Questões de Concurso Sobre português para médico ortopedista e traumatologista
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Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo
A língua do Brasil amanhã
- ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
- respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
- que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
- outras línguas supostamente expansionistas (em especial
- o inglês, atual candidato número um a língua universal);
- ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
- “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
- pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
- (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
- Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
- nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
- desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
- lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
- nossa língua está mudando, e certamente não será a
- mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
- ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
- a existência da nossa língua? Um dos fatores,
- frequentemente citado, é a influência do inglês – o
- mundo de empréstimos que andamos fazendo para
- nos expressarmos sobre certos assuntos.
- ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
- mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
- marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
- da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
- vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
- mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
- são palavras de origem estrangeira; hoje já se
- naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
- nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
- aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
- nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
- mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
- portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
- casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
- ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
- empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
- língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
- pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
- língua, o português precisa crescer para dar conta das
- novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
- pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
- balé – e também pode (e com maior frequência)
- criar palavras a partir de seus próprios recursos –
- como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
- der o uso de palavras antigas a novos significados –
- executivo ou celular, que significam coisas hoje que
- não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
- a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
- nenhuma delas ___ extinção.
Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã
e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
Páginas 11-14.
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir sobre algumas das ideias do texto.
( ) Os empréstimos linguísticos são um fenômeno relativamente recente na língua, um reflexo de atividades modernas, como surfar, deletar e lidar com vocábulos da área do marketing.
( ) A língua portuguesa está mudando mais rapidamente hoje do que antigamente para que seu vocabulário possa abarcar novidades de ordem social, tecnológica, artística e cultural.
( ) Todas as línguas podem receber a influência de empréstimos linguísticos, não apenas a língua portuguesa.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo
A língua do Brasil amanhã
- ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
- respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
- que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
- outras línguas supostamente expansionistas (em especial
- o inglês, atual candidato número um a língua universal);
- ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
- “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
- pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
- (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
- Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
- nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
- desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
- lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
- nossa língua está mudando, e certamente não será a
- mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
- ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
- a existência da nossa língua? Um dos fatores,
- frequentemente citado, é a influência do inglês – o
- mundo de empréstimos que andamos fazendo para
- nos expressarmos sobre certos assuntos.
- ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
- mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
- marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
- da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
- vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
- mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
- são palavras de origem estrangeira; hoje já se
- naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
- nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
- aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
- nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
- mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
- portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
- casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
- ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
- empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
- língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
- pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
- língua, o português precisa crescer para dar conta das
- novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
- pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
- balé – e também pode (e com maior frequência)
- criar palavras a partir de seus próprios recursos –
- como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
- der o uso de palavras antigas a novos significados –
- executivo ou celular, que significam coisas hoje que
- não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
- a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
- nenhuma delas ___ extinção.
Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã
e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
Páginas 11-14.
Considere as seguintes afirmações sobre algumas das ideias do texto.
I - Segundo o autor, a língua portuguesa não corre o risco de desaparecer ou ter sua identidade alterada. Contudo, é preciso estar atento ao uso demasiado de estrangeirismos, que podem, no longo prazo, ameaçar a integridade da língua.
II - Existem palavras da língua portuguesa que têm sua origem estrangeira e que nunca foram aportuguesadas, como ravióli, ioga, chucrute, balé, que mantêm sua pronúncia original.
III - Além de a língua contar com novas palavras, criadas no seio da própria língua (computador, por exemplo), o autor destaca que palavras antigas na língua podem receber novos significados com o passar do tempo.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo
A língua do Brasil amanhã
- ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
- respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
- que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
- outras línguas supostamente expansionistas (em especial
- o inglês, atual candidato número um a língua universal);
- ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
- “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
- pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
- (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
- Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
- nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
- desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
- lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
- nossa língua está mudando, e certamente não será a
- mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
- ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
- a existência da nossa língua? Um dos fatores,
- frequentemente citado, é a influência do inglês – o
- mundo de empréstimos que andamos fazendo para
- nos expressarmos sobre certos assuntos.
- ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
- mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
- marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
- da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
- vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
- mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
- são palavras de origem estrangeira; hoje já se
- naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
- nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
- aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
- nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
- mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
- portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
- casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
- ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
- empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
- língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
- pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
- língua, o português precisa crescer para dar conta das
- novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
- pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
- balé – e também pode (e com maior frequência)
- criar palavras a partir de seus próprios recursos –
- como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
- der o uso de palavras antigas a novos significados –
- executivo ou celular, que significam coisas hoje que
- não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
- a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
- nenhuma delas ___ extinção.
Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã
e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
Páginas 11-14.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 02, 47 e 49 do texto, respectivamente.
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Videiras de Cristal
- ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
- envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
- e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
- calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
- Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
- pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
- luminosos às margens do rio ________ num cordão
- móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
- inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
- ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
- sem fome.
- ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
- despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
- é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
- você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
- ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
- arroio nunca mais falaram no assunto.
- ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
- ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
- ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
- Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
- você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
- você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
- casamento.
- ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
- que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
- frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
- acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
- foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
- corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
- ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
- quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
- elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
- saudade é a verdadeira medida do amor.
Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.
Assinale a única alternativa em que a partícula que desempenha a mesma função sintática do que em Aqueles homens que violaram você ao lado da cruz, eles um dia pagarão (l. 14-15).
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Videiras de Cristal
- ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
- envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
- e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
- calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
- Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
- pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
- luminosos às margens do rio ________ num cordão
- móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
- inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
- ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
- sem fome.
- ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
- despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
- é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
- você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
- ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
- arroio nunca mais falaram no assunto.
- ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
- ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
- ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
- Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
- você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
- você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
- casamento.
- ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
- que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
- frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
- acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
- foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
- corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
- ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
- quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
- elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
- saudade é a verdadeira medida do amor.
Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.
Considere as seguintes afirmações.
I - Se a frase Nunca aceite nenhuma violência (l. 12) estivesse em discurso indireto, seria escrita como Jacobina disse a Ana Maria que nunca aceitasse nenhuma violência.
II - Se a frase A senhora acha que um dia eu vou casar? (l. 18) estivesse em discurso direto, seria escrita como Ana Maria perguntou se Jacobina achava que um dia eu casaria.
III - Se a frase Irá casar, igual a Maria Sehn (l. 20) estivesse em discurso indireto, seria escrita como Jacobina disse a Ana Maria que ela iria casar, igual a Maria Sehn.
Quais estão corretas?