Questões de Concurso Para jornalista

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Q1134153 Português
Leia com atenção a reportagem abaixo para responder à questão.

    Adaptado
    A terceira edição da pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção ouviu estudantes dos ensinos fundamental e médio e mostrou que 64% deles “consideram importante” ter psicólogo na escola para atendê-los.
    Os jovens querem profissionais de psicologia na escola “tanto no apoio para lidar com sentimentos, quanto para orientar sobre o que venham a fazer no futuro”.
    “Há uma preocupação entre os alunos de que as escolas apoiem no desenho do futuro deles”, destaca Tatiana Klix, diretora da Porvir, uma plataforma que produz conteúdos de apoio a educadores, que também esteve à frente da pesquisa.
    A atuação permanente de psicólogos nas escolas está prevista em projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional.
    A pesquisa ouviu 258.680 estudantes, de 11 a 21 anos, de todo o Brasil. A maior participação na pesquisa foi de estudantes da Região Sudeste (63,5%). A maioria passou a maior parte da vida escolar em escolas públicas (93,4%), tinha de 15 a 17 anos (58%), é formada de meninas (52%) e se define de cor parda (42%).
Fonte: https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/11/30/maioria-estudantes-psicologo-escolas.html
Leia o trecho: "Há uma preocupação entre os alunos de que as escolas apoiem no desenho do futuro deles', destaca Tatiana Klix, diretora da Porvir, uma plataforma que produz conteúdos de apoio a educadores, que também esteve à frente da pesquisa." e assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1134152 Português
Leia com atenção a reportagem abaixo para responder à questão.

    Adaptado
    A terceira edição da pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção ouviu estudantes dos ensinos fundamental e médio e mostrou que 64% deles “consideram importante” ter psicólogo na escola para atendê-los.
    Os jovens querem profissionais de psicologia na escola “tanto no apoio para lidar com sentimentos, quanto para orientar sobre o que venham a fazer no futuro”.
    “Há uma preocupação entre os alunos de que as escolas apoiem no desenho do futuro deles”, destaca Tatiana Klix, diretora da Porvir, uma plataforma que produz conteúdos de apoio a educadores, que também esteve à frente da pesquisa.
    A atuação permanente de psicólogos nas escolas está prevista em projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional.
    A pesquisa ouviu 258.680 estudantes, de 11 a 21 anos, de todo o Brasil. A maior participação na pesquisa foi de estudantes da Região Sudeste (63,5%). A maioria passou a maior parte da vida escolar em escolas públicas (93,4%), tinha de 15 a 17 anos (58%), é formada de meninas (52%) e se define de cor parda (42%).
Fonte: https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/11/30/maioria-estudantes-psicologo-escolas.html
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do trecho a seguir, respeitando o sentido pretendido pelo texto e a Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
“_____ no apoio para lidar com sentimentos, ____ para orientar sobre o que venham a fazer no futuro”.
Alternativas
Q1134150 Português
Leia com atenção os dois textos a seguir para responder à questão.

[Texto 1]

    Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.
    As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos entendamos em função das atividades laborais que exercemos.
Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.

[Texto 2]


Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg
Analise as afirmativas abaixo em relação ao [texto 1] e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) No trecho “As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário”, os termos destacados são classificados como adjetivos. ( ) A palavra “também” é um advérbio de exclusão. ( ) No trecho “Uma vez que organizam o tempo”, o termo destacado funciona sintaticamente como Objeto Direto. ( ) O trecho “que nos entendamos em função das atividades laborais.” É classificado sintaticamente como Oração Subordinada Completiva Nominal. ( ) O trecho “que exercemos” é classificado sintaticamente como Oração Subordinada Adjetiva Restritiva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Alternativas
Q1134149 Português
Leia com atenção os dois textos a seguir para responder à questão.

[Texto 1]

    Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.
    As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos entendamos em função das atividades laborais que exercemos.
Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.

[Texto 2]


Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg
Assinale a alternativa correta que contenha a expressão mais condizente com a interpretação sobre trabalho proposta pelo [texto 1].
Alternativas
Q1134148 Português
Leia com atenção os dois textos a seguir para responder à questão.

[Texto 1]

    Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.
    As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos entendamos em função das atividades laborais que exercemos.
Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.

[Texto 2]


Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg
Assinale a alternativa que indica o sentido correto do emprego do termo "para" no trecho: "Trabalhar para ganhar a vida".
Alternativas
Q1134147 Português
Leia com atenção os dois textos a seguir para responder à questão.

[Texto 1]

    Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.
    As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos entendamos em função das atividades laborais que exercemos.
Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.

[Texto 2]


Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg
Quanto à principal distinção de ponto de vista dos dois textos, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1134145 Português
Leia com atenção os dois textos a seguir para responder à questão.

[Texto 1]

    Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.
    As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos entendamos em função das atividades laborais que exercemos.
Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.

[Texto 2]


Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg
Sobre a interpretação dos textos, analise as afirmativas abaixo.
I. Os dois textos pactuam do mesmo ponto de vista sobre o trabalho. II. Os dois textos lidos em sequência geram uma relação de descontinuidade na compreensão de trabalho. III. Os dois textos lidos em sequência geram uma relação de contiguidade na compreensão de trabalho.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1133049 Raciocínio Lógico

Considere uma sequência (an) de números naturais definidos por:


Imagem associada para resolução da questão


Como exemplo, com essa definição, tem-se o terceiro termo dessa sequência como sendo a3, obtido por:


a3 = 2.a2 + 3.a1 = 2 . 1 + 3 . 1 = 2 + 3 = 5.


Dessa forma, o oitavo termo dessa sequência será igual a

Alternativas
Q1133048 Matemática
Considere uma caixa na qual existem esferas de plástico de mesmo tamanho, cada uma de uma cor, entre três cores possíveis, sendo que: 7 esferas são cinzas, 5 esferas são azuis e o total de esferas vermelhas é igual a 3/4 do total obtido somando-se o total de esferas cinzas com o total de esferas azuis. Dessa forma, o total de esferas existentes nessa caixa é igual a
Alternativas
Q1133047 Matemática
Em uma prova de um concurso público, o candidato A acertou 90% de 2/3 das questões o candidato B acertou 3/5. Com essas informações, é correto afirmar que
Alternativas
Q1133046 Raciocínio Lógico
Em um exame médico, foram determinadas, em metros, as alturas de Carlos, Davi e Edgar, tal que:
• a altura de Carlos é igual a 17/18 da altura de Davi; • a altura de Edgar é igual à altura de Carlos acrescida de 0,20 metros; • a altura de Davi é o resultado do produto Imagem associada para resolução da questão, em metros.
Assim, é correto afirmar que
Alternativas
Q1133045 Matemática
Um caminhão fará a entrega de vários produtos adquiridos on-line para os clientes de uma loja. No total, esse caminhão transportará: 5 ventiladores, 5 televisores, 18 telefones celulares, 12 luminárias e 10 tablets. A taxa percentual do total de ventiladores e televisores em relação ao total dos outros produtos, todos transportados por esse caminhão, é igual a
Alternativas
Q1133044 Matemática
Uma conta de luz de R$ 100,00 foi paga utilizando-se uma nota de R$ 50,00 e moedas de R$ 1,00 e de R$ 0,50. Se pelo menos 20 moedas de cada um dos dois valores citados foram utilizadas no pagamento dessa conta de luz e a quantidade de moedas de R$ 1,00 é igual a 50% da quantidade de moedas de R$ 0,50, então o total de moedas utilizadas para pagar essa conta de luz é igual a
Alternativas
Q1133043 Matemática

Em um escritório, trabalham 10 pessoas e cada uma delas faz 4 intervalos durante um dia de trabalho, sendo que esses intervalos nunca ocorrem no mesmo horário. Considerando que cada intervalo é de 10 minutos, então o tempo total gasto com intervalos por essas 10 pessoas, em 25 dias de trabalho, é igual a

Alternativas
Q1133042 Raciocínio Lógico
Considere os conjuntos A = {10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100}, B = {10, 30, 60, 70, 100, 200} e C = A ∩ B, então a soma dos elementos do conjunto C é igual a
Alternativas
Q1133041 Raciocínio Lógico
Considere a seguinte proposição condicional: “Se você usar a pasta dental XYZ, então seus dentes ficarão mais claros”. Por definição, a recíproca dessa proposição condicional será dada por
Alternativas
Q1133040 Raciocínio Lógico
Em questões de raciocínio lógico, é comum termos expressões e frases nas quais não conseguimos identificar um sujeito e nem um predicado. Por exemplo, “Quarenta e nove décimos” é uma expressão. Nesse sentido, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma expressão.
Alternativas
Q1133039 Português

Insignificâncias indomáveis

Carla Dias


    Eu tenho medo de lagartixa e de atravessar rua quando o sinal está vermelho, ainda que não haja carros por perto. Meu medo é um algo estupendo, com suas pequenas armadilhas. Faz com que eu tema a alegria, enquanto me preencho de coragem ao lidar com desesperos indeléveis.

    Eu tenho medo de errar a palavra, de sair a outra, a mais torta, a menos a ver com o que eu, de fato, gostaria de dizer. E ainda tem o tom... sou desprovida de talento, quando dele depende o tudo do momento. Aquela coisa de a voz sair rascante, de se entregar à possibilidade de se aventurar no impossível, envergonhando-se dessa ousadia no segundo seguinte.

    Envergonhamento feroz é este.

    (...)

    Tenho medo reverberante de nunca chegar. Não a um lugar, a um destino. Falo sobre chegar ao ser invadida pelo pertencimento. Zerar a ansiedade desconcertante de não ter sido escolhida pela sensação plena de estar onde, tornar-se quem.

    Há quem diga que meus medos são banalidades travestidas de tragédias. Há os que não suportam meus dramas, de tão ridículos os tantos lhes parecem. Contudo, tenho certa dificuldade em compreender a irrelevância de se sentir deslocada no tempo e no espaço, desprovida de identidade, além daquela criada para atender à necessidade de tocar a vida, sem direito a toque que não seja o de recolher-se na própria impotência de provocar o movimento.

    Estagnar-se em conluio com um adiantamento robusto de arrependimentos.

    Meus dramas, essas insignificâncias indomáveis, embebidas em esperança desmilinguida de, dia desses, a vida me oferecer e entregar o oferecido.

    Que susto será!

    Que prazer de curar azedumes!

    Que loucura eficaz!

    Reviravoltas constantes me deixam com desejo aguçado de parar à porta da insanidade, para observar obsoletos santos sendo pessoas em busca de pessoas para conversar sobre seus desvios de conduta, ao se proclamarem heróis, enquanto comentem suas covardias e benevolências.

    Falar mal, fazer bem, desacreditar para então identificar o que vale a pena.

    Amar... odiar... amar odiar. Odiar a mando do tempo perdido com o vazio.

    Mas que o ser humano é de uma incoerência que encanta, enquanto aflige.

    (...)

    A mente tem seus truques, e como ótima equilibrista de absurdos que é, acontece de ela projetar na nossa história uma proteção que acaba por se mostrar precipício. Então, há vezes em que ela se desapega de nós, inventando uma realidade alternativa na qual nos enveredarmos, feito o filme que assisti, sobre a mente de um homem mudando todo o enredo do ocorrido, a fim de protegê-lo do impossível que ele acabara de cometer.

    Sim, ela também comete benevolência, improváveis realizações, descobertas necessárias.

    Sim, ela tem seu lado sórdido.

    A mente me mete medo. Ainda assim, é ela que mais me fascina. Não a minha, que dela eu nunca vou saber ao certo. A tal vai seguir os seus delírios e, talvez, eu nem me dê conta da existência deles ou venha a saber quais provocações eles lideraram.

    A do outro...

    A mente que para mim é mistério, que me provoca a curiosidade sobre o que não sou ou penso. Sobre as versões do que conheço. Basta um espaço que a mente injeta na certeza para se construir aquela pausa onde moram frágeis pontes que conectam improváveis, porém compatíveis buscas.

    Tenho medo de viver busca que é tempo perdido disfarçado de exuberante conquista. É ali, no limiar das suas agonias, que eu me esparramo. Meu corpo vibra buscas e medos e perdas e fantasias.

    Minha mente diz que não tenho saída.

    Permaneço.

    Meu sentimento diz que minha mente mente.

    Fujo.

    Meu medo, ah, meu medo...

    Ele me coloca cara a cara com a vida.

    Vivo.


Adaptado de: <http://www.cronicadodia.com.br/2019/10/insignificancias-indomaveis-carla-dias.html>. Acesso em: 17 nov. 2019.

O termo destacado em: “Ainda assim, é ela que mais me fascina.” é
Alternativas
Q1133038 Português

Insignificâncias indomáveis

Carla Dias


    Eu tenho medo de lagartixa e de atravessar rua quando o sinal está vermelho, ainda que não haja carros por perto. Meu medo é um algo estupendo, com suas pequenas armadilhas. Faz com que eu tema a alegria, enquanto me preencho de coragem ao lidar com desesperos indeléveis.

    Eu tenho medo de errar a palavra, de sair a outra, a mais torta, a menos a ver com o que eu, de fato, gostaria de dizer. E ainda tem o tom... sou desprovida de talento, quando dele depende o tudo do momento. Aquela coisa de a voz sair rascante, de se entregar à possibilidade de se aventurar no impossível, envergonhando-se dessa ousadia no segundo seguinte.

    Envergonhamento feroz é este.

    (...)

    Tenho medo reverberante de nunca chegar. Não a um lugar, a um destino. Falo sobre chegar ao ser invadida pelo pertencimento. Zerar a ansiedade desconcertante de não ter sido escolhida pela sensação plena de estar onde, tornar-se quem.

    Há quem diga que meus medos são banalidades travestidas de tragédias. Há os que não suportam meus dramas, de tão ridículos os tantos lhes parecem. Contudo, tenho certa dificuldade em compreender a irrelevância de se sentir deslocada no tempo e no espaço, desprovida de identidade, além daquela criada para atender à necessidade de tocar a vida, sem direito a toque que não seja o de recolher-se na própria impotência de provocar o movimento.

    Estagnar-se em conluio com um adiantamento robusto de arrependimentos.

    Meus dramas, essas insignificâncias indomáveis, embebidas em esperança desmilinguida de, dia desses, a vida me oferecer e entregar o oferecido.

    Que susto será!

    Que prazer de curar azedumes!

    Que loucura eficaz!

    Reviravoltas constantes me deixam com desejo aguçado de parar à porta da insanidade, para observar obsoletos santos sendo pessoas em busca de pessoas para conversar sobre seus desvios de conduta, ao se proclamarem heróis, enquanto comentem suas covardias e benevolências.

    Falar mal, fazer bem, desacreditar para então identificar o que vale a pena.

    Amar... odiar... amar odiar. Odiar a mando do tempo perdido com o vazio.

    Mas que o ser humano é de uma incoerência que encanta, enquanto aflige.

    (...)

    A mente tem seus truques, e como ótima equilibrista de absurdos que é, acontece de ela projetar na nossa história uma proteção que acaba por se mostrar precipício. Então, há vezes em que ela se desapega de nós, inventando uma realidade alternativa na qual nos enveredarmos, feito o filme que assisti, sobre a mente de um homem mudando todo o enredo do ocorrido, a fim de protegê-lo do impossível que ele acabara de cometer.

    Sim, ela também comete benevolência, improváveis realizações, descobertas necessárias.

    Sim, ela tem seu lado sórdido.

    A mente me mete medo. Ainda assim, é ela que mais me fascina. Não a minha, que dela eu nunca vou saber ao certo. A tal vai seguir os seus delírios e, talvez, eu nem me dê conta da existência deles ou venha a saber quais provocações eles lideraram.

    A do outro...

    A mente que para mim é mistério, que me provoca a curiosidade sobre o que não sou ou penso. Sobre as versões do que conheço. Basta um espaço que a mente injeta na certeza para se construir aquela pausa onde moram frágeis pontes que conectam improváveis, porém compatíveis buscas.

    Tenho medo de viver busca que é tempo perdido disfarçado de exuberante conquista. É ali, no limiar das suas agonias, que eu me esparramo. Meu corpo vibra buscas e medos e perdas e fantasias.

    Minha mente diz que não tenho saída.

    Permaneço.

    Meu sentimento diz que minha mente mente.

    Fujo.

    Meu medo, ah, meu medo...

    Ele me coloca cara a cara com a vida.

    Vivo.


Adaptado de: <http://www.cronicadodia.com.br/2019/10/insignificancias-indomaveis-carla-dias.html>. Acesso em: 17 nov. 2019.

Assinale a alternativa em que as palavras foram acentuadas graficamente pelo mesmo motivo. 
Alternativas
Q1133037 Português

Insignificâncias indomáveis

Carla Dias


    Eu tenho medo de lagartixa e de atravessar rua quando o sinal está vermelho, ainda que não haja carros por perto. Meu medo é um algo estupendo, com suas pequenas armadilhas. Faz com que eu tema a alegria, enquanto me preencho de coragem ao lidar com desesperos indeléveis.

    Eu tenho medo de errar a palavra, de sair a outra, a mais torta, a menos a ver com o que eu, de fato, gostaria de dizer. E ainda tem o tom... sou desprovida de talento, quando dele depende o tudo do momento. Aquela coisa de a voz sair rascante, de se entregar à possibilidade de se aventurar no impossível, envergonhando-se dessa ousadia no segundo seguinte.

    Envergonhamento feroz é este.

    (...)

    Tenho medo reverberante de nunca chegar. Não a um lugar, a um destino. Falo sobre chegar ao ser invadida pelo pertencimento. Zerar a ansiedade desconcertante de não ter sido escolhida pela sensação plena de estar onde, tornar-se quem.

    Há quem diga que meus medos são banalidades travestidas de tragédias. Há os que não suportam meus dramas, de tão ridículos os tantos lhes parecem. Contudo, tenho certa dificuldade em compreender a irrelevância de se sentir deslocada no tempo e no espaço, desprovida de identidade, além daquela criada para atender à necessidade de tocar a vida, sem direito a toque que não seja o de recolher-se na própria impotência de provocar o movimento.

    Estagnar-se em conluio com um adiantamento robusto de arrependimentos.

    Meus dramas, essas insignificâncias indomáveis, embebidas em esperança desmilinguida de, dia desses, a vida me oferecer e entregar o oferecido.

    Que susto será!

    Que prazer de curar azedumes!

    Que loucura eficaz!

    Reviravoltas constantes me deixam com desejo aguçado de parar à porta da insanidade, para observar obsoletos santos sendo pessoas em busca de pessoas para conversar sobre seus desvios de conduta, ao se proclamarem heróis, enquanto comentem suas covardias e benevolências.

    Falar mal, fazer bem, desacreditar para então identificar o que vale a pena.

    Amar... odiar... amar odiar. Odiar a mando do tempo perdido com o vazio.

    Mas que o ser humano é de uma incoerência que encanta, enquanto aflige.

    (...)

    A mente tem seus truques, e como ótima equilibrista de absurdos que é, acontece de ela projetar na nossa história uma proteção que acaba por se mostrar precipício. Então, há vezes em que ela se desapega de nós, inventando uma realidade alternativa na qual nos enveredarmos, feito o filme que assisti, sobre a mente de um homem mudando todo o enredo do ocorrido, a fim de protegê-lo do impossível que ele acabara de cometer.

    Sim, ela também comete benevolência, improváveis realizações, descobertas necessárias.

    Sim, ela tem seu lado sórdido.

    A mente me mete medo. Ainda assim, é ela que mais me fascina. Não a minha, que dela eu nunca vou saber ao certo. A tal vai seguir os seus delírios e, talvez, eu nem me dê conta da existência deles ou venha a saber quais provocações eles lideraram.

    A do outro...

    A mente que para mim é mistério, que me provoca a curiosidade sobre o que não sou ou penso. Sobre as versões do que conheço. Basta um espaço que a mente injeta na certeza para se construir aquela pausa onde moram frágeis pontes que conectam improváveis, porém compatíveis buscas.

    Tenho medo de viver busca que é tempo perdido disfarçado de exuberante conquista. É ali, no limiar das suas agonias, que eu me esparramo. Meu corpo vibra buscas e medos e perdas e fantasias.

    Minha mente diz que não tenho saída.

    Permaneço.

    Meu sentimento diz que minha mente mente.

    Fujo.

    Meu medo, ah, meu medo...

    Ele me coloca cara a cara com a vida.

    Vivo.


Adaptado de: <http://www.cronicadodia.com.br/2019/10/insignificancias-indomaveis-carla-dias.html>. Acesso em: 17 nov. 2019.

Assinale a alternativa que apresenta um trecho com uma oração sem sujeito.
Alternativas
Respostas
4481: E
4482: B
4483: D
4484: E
4485: B
4486: A
4487: C
4488: C
4489: A
4490: B
4491: B
4492: D
4493: C
4494: A
4495: B
4496: D
4497: C
4498: B
4499: C
4500: D