Questões da Prova CESPE - 2008 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Administração
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Considerando-se a linguagem usada pelo escritor para narrar a experiência dos meninos na cidade, é correto afirmar que a questão abordada no texto pode ser considerada “intrincada" (l.9) não apenas para os personagens, mas também para o autor e o leitor.
No trecho “as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes" (l.7-8), os objetos religiosos e as mercadorias estão reunidos sob a designação comum de “nomes", o que está de acordo com a associação feita pelos meninos entre as coisas espirituais e as coisas “feitas por gente" (l.10).
O emprego da linguagem figurada, como em “soprou-a no ouvido do irmão" (l.6), e a ausência do discurso direto confirmam o que está evidente no trecho “O menino mais novo interrogou-o com os olhos" (l.7), isto é, que em ambos os momentos a comunicação entre os dois personagens prescinde da linguagem verbal.
No trecho “Talvez aquilo tivesse sido feito por gente" (l.5-6), o verbo concorda com “gente", sujeito da oração na voz passiva.
No texto acima, pela linguagem literária, o autor aborda uma questão universal — a construção do conhecimento do mundo pelo homem por meio da nomeação dos objetos —, a partir da narrativa de uma experiência particular dos personagens — a primeira visita de dois meninos a uma pequena cidade.