Questões de Concurso
Comentadas para prefeitura de salgueiro - pe
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A eficácia da inclusão escolar de alunos surdos não
depende exclusivamente da presença do intérprete de
Libras, mas também de adaptações curriculares e
materiais didáticos específicos que atendam às
necessidades linguísticas e culturais dos alunos surdos.
A ausência dessas adaptações compromete a qualidade
do ensino e impede uma verdadeira inclusão educacional,
destacando a necessidade de uma abordagem
pedagógica abrangente que inclua formação continuada
de professores e desenvolvimento de recursos
acessíveis.
A análise discursiva de professores de Libras como segunda língua revela uma autopercepção positiva sobre sua prática docente, mas também destaca a necessidade de aprimoramento contínuo das metodologias de ensino.
A morfologia da Libras utiliza mecanismos como a incorporação e a classificação para formar palavras. Esses processos morfológicos, distintos das línguas orais, permitem que a Libras expresse conceitos abstratos e específicos através da modificação espacial e do movimento das mãos, o que pode ser desafiador para interpretação em tempo real em contextos educacionais.
A formação continuada de professores de Libras deve contemplar a integração de teorias avançadas de linguística aplicada e educação inclusiva, possibilitando a adoção de práticas pedagógicas inovadoras que atendam às necessidades complexas dos alunos surdos.
A mensuração da atividade elétrica cerebral, como no caso dos potenciais evocados relacionados a eventos (ERP), é uma técnica obsoleta e pouco utilizada na neurociência cognitiva moderna.
A competência do professor de Libras em criar e adaptar materiais didáticos visuais e multimodais é crucial para a facilitação da aprendizagem, mas não exige um profundo entendimento das teorias de multimodalidade e semiótica.
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) estabelece que é dever do Estado assegurar a acessibilidade comunicacional para pessoas com deficiência auditiva, incluindo a oferta de intérpretes de Libras em instituições de ensino.
A Libras não exerce nenhuma influência na formação da identidade cultural dos surdos brasileiros, sendo meramente um meio de comunicação funcional desprovido de impacto social ou cultural significativo, independentemente das interações sociais e das práticas culturais da comunidade surda.
As propriedades cinésicas distintivas dos sinais na Língua Brasileira de Sinais (Libras), incluindo a direcionalidade, a amplitude, a frequência repetitiva e o plano tridimensional dos movimentos, apresentam nuances e variações que são intrinsecamente diversas das características paralinguísticas observadas na comunicação verbal de indivíduos ouvintes. Essas variações não apenas influenciam a semântica e a pragmática dos sinais, mas também refletem uma complexa interação entre fatores linguísticos e socioculturais que moldam a percepção e a produção de sinais pelos usuários de Libras.
A formação continuada de professores de Libras deve incluir uma abordagem crítica da história e evolução da educação de surdos, permitindo uma compreensão das práticas opressivas do passado e a promoção de uma pedagogia emancipatória.
A prática pedagógica na educação de surdos deve reconhecer e incorporar as variáveis socioculturais da comunidade surda, utilizando uma abordagem crítica que desafie as normativas linguísticas majoritárias e promova a valorização da identidade surda.
A introdução da Língua de Sinais Francesa (LSF) no Brasil pelo professor surdo francês Eduardo Huet foi um marco crucial para o desenvolvimento da Libras e para a criação do primeiro Instituto de Surdos no país.
A utilização de jogos e atividades lúdicas no ensino de Libras não facilita a aprendizagem nem motiva os alunos, tornando o processo educativo menos dinâmico e interativo. Por exemplo, incorporar jogos de linguagem e atividades interativas nas aulas de Libras não contribui para o engajamento dos alunos nem melhora sua proficiência na língua de sinais.
A presença do intérprete de Libras é indispensável e suficiente para a inclusão plena dos alunos surdos, sendo necessário que a escola desenvolva uma cultura institucional de inclusão que envolva todos os membros da comunidade escolar.
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A interpretação de conteúdos educacionais complexos
para alunos surdos demanda que os intérpretes de Libras
possuam um domínio avançado de estratégias
pedagógicas diferenciadas. Isso inclui a utilização de
analogias visuais detalhadas e a contextualização cultural
precisa, além de técnicas como a adaptação de materiais
didáticos e o emprego de recursos multimodais. Essas
abordagens são cruciais para facilitar a compreensão
aprofundada e a retenção eficaz do conhecimento,
promovendo um ambiente de aprendizagem inclusivo
que responde às necessidades cognitivas específicas dos
alunos surdos e assegura sua plena participação no
processo educacional.
A estrutura fonológica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é intrincada e multidimensional, abrangendo parâmetros essenciais como configuração das mãos, ponto de articulação, movimento, orientação das mãos e expressões não-manuais. Cada um desses parâmetros possui características específicas que interagem e influenciam diretamente o significado e a gramática dos sinais. A compreensão detalhada dessas interações é crucial para a proficiência em Libras e para a efetividade na comunicação com a comunidade surda.
A integração de tecnologias assistivas, incluindo aplicativos e plataformas digitais avançadas, no ensino de Libras, é crucial para superar desafios históricos e contemporâneos da educação de surdos. Essas ferramentas não apenas facilitam a aprendizagem ao proporcionar um ambiente interativo e acessível, mas também abordam as barreiras linguísticas e culturais resultantes de décadas de políticas educacionais que negligenciaram a inclusão plena da Língua de Sinais, promovendo uma reestruturação pedagógica e metodológica essencial para a inclusão e o desenvolvimento acadêmico dos alunos surdos.
A formação continuada dos professores de Libras deve incluir o estudo aprofundado de aspectos não relacionados à estrutura linguística da Libras, como fonética, geografia e geometria, abrangendo temas que são considerados irrelevantes para a qualidade do ensino e para o aprimoramento das habilidades de interpretação e mediação cultural necessárias no contexto educacional de surdos.
A implementação de programas de educação bilíngue para surdos, que enfatizam o uso da Libras como primeira língua e o Português como segunda, enfrenta desafios significativos devido à falta de material didático especializado e à insuficiente formação de professores bilíngues qualificados.
A inclusão de temas culturais e históricos da comunidade surda nas aulas de Libras não é eficaz para a valorização da identidade surda e para uma compreensão mais profunda da língua de sinais. Por exemplo, discutir a história do movimento surdo ou as contribuições culturais de pessoas surdas não contribui para o aprimoramento das habilidades linguísticas dos alunos em Libras.