Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q2045718 Português
O pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros; e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(BRAGA, Rubem. 200 Crônicas escolhidas. São Paulo: Record, 2013.)
Releia o trecho Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. Qual reescrita desse trecho, com ou sem alterações, pode ser considerada coesa, coerente e gramaticalmente correta, sem alterar o sentido?
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Q2045712 Português

Dois tipos de ideias

        Há dois tipos de ideias: ideias inertes e ideias com poder gravitacional. As ideias inertes, como o nome está dizendo, são destituídas de poder. Estão onde estão e isso é tudo. Como pedras. A maior parte das ideias que se ensinam nas escolas pertence a essa categoria. Um bom exemplo se encontra naquele parágrafo do livro de biologia que minha neta tinha de aprender. Via de regra, essas ideias são logo esquecidas. A memória as deleta e joga na lixeira. Algumas permanecem na memória consciente como lixo. Por exemplo, aprendi no curso de admissão que a ilha de Tupinambarana é a segunda maior ilha fluvial do mundo. Essa informação não fez nada com a minha cabeça. Note-se que as ideias inertes, frequentemente, possuem os critérios cartesianos de clareza e distinção. As ideias com poder gravitacional são aquelas que têm o poder de chamar outras. Elas nunca estão sozinhas. São sóis do sistema solar que é a nossa mente. Elas produzem big bangs na cabeça dos quais nascem universos. É assim que acontecem a poesia, a literatura, a música: uma única ideia explode e eis a obra.

(ALVES, R. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta, 2008.)
Assinale a alternativa que apresenta substituições adequadas às expressões adverbiais da frase Via de regra, essas ideias são logo esquecidas.
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Q2045467 Português
É uma afirmativa verdadeira sobre o texto a que está expressa na alternativa
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Q2045343 Português
URUBUS E SABIÁS
(Rubem Alves)

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores.

E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...”.

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.
Considerando a relação de sinonímia entre as palavras, no trecho “E as pobres aves se olharam perplexas...”, a frase também poderia ser escrita da seguinte forma, sem alterar o sentido do texto: 
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Q2044972 Português
Leia o texto seguinte e responda a questão.

O presente artigo aborda a realidade social e respectivo campo normativo de regulamentação das relações conjugais na sociedade contemporânea, global, plural e complexo, tudo ao mesmo tempo. Partindo da ideia geracional passada de quase modelo único de família para o sistema de variadas formas de associação e convívio conjugal e suas consequências com o Direito em vigor, expectativas de câmbios ou manutenção de status jurídicos, o estudo apresenta o problema em meio à realidade que ferve por respostas mais seguranças e garantistas de tamanha diversidade cultural, não necessariamente absorvida por leis e códigos. Ao final algumas considerações formais são postas à prova do leitor com a certeza única de que a regulação das relações conjugais demanda mais do que simples análise de correspondência cultural ou jurídica aos modelos tradicionalmente ofertas pelos países no mundo.

(Lucas, I. P. “o problema da regulamentação das relações conjugais na atualidade”. In: Revista da Graduação em Direito Estácio, nº1 Vº1 ANO 2019)
Sobre o texto lido, assinale a alternativa CORRETA, no que se refere às características linguístico-discursivas de sua composição:
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Q2044970 Português
Leia o texto e responda a questão.


Os anjos
(Legião Urbana)

“(...) Hoje não dá
Hoje não dá
A maldade humana agora não tem nome
Hoje não dá

Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espírito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça (...)”.
O fenômeno recursivo que se manifesta na produção do texto lido é denominado:
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Q2044861 Português
Assinale a opção em que houve a transformação inadequada de uma oração por uma forma nominal.
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Q2044847 Português
A questão deve ser respondida a partir do Texto.

    A educação no Brasil precisa ser vista como um problema social, a fim de que as suas deficiências educacionais sejam enfrentadas através de técnicas sociais adequadas. Sem isso, a sociedade sofre as consequências negativas de um ensino insatisfatório, sem ter para combatê-lo o necessário comportamento coletivo organizado. “Não existe um mínimo de consenso, sequer, no reconhecimento das necessidades educacionais prementes e na escolha das soluções que elas parecem impor de forma inevitável.”

    Esse é o teor de um artigo do sociólogo e professor da USP Florestan Fernandes (1920-1995) publicado em 1960 na revista Comentário, do Rio de Janeiro. Intitulado A Educação como Problema Social, o artigo é um exemplo da atualidade do pensamento de Florestan sobre um dos temas a que ele mais se dedicou – a educação.

    No artigo escrito há seis décadas, Florestan expõe problemas ainda presentes na educação brasileira. Um deles se refere ao “alheamento” a que os professores foram relegados no País. “O mestre-escola (professor de instrução primária) e o professor constituem a verdadeira mola-mestra de qualquer sistema de ensino. Por maiores que sejam os progressos alcançados nas esferas da teoria da educação e da reforma educacional, tudo não passará de letra morta se os resultados não se evidenciarem no campo do trabalho do mestre-escola e do professor”, defende o sociólogo. Apesar de sua importância fundamental, continua Florestan, os professores foram convertidos numa espécie de “formiga-operária”, da qual se espera apenas uma produção estereotipada, obtida por vias rotineiras. “Enquanto perdurar essa situação, será impossível imprimir novos rumos à educação brasileira. Haverá sempre um abismo intransponível entre os objetivos educacionais, definidos pela teoria pedagógica posta em prática através das reformas do ensino, e os processos pedagógicos reais.” 
A educação no Brasil precisa ser vista como um problema social, a fim de que as suas deficiências educacionais sejam enfrentadas através de técnicas sociais adequadas. 
Esse é o primeiro período do Texto. Esse segmento poderia mostrar melhor redação, se trocássemos
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Q2044845 Português
A questão deve ser respondida a partir do Texto.

Como ensinar a ler

    Se eu fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Eu a levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; a levaria a uma livraria para que ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.

    Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe falaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.

     Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura, não começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as estórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela desejaria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em estórias.

    É muito simples. O mundo de cada pessoa é muito pequeno. Os livros são a porta para um mundo grande. Pela leitura vivemos experiências que não foram nossas e então elas passam a ser nossas. Lemos a estória de um grande amor e experimentamos as alegrias e dores de um grande amor. Lemos estórias de batalhas e nos tornamos guerreiros de espada na mão, sem os perigos das batalhas de verdade. Viajamos para o passado e nos tornamos contemporâneos dos dinossauros. Viajamos para o futuro e nos transportamos para mundos que não existem ainda. Lemos as biografias de pessoas extraordinárias que lutaram por causas bonitas e nos tornamos seus companheiros de lutas. Lendo, fazemos turismo sem sair do lugar. E isso é muito bom.

ALVES, Rubem, Ostra feliz não faz pérola.
Ed. Planeta do Brasil Ltda. São Paulo. 2021.
Nas opções a seguir foram sublinhadas orações adjetivas e propostas mudanças dessas orações por uma construção nominal.
Assinale a opção em que essa substituição está inadequada.
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Q2044840 Português
A questão deve ser respondida a partir do Texto.

Como ensinar a ler

    Se eu fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Eu a levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; a levaria a uma livraria para que ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.

    Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe falaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.

     Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura, não começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as estórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela desejaria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em estórias.

    É muito simples. O mundo de cada pessoa é muito pequeno. Os livros são a porta para um mundo grande. Pela leitura vivemos experiências que não foram nossas e então elas passam a ser nossas. Lemos a estória de um grande amor e experimentamos as alegrias e dores de um grande amor. Lemos estórias de batalhas e nos tornamos guerreiros de espada na mão, sem os perigos das batalhas de verdade. Viajamos para o passado e nos tornamos contemporâneos dos dinossauros. Viajamos para o futuro e nos transportamos para mundos que não existem ainda. Lemos as biografias de pessoas extraordinárias que lutaram por causas bonitas e nos tornamos seus companheiros de lutas. Lendo, fazemos turismo sem sair do lugar. E isso é muito bom.

ALVES, Rubem, Ostra feliz não faz pérola.
Ed. Planeta do Brasil Ltda. São Paulo. 2021.
Leia o trecho a seguir.
Se eu fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Eu a levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; a levaria a uma livraria para que ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.
Sobre esse primeiro parágrafo do Texto, assinale a opção em que está presente uma marca de oralidade.
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Q2044815 Português
Leia o fragmento a seguir.
O carro pegou fogo no meio do trânsito. O motorista não conseguiu sair do veículo. Um guarda de trânsito tentou ajudá-lo.

Se reescrevêssemos esse texto, substituindo a pontuação entre os períodos por conectores adequados, fazendo as modificações necessárias, a forma correta seria:
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Q2044811 Português
Muitas vezes podemos substituir uma locução adjetiva por um adjetivo.
Assinale a opção em que o termo sublinhado não pode ser substituído por um adjetivo.
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Q2044810 Português
O texto informativo é marcado pela objetividade, tanto de conteúdo quanto de estilo.
As opções a seguir mostram frases objetivas, construídas com estratégias de impessoalidade. Assinale a opção que foge a esse modelo.
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Q2043472 Português

    Trabalho e realização 

texto.png (731×413) 


CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995. p. 149. (Adaptado). 

O termo “concomitantemente” (linha 13) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
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Q2043343 Português
Escrever
   [...]    Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos. Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.
LISPECTOR, Clarisse. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Dadas as frases,
I. Lembro-me agora com saudade a dor de escrever livros. II. Lembro agora com saudade da dor de escrever livros. III. Lembro agora com saudade a dor de escrever livros.
verifica-se que é(são) reescrita(s) correta(s) da sentença destacada no texto
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Q2042791 Português
        Até [recentemente] toda a produção e grande parte da cultura estavam baseadas no trabalho  humano. As constituições das nações enfatizam a centralidade do trabalho. A Declaração Universal  dos Direitos Humanos, em seu artigo 23, estipula que "toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre  escolha de seu trabalho e a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o  desemprego". O trabalho emergia assim, tanto para o capitalismo quanto para o socialismo, como o  construtor do mundo e da cultura, como um direito humano fundamental, como a forma mediante a  qual o ser humano se constrói a si mesmo como criador. O desemprego, na sociedade clássica,  significava um disfuncionamento passageiro. O ideal visado pela sociedade era criar o pleno  emprego para todos. Inadmissível seria compreender e aceitar o desemprego como consequência de  uma nova revolução tecnológica. Tudo era montado para dar emprego e trabalho a todos. Ora, é  exatamente o contrário que está correndo de forma irrecuperável. O aparelho produtivo  informatizado e robotizado produz mais e melhor e com quase nenhum trabalho humano. A  produção excede às necessidades dos países ricos. Desfez-se a conexão produção versus  necessidade. A questão é nunca deixar de produzir cada vez mais. Em razão desta lógica, devem-se  suscitar, mesmo artificialmente, necessidades para satisfazê-las mediante uma maior produção.
                 .................................................................................................................................................... 
        A informatização e a robotização junto com as relações desiguais no comércio  internacional, favorecendo os países ricos, à custa dos pobres, produziram este fenômeno  surpreendente: nos últimos trinta anos, a Europa triplicou na riqueza e ao mesmo tempo diminuiu em  um quarto o tempo de trabalho. 
          Na medida em que cresce a abundância de bens e de  serviços produzidos pela  informatização, cresce também o número dos excluídos do emprego e dos excluídos sociais. 
               ..................................................................................................................................................... 
          A lógica desse tipo de desenvolvimento (...) prolonga a perversidade     da     lógica     presente     no     modelo capitalista     de     desenvolvimento:     o     primado     do quantitativo  sobre   o qualitativo, o privilégio   do capital dos meios novos de produção sobre a pessoa humana  trabalhadora; a predominância do material sobre o humanístico, sobre o ético e sobre o espiritual.
                ....................................................................................................................................................   
          (...) Observador atento das mudanças mundiais, o teólogo da libertação, vivendo no Brasil,  José Comblin,  escreveu com acerto: "Na atualidade, está se formando outra concepção da vida: o  papel da pessoa na sociedade, ou melhor dito, no espetáculo da sociedade, é mais importante do que  o trabalho. Por isso as atividades sociais, de representação, de diversão, de espetáculo são as mais  importantes. Para um empresário, mais importante do que o trabalho são as entrevistas dadas à  imprensa e à TV. O trabalho é o meio de acesso a um certo status social, uma figuração. Não vale  pelo trabalho, mas pela figuração que permite. No trabalho, o que importa não é a produção, mas o  prestígio que confere, a iluminação que dá ao sujeito na sociedade". (...) 
         Nesta sociedade em mutação, a realização de si mesmo constitui a preocupação principal;  nem sempre esta realização passa pelo trabalho, pois pode passar por outra atividade qualquer,  ocupação alternativa e autônoma. (...) Daí a importância, nesta nova fase, do tempo livre, das férias  em função das quais se trabalha o ano todo. O fim de semana livre é mais importante que os demais  dias de trabalho da semana. 
         A própria vivência da sociedade muda. Antes, conhecia-se a sociedade pela participação  nela através de mil e uma atividades. Agora, pelos meios de comunicação. Sabemos o que se passa  na nossa cidade por aquilo que o rádio, a televisão e os jornais mostram. A cidade virou um grande  espetáculo: são os shopping centers, as vitrines, os jogos, os shows. Tudo se transformou em  imagem dos mass media. O que a TV não noticia não existe e não aconteceu. O espetáculo é  mundial, dos jogos olímpicos, dos campeonatos internacionais de futebol, dos shows-business, dos  grandes cantores como Pavaroti, Carreras, Elton John e os Beatles e até dos conflitos e das guerras.  Todos participam na TV do desenrolar das batalhas e tranquilamente torcem por um dos contendores  como se estivessem numa disputa esportiva. 
         Todos se transformaram em espectadores e querem sê-lo. É pelas imagens que os cidadãos  se contemplam e projetam sua identidade. E a identidade de uma pessoa é mais e mais a imagem que  se projeta dela para os outros e menos o que ela é em si mesma em sua profundidade, em sua  dialogação consigo e com seu universo interior e exterior. Ou se participa efetivamente deste tipo de  sociedade-espetáculo, sendo um ator real, ou se participa pelo imaginário e pela imagem. Comenta  José Comblin que as massas não praticam esporte, mas o veem pela TV; não produzem música, mas  escutam-na; não fazem história, mas comentam-na. Pela imagem se sentem também participantes e  não excluídos da história. 
              .......................................................................................................................................... 
Leia o trecho abaixo:
"Na medida em que cresce a abundância de bens e de serviços produzidos pela informatização, cresce também o número dos excluídos do emprego e dos excluídos sociais." (L.21/22)
O trecho em destaque encontra-se reestruturado, sem alteração do sentido original, em 
Alternativas
Q2042453 Português
As Boas Coisas da Vida
Rubem Braga

Uma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fiz esta pequena lista:

- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.

- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.

- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos serventes de pedreiro.

- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.

- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor. - Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – essa amaldiçoada.
- Viajar, partir…
- Voltar.

- Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio. - Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte – o assim chamado descanso eterno.

Texto adaptado de BRAGA, R., As Boas Coisas da Vida, 1988. 
“Viajar, partir... voltar. Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio.”

A alternativa que melhor transcreve o trecho do autor é:
Alternativas
Q2041819 Português
Assinale a alternativa que melhor representa a reescrita do texto 5, considerando a norma padrão, o uso de conectivos e a necessidade de argumentar sobre a importância da ciência no Brasil. 
Alternativas
Q2041434 Português
Psicóloga explica as causas e os sintomas da Síndrome do Regresso

A Síndrome do Regresso acontece quando você volta para casa após estudar no exterior, trabalhar ou qualquer outro tipo de estadia prolongada. Criado pelo neuropsiquiatra Dr. Décio Nakagawa, o termo serve para dar nome a este período de readaptação. E ele é mais comum do que pode se imaginar: “A Síndrome do Regresso acontece com a maior parte das pessoas que retorna ao seu país de origem”, diz Juliana Polydoro, psicóloga e mestre em Psicologia da Saúde. A profissional, que também é colunista do site e-Dublin, explicou as causas da Síndrome e como lidar com o período para amenizar os sintomas.
Fonte: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/estudar-no-exterior/psicologa-explica-as-causas-os-sintomas-sindrome-regresso.htm
Para conservar o sentido do texto 7, as expressões em negrito podem ser substituídas, em sequência, por:
Alternativas
Q2041426 Português

Fonte: (http://www.cnpq.br/). 
Assinale a alternativa que melhor representa a reescrita dos dois primeiros períodos do texto 3, preservando suas relações sintáticas originais.
Alternativas
Respostas
2201: C
2202: D
2203: C
2204: C
2205: E
2206: C
2207: E
2208: D
2209: C
2210: E
2211: E
2212: D
2213: C
2214: B
2215: B
2216: B
2217: B
2218: D
2219: A
2220: E