Questões de Concurso
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À luz dos fundamentos teóricos da educação, considere as afirmativas abaixo:
I. A função da instituição educacional é a de adaptar os educandos aos conteúdos fixados nos currículos.
II. Os métodos de ensino são majoritariamente expositivos.
III. A avaliação é realizada ao final de cada etapa do processo com o objetivo de verificar a aprendizagem dos alunos.
IV. Os alunos devem ter uma postura passiva, aceitando as explicações e concepções do professor.
V. A disciplina em sala de aula é muito valorizada, sendo a principal ferramenta para controlar o processo de ensino-aprendizagem. As características apresentadas estão relacionadas à concepção de educação.
As características apresentadas estão relacionadas à concepção de educação
Texto 1
Os que não comem e os que não dormem
Em nenhum outro país, os ricos demonstraram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, sequestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam com belos carros seus filhos, e não voltam a dormir tranquilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.
Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam frequentar, mas perdem o apetite diante da pobreza, que, ali por perto, arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a ir a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram.
Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada, a caminho de casa. Felizmente, isso nem sempre acontece, mas, certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa. Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: insegurança e ineficiência.
No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficar mais ricos, têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente.
Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que, no hotel onde se hospedarão, serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.
Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi essa pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o País dispunha. Se tivessem percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria. A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.
Para poder usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda a saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas têm dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença.
Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E essa pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso, a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo.
Essa seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro – os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez. Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas.
(BUARQUE, Cristovam. Os que não comem e os que não dormem. O Globo, 12/03/2001.)
Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, aos valores semânticos das conjunções destacadas nos trechos abaixo.
I. “Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas [...]”.
II. “Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados”.
III. “Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social”.
I. a conversão D/A é o processo de conversão de uma tensão ou corrente para um valor representado em código digital (como binário ou BCD).
II. a função do transdutor é converter a variável física em elétrica. Alguns transdutores comuns são sensores de temperatura, fotocélulas e fotodiodos.
III. a saída elétrica analógica do transdutor serve como entrada analógica do conversor analógico-digital (ADC). Este converte essa entrada analógica em saída digital, que consiste de um número de bits que representa o valor da entrada analógica.
IV. a resolução de um conversor D/A é definida como a menor variação na saída analógica como resultado de mudança na entrada digital.
V. erro de offset é o desvio máximo da saída do conversor digital-analógico (DAC) do valor esperado (ideal), expresso como porcentagem do erro de offset. Então se o conversor apresentar um erro de offset de ±0,05% e esse conversor tem tensão de entrada 10V, esse percentual de erro de offset é de até 5 mV.
Estão CORRETOS os itens
Marque a opção com a sequência CORRETA.
O Decreto nº 5.626, nos artigos 17 e 18, que tratam da formação em nível superior, que a princípio, foi assumida nacionalmente pela UFSC e, em nível médio, aqui no estado de Pernambuco,
I. a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC criou o curso superior de Letras-Libras em EaD, no ano 2006, sem oferecer mais nenhuma turma depois.
II. a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ofertou cursos em Licenciatura em LetrasLibras em 2006; em 2008, além da Licenciatura, a UFSC também abriu o Bacharelado em Letras-Libras para tradutores e intérpretes e ampliou os polos, tendo a UFPE como parceira.
III. com o incentivo à formação técnica promovido pelo governo federal, o Centro de Apoio ao Surdo-CAS, passou a oferecer apenas cursos técnicos no estado.
IV. em Pernambuco, a Comunidade Surda nada fez para implementar o decreto, mesmo com o polo da UFSC na UFPE, respectivamente.
V. com o incentivo à formação técnica pelo governo federal, nos anos 2006/2007, a Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra-ETEASD criou o Curso Técnico em Interpretação e Tradução em Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa, respectivamente.
Estão CORRETAS apenas
Assinale a alternativa correspondente a sequência CORRETA.