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Leia o texto a seguir para responder à questão .
A notícia fornecida pelo texto jornalístico, analisada pela via da reestruturação produtiva da
agropecuária, indica que:
Fonte: ROCHA, A.E.S. et al. Composição florística e chave de identificação das Poaceae ocorrentes nas savanas costeiras amazônicas, Brasil. Acta Amazônica. VOL. 44(3) 2014: 301 – 314
O mapa evidencia a distribuição de manchas de savana incrustadas no bioma Amazônico, localizado na zona costeira. Sobre a presença desta formação vegetal na região, entende-se que:
Um Sistema de Informação Geográfica é o meio tecnológico fundamentado em computador, caraterizado por software específicos, com habilidade para aquisição, armazenamento, recuperação, transformação e saída de dados georreferenciados.
Fonte: http://geoden.uff.br/geoprocessamento/ Acesso em 29 de maio de 2023
Considerando a figura, o texto e os seus conhecimentos sobre o Sistema de Informação Geográfica (SIG), analise as afirmativas abaixo:
I. Geoprocessamento e SIGs apresentam a mesma concepção, ou seja, são o conjunto de tecnologias de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais.
II. O SPRING é um Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com objetivo de construir um sistema de informações geográficas para aplicações em Agricultura, Floresta, Gestão Ambiental, Geografia, Geologia, Planejamento Urbano e Regional.
III. São vários os tipos de sistemas de geoprocessamento: sistemas de digitalização, sistemas de conversão de dados, sistemas de modelagem digital de terreno, sistemas de processamento de imagens, dentre outros sistemas de informações geográficas – SIGs. Todos esses sistemas tratam da informação espacial, porém cada tipo tem sua função particular e suas peculiaridades.
IV. Em um SIG, cada projeto corresponde a um referencial geográfico, ou seja, um ambiente de trabalho. O projeto é formado por planos de informação (PI) que se referem aos aspectos de uma região.
Estão corretas:
Considerando que a Pós-Modernidade também questiona as explicações totalizantes, os planejamentos centralizados, as verdades eternas e universais e valoriza a pluralidade do poder discursivo, o jogo de linguagem onde cada um ou cada grupo pode gerar, a partir de seu lugar, distintos códigos e sentidos, valoriza, também, a singularidade do lugar. Abrem-se com esta perspectiva novos campos à Geografia, estes são expressos pela Geografia dos lugares (...), a Geografia das percepções e/ou das representações, a Geografia das manifestações culturais derivadas da expressão das diferenças, das identidades, das territorialidades. FONTE: Suertegaray. D. M.A- Notas sobre Epistemologia Da Geografia. Cadernos Geográficos - Nº 12 - Maio 2005. P 35.
Neste recorte sobre o contexto da Pós-Modernidade, a autora apresenta alguns campos de pesquisa em Geografia, incluindo a perspectiva do estudo de gênero. É importante entender que estes estudos se tratam de um(a):
Fonte: TOURINHO, L.H.Z. et al. Planos Diretores do Município de Belém (PA) e a Questão dos Rios Urbanos. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, 2021. p 8.
Os mapas representam duas informações: a densidade demográfica de Belém e as bacias hidrográficas com áreas de inundação em 2010. Ao correlacionar essas variáveis com o conceito de risco e vulnerabilidades, constata-se que:
Analisada no campo do pensamento geográfico moderno, a abordagem ambiental pode ser concebida a partir de dois grandes momentos. O primeiro, no qual o ambiente configura-se em sinônimo de natureza (ambientalismo=naturalismo), prevaleceu desde a estruturação da científica geografia até meados do século XX, sendo, porém, possível ainda observá-lo como postura filosófica perante o mundo por parte de muitos cientistas, inclusive geógrafos. A este primeiro período poderia ser associado o tecnicismo(...), no segundo momento é que se observa o salto dado por alguns geógrafos que passam a abordá-lo na perspectiva da interação sociedade-natureza. Fonte: Mendonça, F.- Geografia SocioAmbiental. In. Elementos da Epistemologia da Geografia Contemporânea. MENDONÇA F.&KOZEL, S. (ORGS). Curitiba: UFPR. 2004, p 128.
A análise do autor é de que a perspectiva ambiental entre os geógrafos atuais fortalece:
O processo de verticalização intensa, não só no bairro do Umarizal, mas em Belém, acarreta uma segregação socioespacial e a diminuição da cobertura vegetal, e é resultante de uma lógica capitalistaespeculativa, além de financeira de formação e apropriação do espaço dessa cidade como um valor de troca(...)No bairro do Umarizal, em específico, houve o aumento da temperatura ao longo dos anos. Em 1997, o bairro apresentou temperaturas com variações de 22ºC a 24ºC e, no ano de 2008, as temperaturas variaram entre 23ºC a 27ºC. Fonte: de Matos, A. C. S.; Tavares, F. B.; Coutinho, E. C.; Guimarães, U. S. Qualidade ambiental, percepção e aspectos socioeconômicos na Amazônia: um estudo de caso do bairro do Umarizal, em Belém/PA. Revista Brasileira de Geografia Física v.14, n.05 (2021) 2946-2965.
O modelo de crescimento capitalista resultou na explosão demográfica e concentração de riqueza e pobreza urbana. Considerando o texto, o contexto da produção do espaço urbano em Belém e as mudanças ambientais, pode-se afirmar que:
Fonte: VALE, J. R. B.; BORDALO, C. A. L. Caracterização morfométrica e do uso e cobertura da terra da bacia hidrográfica do Rio Apeú, Amazônia Oriental. Formação (Online), v. 27, n. 51, 2020 p.317.
O processamento dos dados e a produção dos mapas realizados em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) permitiram o mapeamento da bacia hidrográfica do rio Apeú, no qual é possível observar que:
A espacialização da intensidade das ilhas de calor é um problema recorrente na climatologia porque resulta na criação de um campo contínuo a partir de observações individuais (pontos) por meio da interpolação espacial (...) tais interpolações podem se processar por dois grupos de métodos: os métodos geoestatísticos e os métodos multicritérios.
Fonte: Amorim, M. C. de C. T. (2021). Ilhas de Calor Urbanas: Métodos e Técnicas De Análise. Revista Brasileira De Climatologia, 25. https://doi.org/10.5380/abclima.v0i0.65136
Os Sistemas de Informação Geográfica são utilizados para a espacialização das ilhas de calor. Portanto, para o estudo de clima urbano, a metodologia mais apropriada é o(a)
Se o espaço geográfico é produzido de forma altamente complexa e fortemente desigual. Se o clima é o produto da interação entre os processos dinâmicos da atmosfera e das ações dos agentes sociais, que ao produzirem novas territorialidades modificam as características fundamentais dos elementos climáticos. Então os diversos grupos sociais não experimentam nem percebem o tempo e o clima da mesma forma. Espaços desiguais potencializam efeitos do clima, igualmente desiguais. Nesta perspectiva temos que admitir que o clima é uma construção social.
Fonte: SANT'ANNA NETO, J. L. In: SILVA, C. A.; FIALHO, E. S. (Org.). Concepções e Ensaios da Climatologia Geográfica. 1ed. Dourados: Editora da UFGD, 2012, v. 1, p. 13-38
A argumentação do autor sobre o conceito de Clima como construção social decorre da:
Minha contribuição mais significante como geógrafo, ao longo da segunda metade do século XX, foi, sem dúvida, dirigida à Climatologia. Até então, mais personificado como “Rudimentos de Meteorologia”, o estudo do Clima, no âmbito da Geografia, tinha mais a ver com uma quantificação dos elementos atmosféricos sem a necessária qualificação genética e dinâmica comportamental dos processos. Contra o procedimento geral, lancei-me à procura de uma revisão conceitual e das práticas comportamentais (dinâmicas), já iniciadas pela Teoria da Frente Polar (1917). Lenta, mas persistentemente, elaborei uma série de artigos, capítulos de livros, aconselhamentos didáticos para o ensino de grau médio, até chegar a trabalhos especiais, teses e especulações teóricas visando à produção de um novo paradigma que saísse do domínio estático, exclusivo das médias, para a dinâmica do ritmo. A esta altura de minha vida, ultrapassados os oitenta anos, apelei para os co-autores do presente trabalho, a fim de discutirmos a diretriz a ser tomada sobre a “divulgação” de uma obra que tem demorado a atingir uma prática mais efetiva, já que se desenvolve por mais de meio século. Espero que o presente esforço de divulgação surta algum efeito em benefício dos estudantes de Geografia e jovens geógrafos, e que, no exterior, ele possa merecer alguma atenção como meio de constatar que, no hemisfério sul, na América Latina e, mais especificamente, no Brasil – em esforço de desenvolvimento econômico e cultural –, também podemos propor algo relativo à área. Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro Fonte: MONTEIRO, C. A.F., MENDONÇA, F.A, SANT´ANNA NETO, ZAVATINNI, J.A. A Construção da Climatologia Geográfica no Brasil. Campinas, Alínea, 2015.
No texto do grande geógrafo Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, são apresentadas contribuições ao estudo do clima. Em sua obra, defende:
Fonte: FELIPPE, M.F. et al. Nascentes Antropogênicas: Processos Tecnogênicos e Hidrogeomorfológicos. Revista Brasileira de Geomorfologia, v.14, n.4, (Out-Dez) p.279-286, 2013 p. 294.
No contexto do Antropoceno, a nascente antropogênica, como ilustra a figura, pode possuir distintas e diversas características fisiográficas e hidrogeomorfológicas que resultam da:
Observe a figura a seguir para responder à questão .
Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/947463-deputada-diz-que-envenenamento-da-agua-pode-afetar-a-todos-indistintamente.
Acesso em 01 de junho de 2003.
A partir dos dados de distribuição da água doce no mundo, é possível depreender que:
A reprodução do capital no espaço agrário amazônico, por meio do monopólio do uso da terra, é voraz e demanda grandes áreas. Isso porque, a ampliação e apropriação da renda da terra pelo capital, ainda que auxiliada pela revolução técnica-científica-informacional balizadora de uma agricultura de precisão genética e edafoclimática, é incapaz de subverter o ritmo e movimento da vida, da natureza. O tempo natural flui entre o semear, o germinar e o colher; movimenta-se entre a coleta de sêmen, a inseminação, a gravidez, a gestação e o nascimento. E como para o capital tempo é dinheiro, buscase apropriar de terra útil e utilizável até que dela não precise mais. Portanto, é instrumental a relação que, em seu processo de reprodução, o capital estabelece com a terra, ela é tão somente um meio de produção e força produtiva, valor de troca. Fonte: NAHUM, J.S & BASTOS, C. S- Dendeicultura e Descampesinização na Amazonia Paraense. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, v. 9, n. 17, p. 469-485, abr., 2014, p.470. 34
A análise dos autores sobre a reprodução do capital aponta para a transformação do espaço agrário amazônico, cujo exemplo mais significativo é a(o)
O Antropoceno pode ser considerado como uma nova época geológica, que começou durante a Revolução Industrial e levou a mudanças na natureza dos depósitos, no relevo e na composição da atmosfera (...) o Antropoceno é marcado por várias fases diacrônicas de mudanças para o novo tempo desde a revolução agrícola, urbana, industrial e comercial com impactos em diferentes partes do globo de forma diferenciada.
Fonte: LUZ, L. M. MARÇAL. M.S, -A PERSPECTIVA GEOGRÁFICA DO ANTROPOCENO. Revista de Geografia (Recife) V. 33, No. 2, 2016, p. 158 33
As autoras trazem à luz a discussão sobre o Antropoceno, termo que sugere que:
Projetos mineiro-metalúrgicos, petroquímicos, grandes usinas hidrelétricas, estradas, portos, hidrovias, ferrovias, megaempreendimentos de requalificação e reestruturação urbanos. Todos esses seriam exemplos contundentes do que estamos chamando aqui de grandes projetos. Em realidade, esses megaempreendimentos são verdadeiros paradigmas de uma geografia de exceção que faz viver e deixa morrer, uma vez que em diferentes momentos históricos e como expressão de variados espectros políticos –sem distinção entre esquerda e direita –tais projetos são sempre anunciados e enunciados como inevitáveis (defendidos como estratégicos para segurança e soberania nacional), como uma necessidade política para a garantia das condições materiais do des-envolvimento. FONTE: Malheiro. B & Cruz, V.C. A geografia das ruínas e dos territórios de exceção: uma leitura a contra pelo dos grandes projetos de des-envolvimento. In. Por outras regiões, para outras Amazônias Cidades, geopolítica da mineração e lutas por território. - São Paulo: FFLCH/USP, PROLAM/USP, UNIFESSPA, PPGEO/UFPA, LERASSP, 2023, p. 114.
Neste contexto socioespacial e temporal trazido na análise crítica dos autores, em quais das afirmações abaixo estão relacionadas aos resultados deste projeto para a Amazônia?
I. A criação do Programa Grande Carajás consolidou o papel da Usina Hidrelétrica de Tucuruí na região, de modo que sua produção energética atendeu às demandas dos projetos mínero-metalúrgicos e das prioridades das populações urbanas e rurais da região do baixo Tocantins.
II. As empresas mineradoras Albrás/Alunorte (PA), Alumar (MA), Mineração Rio do Norte (MRN-PA), Companhia Vale do Rio Doce (CVRD-PA), entre outros, articulam-se à dinâmica de novas fronteiras na lógica de riqueza gerada pela acumulação de capital.
III. Os grandes projetos expandem seu domínio territorial sobre espaços ainda não totalmente globalizados de forma a apropriar-se e expropriar recursos naturais, terras e territórios.
IV. Como estratégia de segurança e soberania nacional, a implementação dos grandes empreendimentos que se submeteram a rigorosa aprovação do Licenciamento Ambiental garantem, por transferência de Royalties, a qualidade de vida de comunidades quilombolas, ribeirinhas, camponesas e urbanas.
Estão corretas:
Mas foi somente entre 1966-85 que se deu o planejamento regional efetivo da região. O Estado tomou a si a iniciativa de um novo e ordenado ciclo de devassamento amazônico, num projeto geopolítico para a modernidade acelerada da sociedade e do território nacionais. Nesse projeto, a ocupação da Amazônia assumiu prioridade por várias razões. Foi percebida como solução para as tensões sociais internas decorrentes da expulsão de pequenos produtores do Nordeste e do Sudeste pela modernização da agricultura. Sua ocupação também foi percebida como prioritária, em face da possibilidade de nela se desenvolverem focos revolucionários. Fonte: BECKER, Berta, Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários? Parcerias Estratégicas - Número 12 - Setembro 2001, pg. 137 31
Neste recorte temporal analisado pela autora, o projeto geopolítico para a Amazônia baseava-se na:
Veja o quadro para responder à questão .
Fonte: Roberto Marques Neto & Thomaz Alvisi de Oliveira. A Geomorfologia nos Estudos Integrados da Paisagem: Enfoque
Evolutivo e Dinâmico na Interpretação dos Sistemas Geomorfológicos.
Observe o gráfico a seguir para responder à questão.
Fonte: Câmara, G. et al. Impact of land tenure on deforestation control and forest restoration in Brazilian Amazonia. Environ. Res. Lett. 18 (2023)
Na análise do gráfico sobre o desmatamento legal e ilegal do bioma amazônico entre 2008 a 2021 (na
cor preta e na cor cinza, respectivamente e considerando o Código Florestal Brasileiro (Lei nº
12.651/2012), observa-se que as mudanças no padrão do desmatamento a partir de 2015 é justificada
pela:
De todos estes processos destrutivos, o mais óbvio, e perigoso, é o processo de mudança climática, um processo que resulta dos gases a efeito de estufa emitidos pela indústria, pelo agronegócio e pelo sistema de transporte existentes nas sociedades capitalistas modernas. Esta mudança, que já começou, terá como resultado, não só o aumento da temperatura em todo o planeta, mas a desertificação de setores inteiros de vários continentes, a elevação do nível do mar, com o desaparecimento de cidades marítimas – Veneza, Amsterdam, Hong-Kong, Rio de Janeiro - debaixo dos oceanos. Uma série de catástrofes que se colocam no horizonte dentro de – não se sabe – vinte, trinta, quarenta anos, isto é, num futuro próximo. Fonte: Löwy, Michel. Crise Ecológica, Crise Capitalista. CADERNO CRH, Salvador, v. 26, 67, p. 79-86, Jan./Abr. 2013. 27
No contexto, o autor ressalta que as catástrofes são decorrentes do modo de produção. Coerente com a crítica observada no texto, a análise sobre a questão ambiental coloca como necessária: