Questões de Português - Sintaxe para Concurso
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Texto
Fora de foco
Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
“A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos”.
Nesse período, quanto à sua estruturação sintática, é correto afirmar que
Texto
Fora de foco
Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
“É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células”.
Sobre a concordância nominal e verbal desse segmento do texto, é correto afirmar que
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mais traiçoeiro dos predadores .
asdasdO tigre-de-bengala, um dos símbolos tradicionais da India, está desaparecendo a um ritmo alarmante. Dos 40 000 espécimes que viviam nas florestas indianas há um século, hoje restam apenas 1 000. Na semana passada, noticiou-se que a segunda maior reserva natural da India, o Parque Nacional de Panna, não tem mais nenhum dos 24 tigres que abrigava até 2006. Em 2004, desapareceram os últimos tigres da maior das reservas indianas, o Parque Nacional de Sariska, e, segundo relatórios de organizações ambientais, o mesmo está acontecendo no parque de Sanjay. O motivo para o sumiço dos animais é um só — a ação implacável dos caçadores. Vender um tigre aos pedaços pode render até 50 000 dólares. O principal destino dos tigres mortos é a China, onde persiste o costume de usar partes de animais selvagens na medicina, a chamada opoterapia. Muitos chineses acreditam que os ossos dos tigres têm propriedades anti-inflamatórias e os testículos, servidos à mesa, seriam poderosos afrodisíacos. Os parques nacionais indianos foram criados nos anos 70 justamente com o objetivo de evitar a caça indiscriminada aos tigres. Durante um tempo, deu certo. Em uma década, a população de tigres saltou de 1 800 espécimes para 4 000. De lá para cá, porém, a sanha dos caçadores aumentou e o comércio de animais cresceu associado aos cartéis do tráfico de drogas.
asdasdDesde tempos ancestrais o homem teme os animais predadores. Ainda hoje há registros de ataques frequentes a humanos. Na Tanzânia, país onde vive o maior contingente de leões selvagens, mais de 500 pessoas foram devoradas por eles desde o início dos anos 90. Acredita-se que esses ataques ocorram por dois motivos: o avanço das populações sobre seu território e a redução do número de suas presas naturais, como gazelas e antílopes, em consequência da caça e da devastação da vegetação. Nenhum animal, porém, se compara ao ser humano na voracidade em caçar outras espécies, mesmo que elas se encontrem sob risco de desaparecer do planeta. “As principais causas da extinção de animais são direta ou indiretamente ligadas ao homem, como a destruição dos habitats, a introdução de espécies que desequilibram os ecossistemas e a caça”, disse a VEJA o biólogo equatoriano Arturo Mora, da Internacional Union for Conservation of Nature, sediada na Suíça.
asdasdAssim como os tigres indianos, outros animais selvagens de grande porte encontram-se ameaçados de extinção pela ação humana. Em 100 anos, a população de orangotangos foi reduzida em 91%. Os 30 000 espécimes que restam continuam a ser caçados e vendidos como alimento. A situação dos orangotangos tende a piorar — nos últimos vinte anos, 80% de seu habitat foi destruído. Os elefantes africanos não têm melhor sorte. Nos últimos sessenta anos, o número de espécimes foi reduzido de 5 milhões para 700 000. Nesse caso, a cobiça dos caçadores recai sobre as presas de marfim. Todo ano a organização ambiental World Wildlife Fund divulga uma lista dos principais animais ameaçados de extinção. Na lista de 2009, entre os mamíferos, figuram espécies de elefante, rinoceronte e urso. )
asdasdA escalada na eliminação de animais selvagens da Africa e da Ásia é, em parte, consequência da exploração econômica das regiões. A instalação de madeireiras, mineradoras e carvoarias nas selvas exige que se rasguem estradas para o escoamento da produção. Essas mesmas estradas servem para que os caçadores penetrem cada vez mais nas selvas em busca de suas presas. No caso dos parques nacionais, o problema é de outra ordem. Eles são feitos para preservar os animais e permitir que se reproduzam, mas os governos não conseguem controlar a ação dos caçadores, que muitas vezes contam com a conivência de guardas corruptos. Diante do desaparecimento dos tigres-de-bengala na reserva nacional de Panna, o ministro indiano das Florestas, Rajendra Shukla, se disse surpreso e anunciou uma investigação rigorosa para apurar o que aconteceu. Seja qual for o resultado da investigação, é certo que os tigres de Panna foram vítimas do mais traiçoeiro e contumaz dos predadores do planeta, o próprio homem.
Renata Moraes, VEJA. 29 de julho de 2009.
A oração subordinada grifada no trecho: “Seja qual for o resultado da investigação, é certo que os tigres de Panna foram vítimas do mais traiçoeiro e contumaz dos predadores do planeta, o próprio homem.” classifica-se como:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mais traiçoeiro dos predadores .
asdasdO tigre-de-bengala, um dos símbolos tradicionais da India, está desaparecendo a um ritmo alarmante. Dos 40 000 espécimes que viviam nas florestas indianas há um século, hoje restam apenas 1 000. Na semana passada, noticiou-se que a segunda maior reserva natural da India, o Parque Nacional de Panna, não tem mais nenhum dos 24 tigres que abrigava até 2006. Em 2004, desapareceram os últimos tigres da maior das reservas indianas, o Parque Nacional de Sariska, e, segundo relatórios de organizações ambientais, o mesmo está acontecendo no parque de Sanjay. O motivo para o sumiço dos animais é um só — a ação implacável dos caçadores. Vender um tigre aos pedaços pode render até 50 000 dólares. O principal destino dos tigres mortos é a China, onde persiste o costume de usar partes de animais selvagens na medicina, a chamada opoterapia. Muitos chineses acreditam que os ossos dos tigres têm propriedades anti-inflamatórias e os testículos, servidos à mesa, seriam poderosos afrodisíacos. Os parques nacionais indianos foram criados nos anos 70 justamente com o objetivo de evitar a caça indiscriminada aos tigres. Durante um tempo, deu certo. Em uma década, a população de tigres saltou de 1 800 espécimes para 4 000. De lá para cá, porém, a sanha dos caçadores aumentou e o comércio de animais cresceu associado aos cartéis do tráfico de drogas.
asdasdDesde tempos ancestrais o homem teme os animais predadores. Ainda hoje há registros de ataques frequentes a humanos. Na Tanzânia, país onde vive o maior contingente de leões selvagens, mais de 500 pessoas foram devoradas por eles desde o início dos anos 90. Acredita-se que esses ataques ocorram por dois motivos: o avanço das populações sobre seu território e a redução do número de suas presas naturais, como gazelas e antílopes, em consequência da caça e da devastação da vegetação. Nenhum animal, porém, se compara ao ser humano na voracidade em caçar outras espécies, mesmo que elas se encontrem sob risco de desaparecer do planeta. “As principais causas da extinção de animais são direta ou indiretamente ligadas ao homem, como a destruição dos habitats, a introdução de espécies que desequilibram os ecossistemas e a caça”, disse a VEJA o biólogo equatoriano Arturo Mora, da Internacional Union for Conservation of Nature, sediada na Suíça.
asdasdAssim como os tigres indianos, outros animais selvagens de grande porte encontram-se ameaçados de extinção pela ação humana. Em 100 anos, a população de orangotangos foi reduzida em 91%. Os 30 000 espécimes que restam continuam a ser caçados e vendidos como alimento. A situação dos orangotangos tende a piorar — nos últimos vinte anos, 80% de seu habitat foi destruído. Os elefantes africanos não têm melhor sorte. Nos últimos sessenta anos, o número de espécimes foi reduzido de 5 milhões para 700 000. Nesse caso, a cobiça dos caçadores recai sobre as presas de marfim. Todo ano a organização ambiental World Wildlife Fund divulga uma lista dos principais animais ameaçados de extinção. Na lista de 2009, entre os mamíferos, figuram espécies de elefante, rinoceronte e urso. )
asdasdA escalada na eliminação de animais selvagens da Africa e da Ásia é, em parte, consequência da exploração econômica das regiões. A instalação de madeireiras, mineradoras e carvoarias nas selvas exige que se rasguem estradas para o escoamento da produção. Essas mesmas estradas servem para que os caçadores penetrem cada vez mais nas selvas em busca de suas presas. No caso dos parques nacionais, o problema é de outra ordem. Eles são feitos para preservar os animais e permitir que se reproduzam, mas os governos não conseguem controlar a ação dos caçadores, que muitas vezes contam com a conivência de guardas corruptos. Diante do desaparecimento dos tigres-de-bengala na reserva nacional de Panna, o ministro indiano das Florestas, Rajendra Shukla, se disse surpreso e anunciou uma investigação rigorosa para apurar o que aconteceu. Seja qual for o resultado da investigação, é certo que os tigres de Panna foram vítimas do mais traiçoeiro e contumaz dos predadores do planeta, o próprio homem.
Renata Moraes, VEJA. 29 de julho de 2009.
Os termos grifados na frase: “O tigre-de-bengala, um dos símbolos tradicionais da Índia, está desaparecendo a um ritmo alarmante.” exercem, respectivamente, funções sintáticas de:
Assinale a alternativa em que a vírgula está empregada incorretamente.
Assinale a alternativa em que a concordância nominal está correta.
Leia o texto, a seguir, e responda às questões de 1 a 10.
1 Agências que oferecem serviço eventual de faxineiras. Eletrodomésticos mais práticos e compactos. Co-
2 mida congelada e produtos de higiene mais eficientes e concentrados. Alta expressiva no número de
3 famílias que optam por diaristas. Vale tudo para compensar a escassez de empregadas domésticas men-
4 salistas no Brasil. Cerca de 500 mil mulheres, 10% do total, largaram a profissão entre 2009 e 2011,
5 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As profissionais que se ocupavam dos afa-
6 zeres domésticos tiveram acesso à educação e optaram por se recolocar em postos de trabalho no setor
7 de comércio e serviços. E o mercado tem respondido com novos serviços e produtos para suprir os hábitos
8 das famílias.
9 De 2000 a 2012, cresceu três vezes e meia o custo de manter uma funcionária na residência, informa a
10 consultoria econômica LCA, com base na inflação oficial. Em 2012, o custo do serviço aumentou 12,8%,
11 quase o dobro da inflação. Para a economista Hildete Pereira de Melo, especializada no estudo do trabalho
12 doméstico, sem a figura da mulher contratada para cuidar da casa, as relações familiares tendem a ser
13 mais igualitárias. As estatísticas, porém, mostram que essa mudança caminha em ritmo lento. “Em alguns
14 lares, filhos e homens ganham mais responsabilidades. Mas, na maioria, é a mulher que fica sobrecarre
15 gada”, afirma Alexandre Fraga, sociólogo do trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
16 Mas há transformações em curso. Na casa do professor carioca Cosme da Cunha, de 36 anos, a esposa,
17 Marta, tem horários mais apertados e ele é quem dá conta da rotina doméstica e da filha Helena, de 3 anos.
18 Cunha dá banho e alimenta a menina, que depois passa o dia na escola. Os adultos cooperam na faxina
19 pesada de acordo com suas aptidões e tempo livre. “Escolhemos preservar nossa intimidade e segurar
20 as pontas sozinhos. O lado ruim é ficar mais cansado, mas fazemos tudo aproveitando a família reunida”,
21 diz. Para poupar tempo, Cunha apela para a comida congelada e investiu em um congelador avantajado.
22 Lava-louças, aspiradores de pó e até máquinas que passam roupa entram no esforço para cortar o tempo
23 gasto com tarefas domésticas. A expectativa da indústria é de alta de até 30% nas vendas de eletrodo
24 mésticos nos próximos anos. Cresceu também a procura por produtos de limpeza menos agressivos para
25 quem vai manusear. “As donas de casa não investiam em tecnologia porque quem cuidava da limpeza era
26 a empregada. Agora, elas querem fugir das tarefas mais desagradáveis e estão dispostas a pagar mais
27 por isso”, afirma Maribel Suarez, professora do Centro de Estudos em Consumo da Coppead/UFRJ.
(Adaptado de: A CASA sem empregada, ISTOÉ. 9 jan. 2013, p.44-45.)
Quanto ao uso do conectivo “mas”, que aparece três vezes no decorrer do texto (linhas 14, 16 e 20), assinale a alternativa correta.
Leia o texto, a seguir, e responda às questões de 1 a 10.
1 Agências que oferecem serviço eventual de faxineiras. Eletrodomésticos mais práticos e compactos. Co-
2 mida congelada e produtos de higiene mais eficientes e concentrados. Alta expressiva no número de
3 famílias que optam por diaristas. Vale tudo para compensar a escassez de empregadas domésticas men-
4 salistas no Brasil. Cerca de 500 mil mulheres, 10% do total, largaram a profissão entre 2009 e 2011,
5 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As profissionais que se ocupavam dos afa-
6 zeres domésticos tiveram acesso à educação e optaram por se recolocar em postos de trabalho no setor
7 de comércio e serviços. E o mercado tem respondido com novos serviços e produtos para suprir os hábitos
8 das famílias.
9 De 2000 a 2012, cresceu três vezes e meia o custo de manter uma funcionária na residência, informa a
10 consultoria econômica LCA, com base na inflação oficial. Em 2012, o custo do serviço aumentou 12,8%,
11 quase o dobro da inflação. Para a economista Hildete Pereira de Melo, especializada no estudo do trabalho
12 doméstico, sem a figura da mulher contratada para cuidar da casa, as relações familiares tendem a ser
13 mais igualitárias. As estatísticas, porém, mostram que essa mudança caminha em ritmo lento. “Em alguns
14 lares, filhos e homens ganham mais responsabilidades. Mas, na maioria, é a mulher que fica sobrecarre
15 gada”, afirma Alexandre Fraga, sociólogo do trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
16 Mas há transformações em curso. Na casa do professor carioca Cosme da Cunha, de 36 anos, a esposa,
17 Marta, tem horários mais apertados e ele é quem dá conta da rotina doméstica e da filha Helena, de 3 anos.
18 Cunha dá banho e alimenta a menina, que depois passa o dia na escola. Os adultos cooperam na faxina
19 pesada de acordo com suas aptidões e tempo livre. “Escolhemos preservar nossa intimidade e segurar
20 as pontas sozinhos. O lado ruim é ficar mais cansado, mas fazemos tudo aproveitando a família reunida”,
21 diz. Para poupar tempo, Cunha apela para a comida congelada e investiu em um congelador avantajado.
22 Lava-louças, aspiradores de pó e até máquinas que passam roupa entram no esforço para cortar o tempo
23 gasto com tarefas domésticas. A expectativa da indústria é de alta de até 30% nas vendas de eletrodo
24 mésticos nos próximos anos. Cresceu também a procura por produtos de limpeza menos agressivos para
25 quem vai manusear. “As donas de casa não investiam em tecnologia porque quem cuidava da limpeza era
26 a empregada. Agora, elas querem fugir das tarefas mais desagradáveis e estão dispostas a pagar mais
27 por isso”, afirma Maribel Suarez, professora do Centro de Estudos em Consumo da Coppead/UFRJ.
(Adaptado de: A CASA sem empregada, ISTOÉ. 9 jan. 2013, p.44-45.)
Quanto ao termo “porém”, na linha 13, assinale a alternativa correta.
Leia o texto, a seguir, e responda às questões de 1 a 10.
1 Agências que oferecem serviço eventual de faxineiras. Eletrodomésticos mais práticos e compactos. Co-
2 mida congelada e produtos de higiene mais eficientes e concentrados. Alta expressiva no número de
3 famílias que optam por diaristas. Vale tudo para compensar a escassez de empregadas domésticas men-
4 salistas no Brasil. Cerca de 500 mil mulheres, 10% do total, largaram a profissão entre 2009 e 2011,
5 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As profissionais que se ocupavam dos afa-
6 zeres domésticos tiveram acesso à educação e optaram por se recolocar em postos de trabalho no setor
7 de comércio e serviços. E o mercado tem respondido com novos serviços e produtos para suprir os hábitos
8 das famílias.
9 De 2000 a 2012, cresceu três vezes e meia o custo de manter uma funcionária na residência, informa a
10 consultoria econômica LCA, com base na inflação oficial. Em 2012, o custo do serviço aumentou 12,8%,
11 quase o dobro da inflação. Para a economista Hildete Pereira de Melo, especializada no estudo do trabalho
12 doméstico, sem a figura da mulher contratada para cuidar da casa, as relações familiares tendem a ser
13 mais igualitárias. As estatísticas, porém, mostram que essa mudança caminha em ritmo lento. “Em alguns
14 lares, filhos e homens ganham mais responsabilidades. Mas, na maioria, é a mulher que fica sobrecarre
15 gada”, afirma Alexandre Fraga, sociólogo do trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
16 Mas há transformações em curso. Na casa do professor carioca Cosme da Cunha, de 36 anos, a esposa,
17 Marta, tem horários mais apertados e ele é quem dá conta da rotina doméstica e da filha Helena, de 3 anos.
18 Cunha dá banho e alimenta a menina, que depois passa o dia na escola. Os adultos cooperam na faxina
19 pesada de acordo com suas aptidões e tempo livre. “Escolhemos preservar nossa intimidade e segurar
20 as pontas sozinhos. O lado ruim é ficar mais cansado, mas fazemos tudo aproveitando a família reunida”,
21 diz. Para poupar tempo, Cunha apela para a comida congelada e investiu em um congelador avantajado.
22 Lava-louças, aspiradores de pó e até máquinas que passam roupa entram no esforço para cortar o tempo
23 gasto com tarefas domésticas. A expectativa da indústria é de alta de até 30% nas vendas de eletrodo
24 mésticos nos próximos anos. Cresceu também a procura por produtos de limpeza menos agressivos para
25 quem vai manusear. “As donas de casa não investiam em tecnologia porque quem cuidava da limpeza era
26 a empregada. Agora, elas querem fugir das tarefas mais desagradáveis e estão dispostas a pagar mais
27 por isso”, afirma Maribel Suarez, professora do Centro de Estudos em Consumo da Coppead/UFRJ.
(Adaptado de: A CASA sem empregada, ISTOÉ. 9 jan. 2013, p.44-45.)
A palavra “cresceu” aparece duas vezes no texto: na linha 9 e na linha 24. Sobre essa palavra, assinale a alternativa correta.
O tipo de texto é caracterizado pela natureza linguística de sua construção teórica, ou seja, por seus tempos verbais, aspectos lexicais e sintáticos e relações entre seus elementos. São tipos textuais que delimitam pessoalidade, EXCETO:
HISTÓRIA E CULTURA DE PRESIDENTE OLEGÁRIO
O calendário de eventos da cidade de Presidente Olegário conta com algumas festas, religiosas e profanas. O evento de maior tradição é a Festa de Nossa Senhora da Abadia de Andrequicé, localidade situada cerca de 60 km da sede; esta festa acontece no mês de agosto, e a comemoração propriamente dita tem lugar no dia 15 deste mês. É importante lembrar que a Romaria de Andrequicé (festa irmã da Romaria de Água Suja), tem origens no final do século XIX, quando da doação do terreno e início das celebrações e peregrinações em homenagem à Nossa Senhora da Abadia.
Nos dias hodiernos, a romaria conta com a presença de romeiros de diferentes partes do Estado de Minas Gerais e de filhos da terra residentes em outros estados e distritos. Ainda no âmbito das festas religiosas, durante o mês de janeiro, o município conta com uma gama de Folias de Reis, realizadas em diferentes localidades rurais e no distrito sede. Em janeiro acontece também a Festa em Louvor a São Sebastião, que tem lugar na localidade de Pissarrão. Até bem pouco tempo, contávamos ainda com a Congada em Louvor a Nossa Senhora do Rosário, festa bonita e interessante por sua natureza e constituição mas que, por motivos outros, deixou de acontecer nesta cidade gloriosa e triste pelo esquecimento de algumas tradições.
Outra tradição que malgradamente caiu no ocaso foi a bela Contradança dos Godinhos, folguedo iniciado em princípios do século XX pela família que dá nome à dança e que transita entre o sagrado e o profano, constituindo um joguete em que homens constituem pares nos quais a outra parte é um homem vestido de mulher (talvez em protesto ao arraigado patriarcalismo católico cristão do estado das Gerais), dançando ao som de uma sanfona, baixos e um violão e ciceroneados por um palhaço. É interessante notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher e questionar os tabus estabelecidos pelos costumes civeis e religiosos e a sagração, ou seja, a manteneção do sagrado nos símbolos sagrados do catolicismo estampados nas vestimentas dos participantes. A tradição, infelizmente, vem se perdendo, em parte por falta de investimentos de recursos públicos, através das secretarias de cultura, em parte pelo crescente afastamento das gerações hodiernas em manifestações culturais tradicionais, de forma que há apenas uma pessoa que ainda detém parte do conhecimento desta Contradança.
Outra interessante Festa, que vem perdendo, infelizmente, suas forças ao longo dos anos, é a Festa da Produção, durante a qual o município, através da Prefeitura Municipal e do Sindicado dos Produtores Rurais, expõe, discute e negocia os produtos agropecuários da cidade, além de promover shows musicais no parque de exposições e atrações culturais em diferentes pontos da cidade. Infelizmente, como fora dito, esta festa também tem perdido suas forças, mas nada que não possa ser resolvido com força de vontade e investimentos efetivos nos setores de educação e cultura, principalmente.
No distrito da Galena também existe uma festa tradicional que é a Festa de Reis, em devoção aos Três Reis que visitaram o menino Jesus após o seu nascimento, ela acontece a partir do dia 25 de dezembro, quando começa a visita da folia nas casas e nas fazendas e no dia 05 de janeiro (dia dos Santos Reis) o dia da Festa, quando todos se reunem para rezar e comemorar o dia dos Santos Reis.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
Em todas as alternativas, a circunstância expressa pelo termo ou expressão destacada foi corretamente identificada, EXCETO em
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Fala, amendoeira
Este ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.
Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e, ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.
Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, numa gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom – cor final de decomposição, depois da qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse – fala, amendoeira – por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:
– Não vês? Começo a outonear. É 21 de março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono. Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.
– E vais outoneando sozinha?
– Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.
– Somos todos assim.
– Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.
– Não me entristeças
– Não, querido, sou tua árvore da guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.
(Carlos Drummond de Andrade)
No trecho abaixo, como se classifica a oração grifada?
Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.” (parágrafo 6)
Assinale a frase que obedece à norma culta da língua quanto à regência verbal.
Assinale a opção correta quanto à concordância verbal.
Assinale a opção que indica, respectivamente, a função sintática das palavras grifadas.
"Os desmatamentos acontecem principalmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará - servidos por estradas que ligam aos mercados do sul do país. Juntos, eles são responsáveis por 80% das árvores derrubadas na região. E nem toda a pressão que os ecologistas têm feito nos últimos anos serviu para impedir o avanço das motosserras e queimadas."
Assinale a opção em que a oração introduzida pela palavra QUE classifica-se de maneira diferente das demais.
Assinale a alternativa CORRETA em relação à regência verbal.
Assinale a alternativa em que a retirada da(s) vírgula(s) altera o sentido da frase.
“O ex-presidiário precisa trabalhar bastante para integrar-se à sociedade _________ passará a viver.”
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase, de acordo com a regência do verbo.
Com base no texto abaixo, responda às questões de 01 a 04.
- _____O instituto da imunidade parlamentar é oriundo
- do direito britânico. Remonta à necessidade de se
- armar o Legislativo contra o autoritarismo dos
- monarcas. É consagrado até hoje em países
- democráticos de todo o mundo. Mas a questão é
- tratada, na maioria deles, de forma um pouco diferente
- da brasileira.
- _____Na Inglaterra, berço da imunidade parlamentar,
- assim como na França, o privilégio é concedido de
- forma discreta. A isenção de prisão só é cabível
- quando os congressistas estão em sessão, ou seja,
- durante três ou quatro meses por ano. Nesse período,
- a ação penal pública fica suspensa. Não existe
- imunidade quando se trata de flagrante delito.
- _____Nos Estados Unidos, a imunidade parlamentar
- não funciona durante o recesso do Congresso e
- também não vale para os casos de traição, falta grave
- ou alteração da paz. Em Portugal, a Constituição de
- 1976 manteve a imunidade material dos parlamentares,
- ao impedir a prisão sem prévia autorização do
- Congresso.
- _____A Alemanha também assegura a imunidade
- parlamentar, mas não torna os deputados isentos de
- processos que envolvam crime de ofensa. Se um
- deputado ofender alguém em uma entrevista, pode ser
- processado pela vítima, sem prévia autorização do
- Poder Legislativo. Em Costa Rica, democracia da
- América Central, a Constituição permite que um
- deputado renuncie a sua prerrogativa de imunidade.
- Essa renúncia não é permitida no Brasil.
(Visão – 10/2007)
Em “Se um deputado ofender alguém em uma entrevista...” (linha 24), o vocábulo destacado estabelece, na oração, uma relação de