Questões de Português - Sintaxe para Concurso

Foram encontradas 36.741 questões

Q2903495 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

Constitui exemplo de regência verbal a expressão destacada em:

Alternativas
Q2902741 Português

Assinale a opção em que, segundo a norma culta da língua, houve ERRO em relação à concordância verbal.

Alternativas
Q2902737 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Crimes na Floresta


(...) Para comemorar os seus 12 anos, a menina Hakani pediu a sua mãe adotiva, Márcia Suzuki, que decorasse a mesa do bolo com figuras do desenho animado Happy Feet. O presente de que ela mais gostou foi um boneco de Mano, protagonista do filme. Mano é um pinguim que não sabe cantar, ao contrário de seus companheiros. Em vez de cantar, dança. Por isso, é rejeitado por seus pais. A história de Hakani também traz as marcas de uma rejeição. Nascida em 1995, natribo dos índios suruuarrás, que vivem semi-isolados no sul do Amazonas, Hakani foi condenada à morte quando completou 2 anos, porque não se desenvolvia no mesmo ritmo das outras crianças. Escalados para ser os carrascos, seus pais prepararam o timbó, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó. Mas, em vez de cumprirem a sentença, ingeriram eles mesmos a substância.

O duplo suicídio enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaiji, então com 15 anos, a cumprir a tarefa. Ele atacou-a com um porrete. Quando a estava enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã. Ao ver a cena, Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o peito. Tomado de remorso, o velho suruuarrás também se suicidou com timbó. A flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes Márcia e Edson Suzuki, que tentavam evangelizar os suruuarrás. Eles apelaram à tribo para que deixasse Hakani viver. A menina, então, passou a dormir ao relento e comer as sobras que encontrava no chão. “Era tratada como um bicho”, diz Márcia. Muito fraca, ela já contava 5 anos quando a tribo autorizou os missionários a levá-la para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. Com menos de 7 quilos e 69 centímetros, Hakanitinha a compleição de um bebê de 7 meses. Os médicos descobriram que o atraso no seu desenvolvimento se devia ao hipotireoidismo, um distúrbio contornável por meio de remédios.

Márcia e Edson Suzuki conseguiram adotar a indiazinha. Graças a seu empenho, o hipotireoidismo foi controlado, mas os maus-tratos e a desnutrição deixaram sequelas. Aos 12 anos, Hakani mede 1,20 metro, altura equivalente à de uma criança de 7 anos. Como os suruuarrás aignoravam, só viria a aprendera falar na convivência com os brancos. Ela pronunciou as primeiras palavras aos 8 anos. Hoje, tem problemas de dicção, que tenta superar com a ajuda de uma fonoaudióloga. Um psicólogo recomendou que ela não fosse matriculada na escola enquanto não estivesse emocionalmente apta a enfrentar outras crianças. Hakani foi alfabetizada em casa pela mãe adotiva. Neste ano, o psicólogo autorizou seu ingresso na 2a série do ensino fundamental.

A história da adoção é um capítulo à parte. (...) O processo ficou cinco anos emperrado na Justiça do Amazonas, porque o antropólogo Marcos Farias de Almeida, do Ministério Público, deu um parecer negativo à adoção. No seu laudo, o antropólogo acusou os missionários de ameaçar a cultura suruuarrá ao impediro assassinato de Hakani. Disse que semelhante barbaridade era uma prática cultural repleta de significados.

(...)

Entre os índios brasileiros, o infanticídio foi sendo abolido à medida que se aculturavam. Mas resiste, principalmente, em tribos remotas — e com o apoio de antropólogos e a tolerância da Funai. E praticado por, no mínimo, treze etnias nacionais.

(...)

Há três meses, o deputado Henrique Afonso apresentou um projeto de lei que prevê pena de um ano e seis meses para o “homem branco” que não intervier para salvar as crianças indígenas condenadas à morte. O projeto classifica a tolerância ao infanticídio como omissão de socorro e afirma que o argumento de “relativismo cultural” fere o direito à vida, garantido pela Constituição.

Leonardo Coutinho, in VEJA, 15 de agosto de 2007.

Assinale a opção que apresenta a oração desenvolvida que corresponde à reduzida grifada em:


Ao ver a cena, Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina...”

Alternativas
Q2902664 Português

Assinale a opção incorreta no que se refere à relação de coesão no desenvolvimento do texto.

Alternativas
Q2902661 Português

Assinale a opção em que o conectivo empregado explicita corretamente a relação de sentido estabelecida entre o período final do texto e o desenvolvimento da argumentação.

Alternativas
Q2902594 Português

O seguinte trecho diz respeito às questões 04 e 05.


“muitas das tecnologias de que dispomos hoje nós sabemos usar, embora não saibamos como elas se produziram nem saibamos explicá-las.”

No que se refere às regras de regência verbal, esse trecho estaria igualmente correto se fosse alterado para:

Alternativas
Q2901984 Português

Assinale a alternativa que apresenta ERRO quanto à concordância verbal.

Alternativas
Q2901982 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Texto 2


O que Watson disse


A primeira conversa telefônica foi entre Alexander Graham Bell e seu assistente Thomas Watson. Em Filadélfia. 1876. Bell fazia uma demonstração do telefone recém-inventado para diversos convidados, inclusive Dom Pedro II, imperador do Brasil. Watson estava numa sala ao lado. Bell o chamou:

– Watson, venha cá.

Nada aconteceu. Bell falou mais alto:

– Watson, venha cá imediatamente!

Silêncio. Bell gritou:

– Watson, eu preciso de você!

Nada. E então Bell disse aos convidados, sorrindo, “Agora vamos tentar com a minha invenção”, pegou o telefone, discou 1 e, quando atenderam do outro lado, falou com sua voz normal:

– Sr.Watson, venha até aqui. Eu preciso do senhor.

Esta é uma versão algo fantasiosa do que aconteceu. Mas o que realmente ninguém ficou sabendo, pois ninguém ouviu, foi como Watson atendeu o primeiro telefonema na outra sala.

Ele pode ter sido apenas solícito:

– Sim senhor.

Pode ter sido distraído:

– Quem está falando, por favor?

Pode ter sido brincalhão:

– Desculpe, o sr. Watson está em reunião.

Ou pode ter sido vidente e filosófico e dito:

– Já vou, Mr. Bell. Mas o senhor tem consciência do que acaba de inventar? Já se deu conta do que começou? Está certo, isto vai facilitar a comunicação entre as pessoas. Vai ser ótimo para chamar a ambulância ou os bombeiros, marcar encontros, avisar que vai-se chegar tarde, avisar que a tia Djalmira morreu, namorar, ligar para o açougueiro e fazer “muuuu”, pedir pizza, tudo isto. Mas o senhor também acaba de inventar o despertador, a ligação no meio da noite que quase mata do coração, o engano, a pesquisa telefônica... E o celular, Mr. Bell. O senhor não sabe, mas acaba de inventar o celular. Vai demorar um pouco, mas um dia esta sua caixa vai caber na palma da mão e vai ter câmera fotográfica, calculadora, TV, raio X, bote salva-vidas inflável, e vai acabar com a vida privada como nós a conhecemos, Mr.Bell. As pessoas vão andar na rua espalhando suas intimidades e não teremos como nos proteger. Ficaremos sabendo de tudo sobre todos, inclusive os detalhes da doença da tia Djalmira, e...

– Sr. Watson...

– Já estou indo, já estou indo.


(Luis Fernando Veríssimo – O Globo, 18/01/2009)


A oração grifada no período “Vai ser ótimo para chamar a ambulância ou os bombeiros, marcar encontros(...)” expressa ideia de:

Alternativas
Q2901974 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Texto 1

Tecnologite


A ERA DIGITAL criou novas necessidades, novas oportunidades e até novas neuroses. Uma delas é a dificuldade de nos “desligarmos” do trabalho, em função da conexão direta e imediata via telefone celular e internet. Estamos sempre on-line, localizáveis e identificáveis. Os consumidores também mudaram. Quem de nós não fica encantado e atraído por uma nova tecnologia, que nos promete acesso a som, dados e imagem com mais qualidade, velocidade, instantaneidade e miniaturização?

Assim como nos anos 70 e 80 do século passado todos tínhamos um pouco de treinador de futebol e de especialista no combate à inflação, hoje nos mantemos informados sobre os avanços da tecnologia e nos julgamos competentes para acompanhar as ondas que vêm, cada vez em menor intervalo. Mas não somos capazes de saber de que tecnologia necessitamos e, acima de tudo, o que fazer com ela, quando chega. Além disso, é muito difícil determinar quando é o momento de ter um novo equipamento ou sistema, pois sair correndo para comprar não é uma boa decisão.

Logo que um novo sistema operacional de computador é lançado, por exemplo, ainda não há muitos softwares aplicativos preparados para trabalhar sob ele, e os defeitos se sucedem. Ou seja, pagamos caro para ter a novidade e ajudamos a fabricante a aperfeiçoá-la, sem nem um “muito obrigado!”.

Um bom exemplo são os tocadores de música no formato MP3, que caracteriza a compressão de áudio. Foram seguidos pelo MP4 (compressão de vídeo); MP5 (o MP4 com câmara digital e, às vezes, filmadora); MP6 (com acesso à internet), e por aí vai. Digam-me, caros leitores e leitoras: se o objetivo do MP3 era carregar e tocar centenas ou milhares de músicas, para que pagar mais caro e trocar de aparelho para fotografar, se já temos câmeras digitais? Muitos de nós, a propósito, temos a câmera, o celular que também fotografa, a webcam idem, e ainda o MP4.

O velho videocassete foi aposentado pelo tocador de DVD, que, aos poucos, cede seu lugar para o blu-ray, que armazena e reproduz discos de alta definição. Em termos de telefone celular, então, há mais dúvidas do que certezas. Mal você adere ao celular 3G, com acesso à internet e outras facilidades, e já se começa a discutir o 4G, que promete total integração entre redes de cabo e sem fio. Como estar atualizado sem pagar mais caro por isso? E sem correr o risco de apostar em uma tecnologia que não terá sucesso? Não há fórmula pronta para isso, mas sugiro aos consumidores que moderem seu apetite por novidades, quando os aparelhos que têm em casa estiverem funcionando bem e facilitando suas vidas. O DVD ainda serve para divertir a família? Então, vamos esperar que as locadoras e lojas tenham mais filmes blu-ray antes de trocar de equipamento. Olho vivo também nos preços e na qualidade dos serviços, inclusive de assistência técnica. O novo pelo novo nem sempre é bom. Cuidado com a "tecnologite", a doença da ânsia pela mais nova tecnologia.

(Maria Inês Dolci – Folha de S. Paulo, 6/03/2010)

As conjunções grifadas em “Não há fórmula pronta para isso, mas sugiro aos consumidores que moderem seu apetite por novidades, quando os aparelhos que têm em casa estiverem funcionando bem e facilitando suas vidas.” introduzem, respectivamente, em relação às orações imediatamente anteriores, orações:

Alternativas
Q2901060 Português

Leia o texto.


A urbanização tem várias faces, as quais não são controladas por forças externas e sim pela sociedade ao se tornar agente produtor do espaço urbano. Influencia diretamente no processo de crescimento das cidades, seguindo um conjunto de interesses que nem (ou quase) sempre representam um crescimento na qualidade de vida dos cidadãos. Ainda mais: interfere positivamente na promoção do bem-estar social tão propagado no discurso do desenvolvimento.


<http://www.jaenoticia.com.br/noticia/2599/4%C2%AA-Semana-de-Arquitetura-e-Urbanismo>, acesso em 04.10.2013 - adaptado.


Analise as afirmativas relacionadas ao texto.


1. A sociedade controla as várias faces da urbanização.

2. A expressão “ainda mais”, na última frase do texto, incorpora um dado a mais no argumento a favor da urbanização.

3. A expressão “as quais” sublinhada no texto é pronome relativo, pode ser substituído pela palavra “que” e tem valor de retomada de uma palavra já dita.

4. A palavra “que” sublinhada no texto é uma conjunção que introduz a ideia de crescimento da qualidade de vida dos cidadãos pela urbanização.

5. A expressão: “forças externas” é composta por um adjetivo e um substantivo respectivamente.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q2901055 Português

Leia o texto.


O advento da informática modificou a vida da sociedade em geral. No caso da prática profissional dos arquitetos, ela se dá, talvez mais expressivamente, no âmbito da concepção arquitetônica que está se deslocando de um apoiamento por instrumentos de desenho como o lápis e o papel para o apoiamento em máquinas eletrônicas utilizando programas de desenho que não dão o mesmo tempo de reflexão que os instrumentos convencionais davam, isto é, o arquiteto produz de um modo direto por sobre as técnicas de informática sem a possibilidade de uma reflexão ao longo do processo produtivo. Isso constitui um modo diferente de produção arquitetônica que, do meu ponto de vista, se reflete em uma redução das complexidades compositivas que um trabalho artesanal de desenho, muitas vezes, significa. E de outro lado, também paradoxalmente, a utilização da informática permite que edifícios possam oferecer respostas tecnológicas, respostas compositivas e respostas formais até mais complexas do que aquelas que se alcançavam numa concepção convencional.


Sérgio Magalhães.


<http://www.caurj.org.br/?p=8245> acesso em 02.10.2103.


Sobre o enunciado retirado do texto:


“O advento da informática modificou a vida da sociedade em geral. No caso da prática profissional dos arquitetos, ela se dá, talvez mais expressivamente, no âmbito da concepção arquitetônica”,


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2900991 Português

Jeitinho

O jeitinho não se relaciona com um sentimento revolu-

cionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo.

O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e

sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também

5 definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar

bem" em uma situação "apertada".

Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo

Roberto DaMatta compara a postura dos norte-americanos e a

dos brasileiros em relação às leis. Explica que a atitude

10 formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa

admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a

ver violadas as próprias instituições; no entanto, afirma que é

ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de

educação adequada.

15 O antropólogo prossegue explicando que, diferente das

norte-americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas

para coagir e desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é

naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada

à realidade individual. Um curioso termo – Belíndia – define

20 precisamente esta situação: leis e impostos da Bélgica, realidade

social da Índia.

Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma

realidade opressora, o brasileiro buscará utilizar recursos que

vençam a dureza da formalidade se quiser obter o que muitas

25 vezes será necessário à sua sobrevivência. Diante de uma

autoridade, utilizará termos emocionais, tentará descobrir alguma

coisa que possuam em comum - um conhecido, uma cidade da

qual gostam, a “terrinha” natal onde passaram a infância - e

apelará para um discurso emocional, com a certeza de que a

30 autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá muito bem

se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes conseguirá o

que precisa.

Nos Estados Unidos da América, as leis não admitem

permissividade alguma e possuem franca influência na esfera

35 dos costumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-

se que, lá, ou “pode” ou “não pode”. No Brasil, descobre-se que

é possível um “pode-e-não-pode”. É uma contradição simples:

acredita-se que a exceção a ser aberta em nome da cordialidade

não constituiria pretexto para outras exceções. Portanto, o

40 jeitinho jamais gera formalidade, e essa jamais sairá ferida após

o uso desse atalho.

Ainda de acordo com DaMatta, a informalidade é também

exercida por esferas de influência superiores. Quando uma

autoridade "maior" vê-se coagida por uma "menor",

45 imediatamente ameaça fazer uso de sua influência; dessa forma,

buscará dissuadir a autoridade "menor" de aplicar-lhe uma

sanção.

A fórmula típica de tal atitude está contida no golpe

conhecido por "carteirada", que se vale da célebre frase "você

50 sabe com quem está falando?". Num exemplo clássico, um

promotor público que vê seu carro sendo multado por uma

autoridade de trânsito imediatamente fará uso (no caso, abusivo)

de sua autoridade: "Você sabe com quem está falando? Eu sou

o promotor público!". No entendimento de Roberto DaMatta, de

55 qualquer forma, um "jeitinho" foi dado.

(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)

Assinale a alternativa em que a vírgula está corretamente empregada.

Alternativas
Q2900988 Português

Jeitinho

O jeitinho não se relaciona com um sentimento revolu-

cionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo.

O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e

sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também

5 definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar

bem" em uma situação "apertada".

Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo

Roberto DaMatta compara a postura dos norte-americanos e a

dos brasileiros em relação às leis. Explica que a atitude

10 formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa

admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a

ver violadas as próprias instituições; no entanto, afirma que é

ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de

educação adequada.

15 O antropólogo prossegue explicando que, diferente das

norte-americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas

para coagir e desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é

naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada

à realidade individual. Um curioso termo – Belíndia – define

20 precisamente esta situação: leis e impostos da Bélgica, realidade

social da Índia.

Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma

realidade opressora, o brasileiro buscará utilizar recursos que

vençam a dureza da formalidade se quiser obter o que muitas

25 vezes será necessário à sua sobrevivência. Diante de uma

autoridade, utilizará termos emocionais, tentará descobrir alguma

coisa que possuam em comum - um conhecido, uma cidade da

qual gostam, a “terrinha” natal onde passaram a infância - e

apelará para um discurso emocional, com a certeza de que a

30 autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá muito bem

se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes conseguirá o

que precisa.

Nos Estados Unidos da América, as leis não admitem

permissividade alguma e possuem franca influência na esfera

35 dos costumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-

se que, lá, ou “pode” ou “não pode”. No Brasil, descobre-se que

é possível um “pode-e-não-pode”. É uma contradição simples:

acredita-se que a exceção a ser aberta em nome da cordialidade

não constituiria pretexto para outras exceções. Portanto, o

40 jeitinho jamais gera formalidade, e essa jamais sairá ferida após

o uso desse atalho.

Ainda de acordo com DaMatta, a informalidade é também

exercida por esferas de influência superiores. Quando uma

autoridade "maior" vê-se coagida por uma "menor",

45 imediatamente ameaça fazer uso de sua influência; dessa forma,

buscará dissuadir a autoridade "menor" de aplicar-lhe uma

sanção.

A fórmula típica de tal atitude está contida no golpe

conhecido por "carteirada", que se vale da célebre frase "você

50 sabe com quem está falando?". Num exemplo clássico, um

promotor público que vê seu carro sendo multado por uma

autoridade de trânsito imediatamente fará uso (no caso, abusivo)

de sua autoridade: "Você sabe com quem está falando? Eu sou

o promotor público!". No entendimento de Roberto DaMatta, de

55 qualquer forma, um "jeitinho" foi dado.

(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)

A construção da frase “tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – um conhecido, uma cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbos possuir e gostar.


De acordo com a norma padrão, assinale a alternativa que apresente erro de regência.

Alternativas
Q2900987 Português

Jeitinho

O jeitinho não se relaciona com um sentimento revolu-

cionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo.

O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e

sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também

5 definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar

bem" em uma situação "apertada".

Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo

Roberto DaMatta compara a postura dos norte-americanos e a

dos brasileiros em relação às leis. Explica que a atitude

10 formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa

admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a

ver violadas as próprias instituições; no entanto, afirma que é

ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de

educação adequada.

15 O antropólogo prossegue explicando que, diferente das

norte-americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas

para coagir e desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é

naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada

à realidade individual. Um curioso termo – Belíndia – define

20 precisamente esta situação: leis e impostos da Bélgica, realidade

social da Índia.

Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma

realidade opressora, o brasileiro buscará utilizar recursos que

vençam a dureza da formalidade se quiser obter o que muitas

25 vezes será necessário à sua sobrevivência. Diante de uma

autoridade, utilizará termos emocionais, tentará descobrir alguma

coisa que possuam em comum - um conhecido, uma cidade da

qual gostam, a “terrinha” natal onde passaram a infância - e

apelará para um discurso emocional, com a certeza de que a

30 autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá muito bem

se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes conseguirá o

que precisa.

Nos Estados Unidos da América, as leis não admitem

permissividade alguma e possuem franca influência na esfera

35 dos costumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-

se que, lá, ou “pode” ou “não pode”. No Brasil, descobre-se que

é possível um “pode-e-não-pode”. É uma contradição simples:

acredita-se que a exceção a ser aberta em nome da cordialidade

não constituiria pretexto para outras exceções. Portanto, o

40 jeitinho jamais gera formalidade, e essa jamais sairá ferida após

o uso desse atalho.

Ainda de acordo com DaMatta, a informalidade é também

exercida por esferas de influência superiores. Quando uma

autoridade "maior" vê-se coagida por uma "menor",

45 imediatamente ameaça fazer uso de sua influência; dessa forma,

buscará dissuadir a autoridade "menor" de aplicar-lhe uma

sanção.

A fórmula típica de tal atitude está contida no golpe

conhecido por "carteirada", que se vale da célebre frase "você

50 sabe com quem está falando?". Num exemplo clássico, um

promotor público que vê seu carro sendo multado por uma

autoridade de trânsito imediatamente fará uso (no caso, abusivo)

de sua autoridade: "Você sabe com quem está falando? Eu sou

o promotor público!". No entendimento de Roberto DaMatta, de

55 qualquer forma, um "jeitinho" foi dado.

(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)

A natureza do Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada à realidade individual.


A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto afirmar que se trata de uma conjunção:

Alternativas
Q2900891 Português

Texto


Idade da informação


Ferreira Gullar


O que move as pessoas a atuar politicamente é a opinião, que, por sua vez, nasce da informação, do conhecimento. É óbvio que, se não sei o que se passa em meu país, não posso ter opinião formada sobre o que deve ser feito para melhorar a sociedade.

Não estou dizendo nada de novo. No passado, em diferentes momentos da história, quem governava era apenas quem tinha poder econômico e, por isso mesmo, mais conhecimento da situação em que viviam. E, na medida em que a educação se ampliou e maior número de pessoas passou a ter conhecimento da realidade social, ampliou-se também a influência da população sobre a vida política. Dessa evolução nasceria a democracia.

[…]

Como explicar as manifestações que ocuparam as ruas nos últimos meses e que, em menor grau, prosseguem por todo o país?

Acredito que esse fenômeno, que a todos surpreendeu, decorre basicamente da quantidade de informações a que têm acesso hoje milhões de pessoas no país, graças à internet. Não é por acaso que manifestações semelhantes têm ocorrido em muitos países, possibilitando a mobilização de verdadeiras multidões.

Veja bem, as causas do descontentamento variam de país a país, os objetivos visados pelos manifestantes também, mas não resta dúvida de que em nenhum outro momento da história tanta gente teve acesso a tanta informação.

Pode ser que estejamos vivendo o início de uma nova etapa da história humana, já que nunca tantas pessoas souberam tanto acerca da sociedade em que vivem. Há que considerar, no entanto, que nem sempre essas informações são verdadeiras e, mesmo quando verdadeiras, podem levar a conclusões nem sempre corretas.

Em suma, esse fenômeno novo, que mobiliza a opinião pública, ainda que signifique um avanço, pode arrastar as pessoas a uma atuação de consequências imprevisíveis. E por quê? Por várias razões, mas uma delas será, certamente, o risco do inconformismo pelo inconformismo, sem objetivos definidos e sem lideranças responsáveis.


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ ferreiragullar/2013/08/1327777-idade-da-informacao.shtml, Acesso em 18/08/2013. [Adaptado]

Considere os trechos a seguir.


1. “E, na medida em que a educação se ampliou e maior número de pessoas passou a ter conhecimento da realidade social, ampliou-se também a influência da população sobre a vida política.” (2º parágrafo)

2. “Em suma, esse fenômeno novo, que mobiliza a opinião pública, ainda que signifique um avanço, pode arrastar as pessoas a uma atuação de consequências imprevisíveis.” (7o parágrafo)


Assinale a alternativa correta, considerando a norma padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Q2900295 Português

O trecho a seguir é parte de texto publicado no Portal da Saúde do SUS. Leia-o atentamente e responda a questão proposta:

“DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE”

Elaborada pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Comissão Intergestora Tripartite, a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde se baseia nos seis princípios básicos de cidadania. (…)

De acordo com o primeiro princípio da carta, todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado ao sistema de saúde. Assim, fica garantido aos usuários a facilidade de acesso aos postos de saúde, especialmente aos portadores de deiciência, gestantes e idosos.

O segundo e terceiro princípios do documento esclarecem ao cidadão sobre o direito a um tratamento adequado para seu problema de saúde. Também faz referência à necessidade de um atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação (preconceito de raça, cor, idade ou orientação sexual, estado de saúde ou nível social). (…)”.

Sobre os trechos sublinhados é correto afirmar que:
Alternativas
Q2900213 Português

COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 01 A 05.


Na frase “E no sudeste, que tem 42% da população do país, estão 57% dos médicos.”, o termo sublinhado tem valor de:

Alternativas
Q2900212 Português

COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 01 A 05.


O “mas” que aparece no texto introduz uma frase cuja ideia:

Alternativas
Q2899713 Português

Texto 1:

-

Gente boa

-

Li outro dia um artigo sobre monges budistas, freiras de clausura e essa gente toda que medita com freqüência. Estudos provaram que eles têm mais desenvolvida a parte do cérebro que percebe o aspecto luminoso das coisas. Enxergam mínimas virtudes, têm mais compaixão e sabem amar com desprendimento.

Há sete anos passei um mês em Myanmar, a antiga Birmânia, e lembro-me de sentir nitidamente que aquela gente era melhor do que eu. Havia harmonia e benevolência na expressão das pessoas. Eu acordava predisposta para o bem, não porque seja de fato boa, mas porque era o que se esperava de mim. Ninguém na rua imaginava que eu pudesse dar um golpezinho, enganar ou pensar algo crítico enquanto sorria gentilmente. A delicadeza ali está por toda parte e aponta para o que há de mais puro na gente, contagiando com qualidades sublimes. Enquanto estive com aquela gente, umas belezas emboloradas foram brotando feito susto de dentro dos meus egoísmos. Por lá não há, ou não havia na época, o hábito da televisão a qualquer hora, nem sequer existia TV por satélite, e a cultura mantinha-se, assim, preservada dos costumes ocidentais. Não vi uma pessoa vestindo calça jeans, nem eu mesma, que rapidamente aprendi a amarrar panos na cintura para fazer saia igual às das moças de lá – se amarrar diferente vira saia de homem. A única infiltração de hábito ocidental que se percebe é um pouco de cinema e, mesmo assim, os filmes são quase sempre indianos.

Quem chega ali vindo de um mundo em que tudo se consegue por força fica perplexo diante dos meninos e meninas que escolhem passar, às vezes três anos de sua adolescência burilando o espírito em monastérios budistas, no preparo para a vida adulta. Saem sabendo tudo de abnegação, generosidade, da importância do silêncio, do não julgamento... Sabem pouco ou nada de sexo, drogas e rock'n'roll. E conseguem viver sem isso, rindo! Não pretendo fazer o relato sentimentalóide da pureza de um povo simples e isolado do mundo, mas é que a virtude precisa mesmo de exercício para manter-se espontânea, e aquele povo, sei lá por quê, parece achar essa prática importante. (...)

Tenho consciência de que um dia fui melhor do que hoje – quando eu era mais simples. A vida foi se sofisticando, me deixando esperta e mais apta para o jogo social. Tive ganhos com isso mas perdi algo de genuíno que me diferenciava. Fui perdendo, no correcorre do "fiz, faço, aconteço,” o que me aproximava de uma experiência particular e única – e melhor, eu acho.

Felizmente, nada é irreversível e não preciso morar em Myanmar para resgatar minhas virtudes distantes. Posso fazer isso do meu apartamento em Copacabana - nada é mais poderoso que a firmeza de uma intenção.

Mas aí... cadê a firmeza?

-

PROENÇA, Maitê. Entre ossos e a escrita. Rio de Janeiro, 2004. p.99-100. (Fragmento)

A oração grifada em "Tenho consciência de que um dia fui melhor do que hoje" exerce a mesma função sintática que o termo destacado na seguinte opção:

Alternativas
Q2899712 Português

Texto 1:

-

Gente boa

-

Li outro dia um artigo sobre monges budistas, freiras de clausura e essa gente toda que medita com freqüência. Estudos provaram que eles têm mais desenvolvida a parte do cérebro que percebe o aspecto luminoso das coisas. Enxergam mínimas virtudes, têm mais compaixão e sabem amar com desprendimento.

Há sete anos passei um mês em Myanmar, a antiga Birmânia, e lembro-me de sentir nitidamente que aquela gente era melhor do que eu. Havia harmonia e benevolência na expressão das pessoas. Eu acordava predisposta para o bem, não porque seja de fato boa, mas porque era o que se esperava de mim. Ninguém na rua imaginava que eu pudesse dar um golpezinho, enganar ou pensar algo crítico enquanto sorria gentilmente. A delicadeza ali está por toda parte e aponta para o que há de mais puro na gente, contagiando com qualidades sublimes. Enquanto estive com aquela gente, umas belezas emboloradas foram brotando feito susto de dentro dos meus egoísmos. Por lá não há, ou não havia na época, o hábito da televisão a qualquer hora, nem sequer existia TV por satélite, e a cultura mantinha-se, assim, preservada dos costumes ocidentais. Não vi uma pessoa vestindo calça jeans, nem eu mesma, que rapidamente aprendi a amarrar panos na cintura para fazer saia igual às das moças de lá – se amarrar diferente vira saia de homem. A única infiltração de hábito ocidental que se percebe é um pouco de cinema e, mesmo assim, os filmes são quase sempre indianos.

Quem chega ali vindo de um mundo em que tudo se consegue por força fica perplexo diante dos meninos e meninas que escolhem passar, às vezes três anos de sua adolescência burilando o espírito em monastérios budistas, no preparo para a vida adulta. Saem sabendo tudo de abnegação, generosidade, da importância do silêncio, do não julgamento... Sabem pouco ou nada de sexo, drogas e rock'n'roll. E conseguem viver sem isso, rindo! Não pretendo fazer o relato sentimentalóide da pureza de um povo simples e isolado do mundo, mas é que a virtude precisa mesmo de exercício para manter-se espontânea, e aquele povo, sei lá por quê, parece achar essa prática importante. (...)

Tenho consciência de que um dia fui melhor do que hoje – quando eu era mais simples. A vida foi se sofisticando, me deixando esperta e mais apta para o jogo social. Tive ganhos com isso mas perdi algo de genuíno que me diferenciava. Fui perdendo, no correcorre do "fiz, faço, aconteço,” o que me aproximava de uma experiência particular e única – e melhor, eu acho.

Felizmente, nada é irreversível e não preciso morar em Myanmar para resgatar minhas virtudes distantes. Posso fazer isso do meu apartamento em Copacabana - nada é mais poderoso que a firmeza de uma intenção.

Mas aí... cadê a firmeza?

-

PROENÇA, Maitê. Entre ossos e a escrita. Rio de Janeiro, 2004. p.99-100. (Fragmento)

Em "... e lembro-me de sentir nitidamente que aquela gente era melhor do que eu." A construção segue a norma culta, no que diz respeito à regência verbal. O mesmo não acontece em:

Alternativas
Respostas
861: B
862: D
863: B
864: D
865: A
866: C
867: B
868: D
869: C
870: A
871: C
872: C
873: A
874: C
875: A
876: B
877: C
878: C
879: D
880: D