Questões de Concurso
Para fcm
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No tocante à Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas abaixo e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( )As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão somente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, na forma dolosa, assegurado o direito de regresso contra o responsável.
( )São imprescritíveis os prazos para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário.
( )Por meio de decreto expedido pelo Poder Executivo, poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pú- blica, de sociedade, de economia mista e de fundação.
( )Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo.
INSTRUÇÃO: A questão a seguir, deve ser respondida com
base nos textos 1 e 2. Caso necessário, releia ambos os textos,
antes de responder a essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas, descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente, apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos, as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
TEXTO 2
O papel social da educação
A educação deve priorizar a formação de indivíduos empoderados e autônomos
Vânia Amorim Café de Carvalho* e Helivane de Azevedo Evangelista**
A partir da relação entre os textos 1 e 2, analise as assertivas a seguir:
I- Ambos os textos apresentam uma estrutura dissertativo-argumentativa.
II- O letramento crítico, abordado no texto 2, caracterizaria um exemplo contemporâneo de processo civilizatório, explorado no texto 1.
III- Ambos os textos apresentam uma linguagem impessoal.
IV- No texto 1, predomina o uso da contextualização histórica como recurso argumentativo; no texto 2, predomina o uso de conceitos e de exemplos como recurso de argumentação.
Estão corretas apenas as assertivas
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 2 a seguir. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão..
TEXTO 2
O papel social da educação
A educação deve priorizar a formação de indivíduos empoderados e autônomos
Vânia Amorim Café de Carvalho* e Helivane de Azevedo Evangelista**
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 2 a seguir. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão..
TEXTO 2
O papel social da educação
A educação deve priorizar a formação de indivíduos empoderados e autônomos
Vânia Amorim Café de Carvalho* e Helivane de Azevedo Evangelista**
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 2 a seguir. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão..
TEXTO 2
O papel social da educação
A educação deve priorizar a formação de indivíduos empoderados e autônomos
Vânia Amorim Café de Carvalho* e Helivane de Azevedo Evangelista**
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 2 a seguir. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão..
TEXTO 2
O papel social da educação
A educação deve priorizar a formação de indivíduos empoderados e autônomos
Vânia Amorim Café de Carvalho* e Helivane de Azevedo Evangelista**
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas,
descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar
fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente,
apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o
saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores
do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura
material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos,
as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento
do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o
crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma
realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas,
descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar
fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente,
apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o
saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores
do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura
material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos,
as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento
do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o
crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma
realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
Considere este trecho, retirado do 7º parágrafo:
Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas,
descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar
fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente,
apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o
saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores
do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura
material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos,
as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento
do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o
crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma
realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas,
descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar
fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente,
apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o
saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores
do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura
material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos,
as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento
do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o
crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma
realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder essa questão.
TEXTO 1
Um mundo sem utopias
Jaime Pinsky**
[1º§] O processo civilizatório se desenvolve desde que existe o ser humano. A descoberta do fogo, a invenção da roda, a domesticação de animais, a elaboração de deuses, a estruturação das cidades foram marcos na história da humanidade. Mas, depois da fala, dificilmente encontraremos fatores civilizatórios mais importantes do que a criação, a racionalização e a universalização da palavra escrita. Por meio dela, o homem se tornou capaz não apenas de produzir cultura como de guardá-la de modo eficiente e de, mais ainda, transmiti-la aos contemporâneos e às gerações seguintes.
[2º§] Com a escrita, tornava-se mais fácil apresentar descobertas,
descrever invenções, divulgar técnicas, expor ideias, confessar
fraquezas, compartilhar sentimentos. Praticada, inicialmente,
apenas por elites, a escrita espalhava com muita parcimônia o
saber acumulado, uma vez que o conservadorismo dos detentores
do poder bloqueava a democratização dos avanços na cultura
material e imaterial.
[3º§] Com os papiros e pergaminhos, inicialmente, e mais tarde com o papel e, mais ainda, com a imprensa de tipos móveis, a cultura, no sentido de patrimônio acumulado, passou a alcançar um número cada vez maior de pessoas, democratizando o saber e dando oportunidades a uma parcela importante da população. Sem a palavra escrita, em geral, e sem o livro, em particular, a história não teria sido a mesma.
[4º§] Ao longo do século 19, nos países mais desenvolvidos,
as pessoas foram aprendendo a ler e a escrever. A desvalorização do trabalho braçal, substituído por máquinas, o crescimento
do setor de serviços, o aumento da produtividade no campo, o
crescimento das cidades: o mundo parecia caminhar para uma
realidade sonhada pelos utopistas.
[5º§] Ao ler livros, ao escrever cartas, ao redigir o resultado de reflexões complexas, os cidadãos compartilhavam ideias e sentimentos, tão mais densos quanto mais habilitados estivessem nas técnicas da escrita e da leitura. Era permitido sonhar com uma sociedade universal de gente alfabetizada com oportunidades de ascensão social determinadas apenas pelos seus méritos. Não por acaso é o momento das grandes utopias igualitárias.
[6º§] Já no século 21, as utopias parecem coisas de um passado remoto. Mesmo não gostando do mundo como está, parece que desistimos de mudá-lo. Vivemos ou em sociedades consumistas, ou burocráticas, ou fundamentalistas. Fingimos que a felicidade pode ser encontrada comprando mercadorias, obedecendo a regras, ou acreditando em um improvável mundo pós-morte.
[7º§] Jogamos no lixo milhares de anos de avanço civilizatório e nos transformamos em meros consumidores de softwares. Estamos perdendo a habilidade de ler textos complexos, nos conformamos com a pobreza da linguagem das redes sociais.
**JAIME PINSKY, historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 24 ago. 2015 - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/08/1672306-um-mundo-sem-utopias.shtml, texto adaptado.
Vocabulário de apoio:
1- Grande irmão: expressão usada pelo escritor George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário em seu romance 1984 (escrito em 1948). Naquela história, os trabalhadores são manipulados a tal ponto que existe uma complexa “polícia do pensamento” que a todos vigia por meio de câmaras filmadoras. Pensar “errado” é um crime passível das mais violentas torturas. O correto, naquele romance, é “não pensar”.
Fonte: http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/texto_grande_irmao.asp, acesso em 28/09/2016.
( ) Ser uma instituição de referência no Controle. ( ) Contribuir para o aperfeiçoamento da Administração Pública. ( ) Ética, efetividade, independência, justiça e profissionalismo. ( ) Assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos em benefício da sociedade. A sequência correta é
Tanto o Planejamento Estratégico Empresarial (PEE) quanto o planejamento estratégico situacional (PES) consideram a existência de vários atores no processo estratégico. A diferença no modo como o PES e o PEE consideram e analisam as interações entre esses atores constitui-se num dos principais diferenciais entre essas duas metodologias.
Analise as afirmativas abaixo e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) O método PES surge como elogio ao planejamento tradicional (PT), abrangendo tanto o planejamento do desenvolvimento econômico e social (PDES) quanto o planejamento estratégico empresarial (PEE).
( ) O PEE é um método que considera as diversas percepções e explicações de todos os atores envolvidos na situação.
( ) O PES estabelece que o processo de formulação de estratégia deve ocorrer passo a passo, em momentos preestabelecidos.
( ) O PES é um método que percebe o mundo de forma subjetiva, voltado para o cálculo interativo, considerando a explicação dos diversos atores que participam do jogo em questão.
( ) O PES estabelece que o processo de formulação de estratégia deve ocorrer continuamente, em momentos preestabelecidos.
A sequência correta é
Para se compreender o Planejamento Estratégico Situacional (PES), faz-se necessário definir e explicar o conceito de momentos que aparece em oposição ao conceito de etapas, tão disseminado pelo Planejamento Estratégico Empresarial.
O momento em que são desenhadas as propostas do plano que
apresentam como deve ser a realidade futura, em oposição aos
problemas presentes, é o
“Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2001, outras exigências foram impostas ao gestor público na condução de processos de licitação, em especial quando houver criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa.”
Considerando a Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as condições para a realização do procedimento licitatório e emissão de nota de empenho, descritas abaixo, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Publicação do edital ou com a entrega do convite, contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço.
( ) Declaração do ordenador de despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual (LOA), compatibilidade com o plano plurianual (PPA) e com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
( ) Abertura de processo administrativo, que contenha autorização para contratação, indicação sucinta do objeto e existência de recurso próprio para efetivação da despesa.
( ) Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor a despesa e nos dois subsequentes.
A sequência correta é