Questões de Pedagogia - Educação, Sociedade e Prática Escolar para Concurso
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Julgue o próximo item, relativo à teoria e à prática de ações educativas em contextos culturais.
Uma noção ampla de território fomenta o papel
problematizador da educação, porque indica a maneira como
os bens culturais são distribuídos entre os agentes culturais e
sociais.
Alguns autores têm analisado a educação escolar numa perspectiva macroestrutural, dentre eles: Bourdieu e Passeron, Baudelot e Establet, Burton R. Clark, entre outros. (GOULART, 2013). Bourdieu e Passeron (1973) enfatiza alguns pontos quanto ao papel da ação pedagógica sob essa perspectiva:
I. Há uma distribuição desigual do capital cultural entre as classes sociais, no que se refere aos níveis de escolaridade atingidos e aos padrões de consumo cultural;
II. O desempenho acadêmico das crianças está muito mais ligado à história educacional de seus pais do que à sua aprendizagem propriamente;
III. A escola possibilita uma mobilidade social limitada e controlada e, por isso, representa uma das mais ricas fontes de apoio da ideologia meritocrática.
IV. Neste sistema há uma autosseleção; os jovens da classe trabalhadora nem sequer aspiram atingir um elevado nível de escolaridade.
Assinale a alternativa CORRETA:
Com relação aos efeitos que a alteração do mundo atual tem sobre a educação escolar, analise as afirmativas a seguir.
I. A exigência por um novo tipo de trabalhador, faz com que a educação enfatize somente habilidades cognitivas.
II. Os objetivos das escolas são mais compatíveis com os interesses do mercado.
III. A prática pedagógica dos professores é induzida pelo conservadorismo.
Assinale:
Quando se contrapõe a discriminação subjacente aos fatos mencionados com o princípio de igualdade que teoricamente rege o sistema educativo, chega-se à conclusão de que se educa para a crença na igualdade de direitos e pratica-se a discriminação. As práticas sociais que regulam as ações e as que sistematizam as crenças não somente são distintas, mas se sustentam em princípios éticos opostos. Essa divergência dificulta enormemente a socialização de alunos e alunas. A força do costume faz com que se aceite com naturalidade que os textos escolares situem os homens e os meninos em um status social superior ao das mulheres e das meninas; faz com que os meninos sejam representados realizando atividades socialmente valorizadas enquanto se relegam às meninas atividades consideradas de segunda ordem. Também a força do costume faz com que os rapazes sejam estimulados a se identificar com modelos de comportamento agressivo que dificultam sua entrada no mundo das relações interpessoais e dos vínculos afetivos; isso acaba condenando-os a resolver os problemas por caminhos violentos. Existe, portanto, uma importante discriminação por razões de gênero. MORENO, Montserrat et al. Realidades silenciadas. In: Falemos de sentimentos: a afetividade como um tema transversal. São Paulo: Moderna, 1999. p. 17-25.
De acordo com o excerto, o gênero (masculino e feminino) é definido fundamentalmente por aspectos
A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje. Daí sua politicidade, ou seja, a impossibilidade de se separar educação e política. Aliás, uma tal separação entre educação e política ingênua ou astutamente feita, enfatizemos, não apenas é irreal, mas perigosa.
Paulo Freire. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 9.ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001b.
Com base no texto, julgue o item subsequente.
Em uma perspectiva sociocultural, a relação entre
educação e sociedade pode ser compreendida como um
mecanismo de preservação da herança cultural
geracional, permitindo trocas de saberes entre as
diferentes sociedades, bem como a recriação de valores,
normas, ideias, saberes, hábitos e crenças de
determinado grupo.
“A prática escolar consiste na concretização das condições que asseguram a realização do trabalho docente. Tais condições não se reduzem ao estritamente 'pedagógico', já que a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade concreta que, por sua vez, apresenta-se como constituída por classes sociais com interesses antagônicos. A prática escolar assim, tem atrás de si condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas etc.” (LIBANEO, J. C. Democratização da escola pública, a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Edições Loyola, 21. ed., 2006, p. 19)
O pensamento pedagógico exposto acima:
O sujeito se torna autônomo e responsável quando é capaz de gerenciar, de forma independente, sua própria vida, estabelecendo juízos de valor e assumindo responsabilidade pelas escolhas. Em outras palavras, o sujeito autônomo é aquele que:
I. Vive sua corporeidade, assumindo a responsabilidade de cuidar de seu corpo, estabelecendo uma relação saudável consigo mesmo, com o outro e com o mundo natural.
II. Não controla sua vontade de forma racional e equilibrada. Suas necessidades, paixões e emoções vem em primeiro lugar.
III. Escolhe livremente os meios e os objetivos de seu crescimento intelectual, bem como as formas de sua conduta na vida social.
Estão corretas as afirmativas:
A “E.E. Mário de Andrade” aceita o desafio de uma Educação Integral em concordância com a meta 6 do PEE para os anos do Ensino Fundamental, visando à formação integral da criança e do adolescente. A base legal está também fundamentada na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, com uma concepção da criança e do adolescente como sujeitos de direito. Está embasada nas proposições pedagógicas que defendem uma sociedade mais justa e igualitária e uma educação pública, gratuita e laica de qualidade social para todos. Deste modo, exige uma gestão democrática.
O seu projeto pedagógico parte de um diagnóstico, revisita a função social da escola, reflete sobre a igualdade e a equidade, define a escola que quer construir, conceitua a educação integral e apresenta um plano de ação que explicita como executar as ações definidas pelo coletivo escolar.
Seu diagnóstico apresenta o perfil sociocultural e educacional das crianças e adolescentes matriculados e os índices de desempenho escolar. Indica desafios a serem enfrentados: a vulnerabilidade social e o baixo desempenho escolar, altamente relacionados com os princípios da igualdade e da equidade.
Seu plano de ação estabelece: nenhum aluno excluído e melhoria nos resultados de aprendizagem e do índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb.