Em “A relação da educação profissional e tecnológica com a u...
Em “A relação da educação profissional e tecnológica com a universalização da educação básica”, Gaudêncio Frigotto, afirma:
“Dois autores contemporâneos, de modo mais incisivo, permitem-nos aprender a especificidade da sociedade capitalista que constituímos e quais são as nossas (im)possibilidades e desafios.”
Nessa linha, Frigotto cita Florestan Fernandes e Francisco de Oliveira, sobre os quais é CORRETO afirmar:
A alternativa correta é a D.
Vamos entender o contexto da questão e a lógica por trás das alternativas. A questão se refere à interpretação dos pensamentos de Gaudêncio Frigotto sobre Florestan Fernandes e Francisco de Oliveira, dois importantes autores que analisam a especificidade da sociedade capitalista brasileira.
Frigotto menciona que esses autores ajudam a compreender os desafios e as possibilidades do capitalismo em nossa sociedade. Vejamos cada alternativa:
Alternativa A: "Florestan e Francisco defendem que no plano estrutural é necessária a ruptura de estruturas de profunda desigualdade econômica, social, cultural e educacional."
Essa descrição não está incorreta, mas ela não destaca a relação dialética entre o arcaico e o moderno que é central na visão de Frigotto sobre esses autores. Eles de fato defendem a necessidade de mudanças estruturais, mas a questão está focada na particularidade da formação social capitalista do Brasil.
Alternativa B: "Em direção oposta a de Florestan, Francisco evidencia que é justamente a imbricação do tradicional com o moderno que minimiza a nossa forma específica de sociedade capitalista dependente."
Francisco de Oliveira não argumenta em direção oposta a Florestan Fernandes. Ambos os autores analisam as complexidades e contradições do capitalismo brasileiro, mas não negam a coexistência do tradicional com o moderno.
Alternativa C: "Para Florestan e para Francisco os setores denominados de atrasados, improdutivos e informais se constituem em condição dispensável para a modernização do núcleo integrado ao capitalismo orgânico mundial."
Essa alternativa é incorreta porque tanto Florestan Fernandes quanto Francisco de Oliveira enfatizam que esses setores "atrasados" não são dispensáveis; na verdade, são parte integrante da estrutura do capitalismo dependente no Brasil.
Alternativa D: "Os dois autores mostram-nos a relação dialética entre o arcaico, o atrasado, o tradicional, o subdesenvolvido, e o moderno e o desenvolvido na especificidade ou particularidade de nossa formação social capitalista."
Essa é a alternativa correta. Ela capta precisamente a análise de Frigotto sobre Fernandes e Oliveira. Os autores ressaltam a coexistência e interdependência entre elementos arcaicos e modernos na formação social capitalista do Brasil, revelando uma complexa relação dialética.
Alternativa E: "Contrário a Francisco, Florestan defende que os setores modernos e integrados da economia capitalista (interna e externa) alimentam-se e crescem apoiados e em simbiose com os setores atrasados."
Novamente, essa alternativa tenta opor Florestan a Francisco, o que não é correto. Ambos autores concordam que há uma interdependência entre os setores modernos e atrasados da economia, uma característica do capitalismo dependente.
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