Questões de Concurso Comentadas sobre pontuação em português

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Q1051506 Português

Uma invenção humana

       Vejo a literatura como um instrumento excepcional da nossa civilização. Ela ajuda a esclarecer o mundo. Quem nós somos? Quem nós fomos? Lendo a Ilíada, você pode imaginar quais foram os sentimentos de Aquiles ou de Príamo. Você se pergunta: “Por que esse fervor pela narrativa?”. Porque o ser humano precisou narrar, para que os fatos da vida, da poética do cotidiano, não desaparecessem. Enquanto o ser humano forjava a sua civilização, dava combate aos deuses e procurava entender em que caos estava imerso, ele contava histórias. Para que nada se perdesse. Não havia bibliotecas. No caso de Homero, os aedos – e quase podíamos intitulá-los os poetas da memória – memorizavam tudo para que os fatos humanos não se perdessem. E, assim, a angústia em relação à apreensão da vida real, o real humano, visível, intangível, esteve presente em todas as civilizações. Nas nossas Américas, por exemplo, houve entre os incas uma categoria social, a dos amautas, que tinha por finalidade única memorizar. Memorizar para que os povos não se esquecessem das suas próprias histórias. Quer dizer, a literatura não foi uma invenção dos escritores, gosto muito de enfatizar isso. Foi uma invenção humana.

       Milhões de pessoas já leram Dom Quixote. Milhões, em diferentes línguas. Mas é o mesmo livro para diferentes leitores. Isso prova que a literatura dá visibilidade a quem somos, a nossos sentimentos mais secretos, mais obscuros, mais desesperados, às esperanças mais condicionais do ser humano. E a literatura conta histórias porque os sentimentos precisam de uma história para que você se dê conta deles. Então, a literatura pensou em dar conta de quem somos, dessa nossa complexidade extraordinária. Porque somos seres fundamentalmente singulares. E, por isso, a literatura é singular.


(Nélida PIÑON. Uma invenção humana – depoimento ao escritor e jornalista José Castello. Rascunho n° 110. Curitiba: 2009. In http://rascunho.com.br/wp-content/uploads/2012/02/ Book_Rascunho_110.pdf. Acesso em 15.11.18. Adaptado)

A alternativa que reescreve trecho do depoimento preservando tanto o sentido das reflexões apresentadas como o respeito à norma-padrão de emprego da pontuação é:
Alternativas
Q1051456 Português
Uma invenção humana
    Vejo a literatura como um instrumento excepcional da nossa civilização. Ela ajuda a esclarecer o mundo. Quem nós somos? Quem nós fomos? Lendo a Ilíada, você pode imaginar quais foram os sentimentos de Aquiles ou de Príamo. Você se pergunta: “Por que esse fervor pela narrativa?”. Porque o ser humano precisou narrar, para que os fatos da vida, da poética do cotidiano, não desaparecessem. Enquanto o ser humano forjava a sua civilização, dava combate aos deuses e procurava entender em que caos estava imerso, ele contava histórias. Para que nada se perdesse. Não havia bibliotecas. No caso de Homero, os aedos – e quase podíamos intitulá-los os poetas da memória – memorizavam tudo para que os fatos humanos não se perdessem. E, assim, a angústia em relação à apreensão da vida real, o real humano, visível, intangível, esteve presente em todas as civilizações. Nas nossas Américas, por exemplo, houve entre os incas uma categoria social, a dos amautas, que tinha por finalidade única memorizar. Memorizar para que os povos não se esquecessem das suas próprias histórias. Quer dizer, a literatura não foi uma invenção dos escritores, gosto muito de enfatizar isso. Foi uma invenção humana.
     Milhões de pessoas já leram Dom Quixote. Milhões, em diferentes línguas. Mas é o mesmo livro para diferentes leitores. Isso prova que a literatura dá visibilidade a quem somos, a nossos sentimentos mais secretos, mais obscuros, mais desesperados, às esperanças mais condicionais do ser humano. E a literatura conta histórias porque os sentimentos precisam de uma história para que você se dê conta deles. Então, a literatura pensou em dar conta de quem somos, dessa nossa complexidade extraordinária. Porque somos seres fundamentalmente singulares. E, por isso, a literatura é singular.

(Nélida PIÑON. Uma invenção humana – depoimento ao escritor e jornalista José Castello. Rascunho nº 110. Curitiba: 2009. In http://rascunho.com.br/wp-content/uploads/2012/02/ Book_Rascunho_110.pdf. Acesso em 15.11.18. Adaptado)
A alternativa que reescreve trecho do depoimento preservando tanto o sentido das reflexões apresentadas como o respeito à norma-padrão de emprego da pontuação é:
Alternativas
Q1049829 Português

Leia o texto para responder a questão.


      Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o voo.

      O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius desde 1800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

      A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez mais frequentes.

      Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.

      Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos naturais e está ocorrendo numa velocidade sem precedentes na história geológica da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”.https://opiniao.estadao. com.br, 21.01.2019. Adaptado)

Em uma hipotética carta de um leitor do Estadão ao jornal, assinale a alternativa que apresenta um trecho dessa carta com emprego correto de pontuação.
Alternativas
Q1049823 Português

Leia o texto para responder a questão.


      Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua. Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando, tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

      Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo para raças de focinho achatado.

      Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. “Eu sei, ele fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo para sair com ele”, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as regras de pontuação foram respeitadas.
Alternativas
Q1049765 Português

Leia o texto para responder a questão.

Sedentários bem alimentados

     Pela primeira vez na história de nossa espécie, foi-nos oferecida a possibilidade de comer à larga em todas as refeições e de ganhar a vida sentados o dia inteiro. Obesidade e sedentarismo se tornaram as principais epidemias nos países de renda média e alta, nos quais a praga mortífera do tabagismo começa a ser a duras penas controlada.

   Na esteira dessas duas pandemias, caminham a passos apressados hipertensão arterial, diversos tipos de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos, articulares, renais e outras complicações que sobrecarregam o sistema de saúde, encarecem o atendimento e fazem sofrer milhões de pessoas. Nas capitais, 19% dos brasileiros adultos estão obesos e outros 35% têm sobrepeso, ou seja, menos da metade da população cai na faixa do peso considerado saudável.

   Na contramão de outros ramos da economia, a incorporação de tecnologia na área médica aumenta o custo do produto final. A assistência a uma população que envelhece mal como a brasileira exigirá recursos de que não dispomos no SUS nem na saúde suplementar.   

     Esperar as pessoas adoecerem para tratá-las em hospitais e unidades de pronto atendimento é política suicida. Não há saída: ou investimos na prevenção ou, cada vez mais, só os privilegiados terão acesso à medicina moderna.

      Nos anos 1960, cerca de 60% dos nossos adultos fumavam, hoje não passam de 10%. Se conseguimos resultado tão impressionante com a dependência química mais feroz que a medicina conhece, não é impossível convencer mulheres, crianças e homens a comer um pouco menos e a andar míseros 40 minutos num dia de 24 horas.

(Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, 11.11.2018. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, com a introdução das vírgulas, o trecho do texto está em conformidade com a norma-padrão de pontuação, embora com sentido original ligeiramente alterado.
Alternativas
Q1049542 Português

Leia a tira para responder à questão.


                 


As reticências e as aspas estão respectivamente empregadas na frase da tira para indicar que o personagem
Alternativas
Q1049249 Português
Leia o texto para responder a questão.

Tudo o que não puder contar, não faça:
integridade é não agir errado mesmo sozinho

     Immanuel Kant, famoso filósofo alemão do século 18, dizia: “Tudo o que não puder contar como faz, não faça!”. Ao jogarmos um simples papelzinho pela janela não temos consciência alguma de que não se trata apenas de um simples papelzinho. O que está por trás disso é absolutamente sério. O que estamos fazendo conosco, com o meio em que vivemos e com o mundo? Há que se dizer que culpar terceiros sempre nos traz alívio.
     Mas não é um simples papelzinho... Se jogarmos três ao dia, serão quatorze por semana, e se milhões de pessoas de todo o mundo jogarem três míseros papéis por dia? Um dos maiores responsáveis por alagamentos nas cidades é o lixo, acarreta entupimento de bueiros e canalizações, levando a dispersar doenças e incômodo à população em geral.
    O âmago desta questão é a consciência. Nos dias de hoje coletamos informações prontas e não levamos questões reflexivas ao cotidiano agitado e quase atropelado pelo que não nos afeta tanto por enquanto.
   O que seremos no futuro? Seremos seres abastecidos virtualmente, mas submergidos no lixo? A grande preocupação é que a realidade virtual se sobreponha à realidade real!
    A vida no planeta como a conhecemos acabará de forma dramática, e somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. Sustentabilidade: “Pensar globalmente, agir localmente”. Não é um simples papelzinho. É questão de educação, caráter, reflexão!
           (Mario Sergio Cortella. http://mariosergiocortella.com. Adaptado)
A frase “Ao jogarmos um simples papelzinho pela janela não temos consciência alguma de que não se trata apenas de um simples papelzinho.” estará pontuada em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa com o acréscimo de uma vírgula após o seguinte trecho:
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Q1046904 Português
A história de uma grande viagem
      Em 16 de julho de 1969, um feito quase inacreditável ocorreu na humanidade. Um enorme foguete pesado, com 2,8 toneladas, e muito alto, medindo o equivalente a um edifício de 44 andares (110,6 metros), foi lançado na Flórida. Seu nome era Saturno. Ele transportava uma nave diferente de todas as outras, o Apolo 11, para a órbita da Terra. O objetivo da missão era fazer com que o homem pisasse outro solo, fora da Terra, a Lua.
      Apolo 11 transportava três astronautas: Armstrong, Aldrin e Collins. Viajaram muito, percorreram 390 mil quilômetros. Ao descer, Neil Armstrong ficou extasiado. Não podia conter sua alegria. O céu nunca fora tão lindo. As estrelas nunca brilharam tanto. O Universo nunca pareceu tão enigmático, segredando mistérios que não compreendiam.
      Muito longe estava a Terra. Os homens, com todo seu orgulho e todas as suas pobres diferenças, ficaram imperceptíveis aos olhos dos primeiros seres que pisaram a Lua. Não havia negros e brancos, árabes ou judeus. Todos eram invisíveis. Se os primeiros astronautas fossem pensadores da Psicologia, certamente pensariam que seria difícil acreditar que lá na Terra havia milhões de pessoas que consideravam seus problemas do tamanho do Universo, que não conseguiam enxergar mais nada diante dos olhos.
                       (Augusto Cury. Treinando a emoção para ser feliz: nunca a autoestima foi tão cultivada no solo da vida! Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está pontuada conforme a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q1046650 Português

                                [A harmonia natural em Rousseau]


      A civilização foi vista por Jean-Jacques Rousseau (1713-1784) como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual. A uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, leva-as a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais.

      A vida do homem primitivo, ao contrário, seria feliz porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas. Ele é amplamente autossuficiente porque constrói sua existência no isolamento das florestas, satisfaz as necessidades de alimentação e sexo sem maiores dificuldades e não é atingido pela angústia diante da doença e da morte. As necessidades impostas pelo sentimento de autopreservação – presente em todos os momentos da vida primitiva e que impele o homem selvagem a ações agressivas – são contrabalançadas pelo inato sentimento que o impede de fazer mal aos outros desnecessariamente.

      Desde suas origens, o homem natural, segundo Rousseau, é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, mas o desenvolvimento pleno desses sentimentos só ocorre quando estabelecidas as primeiras comunidades locais, baseadas sobretudo no grupo familiar. Nesse período da evolução, o homem vive a idade do ouro, a meio caminho entre a brutalidade das etapas anteriores e a corrupção das sociedades civilizadas.

(Encarte, sem indicação de autoria, a Jean-Jacques Rousseau – Os Pensadores. Capítulo 34. São Paulo: Abril, 1973, p. 473) 

A supressão da vírgula altera o sentido da frase:
Alternativas
Q1046373 Português
Leia o poema de Carlos Pena Filho para responder à questão.

A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

(Livro geral. Olinda: Gráfica Vitória, 1977)
Após o acréscimo das vírgulas, permanece correto o seguinte verso:
Alternativas
Q1046250 Português

                            “Tire suas próprias conclusões”


      Essa é a frase que mais tenho ouvido recentemente. Passada a euforia de uma notícia qualificada como “bomba”, logo os atores de uma das partes corriam a público para disponibilizar a íntegra daquilo que antes foi veiculado em partes.

      É preciso saber de tudo e entender de tudo. É preciso tirar as próprias conclusões para não depender de ninguém, e é esse o grande e contraditório imperativo dos nossos tempos. É uma ordem a uma experimentação libertária, e uma quase contradição do termo. O imperativo que liberta também aprisiona: você só passa a ser, ou a pertencer, se tiver uma conclusão. Sobre qualquer coisa.

      Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada período histórico para compreender e nomear as formas de sofrimento decorrentes delas. A revolução industrial, a divisão social do trabalho, a urbanização desenfreada e as guerras, por exemplo, fizeram explodir o número de sujeitos impacientes, irritadiços e perturbados com a velocidade das transformações e suas consequentes perdas de referências simbólicas.

      Pensando sobre o imperativo “Leia/Veja/Assista” e “Tire suas próprias conclusões”, começo a desconfiar de que estamos diante de uma nova forma de sofrimento relacionado a um mal-estar ainda não nomeado. Afinal, que tipo de sujeito está surgindo de nossa nova organização social? O que a vida em rede diz sobre as formas como nos relacionamos com o mundo? Que tipos de valores surgem dali? E, finalmente, que tipo de sofrimento essa vida em rede tem causado?

      Vou arriscar e sair correndo, já sob o risco de percorrer um campo que não é meu: estamos vendo surgir o sujeito preso à ideia da obrigação de ter algo a dizer. Ao longo dos séculos essa angústia era comum aos chamados formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. Hoje basta ter um celular com conexão 3G para ser chamado a opinar sobre qualquer coisa. Pensamos estar pensando mesmo quando estamos apenas terceirizando convicções ao compartilhar aquilo que não escrevemos.

      É uma nova versão de um conflito descrito por Clarice Lispector a respeito da insuficiência da linguagem. Algo como: “Não só não consigo dizer o que penso como o que penso passa a ser o que digo”. Se vivesse nas redes que atribuem a ela frases que jamais disse, o “dizer” e o “pensar” teriam a interlocução de um outro verbo: “compartilhar”.

(Matheus Pichonelli, Carta Capital. 18.03.2016. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

A passagem do texto que, após o acréscimo da vírgula, está de acordo com a norma-padrão é:
Alternativas
Q1046017 Português
Leia o texto, para responder a questão.

… E Graham Bell virou outra coisa

      É possível que você esteja lendo esta reportagem em um smartphone. E, se não for esse o caso, é provável que ele se encontre ao alcance de sua mão. Nada a estranhar: quem se separa desses aparelhos hoje em dia? Nem à noite: é para o celular que um número cada vez mais espantoso de pessoas – já são 5,4 bilhões de linhas no planeta – dirige sua atenção antes de dormir; e é também para ele que elas olham primeiro quando acordam. Aliás, existem aplicativos que ajudam a pegar no sono e outros que despertam qualquer um – como o alarme que só pode ser desabilitado se o dono der alguns passos.
        Não há notícia de nenhum gadget que tenha se tornado tão onipresente (e onipotente). É um recorde de popularidade. Com o aparelho que quase todo mundo carrega consigo, é possível realizar uma série de atividades que antes exigiriam tempo, deslocamento e dinheiro. “De vez em quando aparece um produto revolucionário que muda tudo”, disse Steve Jobs no lançamento do iPhone, em 9 de janeiro de 2007 – data que pode ser considerada um desses extraordinários “de vez em quando”. Na apresentação, ele enfatizou que estava “revolucionando o telefone” (embora já existissem smartphones, como os da Black Berry). Isso porque num mesmo dispositivo seria possível ouvir músicas, usar a internet e “até” fazer uma ligação. Sim, definitivamente “telefonar” passava a ser apenas “mais uma” função do telefone.
      A era dos smartphones trouxe consigo uma preocupação: o risco da dependência. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Coreia, em Seul, revelou que a nomofobia – esse é o termo empregado para se referir ao problema – pode ser caracterizada como vício. E por um motivo simples: o uso excessivo do celular produz alterações químicas no cérebro que levam a reações que, em muitos aspectos, se assemelham às que acometem os dependentes de drogas. Assim, a sugestão quanto ao smartphone é incontornável: use com moderação. Você pode, por exemplo, dormir sem ele.
(Mariana Amaro. Veja, 18.07.2018. Adaptado) 
Para responder a questão, considere a seguinte passagem do segundo parágrafo do texto.
Na apresentação, ele enfatizou que estava “revolucionando o telefone” (embora já existissem smartphones, como os da Black Berry). Isso porque num mesmo dispositivo seria possível ouvir músicas, usar a internet e “até” fazer uma ligação. Sim, definitivamente “telefonar” passava a ser apenas “mais uma” função do telefone.
Observe os trechos em que a autora emprega aspas: (I) “revolucionando o telefone”; (II) “até”; (III) “telefonar”; (IV) “mais uma”. É correto afirmar que, nesses trechos, as aspas sinalizam
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Q1045883 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

             O governo de um país com pouco mais de 5 milhões de habitantes aceita gastar US$ 9 milhões para construir uma fortaleza gelada na qual guarda sementes vindas do mundo inteiro, para sempre, como um seguro para a agricultura mundial. Tudo de graça e sem ter nenhum direito sobre elas.
          Parece mentira, mas tal coisa existe há dez anos, completados em fevereiro, quando esse banco incomum ultrapassou a marca de 1 milhão de depósitos realizados.
        Não é o primeiro ato de generosidade da Noruega para o planeta: a nação nórdica já reservou US$ 1 bilhão para custear projetos ambientais no Brasil, o Fundo Amazônia. Perto disso, parece dinheiro de troco o custo do Cofre Global de Sementes na ilha norueguesa de Spitsbergen, arquipélago de Svalbard, a meio caminho entre a costa da Noruega e o polo Norte.
        Verdade que muito da renda que a Noruega tem sobrando provém da extração de gás natural e petróleo no Ártico. Embora o país exporte a maior parte desses combustíveis fósseis, pois sua matriz energética é muito limpa (quase toda a eletricidade vem de usinas hidrelétricas), eles são queimados em algum lugar e, assim, contribuem muito para agravar o aquecimento global.
        Estocadas em envelopes selados de alumínio impermeável a 5% de umidade e a -18°C, sementes ainda podem germinar 30 anos depois, ou mais. Faz muito frio em Spitsbergen —mesmo no verão os termômetros não vão muito além de 7°C. No interior de um túnel de 120 m montanha adentro, o frio é maior, e a variação, mínima, o que ajuda a economizar gastos com refrigeração.
        É muito longe e caro chegar a Svalbard, o que reduz a chance de ataques ao cofre. No entanto, há boa infraestrutura em Longyearbyen, vila com minas de carvão, porto e aeroporto da qual a fortaleza dista meros 5 quilômetros.
         Só no seu aniversário o banco recebeu, em uma cerimônia especial, 76330 amostras em 179 caixas provenientes de 25 instituições em 22 países.
        Estão agora armazenados na montanha gelada 967216 envelopes lacrados cheios de caroços, que só os depositantes podem pedir para retirar. Assim ocorreu com milhares de amostras provenientes de Aleppo, na Síria, sacadas do cofre para reconstituir o acervo no Líbano e em Marrocos, em local menos inseguro que uma nação em guerra civil.
         Não fosse por essa retirada, o cofre de Svalbard guardaria ainda 1059646 saquinhos de sementes. Uma fortuna de valor incalculável para a segurança alimentar de gerações por vir.
(Marcelo Leite. “Cofre das sementes comemora 10 anos e 1 milhão de amostras”. www1.folha.uol.com.br, 26.02.2018. Adaptado)
No trecho – … parece dinheiro de troco o custo do Cofre Global de Sementes na ilha norueguesa de Spitsbergen, arquipélago de Svalbard, a meio caminho entre a costa da Noruega e o polo Norte. (3º parágrafo) –, as vírgulas foram empregadas pelo mesmo motivo que no trecho:
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Q1044888 Português

Leia o texto para responder a questão.

(In)Civilidade no trânsito

            A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.

         A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.

      Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.

           Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.

            Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, após alteração da frase – O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. –, a redação permanece com sentido compatível com o do texto original e de acordo com a norma-padrão de pontuação.
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Q1044828 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Eles antecipam que a revolução mudará o mundo como o conhecemos. Soa muito radical? É que, se cumpridas as previsões, assim será. E já está acontecendo, dizem, em larga escala e a toda velocidade.
    “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus Schwab, autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, publicado este ano.
    No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e impulsionará a desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético.
    O importante, destacam os teóricos da ideia, é que não se trata de um desdobramento, mas do encontro desses desdobramentos. Nesse sentido, representa uma mudança de paradigma e não mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico.

(Valeria Perasso. O que é a 4a revolução industrial – e como ela deve afetar nossas vidas. Disponível em https://www.bbc.com/. 22.10.2016. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase, escrita a partir do texto, atende a norma padrão de pontuação.
Alternativas
Q1044793 Português
Leia o texto para responder à questão.

(In)Civilidade no trânsito

    A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.
    A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.
    Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
    Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.
    Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado) 
Retirando-se os dois-pontos (:) da passagem – … é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano. –, a redação permanece com o sentido compatível com o do texto original em:
Alternativas
Q1044648 Português

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente. Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar. O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota, ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. “De acordo com a combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área”, diz.

“Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários, precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato”, acrescenta Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade; e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam. Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em: BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

. A pontuação encontra-se corretamente empregada no trecho reescrito do texto em:
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Q1044335 Português

Leia o texto para responder à questão.


    Eram dez da noite, estava escuro, e a americana Elaine Herzberg, de 49 anos, resolveu atravessar uma avenida em Tempe, cidade de 160 mil habitantes no sul dos EUA. Ela estava fora da faixa, o sinal estava aberto para os carros, e logo aconteceu o pior. Elaine foi atropelada por um veículo utilitário esportivo de 2000 quilos, a 61 km/h. Morreu no ato. Seria apenas mais uma vítima do trânsito, não fosse por um motivo: um robô estava dirigindo o veículo. Elaine foi a primeira pedestre morta por um carro autônomo. Eles provavelmente vão atropelar mais pessoas. E, toda vez que isso acontecer, a opinião pública ficará assustada (a empresa dona do carro que matou Elaine interrompeu seus testes após o acidente). Mas já existe uma tecnologia que promete erradicar os acidentes com veículos autônomos e mudar outros aspectos da vida humana: a quinta geração da telefonia celular, ou 5G.

    Ela é tão importante que o governo dos EUA chegou a cogitar a construção de uma rede 5G estatal, só para não ficar atrás dos chineses (que vão inaugurar a sua no final deste ano). As operadoras americanas se mexeram, e agora prometem montar redes 5G em 30 cidades do país até dezembro – antes mesmo dos celulares compatíveis com essa tecnologia, que só vão começar a chegar ao mercado ano que vem.

    A grande novidade das redes 5G é que elas trabalham em frequências mais altas, ou seja, nas quais as ondas eletromagnéticas oscilam mais vezes por segundo. Graças a isso, o 5G promete três vantagens: mais velocidade, maior número de conexões e menor latência.

    Essa terceira novidade das redes 5G, a baixa latência, consiste no tempo que cada antena ou ponto de rede leva para processar – e, se for o caso, repassar – os dados. As ondas eletromagnéticas usadas para transmitir informações (seja no 5G, no Wi-Fi, ou qualquer outra rede sem fio) viajam sempre na mesma velocidade: a da luz. Porém, na prática, a transmissão de dados sempre é mais lenta. Na tecnologia 5G, a latência é 50 vezes menor. A transmissão é praticamente instantânea – e isso abre várias possibilidades.

    Mas talvez o benefício mais imediato de todos seja o fim das franquias de dados. A capacidade da rede 5G é tão enorme que as operadoras poderão oferecer planos sem limites de dados – e você poderá usar seu celular à vontade, como hoje usa a internet da sua casa.

(Superinteressante, maio de 2018. Adaptado) 

Na passagem do 1° parágrafo “Seria apenas mais uma vítima do trânsito, não fosse por um motivo: um robô estava dirigindo o veículo.”, o sinal de dois-pontos é empregado para
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Q1044168 Português
Leia o texto para responder a questão.

       Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos preocupar?”. Ele contou que em 1980 se temia que a revolução do computador aumentasse a distância entre os países ricos “do Ocidente” e os países pobres, que não teriam acesso à nova tecnologia e a seus aparelhos. A verdade é que a informática criou fortunas enormes, mas permitiu também a mais profunda disseminação niveladora da tecnologia que já se viu na história. “Celulares e laptops e, agora, smartphones e tablets puseram a conectividade nas mãos de bilhões”, afirmou Dennett.
         O planeta, segundo o filósofo, ficou mais transparente na informação como ninguém imaginaria há 40 anos. Isso é maravilhoso, disse Dennett, mas não é o paraíso. E citou a lista daquilo com que devemos nos preocupar: ficamos dependentes e vulneráveis neste novo mundo, com ameaças à segurança e à privacidade. E sobre as desigualdades, ele disse que Golias ainda não caiu; milhares de Davis*, porém, estão rapidamente aprendendo o que precisam. Os “de baixo” têm agora meios para confrontar os “de cima”. O conselho do filósofo é que os ricos devem começar a pensar em como reduzir as distâncias criadas pelo poder e pela riqueza de poucos.

* referência ao episódio bíblico em que Davi, aparentemente mais fraco, derrota o gigante Golias.
(Míriam Leitão. História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2015)
Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos preocupar?”. (1º parágrafo)
Essa frase está corretamente reescrita, no que se refere à pontuação, em:
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Q1044084 Português
Assinale a alternativa em que a frase está pontuada conforme a norma-padrão da Língua Portuguesa no que diz respeito ao emprego da vírgula.
Alternativas
Respostas
4921: C
4922: C
4923: C
4924: A
4925: C
4926: B
4927: B
4928: E
4929: C
4930: A
4931: B
4932: C
4933: E
4934: D
4935: E
4936: A
4937: D
4938: C
4939: A
4940: A