Questões de Concurso Sobre problemas da língua culta em português

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Q2731368 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.



Contar mentirinhas vicia o cérebro, revela estudo


Por Felipe Germano Bruno Garattoni

01 Mentir não faz o nariz crescer – mas pode ............, de outra forma, com o seu corpo. De

02 acordo com um novo estudo realizado pela Universidade de Londres, contar mentirinhas leves

03 provoca alterações físicas no cérebro, que se torna mais propenso __ optar por mentiras em

04 momentos importantes.

05 Quando contam alguma mentira, as pessoas geralmente se sentem um pouco mal. Essa

06 reação é provocada pela amígdala, uma região cerebral que também é ligada __ sensações de

07 medo, e funciona como uma espécie de freio natural, limitando a quantidade de mentiras que as

08 pessoas contam. Mas os cientistas descobriram que, se você contar uma sequência de pequenas

09 mentiras, sem muita importância (na linha ‘o seu penteado ficou ótimo’ ou ‘não vi o email’), esse

10 freio vai ficando mais fraco.

11 Para calcular isso, os pesquisadores reuniram 80 voluntários e escanearam o cérebro deles

12 enquanto eles jogavam um jogo. A brincadeira consistia em adivinhar quantas moedas havia em

13 um pote e transmitir, por meio de um computador, a estimativa a outra pessoa. O jogo tinha

14 várias modalidades. Numa delas, você era estimulado a dar uma ‘mentidinha’, superestimando a

15 quantidade de moedas do pote, ............ isso fazia você ganhar mais pontos, e a outra pessoa

16 menos. Conforme o jogo avançava, os voluntários eram estimulados a mentir cada vez mais – e a

17 atividade na amígdala se tornava cada vez menor. Era como se o cérebro estivesse se adaptando

18 ao ato de mentir.

19 “A amígdala limita a ................ do quanto mentimos”, diz a psicóloga Tali Sharot, líder do

20 estudo. “Mas essa resposta vai diminuindo conforme as mentiras ficam maiores. Isso pode levar a

21 uma reação em cadeia, em que pequenos atos de desonestidade acabam levando a mentiras

22 maiores”, acredita.

23 Para os pesquisadores, a capacidade que o cérebro tem de se acostumar não se aplica

24 apenas __ mentiras. “Nós só testamos a desonestidade das pessoas nesse experimento, mas o

25 mesmo princípio talvez seja aplicável a outras ações, como se expor __ riscos ou ter

26 comportamentos violentos”, afirma o cientista Neil Garrett, coautor do estudo.


(http://super.abril.com.br/comportamento/contar-mentirinhas-vicia-o-cerebro-revela-estudo/– Adaptação)

De acordo com as regras de ortografia e contexto de ocorrência, as lacunas pontilhadas das linhas 01, 15 e 19 ficam, correta e respectivamente, preenchidas por:

Alternativas
Q2730964 Português

Sobre a grafia de alguns vocábulos, assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente:

Eu saí da sala ........ não estava ....... de discutir com quem ....... entende o assunto.

Alternativas
Q2728918 Português

As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

A louca vida sexual das plantas

  1. Mal entrou na puberdade e ela só quer, só pensa, em namorar. Uns argumentam que ainda é
  2. jovem, um botão em flor, mas isso nunca foi um grande problema para ela, que vem se
  3. preparando para desabrochar desde que era um brotinho. Apesar de ter criado raízes junto aos
  4. pais, sente que é hora de formar sua própria família e gerar seus rebentos. Para conceber as
  5. sementes dessa transformação silenciosa, a moça se insinua aos quatro ventos, ludibria os
  6. varões e cria sugestivas armadilhas. Se preciso, ela se vestirá de forma sensual e se cobrirá com
  7. perfumes, tudo para deixar sua herança na terra – e, com sorte, gerar bons frutos para as
  8. próximas gerações.
  9. Sob a ótica de uma flor, um jardim é uma grande orgia. Cactos e ipês fazem. Trepadeiras,
  10. claro, fazem. A mais prosaica violeta e a rosa caríssima fazem. De fato, assim que provaram o
  11. gostinho da coisa pela primeira vez, cerca de 145 milhões de anos atrás, 415 milhões de anos
  12. depois de a primeira alga verde chegar à terra firme, as plantas logo perceberam que o sexo
  13. poderia trazer benefícios interessantes. Vamos a eles.
  14. À primeira vista, o sexo parece pouco importante para as plantas. Isso porque a maior parte
  15. delas é hermafrodita: um mesmo indivíduo tem tanto um ovário, sua porção feminina, quanto
  16. grãos de pólen, pequenas estruturas que encerram os gametas masculinos. A reprodução
  17. sexuada, que leva o pólen até o ovário, não deveria, portanto, demandar grandes esforços. Mas
  18. não é isso que acontece na realidade. Uma flor só se entrega ao solitário prazer da fecundação
  19. própria quando sua sobrevivência está sob ameaça. É que um vegetal autofecundado cria
  20. descendentes geneticamente idênticos à mãe. Mal negócio. A reprodução sexuada junta e
  21. embaralha genes de dois indivíduos. O filho nasce com um código genético só dele (é
  22. precisamente o seu caso, leitor ou leitora – você é só um embaralhamento aleatório dos genes
  23. dos seus pais). A vantagem aí é que códigos genéticos novos produzem anticorpos inéditos na
  24. natureza. É uma bela vantagem do ponto de vista da espécie. Se um vírus mortal infectar todos
  25. os indivíduos de uma espécie, alguns vão sobreviver, já que provavelmente terão nascido com
  26. anticorpos que, por sorte, conseguem defende-los do ataque. Se todos tivessem os mesmos
  27. genes, um único ataque viral poderia exterminar a espécie inteira. É por isso que você faz sexo.
  28. Não houvesse essa pressão evolutiva, não existiriam pênis, vagina, tesão, orgasmo. Nada.
  29. Mas voltemos a falar de flores. Como não podem sair do lugar, as flores recorrem a aves,
  30. insetos e pequenos mamíferos — seus polinisadores — para misturar seu material genético ao de
  31. outras. Essa sacada garantiu às plantas floríferas uma diversidade enorme, se comparadas aos
  32. vegetais sem flor, como musgos, pinheiros e samambaias. Ainda assim, isso não quer dizer que
  33. uma flor jamais vai se fecundar sozinha. Há casos em que isso se torna necessário. Em condições
  34. normais, a violeta-africana produz flores no alto de hastes longas, boas para atrair a atenção de
  35. insetos e reproduzir-se embaralhando seus genes com os de outra flor, distante. Mas, se notar
  36. que as condições estão ruins — o clima ficou frio ou quente demais, por exemplo —, a mesma
  37. violeta pode gerar flores de haste curta, que ficam escondidas pelas folhas e se autofecundam
  38. ainda em botão.
  39. Nesse caso, o alerta que vai determinar qual tipo de sexo elas vão praticar é dado por
  40. estruturas celulares especializadas, que registram alterações na intensidade da luz solar ou na
  41. quantidade de horas de escuro. “Uma planta é capaz de perceber mudanças mínimas na oferta
  42. de nutrientes ou mesmo detectar que os dias estão ficando mais curtos e, portanto, o inverno
  43. está chegando”, diz o biólogo Thales Kronenberger, especialista em biologia molecular e
  44. parasitologia.

Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://super.abril.com.br/ciencia/a-louca-vida- sexual-das-plantas/. Acesso em 09 out. 2018.

Qual das seguintes palavras encontradas no texto está grafada INCORRETAMENTE?

Alternativas
Q2728871 Português

Assinalar a alternativa em que todas as palavras estão redigidas CORRETAMENTE:

Alternativas
Q2728792 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões 7 e 8.


As margens da alegria


Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das necessidades. Davam-lhe balas, chicles, à escolha. Solícito de bem-humorado, o Tio ensinava-lhe como era reclinável o assento — bastando a gente premer manivela. Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo. Entregavam-lhe revistas, de folhear, quantas quisesse, até um mapa, nele mostravam os pontos em que ora e ora se estava, por cima de onde. O Menino deixava-as, fartamente, sobre os joelhos, e espiava: as nuvens de amontoada amabilidade, o azul de só ar, aquela claridade à larga, o chão plano em visão cartográfica, repartido de roças e campos, o verde que se ia a amarelos e vermelhos e a pardo e a verde; e, além, baixa, a montanha. Se homens, meninos, cavalos e bois — assim insetos? Voavam supremamente. O Menino, agora, vivia; sua alegria despedindo todos os raios. Sentava-se, inteiro, dentro do macio rumor do avião: o bom brinquedo trabalhoso. Ainda nem notara que, de fato, teria vontade de comer, quando a Tia já lhe oferecia sanduíches. E prometia-lhe o Tio as muitas coisas que ia brincar e ver, e fazer e passear, tanto que chegassem. O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem. Chegavam. [...]



ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Assinale a alternativa em que TODAS as palavras estão grafadas corretamente.

Alternativas
Respostas
116: B
117: C
118: E
119: B
120: A