Questões de Pedagogia - Teorias e Práticas para o Ensino de Língua Portuguesa para Concurso
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( ) Elaborar uma síntese do texto, ou seja, reelaborar o texto a partir da sua compreensão, mas respeitando as ideias do autor. ( ) Fazer uma leitura, grifando as palavras desconhecidas e buscando seu significado no dicionário. Deve também destacar as palavras-chave, ideias-núcleo do texto. ( ) Problematizar o texto levantando problemas para posteriormente discuti-los com o professor e com os colegas, se for o caso. ( ) Ler todo o texto para percebê-lo, reconhecê-lo em sua totalidade. ( ) Retomar o texto, de modo a interpretar as ideias do autor, explorá-las e tomar uma posição em relação a elas, no que tange a sua validade, atualidade, profundidade, etc.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Consideram-se pessoas alfabetizadas, mas não letradas:
1. A linguagem é uma forma de ação individual orientada por uma finalidade específica; um processo de locução que se realiza nas práticas individuais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história. 2. Letramento é o produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia. São práticas discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas, ainda que às vezes não envolvam as atividades específicas de ler ou escrever. Dessa concepção decorre o entendimento de que, nas sociedades urbanas modernas, não existe grau zero de letramento, pois nelas é impossível não participar, de alguma forma, de algumas dessas práticas. 3. Nas práticas de ensino para alfabetização, o ponto de partida e de chegada deve ser o uso desejável e eficaz da linguagem. Eficácia, no uso da linguagem, refere-se aos efeitos alcançados em relação ao que se pretende. Por exemplo: convencer o interlocutor por meio de um texto argumentativo, oral ou escrito; fazer rir por meio de uma piada, entre outros. 4. O conhecimento disponível nos anos 90 indicava que a causa do fracasso escolar centrava-se no aluno. Chegava-se a essa conclusão com base na lógica de que se para alguns o ensino parecia funcionar, porque não para os outros? Com esse raciocínio, sugiram os exercícios de prontidão como parte da metodologia adotada. 5. É responsabilidade da escola, favorecendo ao educando o domínio da língua oral e escrita, garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
( ) A linguagem oral é apenas vocabulário, lista de palavras ou sentenças.
( ) A linguagem escrita possibilita comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais.
( ) Para aprender a ler e a escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem.
( ) Nas inúmeras interações com a linguagem oral, as crianças vão tentando descobrir as regularidades que a constitui, usando todos os recursos de que dispõem: histórias que conhecem, vocabulário familiar.
( ) Nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em permanente contato com a linguagem escrita.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
Analise a veracidade das afirmações abaixo, de acordo com esse documento.
O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. Assim, a variedade padrão da língua deve ser privilegiada em detrimento de outras, já que ela é, por excelência, instrumento de inserção social. A linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história. Produzir linguagem não significa produzir discursos. O discurso se realiza na interação entre pessoas. Isso significa que as escolhas feitas ao dizer, ao produzir um discurso, são aleatórias e não decorrentes das condições em que esse discurso é realizado. Pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis: o aluno, os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem e a mediação do professor.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
( ) Atualmente, os veículos de comunicação audiovisual, especialmente os computadores e a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos — alguns necessários, porque não havia equivalentes em Português; outros dispensáveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. O único critério para sua integração na língua é, porém, o seu emprego constante por um número considerável de usuários.
( ) Não se deve, dessa forma, reger o ensino da língua pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua nos mais diferentes contextos. Escrever conforme a norma culta — que não representa uma camisa-de-força, mas um tesouro das formas de expressão mais bem cultivadas da língua — é um requisito para qualquer profissional de nível universitário que se pretenda elevar acima da vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da língua, em seus variados registros e em suas inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das condições para o bom desempenho profissional e social.
( ) A língua e os níveis da linguagem pertencem a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso.
( ) De fato, quem determina as transformações linguísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais, etc. Embora as variações linguísticas e os níveis da linguagem sejam condicionados pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que é a comunicação.
( ) A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que, acompanhada de mímica e entonação, preenchem importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente difere substancialmente do padrão culto, o que, segundo alguns linguistas, criou no Brasil um abismo quase intransponível para os usuários da língua, pois se expressar em português com clareza e correção é uma das maiores dificuldades dos brasileiros.
internet: http://www.coladaweb.com/redacao/niveis-da-linguagem (com adaptações)
A sequência correta é:
COLUNA I
1. Disciplinas da Base Comum Nacional. 2. Disciplinas da Parte Diversificada.
COLUNA II
( ) Educação Física ( ) Língua Estrangeira ( ) Artes e Música ( ) Português
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
É um lugar-comum dizer que as palavras da língua têm uma origem múltipla. Os mais patriotas erroneamente costumam afirmar que o português “é a língua mais rica de todas”, porque “no Brasil há pessoas de todos os lugares do mundo”. Esse patriotismo é exagerado e ingênuo, para não dizermos errôneo. A Inglaterra e a França abrigam hoje uma variedade muitíssimo maior de línguas do que o Brasil, faladas por imigrantes de ex-colônias nos quatro cantos do mundo. Os EUA e a Austrália não ficam atrás, por serem polos econômicos. Em outros tempos, o Brasil teve, de fato, um grande afluxo de italianos, espanhóis, sírio-libaneses, alemães e japoneses (e poloneses e ucranianos). Contudo, são raras as regiões brasileiras que preservam entre os descendentes algum dialeto minoritário vivo. A língua portuguesa, por isso, é considerada por muitos a única do Brasil, afirmação que nada mais revela que o desprezo político-ideológico pelas minorias linguísticas. Os próprios falantes de línguas minoritárias acabam por circunscrever sua expressão aos familiares, particularmente aos mais idosos, e, com a morte deles, bilíngues ativos acabam tornando-se bilíngues virtuais, ou seja, monolíngues com um tesouro em estado passivo pouco ou nunca explorado pela investigação linguística. Exceto por artificialismo alavancado por uma espécie de xenofobia linguística, disfarçada de orgulho nacional (como é o caso do islandês ou do letão), o léxico de uma língua é um caldeirão de palavras de origem variada. E tem sido assim sempre. Conhecer essas múltiplas facetas da sociedade brasileira e descrever sua expressão linguística são passos metodológicos dos quais a etimologia da língua portuguesa não pode prescindir e algo muito mais interessante do que a pregação demagógica e irrefletida do normativismo, que, ao fim e ao cabo, se revela sem brilho, sem graça, estéril e niveladora.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/96/patriotismo-linguistico-298630-1.asp [Adaptado] Acesso em 15/fev/2014.
Analise as afirmativas abaixo, considerando o texto.
1. O texto afirma que apenas especialistas sabem que as palavras de uma língua têm uma origem múltipla, fato que justifica o patriotismo linguístico por parte dos leigos. 2. No primeiro parágrafo, o uso dos termos “erroneamente”, “exagerado” e “ingênuo” revela um posicionamento neutro do autor em relação ao patriotismo linguístico. 3. Depreende-se do texto que a riqueza econômica de um país pode torná-lo linguisticamente plural, uma vez que atrai novos imigrantes de diferentes nacionalidades. 4. O Brasil já foi um país multilíngue e, diferentemente dos EUA e da Austrália, vive uma realidade praticamente monolíngue, o que explica a xenofobia de alguns. 5. No último parágrafo, os termos “sem brilho”, “sem graça”, “estéril” e “niveladora” fazem referência à etimologia da língua portuguesa.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Se eu tivesse aquelas qualidades todas poderia contar, com pormenores, uma linda história que um dia inventei, mas que, assim como a vão ler,é apenas o resumo de uma história, que em duas palavras se diz …
(SARAMAGO, José A maior flor do mundo..[Ilustração: João Caetano] Lisboa: Editorial Caminho, 2001) Sobre o fragmento, é correto afirmar que o narrador-escritor:
I. A partir da margem, reiniciando-se na terceira cela da linha seguinte, caso haja continuação.
II. Anteceder com um travessão as letras do alfabeto que dão início ao bloco de nomes.
III. Pular linhas, quando houver mudança de letra.
IV. O traço em tinta que indica ser o autor o mesmo da obra anterior, é transcrito com travessão, travessão e dois pontos.
Ao deparar-me com o vendaval poético das crianças de 1o grau, na época em que servi de animadora dos Ateliês de Literatura no Colégio Internacional de Curitiba, fiquei entre espantada e admirada com a ao comportamento negligente das pessoas frente aos prejuízos que podem ser causados pelo uso excessivo do celular. porosidade infantil diante do universo das palavras e do contato com o universo em geral. Não houve nenhum “abracadabra” mágico que servisse para provocar a expressão poética infantil. Se tive alguma contribuição nesta vivência, foi a de percebê-las curiosas, criado- ras, articuladoras e poetas. O privilégio de poder sintonizar-me poeticamente com as crianças e poder fruir momentos inesquecíveis de criação, percepção e descoberta no campo da poesia devo, sem dúvida alguma, à educação poética recebida nos primeiros anos de vida, no ambiente familiar.
Na sala de aula, tudo era motivo para o acontecimento poético surpreender-me: “(...) cai uma folha; algo passa voando / o que olham os olhos criado seja / e a alma do ouvinte tremendo esteja (...)”. A voz do poeta [Vicente Huidobro] parecia constatar comigo a atmosfera de criação e fruição poética em sala de aula. E, para que isso aconteça, apenas é necessário permitir que criança e palavra re-unam-se, na sala de aula, como era uma vez. E que o professor, mediador desse encontro, seja capaz de rememorar sua própria infância, que não é tão diferente da infância de poetas e escritores. O fascínio pelas palavras afeta indistintamente a todos os seres humanos.
O espaço para o exercício lúdico prestava-se para a intervenção espontânea e imprevisível dos alunos. Numa oportunidade, diante do poema de Sidônio Muralha – “Quando um tatu / encontra outro tatu / tratam-se por tu...” –, um dos alunos recriou: “Quando um boi encontra outro boi, tratam-se por ‘oi’”.
(Glória Kirinus. Criança e poesia na Pedagogia Freinet. Adaptado)
13. Considere a passagem:
Numa oportunidade, diante do poema de Sidônio Muralha – “Quando um tatu / encontra outro tatu / tratam-se por tu...” –, um dos alunos recriou: “Quando um boi encontra outro boi, tratam-se por ‘oi’”.
Sobre a passagem, é correto afirmar que:
Texto 1
Zazá é uma menina. Zazá é uma menina bonita. Zazá mora na Ilha.
Texto 2
Chapeuzinho Vermelho Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho. Um dia, sua mãe mandou que ela levasse uma cesta cheia de coisas gostosas para a vovó. A garota foi e no caminho encontrou o lobo.
I. O texto 1 são frases isoladas, colocadas em sequência.
II. O texto 2, apesar de simples, faz sentido, é compreensível, transmite uma ideia, está escrito de acordo com as convenções da escrita do Português.
III. O texto 1 tem o único propósito de exercitar a criança, de treiná-la na aprendizagem de palavras.
IV. No início da alfabetização devemos utilizar textos do tipo 1.