Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q985804 Português
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No quadrinho, ao substituir “é mais fácil” por “é preferível” e adequando a frase à norma gramatical, obtém-se: 
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Q985803 Português

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Na gravura, alterando-se o sujeito dos verbos do período para “nós” (1ª pessoa do plural), tem-se a seguinte modificação das formas verbais: 
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Q985354 Português

Ali, por entre as folhagens, existiam as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha ferida pela luz do sol.

ALENCAR, José de. O guarani. São Paulo: Ateliê editorial, 1999. p. 71.


Assinale a alternativa em que a reescrita do texto destacado apresenta desvio à norma culta.

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Q985315 Português

[...] Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos. Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.

LISPECTOR, Clarisse. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.


Dadas as frases,


I. Lembro-me agora com saudade a dor de escrever livros.

II. Lembro agora com saudade da dor de escrever livros.

III. Lembro agora com saudade a dor de escrever livros.


verifica-se que é(são) reescrita(s) correta(s) da sentença destacada no texto

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Q985136 Português

UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA


            Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor. 

Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

- Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para rábula ordinário como Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui.

A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando... 

João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudarse, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível. 

- É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crâneo. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria nada, não se julgava capaz de nada...

Ser delegado numa cidadinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

- Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens? 

- Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

- Mas, como? Agora que você está delegado? 

- Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.

E sumiu.

(LOBATO, Monteiro. “Conto de Cidades Mortas”. In www. gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com)

Das alterações feitas abaixo no período “Não há cargo mais importante.” (8º §), aquela em há erro flagrante de concordância verbal é:
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Q985133 Português

UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA


            Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor. 

Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

- Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para rábula ordinário como Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui.

A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando... 

João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudarse, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível. 

- É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crâneo. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria nada, não se julgava capaz de nada...

Ser delegado numa cidadinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

- Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens? 

- Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

- Mas, como? Agora que você está delegado? 

- Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.

E sumiu.

(LOBATO, Monteiro. “Conto de Cidades Mortas”. In www. gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com)

Das modificações feitas no fragmento de período “Quando eu verificar que tudo está perdido” (6º §), aquela em que houve alteração do sentido original é:
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Q985045 Português

"Para que serve um advogado honesto quando o que se precisa é de um advogado desonesto?" (Eric Ambler)

Nessa frase, a expressão sublinhada corresponde a "Qual a utilidade".

Assinale a alternativa em que a substituição do termo sublinhado foi adequadamente realizada.

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Q984802 Português

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria.” (1º parágrafo). Nesta frase, a forma verbal em destaque pode ser substituída por:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Provas: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Auditor Fiscal Tributário | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro Civil | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Arquiteto | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Estratégia Saúde da Família - ESF | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Dermatologia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Ambiental | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista de Gestão de Pessoas | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Documental - Arquivologia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Documental - Biblioteconomia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista em Tecnologia da Informação e Comunicação | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Assistente Social | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Cirurgião-Dentista Bucomaxilofacial | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Cirurgião-Dentista | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Contador | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Educador Desportivo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Enfermeiro | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro de Tráfego e Trânsito | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Obras | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro do Trabalho | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro Elétrico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Posturas | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Vigilância Sanitária | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Geral | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Neurológico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fonoaudiólogo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Ortopédico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico Clínico - UBS | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Psiquiatria | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Nutricionista | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico Veterinário | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Terapeuta Ocupacional | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico do Trabalho | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista em Gestão Pública |
Q984755 Português
Leia o texto para responder à questão.

“Tire suas próprias conclusões” 

Essa é a frase que mais tenho ouvido recentemente. Passada a euforia de uma notícia qualificada como “bomba”, logo os atores de uma das partes corriam a público para disponibilizar a íntegra daquilo que antes foi veiculado em partes.

É preciso saber de tudo e entender de tudo. É preciso tirar as próprias conclusões para não depender de ninguém, e é esse o grande e contraditório imperativo dos nossos tempos. É uma ordem a uma experimentação libertária, e uma quase contradição do termo. O imperativo que liberta também aprisiona: você só passa a ser, ou a pertencer, se tiver uma conclusão. Sobre qualquer coisa.

Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada período histórico para compreender e nomear as formas de sofrimento decorrentes delas. A revolução industrial, a divisão social do trabalho, a urbanização desenfreada e as guerras, por exemplo, fizeram explodir o número de sujeitos impacientes, irritadiços e perturbados com a velocidade das transformações e suas consequentes perdas de referências simbólicas.
Pensando sobre o imperativo “Leia/Veja/Assista” e “Tire suas próprias conclusões”, começo a desconfiar de que estamos diante de uma nova forma de sofrimento relacionado a um mal-estar ainda não nomeado.
Afinal, que tipo de sujeito está surgindo de nossa nova organização social? O que a vida em rede diz sobre as formas como nos relacionamos com o mundo? Que tipos de valores surgem dali? E, finalmente, que tipo de sofrimento essa vida em rede tem causado?
Vou arriscar e sair correndo, já sob o risco de percorrer um campo que não é meu: estamos vendo surgir o sujeito preso à ideia da obrigação de ter algo a dizer. Ao longo dos séculos essa angústia era comum aos chamados formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. Hoje basta ter um celular com conexão 3G para ser chamado a opinar sobre qualquer coisa. Pensamos estar pensando mesmo quando estamos apenas terceirizando convicções ao compartilhar aquilo que não escrevemos.
É uma nova versão de um conflito descrito por Clarice Lispector a respeito da insuficiência da linguagem. Algo como: “Não só não consigo dizer o que penso como o que penso passa a ser o que digo”. Se vivesse nas redes que atribuem a ela frases que jamais disse, o “dizer” e o “pensar” teriam a interlocução de um outro verbo: “compartilhar”.

(Matheus Pichonelli, Carta Capital. 18.03.2016. www.cartacapital.com.br. Adaptado)



Assinale a alternativa em que o trecho entre colchetes substitui o destacado, independentemente do sentido e de acordo com a norma-padrão de concordância.
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Q983931 Português

Sobre uma nova espécie de droga, as smart drugs, a chamada para um texto de jornal diz o seguinte:

“Drogas apelidadas de smart drugs por supostamente aumentarem a inteligência ganham cada vez mais adeptos, apesar de pesquisas desmentirem seus efeitos”.

A substituição de um conectivo que está corretamente realizada é:

Alternativas
Q983926 Português

Um texto de divulgação de um novo romance diz o seguinte:

“Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão. Ao que parece, tentaram matá-lo, mas ele não se recorda dos fatos que o levaram até ali. Muito menos de seu passado recente. Seria dado como desaparecido, se houvesse alguém para sentir sua falta. Essa dolorosa ausência imperceptível é a brecha para dar vazão à sua revolta com o mundo contemporâneo e começar uma nova vida. Entre seus planos: executar criminosos intocados pela Justiça e escrever um best-seller. Mas uma paixão verdadeira e arrebatadora coloca tudo em xeque”.

(Época, 14/01/2019, p. 37)

Muitos segmentos do texto 3 podem ser reescritos sem modificação de seu sentido ou alteração na correção; a frase em que ocorre modificação ou erro é:
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Q983922 Português

A revista Época de 14/01/2019 fez uma reportagem sobre o presidente americano Donald Trump e redigiu a chamada para a leitura do texto do seguinte modo:

“O presidente americano vai à TV defender a construção do muro entre os EUA e o México e prolonga o que está próximo de ser a mais extensa paralisação do governo na história”.

Sobre a estruturação gramatical desse texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Q983694 Português

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


No trecho “poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram” (l. 8 e 9), a substituição de “no que” por o que comprometeria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q983313 Português
“Mas haverá inevitáveis consequências de curto prazo.” (L.54).

A única variação estrutural correta para a expressão destacada na oração em evidência é
Alternativas
Q983312 Português
Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “pensou“ (L.1) e a composta
Alternativas
Q982448 Português

A manchete principal do Jornal do Brasil de 18/09/2018 mostrava o seguinte:

INSS só aliviará contas se incluir juízes e deputados


Uma outra maneira de reescrever essa frase, mantendo o seu sentido original, é:

Alternativas
Q982431 Português

Texto 4


Na página inicial de uma prova, entre as instruções gerais, estava escrito:

“Será eliminado sumariamente do processo seletivo e as suas provas não serão levadas em consideração, o candidato que:

i) der ou receber auxílio para a execução de qualquer prova;

ii) utilizar-se de qualquer material não autorizado;

iii) desrespeitar qualquer prescrição relativa à execução das provas;

iu) escrever o nome ou introduzir marcas identificadoras noutro lugar que não o indicado para esse fim;

u) cometer um ato grave de indisciplina”. 

Uma outra forma, mais conveniente, de redigirem-se as duas primeiras linhas do texto 4 é:
Alternativas
Q981543 Português
TEXTO 1

Se o governo ouvisse a ciência, aumentaria a carga horária de esportes na escola

Sabine Righeti

Os educadores podem não saber disso, mas estudos que envolvem neurociência têm mostrado evidências importantes que relacionam a prática regular de exercícios ao desempenho acadêmico. Trocando em miúdos: mais tempo na quadra de esportes pode significar melhores notas na escola. 
Então não seria interessante que cientistas e educadores trabalhassem juntos a fim de desenvolver estudos para guiar tomadas de decisão na área de educação? Pois é. Essa é a proposta da Rede Nacional de Ciência para Educação, que conecta educadores e cientistas com o objetivo de embasar decisões na área de educação. A relação entre esportes e desempenho acadêmico é um exemplo clássico desse trabalho “em rede”.
De acordo com o neurocientista Roberto Lent, que trabalha com plasticidade e evolução do cérebro na UFRJ, e que coordena a rede, uma série de estudos recentes mostram que exercícios físicos melhoram a memória e até a produção de novos neurônios no hipocampo – área do cérebro responsável pela aprendizagem. Ele abordou o tema em um evento da rede promovido nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Ayrton Senna, em São Paulo.
Em experimentos com ratinhos, é possível “contar” os novos neurônios produzidos. Já em humanos, os resultados são observados a partir de imagens do cérebro.
“Baseado nisso, o governo não deveria tornar educação física uma disciplina opcional”, diz Lent. Vale lembrar: na proposta de reforma curricular do ensino médio, anunciada por meio de Medida Provisória em setembro, educação física e artes passam a ser disciplinas eletivas. A proposta tem sido criticada por especialistas que receiam que algumas escolas simplesmente não tenham essa opção para os alunos.
Outros trabalhos mostram também que a endorfina, neurotransmissor produzido com a prática de exercícios, melhora a disposição de maneira geral – o que ajuda na concentração e nas aulas. Mais: exercícios físicos ajudam no sono, que, por sua vez, tem um papel importantíssimo na memória. Para a psicologia, os exercícios físicos ajudam a desenvolver o trabalho em grupo, a liderança e a disciplina.
A ideia da Rede Nacional de Ciência para Educação, criada em 2012, é justamente prover de informações científicas políticas públicas na área de educação que possam ajudar a tomada de decisão. Hoje há educadores, cientistas, economistas, fonoaudiólogos e pesquisadores de várias áreas do conhecimento envolvidos no trabalho.
“Isso significa que se o governo tivesse ouvido os cientistas, aumentaria as horas de educação física”, diz Lent
De acordo com Daniele Botaro, pós-doutoranda do Instituto Ayrton Senna, que também integra a rede, uma das propostas é que os próprios professores tragam temas de pesquisa para a ciência.“Um professor pode observar um fenômeno em sala de aula e trazer uma pergunta para os cientistas responderem”, diz. Isso é muito comum em países como os Estados Unidos.

Disponível em: https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/10/27/se-governo-ouvisse-a-ciencia-aumentaria-a-carga-de-esportes-na-escola/ Acesso em: 21 set. 2018. Adaptado. 

Releia o título do texto: “Se o governo ouvisse a ciência, aumentaria a carga horária de esportes na escola”. As mesmas relações de sentido estão mantidas em:
Alternativas
Q981438 Português

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” (l.17) e “que” (l.19) poderiam ser suprimidos, desde que fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “alheio” (l.18).

Alternativas
Q981437 Português

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


A substituição da forma verbal “teria” (l.15) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto.

Alternativas
Respostas
4361: A
4362: C
4363: D
4364: B
4365: D
4366: E
4367: E
4368: A
4369: B
4370: D
4371: E
4372: C
4373: C
4374: A
4375: D
4376: C
4377: D
4378: A
4379: C
4380: C