escondem a própria rudeza em argumentos como autenticidade ou mesmo sinceridade.
Claro que não vamos pedir que as pessoas não sejam autênticas, que não sejam sinceras, que sorriam para todos e sejam hipócritas. Mas, no trato com as pessoas, é sempre possível encontrar expressões menos grosseiras, mais positivas e animadoras do que frases duras, secas e amargas. [ ... ]
Disponlvel em: hlfps://www.bamparena.eom.br/trabalho-negocios. Acesso am: 18 abr. 2023. Adaptado.
Analise as afirmativas, tendo em vista os recursos usados na construção do texto.
I. No titulo, os parêntese foram usados para a inserção de uma ideia, os quais, se retirados, provocam alteração de sentido.
II. No primeiro parágrafo, verifica-se o uso de palavras e expressões da linguagem coloquial.
III. No primeiro paragrafo, verifica-se o uso de expressões que esmo na linguagem conotativa.
IV. No primeiro parágrafo, as aspas foram usadas para marear tanto a presença do discurso direto quanto da ironia.
V. No último parágrafo, verifica-se o uso do paralelismo sintático, ou seja, há complementos do verbo "pedir" que são utilizados conjuntamente
Estio CORRETAS as afirmativas
Texto 11A1
Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que lhe permitem realizar as ações de trabalhar e de educar? Ou: o que é que está inscrito no ser do humano que lhe possibilita trabalhar e educar?
Perguntas desse tipo pressupõem que o ser humano esteja previamente constituído como ser que possui propriedades que lhe permitem trabalhar e educar. Pressupõe-se, portanto, uma definição de ser humano que indique em que ele consiste, isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a educação como atributos desse ser. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do ser humano, ou acidentais.
Na definição de ser humano mais difundida (animal racional), o atributo essencial é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela diferença específica. Pelo gênero próximo, indica-se aquilo que o objeto definido tem em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela, o gênero animal); pela diferença específica, indica-se a espécie, isto é, o que distingue determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do ser humano, a racionalidade). Consequentemente, sendo o ser humano definido pela racionalidade, é esta que assume o caráter de atributo essencial desse ser.
Ora, assim entendido o ser humano, vê-se que, embora trabalhar e educar possam ser reconhecidos como atributos humanos, eles o são em caráter acidental, e não substancial. Com efeito, o mesmo Aristóteles, considerando como próprio do ser humano o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como uma atividade não digna de seres humanos livres.
Diversamente, Bergson, ao analisar o desenvolvimento do impulso vital na obra Evolução criadora, observa que “torpor vegetativo, instinto e inteligência” são os elementos comuns às plantas e aos animais. E, definindo a inteligência pela fabricação de objetos, fenômeno identificado como comum aos animais, encontra no ser humano a particularidade da fabricação de objetos artificiais, o que lhe permite avançar à seguinte conclusão: “Se pudéssemos nos despir de todo orgulho, se, para definir nossa espécie, nos ativéssemos estritamente ao que a história e a pré-história nos apresentam como a característica constante do ser humano e da inteligência, talvez não disséssemos Homo sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a inteligência, encarada no que parece ser o seu empenho original, é a faculdade de fabricar objetos artificiais, sobretudo ferramentas para fazer ferramentas, e de diversificar ao infinito a fabricação delas.”.
Demerval Saviani. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos.
Internet:
Julgue o item subsequente, a respeito do modo de encadeamento e de retomada das ideias ao longo do texto 11A1.
O segundo período do terceiro parágrafo pode ser dividido
em dois blocos semânticos e está estruturado em paralelismo
sintático.
Texto – Tecnologia e educação
A busca pelo instantâneo é, sem dúvida, um dos sinais da nossa cultura digital. A um clique ou comando de voz, tem-se instantaneamente informações, imagens, contatos pessoais e, por que não dizer, a própria realidade em sua representação digital. Na educação, a sala de aula pode estar conectada com o mundo, permitindo que alunos e professores acessem instantaneamente informação e conteúdo que antes limitavam-se a meios impressos ou a espaços como a biblioteca.
Em tempos de conectividade, estudantes podem, em qualquer lugar e a qualquer momento, assistir a videoaulas, recorrer a professores online ou contar com a ajuda de programas de computador que respondem às suas dúvidas. A oferta variada e instantânea de informação e estímulos, além dos novos formatos e linguagens da interação nas redes, faz com que ouvir um professor por mais de 20 minutos pareça impossível para estudantes considerados nativos digitais. Interatividade e instantaneidade a um toque da tela do celular parecem não combinar com práticas de aprendizagem que requerem investimento de tempo em leituras, escutas participativas e diálogos que admitem, inclusive, o silêncio da reflexão.
Mas se o instantâneo virou bem de primeira necessidade, não se pode esquecer que a vida e a aprendizagem acontecem na duração. Não se trata de negar que instantes marcam nossa trajetória e muita informação nos esclarece a mente como que repentinamente. A vida, porém, é mais do que amontoado de instantes e a aprendizagem é mais do que consumo rápido de informações. Uma imagem visualizada, um texto lido ou uma aula assistida precisam da duração, da vivência no tempo, da experiência construída pelo retrabalho, pelas articulações ou pelas retomadas que se dão no processo de aprendizagem.
Caso aceitemos que educação é mais do que instrução e não se reduz a preparar crianças e jovens a ir de uma fase a outra no jogo da vida, cada vez mais em menos tempo e com mais produtividade, precisamos então aceitar o desafio de integrar as tecnologias digitais na escola, sem desrespeitar os diferentes ritmos dos processos de aprendizagem.
Autor: Luís Cláudio Dallier Saldanha - Doutor em Educação 10/01/2018. Acessado em 07 mai. 2023 em: <https://ndmais.com.br/opiniao/artigo/tecnologia-e-educacao/>
As questões, 04 e 05 referem-se ao parágrafo reproduzido abaixo.
“A oferta variada e instantânea de informação e estímulos, além dos novos formatos e linguagens da interação nas redes, faz com que ouvir um professor por mais de 20 minutos pareça impossível para estudantes considerados nativos digitais. Interatividade e instantaneidade a um toque da tela do celular parecem não combinar com práticas de aprendizagem que requerem investimento de tempo em leituras, escutas participativas e diálogos que admitem, inclusive, o silêncio da reflexão.”
Sobre outra possibilidade de pontuação do parágrafo, em conformidade com as relações sintático-semânticas da língua portuguesa da Nomenclatura Gramatical Brasileira, marque a alternativa CORRETA.
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.
IDEIAS E LIBERDADE
Dias atrás me chamou a atenção um texto do amigo e filósofo Luiz Felipe Pondé. Sua provocação era: “O capitalismo estaria apodrecendo?”. Estaria chegando ao fim sem nenhuma utopia viável para pôr no lugar? Achei interessante aquilo. Existe agora o “modelo chinês”, desafiando a democracia liberal. Há muita instabilidade política e um debate imenso sobre os males do mercado. Estariamos à beira de algum precipício?
Uma das razões para a decadência seria o impacto das novas tecnologias - como a automação, a internet das coisas e a inteligência artificial - na destruição dos empregos. O raciocinio é intuitivo. Quando chegarem os carros autônomos, o que os motoristas do Uber vão fazer? E o pessoal do telemarketing, quando tudo for automatizado? Foi assim com os cubeiros, lá em Porto Alegre, chamados de “tigres”, que carregavam aqueles cilindros com dejetos humanos, antes das redes sanitárias. E com as telefonistas inglesas, que eram 120.000, em 1970, e hoje não passam de 20.000.
Muitos postos de trabalho desaparecerão e outros serão criados. Estudo da OCDE mostrou que, em vinte anos, o emprego industrial declinou 20% mas cresceu 27% no setor de serviços. E o feijão com arroz da economia de mercado. Schumpeter já havia teorizado sobre isso com sua tese da “destruição criadora”. Ainda recentemente, três pesquisadores da Consultoria Deloitte, lan Stewart, Debapratim De a Alex Cole, apresentaram uma pesquisa com dados do censo inglês desde 1871 e foram taxativos: “A tecnologia criou mais empregos do que destruiu nos últimos 144 anos”.
Outra razão do abismo seria a desigualdade. Se tornou comum dizer que a má distribuição de renda vai corroer o sistema. Falta demonstrar qual o padrão “certo” de distribuição econômica que se deve buscar. Como bem observou John Rawls, tendemos a comparar nossa situação com a de pessoas mais próximas a nós, nas comunidades em que convivemos e em relação às posições a que aspiramos. Não na “grande sociedade”. Ninguém acorda todos os dias enfurecido com a fortuna de Jeff Bezos. Mas, com razão nos indignamos se fomos discriminados, no trabalho ou na vida social.
Nos temas que realmente importam há avanços relevantes em nosso tempo. A drástica redução da pobreza talvez seja o mais crucial deles. Apenas no período da malafamada globalização, a pobreza global caiu de 36% para 10% entre 1990 e 2015. Outro aspecto: a convergência das famílias americanas com alimentação caiu de 4,2 dos padrões básicos de vida. O US Bureau of Labor Statistic mostrou que, entre 1901 e 2002 0 gasto das famílias americanas com alimentação caiu de 42% para 13% de sua renda. Na Inglaterra, o gasto caiu de 35%, em 1050, para pouco mais de 11% em 2014.Não só a renda cresceu, como o custo relativo dos produtos básicos caiu significativamente.
Há um tema muito mais amplo ai que se refere à igualdade de direitos. Lembro quando Obama, no aniversário dos cinquenta anos na Marcha de Selma, provocou a imensa multidão que refazia o projeto de Martin Luther King, na luta pelos direitos civis, dizendo que “se você acha que nada mudou nos últimos cinquenta anos, pergunta a alguém que viveu em Selma ou Chicago nos anos 50. Pergunte à mulher que hoje é CEO, e não mais restrita a ser secretária, se nada mudou. Pergunte ao seu amigo gay se é mais fácil ter orgulho na América hoje do que há 30 anos”. E concluiu: “Negar este progresso é roubar nosso próprio poder de transformar.”
No mundo da economia, poucas pessoas expressam melhor um tipo de otimismo realista do que Deirdre Mc-Closkey, autora da monumental trilogia sobre a igualdade, a dignidade e as virtudes burguesas, Deirdre não gosta da palavra capitalismo. Prefere e ideia do “inovismo”. Seu ponto é que não foi o capital, mas, sim as ideias ou a inovação que fizeram a diferença no surgimento da moderna economia do mercado. Em algum momento entre os séculos XVIl e XIX, o homem comum ganhou dignidade. O padeiro, o comerciante, o inventor de coisas. Primeiro timidamente, mas em um processo continuo a pari passu à afirmação das sociedades de direito. Dai o casamento moderno entre a economia de mercado e a democracia liberal.
Fonte: Veja, ed. 2775. Fernando Schuler é cientista político e professor do Insper.
Marque a alternativa em que a mudança de posição dos termos destacados provoca diferenciação semântica:
Disponível em: <https://fotografia.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 05 ago. 2023.
“ABERTURA DOS PORTOS – Monumento erigido na Praia do Russel, em comemoração ao Decreto de D. João VI, em 28/01/1808, determinando a abertura dos portos, medida que acarretou a integração do Brasil no comércio exterior. Este monumento, de bronze, é constituído por duas imagens de mulher, simbolizando o “Comércio” e a “Navegação”. O referido monumento, foi obra de Eugène Benet, escultor francês”.
Os termos destacados abaixo, precedidos da preposição DE, em que essa preposição mostra o mesmo valor semântico, é:
Sobre a estruturação desse segmento, é correto afirmar que
Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/phot os/a.488361671209144/1750369408341691/. Acesso em: 26 set. 2023.
O fenômeno semântico basilar que ocorre nos quadrinhos envolve a:
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG2A1-II, julgue o seguinte item.
A substituição da expressão “essas pessoas” (último período
do primeiro parágrafo) por elas preservaria a coesão textual e
a correção gramatical do parágrafo.