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Q2074400 Português

Milly Lacombe

Minhas duas primeiras memórias de infância envolvem meu pai.

    Na primeira delas, estou em seus ombros, no meio de uma multidão que cantava, pulava e festejava. Enrolados em uma bandeira do Brasil que minha mãe havia feito na máquina de costura, que ficava no mesmo quarto da TV em branco e preto. Eu tinha três anos, ele tinha 43. A seleção tinha acabado de ser tricampeã mundial de futebol e meu pai e eu celebrávamos no meio de outras centenas de pessoas na rua General Glicério, em Laranjeiras, no Rio.

    Na segunda memória, estou subindo com ele a rampa do Maracanã. Eu tinha um pouco mais que três anos, mas não muito mais. Lembro-me da mão dele segurando a minha, lembro-me de olhar para cima e vê-lo ali sorrindo para mim. Lembro-me das pessoas passando em volta, apressadas e felizes. Lembro-me das camisas e bandeiras misturadas: vermelho e preto em alguns; verde, branco e grená em outros. Ele e eu fazíamos parte desse segundo grupo de pessoas. Na minha outra mão, uma almofadinha com as cores do Fluminense, feita por minha mãe na máquina de costura que ficava no mesmo quarto da TV branco e preta. A almofadinha era uma solução à dureza do concreto da arquibancada.

    Subindo a rampa, lembro-me de ver, lá bem longe e já no topo, uma abertura para o céu. Era para lá que caminhávamos, meu pai e eu, de mãos dadas. O que haveria ali além do céu? Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado. Ao final da rampa, uma abertura para um campo verde, de marcas brancas e milhares de pessoas cantando ao redor.

    Capturada pela imensidão do momento, outra vez olhei para cima e vi meu pai. Ele sorria e não se movia, como quem sabe que seria importante me deixar ali um pouco, apenas sentindo a grandeza do momento, apenas absorvendo uma experiência inaugural de amor e paixão. Depois de um tempo, ele me pegou no colo e subimos os degraus da arquibancada, sendo abençoados por um tanto de pó de arroz a cada passo. Não me lembro de mais nada.

    Não me lembro do placar, não me lembro do que aconteceu em campo, não me lembro do que comemos, nem dos sorvetes que não pedi. Lembro-me apenas das sensações e das emoções daquele dia. Mas, mais que qualquer coisa, lembro-me da mão de meu pai na minha. Se fechar os olhos, posso sentir a temperatura e a textura de sua mão na minha. Se fechar os olhos, sinto outra vez a exata pressão que a mão dele fazia na minha, todas as vezes que andávamos assim pelas ruas, e sinto a segurança que aquelas mãos me davam.

    Meu pai não está mais aqui, mas a sensação de sua mão na minha está. Pouca coisa, aliás, se manteve presente além dessa sensação. Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão. O caminho do sagrado, do final de um período escuro, frio e penoso que se abre para uma imensidão de luzes, sonhos e possibilidades.

    Anos depois, eu conduziria meu sobrinho pela mesma rampa, mas agora interpretando o papel feito por meu pai.

    O que é a vida se não esse contínuo trocar de lugares e essa perpétua caminhada que pode nos levar a encontros grandiosos? Não muita coisa, eu acho. Um passo atrás do outro, uma batalha atrás da outra. Conquistas, fracassos. Vitórias, derrotas. Dias bons, dias ruins. Partidas, chegadas. E lá vamos nós outra vez.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nosso-estranhoamor/2022/11/[...].shtml (Adaptado) Acesso em: 30 dez. 2022.

São títulos possíveis para o texto, EXCETO
Alternativas
Q2074398 Português

Milly Lacombe

Minhas duas primeiras memórias de infância envolvem meu pai.

    Na primeira delas, estou em seus ombros, no meio de uma multidão que cantava, pulava e festejava. Enrolados em uma bandeira do Brasil que minha mãe havia feito na máquina de costura, que ficava no mesmo quarto da TV em branco e preto. Eu tinha três anos, ele tinha 43. A seleção tinha acabado de ser tricampeã mundial de futebol e meu pai e eu celebrávamos no meio de outras centenas de pessoas na rua General Glicério, em Laranjeiras, no Rio.

    Na segunda memória, estou subindo com ele a rampa do Maracanã. Eu tinha um pouco mais que três anos, mas não muito mais. Lembro-me da mão dele segurando a minha, lembro-me de olhar para cima e vê-lo ali sorrindo para mim. Lembro-me das pessoas passando em volta, apressadas e felizes. Lembro-me das camisas e bandeiras misturadas: vermelho e preto em alguns; verde, branco e grená em outros. Ele e eu fazíamos parte desse segundo grupo de pessoas. Na minha outra mão, uma almofadinha com as cores do Fluminense, feita por minha mãe na máquina de costura que ficava no mesmo quarto da TV branco e preta. A almofadinha era uma solução à dureza do concreto da arquibancada.

    Subindo a rampa, lembro-me de ver, lá bem longe e já no topo, uma abertura para o céu. Era para lá que caminhávamos, meu pai e eu, de mãos dadas. O que haveria ali além do céu? Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado. Ao final da rampa, uma abertura para um campo verde, de marcas brancas e milhares de pessoas cantando ao redor.

    Capturada pela imensidão do momento, outra vez olhei para cima e vi meu pai. Ele sorria e não se movia, como quem sabe que seria importante me deixar ali um pouco, apenas sentindo a grandeza do momento, apenas absorvendo uma experiência inaugural de amor e paixão. Depois de um tempo, ele me pegou no colo e subimos os degraus da arquibancada, sendo abençoados por um tanto de pó de arroz a cada passo. Não me lembro de mais nada.

    Não me lembro do placar, não me lembro do que aconteceu em campo, não me lembro do que comemos, nem dos sorvetes que não pedi. Lembro-me apenas das sensações e das emoções daquele dia. Mas, mais que qualquer coisa, lembro-me da mão de meu pai na minha. Se fechar os olhos, posso sentir a temperatura e a textura de sua mão na minha. Se fechar os olhos, sinto outra vez a exata pressão que a mão dele fazia na minha, todas as vezes que andávamos assim pelas ruas, e sinto a segurança que aquelas mãos me davam.

    Meu pai não está mais aqui, mas a sensação de sua mão na minha está. Pouca coisa, aliás, se manteve presente além dessa sensação. Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão. O caminho do sagrado, do final de um período escuro, frio e penoso que se abre para uma imensidão de luzes, sonhos e possibilidades.

    Anos depois, eu conduziria meu sobrinho pela mesma rampa, mas agora interpretando o papel feito por meu pai.

    O que é a vida se não esse contínuo trocar de lugares e essa perpétua caminhada que pode nos levar a encontros grandiosos? Não muita coisa, eu acho. Um passo atrás do outro, uma batalha atrás da outra. Conquistas, fracassos. Vitórias, derrotas. Dias bons, dias ruins. Partidas, chegadas. E lá vamos nós outra vez.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nosso-estranhoamor/2022/11/[...].shtml (Adaptado) Acesso em: 30 dez. 2022.

O propósito do texto é
Alternativas
Q2057612 Engenharia Ambiental e Sanitária
O gradeamento, componente da etapa preliminar do tratamento de esgotos sanitários em estações de tratamento, é composto por grades paralelas inclinadas, que exigem limpeza frequente, manual ou mecanizada. No caso da limpeza manual, as etapas abaixo, devem ser realizadas. Qual das etapas encontra-se corretamente descrita?
Alternativas
Q2057611 Engenharia Ambiental e Sanitária
Estações elevatórias de esgotos sanitários muitas vezes tornam-se necessárias, nos sistemas de esgotamento municipal. Essa necessidade fica bem caracterizada:
Alternativas
Q2057610 Engenharia Ambiental e Sanitária
Os resíduos de serviços de saúde são classificados em cinco grupos, conforme suas características principais e seu potencial de risco. Dentre esses grupos encontra-se o Grupo B, de resíduos químicos, representado na opção:
Alternativas
Q2057609 Engenharia Ambiental e Sanitária
O saneamento em uma cidade ou no meio rural é responsável por inúmeras providências voltadas para se preservar o meio, impedindo ou reduzindo os impactos ambientais negativos decorrentes das atividades antrópicas. Dentre os processos poluidores da água adiante relacionados, encontra-se corretamente definido:
Alternativas
Q2057607 Auditoria de Obras Públicas
Resíduos sólidos oriundos das atividades de construção civil, reformas e demolições de edificações exigem, para o seu correto manejo, uma classificação de seus componentes, porque deverão exigir soluções diferenciadas, para se preservar o meio ambiente. Três dessas classes de resíduos, integrantes da classificação definida pela Resolução CONAMA 307, incluem, cada uma, os seguintes itens:
• Peças de amianto, desintegradas em processos de demolição. • Cacos de telhas cerâmicas, e • Embalagens plásticas como sacos plásticos e plásticos bolha.
Essas classes são, respectivamente:
Alternativas
Q2057606 Engenharia Civil
Os esforços para a redução de perdas nos canteiros de obras exigem a adoção, o registro e a avaliação de diversos indicadores, entre os quais, aqueles
• que refletem as perdas ocorridas durante cada etapa do processo de produção, e • de natureza percentual,
que, respectivamente, são chamados de indicadores:
Alternativas
Q2057605 Engenharia Civil
Durante a elaboração de orçamentos de obras prediais residenciais, deve-se considerar que cada material ou serviço levantado apresente uma dimensão específica para a sua quantificação, e uma única situação quanto à sua permanência no empreendimento, depois de cessada a construção. Considerando que os materiais podem apresentar dimensão característica linear, superficial, volumétrica, gravimétrica, ou mesmo serem adimensionais, e que, quanto à sua permanência depois de cessada a obra, podem ser permanentes ou não permanentes, é certo afirmar que concreto, peças de madeira para escoramento de forma e portões podem ser classificados, respectivamente, como materiais:
Alternativas
Q2057604 Engenharia Civil
Instalações prediais devem, durante e ao final de sua execução, ser inspecionadas para fins de controle de qualidade e garantia de conformidade dos materiais empregados e dos serviços executados.
Para as instalações prediais de água fria, é CORRETO se afirmar:
Alternativas
Q2057603 Engenharia Civil
Ao se identificar uma área para a implantação de terminado aterro sanitário, é correto afirmar que, entre as condições abaixo relacionadas, contribui para um menor potencial para a geração de impactos ambientais negativos:
Alternativas
Q2057602 Engenharia Civil
Para a realização de trabalhos de inspeção predial, o engenheiro deve observar a ética, que, neste caso, exige dele a ausência de vinculação anterior e outros interesses com o cliente ou construtor da edificação. Esse aspecto, comum ao trabalho dos peritos de engenharia, é chamado de:
Alternativas
Q2057601 Engenharia Ambiental e Sanitária
Configuram, respectivamente, um tubo rígido, um tubo semirrígido e um tubo flexível, para execução de rede coletora de esgoto sanitário:
Alternativas
Q2057600 Engenharia Ambiental e Sanitária
Em comunidades rurais, o saneamento deve observar questões e exigências técnicas específicas daquelas localidades. Poços para abastecimento de água devem guardar uma distância segura em relação a fossas sépticas, estábulos e fossas negras. Essas distâncias devem ser, no mínimo, iguais a, respectivamente
Alternativas
Q2057599 Engenharia Ambiental e Sanitária
Em um sistema de abastecimento de água, a instalação de hidrômetros deve observar algumas recomendações, dentre as quais pode-se citar:
Alternativas
Q2057598 Engenharia Ambiental e Sanitária
Considere os seguintes resíduos, que compõem, além de outros, os resíduos sólidos municipais:
Metais, restos alimentares, resíduos de serviços saúde, material retirado de bocas-de-lobo.
O melhor destino para cada um desses resíduos é, respectivamente:
Alternativas
Q2057597 Engenharia Ambiental e Sanitária
Problemas operacionais com o esgoto bruto e com o tratamento preliminar dos esgotos podem ocorrer durante a operação das estações de tratamento de esgotos sanitários. A ocorrência de odores de ovos podres, de fácil percepção, quando verificada na caixa de areia,
Alternativas
Q2057596 Engenharia Civil
As estações de tratamento de água devem manter plano de manutenção específicos, constituídos por um conjunto de ações destinadas a prevenir e proteger os equipamentos de forma a conservá-los e evitar que fiquem parados.
É uma medida a ser prevista e provida na execução desses planos:
Alternativas
Q2057595 Engenharia Civil
O controle de perdas, de água e energia, nos sistemas de abastecimento de água possui, em relação à geração de energia elétrica, a seguinte alternativa:
Alternativas
Q2057594 Engenharia Civil
Em todo empreendimento de construção, no recebimento dos serviços, o gestor da obra deve estar atento aos detalhes, podendo utilizar um check-list para a verificação da conformidade dos serviços que estão sendo entregues. Entre os diversos itens que podem compor esse check-list, está correto, completo e suficiente:
Alternativas
Respostas
2861: D
2862: D
2863: B
2864: B
2865: B
2866: C
2867: C
2868: D
2869: D
2870: A
2871: A
2872: C
2873: A
2874: B
2875: D
2876: D
2877: B
2878: A
2879: A
2880: D