Questões de Concurso
Sobre redação - reescritura de texto em português
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Texto para a questão.
Texto para a questão.
O trecho destacado poderia ser substituído, sem prejuízo do sentido do texto, por:
Leia os quadrinhos, para responder à questão.
No que se refere à correção gramatical e à coerência com as ideias do texto da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados, julgue o item.
“o que aumentará a chance de sobrevivência do
paciente” (linhas 44 e 45): aumentando‐lhe a chance de
sobrevivência.
No que se refere à correção gramatical e à coerência com as ideias do texto da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados, julgue os item.
“na área da saúde, as nanotecnologias têm como
principal objetivo a construção de sistemas idênticos”
(linhas 14 e 15): as nanotecnologias, na área da saúde,
visam principalmente à construção de sistemas
idênticos.
Quanto à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“são recolhidos” (linha 34) por se recolhem.
Quanto à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“para” (linha 32) por com o fim de.
Quanto à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“têm‐se mostrado” (linha 29) por têm mostrado‐se.
Quanto à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“entre eles” (linha 2) por entre os quais.
Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Na linha 26, estariam mantidas a correção gramatical e
a coerência do texto caso o ponto final empregado após
“feridas” fosse substituído por ponto e vírgula, feito
o devido ajuste de maiúscula/minúscula na forma
verbal “É”.
Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência
do texto caso o segmento “que são” (linha 16) fosse
suprimido do texto.
No que se refere à correção gramatical e à coerência da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados do texto, julgue o iten.
“Apesar de o Brasil contar com” (linhas 27 e 28): Embora
o Brasil conte com.
No que se refere à correção gramatical e à coerência da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados do texto, julgue o iten.
“A pesquisa, desenvolvimento e inovação em novos
medicamentos é uma área estratégica” (linhas 21 e 22):
A área de pesquisa, desenvolvimento e inovação em
novos medicamentos é estratégica.
No que se refere à correção gramatical e à coerência da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados do texto, julgue o iten.
“Voltado a preencher uma lacuna existente no País”
(linha 1): Destinado‐se para o preenchimento de uma
lacuna existente no Brasil.
Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o iten.
“para que sejam” (linha 41) por a fim de serem.
Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer
No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.
O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.
A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.
E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.
Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.
Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.
O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.
Moacyr Scliar
Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200