Questões de Pedagogia - Teorias e Práticas para o Ensino de Língua Portuguesa para Concurso
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Ogro filipino
Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, já xingou a mãe do americano Barack Obama, amaldiçoou a União Europeia e ameaçou declarar guerra ao Canadá.
O líder filipino também pede a eliminação física de traficantes e usuários de drogas – e vem sendo atendido. O número de assassinatos extrajudiciais de pessoas envolvidas com entorpecentes no país disparou depois que o presidente chegou ao poder, em 2016.
A oposição fala em 20 mil mortos; outras fontes, talvez mais confiáveis, mencionam a cifra de 5.000.
Duterte não é um tirano que conquistou o poder pela força – e isso só torna seu caso mais assustador. Ele foi eleito democraticamente e conta com apoio de 79% do eleitorado, segundo pesquisas.
Pode-se atribuir grande parte da aprovação ao desempenho da economia, que vem crescendo a um ritmo de mais de 6% anuais, com inflação e desemprego sob controle. A prosperidade encoraja filipinos a relativizar as manifestações absurdas de seu presidente.
As perspectivas futuras não se mostram animadoras em termos de democracia e direitos humanos. O Senado era a única instituição que ainda fazia algum contraponto ao poder de Duterte – o Judiciário já se encontra manietado.
Depois de conquistar recentemente a maioria na Casa legislativa, o líder filipino poderá dar continuidade a projetos mais polêmicos, como a introdução da pena de morte para traficantes.
Teme-se também que ele vá tentar uma fórmula de perpetuar-se no poder, seja diretamente, seja através da filha Sara Duterte-Carpio, hoje prefeita de Davao, a quarta cidade mais populosa do país.
(Ogro filipino. Editorial. Folha de S.Paulo, 06.06.2019. Adaptado)
A conversa espontânea se constrói a cada intervenção dos interlocutores, ou seja, a elaboração e a produção ocorrem, simultaneamente, no mesmo eixo temporal. É uma atividade co-produtiva, que “nunca se pode prever com exatidão em que sentido o parceiro vai orientar a sua intervenção” (Koch, 1997), o que não significa que sua organização seja caótica ou aleatória. As contribuições dos falantes devem demonstrar, de alguma forma, uma relação com o curso da conversa, pois a conversação é uma atividade semântica, ou seja, um processo de produção de sentidos, altamente estruturado e funcionalmente motivado.
(Ângela Paiva Dionísio, “Análise da Conversação”.
In: Mussalim e Bentes, 2004)
As considerações da autora, tomadas em relação à teoria que desenvolve sobre fala e escrita e aos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa (1998), permitem afirmar que
Na nossa sociedade, a participação social é intensamente mediada pelo texto escrito, e os que dela participam se apropriam não apenas de suas convenções linguísticas, mas, sobretudo, das práticas sociais mediadas por esses textos.
Na concepção de Mikhail Bakhtin (filósofo e pensador russo), os gêneros textuais, são:
TEXTO III
Língua Oral: Usos E Formas
Não é papel da escola ensinar o aluno a falar: isso é algo que a criança aprende muito antes da idade escolar. Talvez por isso, a escola não tenha tomado para si a tarefa de ensinar quaisquer usos e formas da língua oral. Quando o fez, foi de maneira inadequada: tentou corrigir a fala “errada” dos alunos – por não ser coincidente com a variedade linguística de prestígio social –, com a esperança de evitar que escrevessem errado. Reforçou assim o preconceito contra aqueles que falam diferente da variedade prestigiada.
Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do que se sente, do que se é. Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas. De nada adianta aceitar o aluno como ele é mas não lhe oferecer instrumentos para enfrentar situações em que não será aceito se reproduzir as formas de expressão próprias de sua comunidade. É preciso, portanto, ensinar-lhe a utilizar adequadamente a linguagem em instâncias públicas, a fazer uso da língua oral de forma cada vez mais competente.
As situações de comunicação diferenciam-se conforme o grau de formalidade que exigem. E isso é algo que depende do assunto tratado, da relação entre os interlocutores e da intenção comunicativa. A capacidade de uso da língua oral que as crianças possuem ao ingressar na escola foi adquirida no espaço privado: contextos comunicativos informais, coloquiais, familiares. Ainda que, de certa forma, boa parte dessas situações também tenham lugar no espaço escolar, não se trata de reproduzi-las para ensinar aos alunos o que já sabem. Considerar objeto de ensino escolar a língua que elas já falam requer, portanto, a explicitação do que se deve ensinar e de como fazê-lo.
(MEC - Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000 - com
adaptações).
"A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo.
Segundo essa concepção, a Língua só existe em função do uso que locutores e interlocutores fazem dela em situações de comunicação. O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, para o autor, um enunciado é sempre modulado pelo falante:
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta:
Estão corretas as afirmativas:
Assinale a alternativa que traga, de cima para baixo, a sequência correta.
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta.
I. Surgiu no renascimento e perdura até hoje, com diversas adaptações. II. Surgiu pelo interesse das Culturas gregas e já não existe, pois possuía apenas finalidades específicas. III. Basicamente, a AGT consiste no ensino da segunda língua pela primeira, as explicações assim são dadas através de explicações na língua materna do estudante. IV. É uma abordagem dedutiva, partindo sempre da regra para o exemplo V. Seu objetivo final era ou ainda é, levar o estudante a cultura e literatura da língua aprendida (L2) adquirindo um conhecimento mais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo inteligência e raciocínio.
Assinale a alternativa correta:
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2017), ao componente Língua Portuguesa cabe “proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas / constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens”.
Nesse documento,
I. registra-se que as práticas de linguagem contemporâneas não só envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos, como também novas formas de produzir, de configurar, de disponibilizar, de replicar e de interagir.
II. determina-se que não se deve deixar de privilegiar o escrito / impresso nem de deixar de considerar gêneros e práticas consagrados pela escola, próprios do letramento da letra e do impresso, mas deve-se contemplar também os novos letramentos, essencialmente digitais.
III. prevê-se que as habilidades não sejam desenvolvidas de forma genérica e descontextualizada, mas por meio da leitura de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana e por meio da produção de textos que compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria do texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos.
IV. propõe-se que os objetos de conhecimento e as habilidades estejam organizados a partir das práticas de linguagem e distribuídos pelos nove anos do Ensino Fundamental, dadas as especificidades de cada segmento, sendo as habilidades apresentadas segundo a necessária continuidade das aprendizagens ao longo dos anos, crescendo progressivamente em complexidade.
Estão corretas as afirmativas
Em sua prática pedagógica, o professor de Língua Portuguesa deve conduzir os alunos a perceberem a relação de causa e consequência que pode ser estabelecida de diversas maneiras.
Nas alternativas a seguir, foram analisados pares de frases em termos de uso e de relação estabelecida entre suas orações.
Assinale a alternativa em que a análise feita está incorreta.