Questões de Concurso
Comentadas para analista contábil
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A velhinha contrabandista
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41)
(EG ER, Claudio. A Pré-Amazônia Mato-Grossense no Contexto Nacional e Sul Americano. In: Expansão da Soja na Pré-Amazônia Mato-Grossense: Impactos Socioambientais. Cuiabá-MT: Entrelinhas: EdUFMT, p. 15-34, 2007)
A expansão da produção de soja no Estado de Rondônia ocorreu, principalmente:
Faturamento Bruto 8.800
Capital Social 6.700
Duplicatas a receber 5.000
Custo dos produtos vendidos 4.000
Estoque de produtos 3.500
Duplicatas a pagar 2.500
Investimentos em controladas 1.700
Bancos 1.500
Empréstimos a sócios 1.300
Reserva Legal 1.300
IPI a Recolher 1.000
IPI sobre vendas 800
ICMS sobre vendas 960
Despesas de salários 430
Aplicações financeiras 400
Despesas com aluguel 300
Despesa de energia 110
IRPJ sobre o lucro 200
Caixa 100
Considere, também, que, após o encerramento das contas de resultado, foram preparados a Demonstração de Resultado e o Balanço Patrimonial.
Faturamento Bruto 8.800
Capital Social 6.700
Duplicatas a receber 5.000
Custo dos produtos vendidos 4.000
Estoque de produtos 3.500
Duplicatas a pagar 2.500
Investimentos em controladas 1.700
Bancos 1.500
Empréstimos a sócios 1.300
Reserva Legal 1.300
IPI a Recolher 1.000
IPI sobre vendas 800
ICMS sobre vendas 960
Despesas de salários 430
Aplicações financeiras 400
Despesas com aluguel 300
Despesa de energia 110
IRPJ sobre o lucro 200
Caixa 100
Considere, também, que, após o encerramento das contas de resultado, foram preparados a Demonstração de Resultado e o Balanço Patrimonial.
Sistemática de tributação / Período correspondente a DRE
• Lucro real - estimativa mensal (receita bruta) = 01 mês
• Lucro real - suspensão ou redução = 06 meses
• Lucro real - trimestral = 01 trimestre
• Lucro presumido = 01 trimestre
Demonstração do resultado
Receita bruta - venda de mercadorias 300.000
Receita bruta - venda de serviços 400.000
Custos das mercadorias e serviços prestados 250.000
Outras despesas e receitas
.. Resultado negativo de equivalência patrimonial 28.200
.. Dividendos recebidos 77.000
.. Despesas administrativas 42.800
Receita de juros 15.000
Receita na venda de ativo imobilizado 20.000
Custo do ativo imobilizado vendido 11.000
Lucro líquido antes dos tributos ???
Outras informações:-
Imposto de renda na fonte – serviços prestados 6.000
CSLL retida na fonte – serviços prestados 4.000
Prejuízos fiscais ano base 2013 150.000
Base Negativa da CSLL ano base 2013 150.000
Após a análise e considerações, responda a questão.
Sistemática de tributação / Período correspondente a DRE
• Lucro real - estimativa mensal (receita bruta) = 01 mês
• Lucro real - suspensão ou redução = 06 meses
• Lucro real - trimestral = 01 trimestre
• Lucro presumido = 01 trimestre
Demonstração do resultado
Receita bruta - venda de mercadorias 300.000
Receita bruta - venda de serviços 400.000
Custos das mercadorias e serviços prestados 250.000
Outras despesas e receitas
.. Resultado negativo de equivalência patrimonial 28.200
.. Dividendos recebidos 77.000
.. Despesas administrativas 42.800
Receita de juros 15.000
Receita na venda de ativo imobilizado 20.000
Custo do ativo imobilizado vendido 11.000
Lucro líquido antes dos tributos ???
Outras informações:-
Imposto de renda na fonte – serviços prestados 6.000
CSLL retida na fonte – serviços prestados 4.000
Prejuízos fiscais ano base 2013 150.000
Base Negativa da CSLL ano base 2013 150.000
Após a análise e considerações, responda a questão.
Assinale a alternativa que contém o nome do recurso utilizado entre os dois momentos, ANTES e DEPOIS, responsável por agrupar as três primeiras células da primeira linha em apenas uma célula.
Leia o texto para responder à questão.
Não há como não ressaltar a fortíssima repercussão – e os aplausos – da encíclica Laudato Si, do papa Francisco, principalmente as questões ali relacionadas com meio ambiente – uma delas, a dos recursos hídricos. Também é instigante verificar a coincidência da encíclica em temas centrais – como o da água – com os enunciados na mesma semana por um novo documento da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
Pode-se começar pela questão dos recursos hídricos, com base em estudos da Nasa decorrentes de registros de satélites (pesquisas de 2003 a 2013). Neles se ressalta que “o mundo caminha para a falta de água” e que 21 dos 37 maiores aquíferos subterrâneos do mundo “estão sendo exauridos em níveis alarmantes”, pois a retirada é maior que a reposição. E isso acontece simultaneamente com algumas das secas mais fortes da história, inclusive nos EUA e no Nordeste brasileiro.
A encíclica papal investe pesadamente contra a “crescente tendência à privatização” dos recursos hídricos no mundo, “apesar de sua escassez” – e tendendo a transformá-los “em mercadoria, sujeita às leis do mercado” –, o que prejudicaria muito os pobres. E a água continua a ser desperdiçada, em países ricos e nos menos desenvolvidos. O conjunto de causas leva a um aumento do custo de alimentos – a ponto de vários estudos indicarem um déficit de recursos hídricos em poucas décadas –, afetando “bilhões de pessoas”. Além disso, seria admissível pensar que “o controle da água por grandes empresas multinacionais de negócios” pode tornar-se “um dos fatores mais importantes de conflitos neste século”.
Essas causas podem levar também à dramática perda da biodiversidade, que se ressente ainda da ação de produtos químicos nas lavouras. Nesse ponto, a encíclica é muito direta e dura ao ressaltar que na Amazônia e na bacia do Congo “interesses globais, sob pretexto de proteger os negócios, podem solapar a soberania das nações”. Já há até – diz o documento – “propostas de internacionalização da Amazônia, que serviriam apenas aos interesses econômicos de corporações transnacionais”.
A encíclica papal e os estudos da Nasa são dois documentos que nos põem diante das questões cruciais para a humanidade nestes tempos conturbados. Não há como fugir a elas em nenhum lugar. Em termos de Brasil, convém que prestemos muita atenção a documentos como o da Pesquisa Nacional por Amostragem de Municípios, que aponta milhões de brasileiros vivendo na miséria e outras dezenas de milhões abaixo do nível de pobreza. A hora de agir é agora.
(Washington Novaes. O Estado de S. Paulo. 26.06.2015. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Não há como não ressaltar a fortíssima repercussão – e os aplausos – da encíclica Laudato Si, do papa Francisco, principalmente as questões ali relacionadas com meio ambiente – uma delas, a dos recursos hídricos. Também é instigante verificar a coincidência da encíclica em temas centrais – como o da água – com os enunciados na mesma semana por um novo documento da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
Pode-se começar pela questão dos recursos hídricos, com base em estudos da Nasa decorrentes de registros de satélites (pesquisas de 2003 a 2013). Neles se ressalta que “o mundo caminha para a falta de água” e que 21 dos 37 maiores aquíferos subterrâneos do mundo “estão sendo exauridos em níveis alarmantes”, pois a retirada é maior que a reposição. E isso acontece simultaneamente com algumas das secas mais fortes da história, inclusive nos EUA e no Nordeste brasileiro.
A encíclica papal investe pesadamente contra a “crescente tendência à privatização” dos recursos hídricos no mundo, “apesar de sua escassez” – e tendendo a transformá-los “em mercadoria, sujeita às leis do mercado” –, o que prejudicaria muito os pobres. E a água continua a ser desperdiçada, em países ricos e nos menos desenvolvidos. O conjunto de causas leva a um aumento do custo de alimentos – a ponto de vários estudos indicarem um déficit de recursos hídricos em poucas décadas –, afetando “bilhões de pessoas”. Além disso, seria admissível pensar que “o controle da água por grandes empresas multinacionais de negócios” pode tornar-se “um dos fatores mais importantes de conflitos neste século”.
Essas causas podem levar também à dramática perda da biodiversidade, que se ressente ainda da ação de produtos químicos nas lavouras. Nesse ponto, a encíclica é muito direta e dura ao ressaltar que na Amazônia e na bacia do Congo “interesses globais, sob pretexto de proteger os negócios, podem solapar a soberania das nações”. Já há até – diz o documento – “propostas de internacionalização da Amazônia, que serviriam apenas aos interesses econômicos de corporações transnacionais”.
A encíclica papal e os estudos da Nasa são dois documentos que nos põem diante das questões cruciais para a humanidade nestes tempos conturbados. Não há como fugir a elas em nenhum lugar. Em termos de Brasil, convém que prestemos muita atenção a documentos como o da Pesquisa Nacional por Amostragem de Municípios, que aponta milhões de brasileiros vivendo na miséria e outras dezenas de milhões abaixo do nível de pobreza. A hora de agir é agora.
(Washington Novaes. O Estado de S. Paulo. 26.06.2015. Adaptado)
O poder e a soberania das nações _________ por interesses globais.
_________ os estudos da Nasa que o mundo caminha para a falta de água.
Já __________ propostas de internacionalização da Amazônia.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das frases, de acordo com a norma-padrão.
I. Os estoques são bens tangíveis ou intangíveis adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas atividades.
II. Para fins de mensuração dos estoques a regra é: valor de custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor.
III. Um débito na conta Custo das Mercadorias Vendidas e um crédito de mesmo valor na conta Estoques de Mercadorias significa a baixa pela venda de mercadorias.
IV. O Estoque de Produtos em Elaboração representa a totalidade das matérias-primas já requisitadas que estão em processo de transformação e todas as cargas de custos diretos e indiretos relativos à produção não concluída na data do Balanço Patrimonial.
Assinale a alternativa que contém as sentenças corretas:
Assinale a alternativa correta:
I. A comissão decidiu deferir a realização do jogo em Buenos Aires.
II. Este funcionário continua despercebido pela direção da empresa.
III. O nadador imergiu e dirigiu-se ao treinador.
Escolha a alternativa correta com relação ao uso de parônimos:
O homem que espalhou o deserto
Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia a dia constante, de manhã à noite.
Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas.
A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.
Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.
Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.
Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava acostumado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.
Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.
E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras
proibidas. São Paulo: Global, 2002.
“As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno."
I. O verbo levavam encontra-se no pretérito imperfeito do indicativo e na terceira pessoa do plural.
II. O substantivo menino apresenta gênero masculino e número plural.
III. As palavras imensas e meninos são flexionáveis morfologicamente em gênero e número.
Qual a alternativa correta?