Questões de Concurso Para bioquímico

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Q1372224 História
“A cidade de Paris abrirá em outubro deste ano seu primeiro centro de recepção transitória de refugiados, com uma capacidade inicial para 400 pessoas, anunciou a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo. O centro, instalado em uma antiga área industrial ao norte de Paris, estará destinado aos homens sozinhos. Eles poderão, durante um período de cinco a 10 dias, descansar e passar por exames médicos, além de receber ajuda psicológica, afirmou a prefeita ao apresentar o projeto.”
(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/paris-abrira-primeiro-centro-para-refugiados-em-outubro.html.)
Diante da maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial, os países da Europa
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Q1372223 Atualidades
"O medo de que a reforma da Previdência prolongue o tempo para poder se aposentar tem feito trabalhadores mudarem os planos para o futuro. Quem esperava completar a pontuação da fórmula 85/95 para obter o benefício integral já cogita antecipar o pedido e receber um valor menor que o previsto, com receio de que as regras mudem novamente.”
(Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/incerteza-sobre-previdencia-aumenta-procura-por-aposentadoria-antecipada.html.)
Sobre a Previdência Social no Brasil, é correto afirmar que:
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Q1372222 Atualidades
“Dezesseis longa-metragens nacionais tentam uma vaga ao Oscar de melhor filme estrangeiro, para 2017. A lista das produções inscritas foi divulgada pela Secretaria do Audiovisual e conta com ‘Aquarius’, de Kleber Mendonça Filho, entre outros filmes de grande repercussão. Uma comissão de pessoas ligadas ao audiovisual é encarregada de escolher o representante brasileiro na premiação americana.”
(Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/dezesseis-filmes-brasileiros-vao-disputar-uma-indicacao-ao-oscar-20053639.)
Dentre os filmes que concorrerão a essa vaga está:
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Q1372220 Atualidades
“O Banco Central vai reduzir para menos ainda a Selic. A estimativa agora é que a Selic – em 14,25 por cento há mais de um ano – encerre o ano em 13,75 por cento, sobre 13,50 por cento na semana anterior. Para o fim de 2017, a projeção foi mantida em 11 por cento.”
(Disponível em: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN10Q19E.)
Tendo em vista o significado e os efeitos do aumento ou diminuição da taxa Selic, considera-se que quanto mais essa taxa
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Q1372219 Atualidades

Observe a imagem.

Imagem associada para resolução da questão

Além das regras do horário de propaganda eleitoral, existem também aquelas destinadas ao financiamento das campanhas. Tendo em vista essas regras e a campanha eleitoral deste ano (2016), assinale a alternativa correta.

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Q1372208 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
“A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante.” (4º§) Assinale o comentário a seguir, sobre o texto, em que haja coesão textual e cuja correção gramatical esteja de acordo com a norma padrão da língua.
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Q1372207 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
Em “O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios.” (4º§), a expressão “até porque” indica
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Q1372206 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
Considerando os conhecimentos da análise sintática dos termos da oração, na estruturação do trecho “[...] queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase.” (4º§) é possível o(a)
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Q1372202 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
A partir do emprego de verbos na primeira pessoa do plural, a autora
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Q1372200 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
De acordo com o efeito de sentido, é possível observar a extrapolação do sentido original através da expressão empregada em:
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Q1372199 Português
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista

    Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
    1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou, pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.

    Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência, uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância. Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.

    2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer. Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase. A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados. Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não há muita diferença. [...]

(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer-escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
Acerca das ideias trazidas ao texto pode-se depreender que
Alternativas
Q1372018 Biomedicina - Análises Clínicas
O método utilizado para evidenciar cistos de protozoários e ovos de helmintos, tendo como princípio centrífugosedimentação pelo formol-éter é o de:
Alternativas
Q1372017 Biomedicina - Análises Clínicas
O meio de cultivo mais utilizado para o crescimento da Chlamydia trachomatis é o de:
Alternativas
Q1372016 Biomedicina - Análises Clínicas
Sobre a presença de cristais na urina, assinale a afirmativa INCORRETA
Alternativas
Q1372015 Biomedicina - Análises Clínicas

Analise os elementos encontrados nas figuras a seguir.

Imagem associada para resolução da questão

As figuras anteriores são, respectivamente:

Alternativas
Q1372014 Biomedicina - Análises Clínicas
Ao analisar o esfregaço de sangue de uma paciente de 13 anos, notou-se anemia microcítica hipocrômica, hemácias em forma de lápis ou cigarro e anisositose.” Os resultados dos exames complementares dessa paciente e o esfregaço sanguíneo apresentam-se a seguir.
Imagem associada para resolução da questão

De acordo com os dados e as imagens anteriores, é correto afirmar que a paciente apresenta:
Alternativas
Q1372013 Biomedicina - Análises Clínicas

Relacione adequadamente as colunas a seguir.

1. Meio de Lowenstein-Jensen.

2. Ágar manitol.

3. Caldo Lim.

4. Ágar cistina-telurito

( ) Seletivo para estafilococos.

( ) Recuperação de Corynebacterium diphtheriae.

( ) Seletivo para micobactérias.

( ) Recuperação de Streptococcus agalactiae

A sequência está correta em


Alternativas
Q1372012 Biomedicina - Análises Clínicas
Sobre a presença de cilindros na urina, é INCORRETO afirmar que cilindros
Alternativas
Q1372011 Biomedicina - Análises Clínicas
Analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) A bactéria Legionella é um importante patógeno respiratório. Para o isolamente desse organismo, é necessário o uso de um meio suplementado com ferro e L-cisteína. ( ) Chlamydia, uma importante bactéria responsável por doenças sexualmente transmissíveis, é um patógeno intracelular obrigatório que só pode ser cultivado em células vivas (cultura de células). ( ) O meio de cultura Ágar Mueller-Hinton é um meio seletivo do tipo especializado, diferencial para Salmonella. ( ) O Ágar manitol é seletivo para estafilococos, diferencial para Staphylococcus aureus. A sequência está correta em
Alternativas
Q1372010 Biomedicina - Análises Clínicas
A macrocitose é uma alteração no tamanho das hemácias, em que a medula óssea produz glóbulos vermelhos gigantes e imaturos. Essa alteração pode ser chamada de anemia megaloblástica ou anemia macrocítica. “Um paciente está com um quadro clínico de glossite, faz ingestão excessiva de álcool e está desnutrido (carência alimentar). Ao analisar uma lâmina de sangue no microscópio deste um paciente, é observado: anemia macrocítica normocrômica, presença de glóbulos vermelhos nucleados, presença de macro-ovalócitos e aumento do espectro de distribuição das hemácias.” Estas características se referem à:
Alternativas
Respostas
2141: D
2142: C
2143: D
2144: A
2145: B
2146: D
2147: A
2148: B
2149: A
2150: C
2151: A
2152: A
2153: A
2154: A
2155: A
2156: B
2157: C
2158: B
2159: A
2160: C