Questões de Concurso Comentadas para engenheiro civil

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Q1886745 Português

Leia o texto, para responder à questão. 



      Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina.


      Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.


      Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. 


      O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.


      Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.


      Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus.


      O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.


(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)

O enunciado do texto que se expressa unicamente com palavras em sentido próprio é: 
Alternativas
Q1886744 Português

Leia o texto, para responder à questão. 



      Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina.


      Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.


      Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. 


      O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.


      Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.


      Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus.


      O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.


(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)

Do ponto de vista do autor,
Alternativas
Q1886743 Português

Leia o texto, para responder à questão. 



      Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina.


      Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.


      Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste do último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”. 


      O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.


      Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.


      Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus.


      O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.


(Leandro Karnal, A sedução do Arlequim. O Estado de S.Paulo, 26.12.2021. Adaptado)

De acordo com o texto, a figura do Arlequim
Alternativas
Q1886736 Engenharia Civil
O polígono da figura foi desenhado no programa AutoCAD© cujos pontos estão indicados em coordenadas absolutas.

Imagem associada para resolução da questão


Com o cursor do mouse posicionado no ponto G, para desenhar uma linha até o ponto H em coordenadas relativas cartesianas, deve-se digitar:
Alternativas
Q1886719 Engenharia Civil
A figura representa a seção transversal de uma laje nervurada de concreto armado, construída com 2 vigas simplesmente apoiadas, com vão de 8 m.

Imagem associada para resolução da questão


Para o dimensionamento da armadura das vigas como seção T, a largura colaborante a ser considerada no cálculo é de
Alternativas
Q1886713 Engenharia Civil
Para o revestimento de uma edificação, está prevista a produção de argamassa de cimento, cal e areia, com traço em massa 1:2,5:10, no canteiro de obras. Considerando que as massas específicas do cimento, da cal e da areia são, respectivamente, 1200 kg/m3 , 500 kg/m3 e 1500 kg/m3 , o traço, em volume da argamassa, é: 
Alternativas
Q1886712 Noções de Informática
Assinale a alternativa que indica um exemplo de busca por expressão exata no buscador de internet Google. 
Alternativas
Q1886711 Noções de Informática
Um engenheiro preparou alguns gráficos e os salvou em arquivos de formato png em uma pasta local de seu computador para serem exibidos durante uma apresentação de slides por meio do MS-PowerPoint 2016, em sua configuração padrão. Para inserir tais gráficos, o engenheiro deve utilizar o ícone________ do grupo_________  da guia Inserir.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do enunciado.
Alternativas
Q1886710 Noções de Informática

A planilha a seguir foi elaborada por meio do MS-Excel 2016, em sua configuração padrão.


Imagem associada para resolução da questão



O valor exibido na célula C1, após esta ser preenchida com a fórmula =CONT.SE(A1:B6;">C"), será 

Alternativas
Q1886709 Noções de Informática
No MS-Word 2016, em sua configuração padrão, a separação do texto em partes (páginas/seções) definida como ‘Marca o ponto em que uma página termina e outra página começa’ é chamada de Quebra
Alternativas
Q1886708 Noções de Informática
No MS-Windows 10, em sua configuração padrão, ao apertar a tecla PrtScr (Print Screen) de um teclado, a imagem da tela do computador é copiada para a Área de Transferência. No entanto, se o usuário quiser selecionar uma parte específica da imagem da tela do computador, e copiar para a Área de Transferência apenas a parte desejada, poderá utilizar o aplicativo acessório
Alternativas
Q1886707 Português

Leia a tirinha para responder à questão.


Imagem associada para resolução da questão


(Bill Watterson. Os dias estão simplesmente lotados. São Paulo: Best News, 1995)



As lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: 

Alternativas
Q1886706 Português
Leia fragmento da reportagem.

      Num mundo ideal, o tamanho e a dieta dos peixes não seriam um problema. Mas, num mundo como o nosso, _________  os oceanos se transformaram em depósito do lixo produzido pelo homem, esses são aspectos _________ não podem ser ignorados.

Assinale a alternativa que apresenta termos que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
Alternativas
Q1886705 Português

Leia trecho de reportagem para responder à questão.



A sardinha plebeia deixou o nobre salmão para trás



      O nobre das águas gélidas está sendo desbancado pelo mais plebeu dos espécimes que habitam os oceanos. A virada do jogo tem a ver com a poluição ambiental. O salmão, até pelo porte, é um peixe que come outros peixes. Já a sardinha, que caberia na palma da mão, não tem tamanho para comer de tudo – é totalmente vegana.

      É preciso desmistificar a ideia de que o alimento mais saudável é sempre o mais caro. Preço salgado e qualidade nutricional não andam necessariamente lado a lado. Alguns itens pouco prestigiados estão justamente entre os mais nutritivos. É o caso do amendoim, que, sendo o primo pobre das castanhas, é o mais rico em proteínas.

      Considere, portanto, se não é hora de puxar a sardinha para a sua brasa.

(Veja, 10 de novembro de 2021. Adaptado)

De acordo com a gramática, adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, com ele concordando em gênero e número.

Assinale a alternativa em que as duas palavras em destaque exercem a função de adjetivos.
Alternativas
Q1886704 Português

Leia trecho de reportagem para responder à questão.



A sardinha plebeia deixou o nobre salmão para trás



      O nobre das águas gélidas está sendo desbancado pelo mais plebeu dos espécimes que habitam os oceanos. A virada do jogo tem a ver com a poluição ambiental. O salmão, até pelo porte, é um peixe que come outros peixes. Já a sardinha, que caberia na palma da mão, não tem tamanho para comer de tudo – é totalmente vegana.

      É preciso desmistificar a ideia de que o alimento mais saudável é sempre o mais caro. Preço salgado e qualidade nutricional não andam necessariamente lado a lado. Alguns itens pouco prestigiados estão justamente entre os mais nutritivos. É o caso do amendoim, que, sendo o primo pobre das castanhas, é o mais rico em proteínas.

      Considere, portanto, se não é hora de puxar a sardinha para a sua brasa.

(Veja, 10 de novembro de 2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as duas frases/expressões foram empregadas com sentido figurado.
Alternativas
Q1886703 Português

Leia trecho de reportagem para responder à questão.



A sardinha plebeia deixou o nobre salmão para trás



      O nobre das águas gélidas está sendo desbancado pelo mais plebeu dos espécimes que habitam os oceanos. A virada do jogo tem a ver com a poluição ambiental. O salmão, até pelo porte, é um peixe que come outros peixes. Já a sardinha, que caberia na palma da mão, não tem tamanho para comer de tudo – é totalmente vegana.

      É preciso desmistificar a ideia de que o alimento mais saudável é sempre o mais caro. Preço salgado e qualidade nutricional não andam necessariamente lado a lado. Alguns itens pouco prestigiados estão justamente entre os mais nutritivos. É o caso do amendoim, que, sendo o primo pobre das castanhas, é o mais rico em proteínas.

      Considere, portanto, se não é hora de puxar a sardinha para a sua brasa.

(Veja, 10 de novembro de 2021. Adaptado)

A frase – … é um peixe que come outros peixes. – equivale, de acordo com a norma-padrão do emprego e da colocação pronominal, a:
Alternativas
Q1886702 Português
Leia o texto a seguir.

      Meditando nos aprofundamos na nossa identidade, descobrimos a paz e a confiança. Aprendemos _________ estar no presente e entendemos que nós e o mundo somos a mesma coisa – e daí _________ a compaixão e a humildade, uma atenção _________ necessidades dos outros, a abertura _________  diversidade, o apreço _________ natureza e uma visão de mundo mais global.

(Trecho de entrevista de Pablo d’Ors, escritor, padre e discípulo zen – Maria Fernanda Rodrigues. O Estado de S.Paulo, 07 de outubro de 2021)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Alternativas
Q1886701 Português

Leia o poema para responder à questão. 



Casamento (Texto II)


Há mulheres que dizem:

Meu marido, se quiser pescar, pesque,

mas que limpe os peixes.

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,

de vez em quando os cotovelos se esbarram,

ele fala coisas como “este foi difícil”

“prateou no ar dando rabanadas”

e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.

Por fim, os peixes na travessa,

vamos dormir.

Coisas prateadas espocam:

somos noivo e noiva.


(Adélia Prado)

Nos 8° e 12° versos – ele fala coisas como “este foi difícil” – e – O silêncio […] atravessa a cozinha como um rio profundo – os termos em destaque foram empregados, respectivamente, para
Alternativas
Q1886700 Português

Leia o poema para responder à questão. 



Casamento (Texto II)


Há mulheres que dizem:

Meu marido, se quiser pescar, pesque,

mas que limpe os peixes.

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,

de vez em quando os cotovelos se esbarram,

ele fala coisas como “este foi difícil”

“prateou no ar dando rabanadas”

e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.

Por fim, os peixes na travessa,

vamos dormir.

Coisas prateadas espocam:

somos noivo e noiva.


(Adélia Prado)

É correto afirmar que o sentido da frase dita pelo eu lírico – Eu não. – no 4° verso,
Alternativas
Q1886699 Português

Leia o texto para responder à questão.



Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)


Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se aproximar.



      “Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.


      O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.


      Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.


      Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.


      Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.” 


      “Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”


(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Imagem associada para resolução da questão


De acordo com as informações contidas no poema e no texto I, é correto afirmar:

Alternativas
Respostas
3841: B
3842: E
3843: C
3844: A
3845: E
3846: D
3847: B
3848: A
3849: E
3850: C
3851: D
3852: E
3853: C
3854: A
3855: B
3856: A
3857: C
3858: D
3859: B
3860: D