Questões de Concurso Para letras

Foram encontradas 214.401 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q3049467 Português

Nas frases a seguir foram sublinhados elementos de coesão, relacionados a termos anteriores.


Assinale a frase em que o termo referido está corretamente identificado.

Alternativas
Q3049466 Português

As frases a seguir foram construídas com base em uma comparação.


Assinale a opção que apresenta a frase em que essa comparação é explicada.

Alternativas
Q3049465 Português
Assinale a frase que mostra um erro no emprego da vírgula.
Alternativas
Q3049464 Português
Assinale a frase em que o pronome pessoal tem valor possessivo.
Alternativas
Q3049463 Português
Assinale a opção que apresenta a frase em que o pronome pessoal oblíquo sublinhado não está corretamente empregado.
Alternativas
Q3049462 Português
Assinale a frase em que a preposição de é empregada por exigência de um termo anterior.
Alternativas
Q3049461 Português

A frase argumentativa a seguir, mostra um problema.


O problema do Brasil é um sistema político permissivo que manipula um sistema administrativo ultrapassado.

Thomas Skidmore, brasilianista.


Assinale a opção que o apresenta.

Alternativas
Q3049263 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Dentre as alternativas dadas a seguir, assinale aquela cuja construção tenha se dado de acordo com as regras de ortografia e discursividade, tal qual ocorreu em "Essa a principal lição de um estudo tremendamente simples, é mas ainda assim intrigante, publicado pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA".
Alternativas
Q3049262 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Sem prejuízo de sentido, pode-se substituir o termo realçado em "Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro" por
Alternativas
Q3049261 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Assinale a alternativa em que tenha sido feita pontuação igualmente correta para o período acima. 
Alternativas
Q3049260 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Em relação ao que se enuncia anteriormente, o segmento destacado em "Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas " exerce papel de 
Alternativas
Q3049259 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
De acordo com a norma culta e ignorando as alterações de sentido, o segmento destacado e "Embora m haja uma variação grande nas respostas [...]" poderia ser substituído por:
Alternativas
Q3049258 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
O período " Até agora, zero surpresa, infelizmente" denota que
Alternativas
Q3049257 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Considerando as informações apresentadas no texto em questão, infere-se que:
Alternativas
Q3049256 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Dentre os excertos a seguir, assinale aquele cuja construção tenha ocorrido na voz passiva.
Alternativas
Q3049255 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Assinale a alternativa em que a palavra, retirada do texto, seja exemplo de adjetivo uniforme.
Alternativas
Q3049254 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
Dentre as palavras apresentadas a seguir, assinale aquela cuja acentuação tenha sido feita de acordo com uma regra distinta das demais.
Alternativas
Q3049253 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.

Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa.


Quanto ao período em questão, pode-se afirmar que

Alternativas
Q3049252 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
No trecho "O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1)", pode-se afirmar que constam
Alternativas
Q3049251 Português
Grau de felicidade de povos tradicionais empata com países ricos


Pois é, dinheiro realmente não traz felicidade: encomenda online e manda entregar em casa. Que atire primeira pedra quem nunca usou uma tirada cínica a como essa quando a relação entre boa condição financeira e satisfação pessoal vem à baila. Piadas à parte, porém, parece que a conclusão verdadeira a se tirar sobre esse eterno dilema é "depende": em alguns contextos sociais, as pessoas podem se considerar um bocado felizes sem um centavo na carteira.

Essa é a principal lição de um estudo tremendamente simples, mas ainda assim intrigante, publicado há pouco tempo na PNAS, o periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, o trabalho partiu de um dado aparentemente banal: as pesquisas sobre o nível (autodeclarado) de felicidade das pessoas em diversos países, que volta e meia ganham as manchetes de jornais como esta Folha e logo são esquecidas.

Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras. De fato, pessoas que moram em países com renda per capita média mais alta tendem a se declarar mais satisfeitas com a vida do que as moradoras de países pobres.

Parece haver inclusive limiares numéricos nisso. Por exemplo, só em países com renda per capita anual acima de US$ 40 mil a "nota" média de satisfação com a vida é superior a 7 (numa escala de 0 a 10). E, nos lugares onde essa renda está abaixo de US$ 4.500, não há nenhuma nota média acima de 5,5.

Até agora, zero surpresa, infelizmente. Mas a sacada de Reyes-García e seus colegas foi fazer a mesma pesquisa em comunidades tradicionais do mundo inteiro. Ou seja, eles fizeram a pergunta padronizada − "Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?" − para nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania, entre outros. No total, foram 19 comunidades desse tipo, cujos membros têm renda "monetária" (baseada em dinheiro oficial) inexistente, ou quase.

Resultado? Embora haja uma variação grande nas respostas (o que é esperado, dadas as grandes diferenças em quase todos os demais fatores de um lugar para o outro), o "nível médio de felicidade" das populações tradicionais é de 6,8. O que significa que ele supera o de países ricos como Itália, Japão e Espanha, além de empatar com o da Bélgica e do Reino Unido (o do Brasil é 6,1). E quatro dos locais têm níveis altíssimos de satisfação com a vida, superiores a 8 acima até dos − países escandinavos, considerados os campeões de felicidade do século 21.

É claro que muitos fatores podem explicar esse resultado. Outro detalhe importante que tem emergido nas pesquisas sobre satisfação com a própria vida é o elemento comparativo. Ou seja, as pessoas tendem a enxergar sua colocação no "pódio da felicidade" se comparando com quem está à sua volta.

Assim, num círculo social relativamente pequeno e igualitário, mesmo que com poucos recursos em termos absolutos, a tendência é olhar em volta e pensar "é, até que não estou tão mal". Em sociedades industrializadas, por outro lado, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de gente muito mais rica do que você.

Mas é bem possível que essa não seja a única explicação. Entrevistas mais detalhadas com grupos tradicionais tendem a revelar que a satisfação está bastante ligada a fatores como a intensidade das relações sociais com quem está próximo, a sensação de harmonia trazida por esses laços e também o contato com a natureza.

Há, em suma, muito mais de uma maneira de se sentir um ser humano contente com a vida. Ainda que não seja viável simplesmente copiar a experiência das comunidades tradicionais nas metrópoles globais, aprender com elas pode muito bem ser vital para o nosso futuro.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 24 fev. 2024.
No excerto "Numa primeira olhada, esse tipo de pesquisa parece confirmar a atitude cínica segundo a qual o melhor é encomendar felicidade em site de compras o pronome relativo ressaltado remete a
Alternativas
Respostas
2221: D
2222: A
2223: D
2224: A
2225: B
2226: A
2227: B
2228: A
2229: C
2230: A
2231: B
2232: C
2233: A
2234: D
2235: C
2236: D
2237: D
2238: A
2239: B
2240: D