Questões de Concurso Para economia

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Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694824 Português

Leia os textos a seguir para responder às questões 06 e 07.


Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar sozinho, à noite

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Poema de Gonçalves Dias, exilado em Portugal.


Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ De talheObraForm.do? select_action=&co_obra=2112 > . Acesso em: 11 jul. 2019.


Minha terra é a Penha,

o medo mora aqui.

Todo dia chega a notícia

que morreu mais um ali.


Nossas casas perfuradas

pelas balas que atingiu (sic).

Corações cheios de medo

do polícia que surgiu.


Se cismar em sair à noite,

já não posso mais.

Pelo risco de morrer

e não voltar para os meus pais.


Minha terra tem horrores

que não encontro em outro lugar.

A falta de segurança é tão grande,

que mal posso relaxar.


'Não permita Deus que eu morra',

antes de sair deste lugar.

Me leve para um lugar tranquilo,

onde canta o sabiá


Texto produzido por dois estudantes da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro e divulgado nas redes sociais e em notícias.


Disponível em: < https://g1.globo.com/rio-de- janeiro/noticia/minha-terra-tem-horrores- versao-de-poemafeita-por-alunos-do-rio- causa-comocao-nas-redes-sociais.ghtml >. Acesso em: 11 jul. 2019.

Uma análise dos textos 1 e 2 conduz à inferência de que:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694823 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 05. 


A rua 


          Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] 

          Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei infólios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações... 

          Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. [...] A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. [...] A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. [...] 

          A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. [...] 

          Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar: É fatigante o exercício? 

          Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! [...] Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco [...]; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado [...] 


RIO, João do. A rua. In: A alma encantadora das ruas. Ministério da Cultura.Disponível em: < http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livro s_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf >. Acesso em: 11 jul. 2019.

No texto, o enunciador defende a necessidade de praticar o exercício de “flanar”. Com base nas informações do texto, a definição mais próxima do dicionário para o verbo “flanar” é:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694822 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 05. 


A rua 


          Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] 

          Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei infólios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações... 

          Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. [...] A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. [...] A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. [...] 

          A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. [...] 

          Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar: É fatigante o exercício? 

          Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! [...] Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco [...]; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado [...] 


RIO, João do. A rua. In: A alma encantadora das ruas. Ministério da Cultura.Disponível em: < http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livro s_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf >. Acesso em: 11 jul. 2019.

No texto, a justificativa dada para fundamentar a ideia de que “a rua nasce, como o homem, do soluço e do espasmo” é a seguinte:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694821 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 05. 


A rua 


          Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] 

          Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei infólios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações... 

          Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. [...] A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. [...] A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. [...] 

          A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. [...] 

          Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar: É fatigante o exercício? 

          Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! [...] Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco [...]; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado [...] 


RIO, João do. A rua. In: A alma encantadora das ruas. Ministério da Cultura.Disponível em: < http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livro s_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf >. Acesso em: 11 jul. 2019.

Em relação ao trecho “A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela.”, interpreta-se que

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694820 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 05. 


A rua 


          Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] 

          Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei infólios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações... 

          Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. [...] A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. [...] A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. [...] 

          A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. [...] 

          Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar: É fatigante o exercício? 

          Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! [...] Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco [...]; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado [...] 


RIO, João do. A rua. In: A alma encantadora das ruas. Ministério da Cultura.Disponível em: < http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livro s_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf >. Acesso em: 11 jul. 2019.

O enunciador discorda parcialmente da definição dada à palavra “rua” pelos dicionários e enciclopédias porque esses compêndios

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IV - UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2019 - UFG - Economista |
Q2694485 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 05. 


A rua 


          Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua. [...] 

          Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei infólios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações... 

          Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. [...] A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. [...] A rua continua matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. [...] 

          A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. [...] 

          Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes – a arte de flanar: É fatigante o exercício? 

          Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! [...] Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco [...]; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado [...] 


RIO, João do. A rua. In: A alma encantadora das ruas. Ministério da Cultura.Disponível em: < http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livro s_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf >. Acesso em: 11 jul. 2019.

A crônica de João do Rio foi publicada no início do século XX e trata das ruas do Rio de Janeiro, iluminada pelas primeiras luzes da modernidade. No texto, o amor revelado pela rua caracteriza-se por ser

Alternativas
Q2671301 Economia

A Tabela 1 – Balanço de pagamentos, disponibilizada pelo Banco Central, apresenta as informações quantitativas sobre o relacionamento do Brasil com o resto do mundo. Analise a tabela e as afirmações apresentadas em seguida:


Tabela 1 – Balanço de pagamentos _______________ US$ milhões

Discriminação


2021*

2022*

Jan

Ano

Jan

I. Transações correntes

Balança comercial (bens)

Exportações1/

Importações2/

Serviços

Renda primária

Renda secundária

II. Conta capital

III. Conta financeira3/

Investimento direto no exterior

Participação no capital

Operações intercompanhia

Investimento direto no país

Participação no capital

Operações intercompanhia

Investimento em carteira – ativos

Ações e cotas em fundos

Títulos de dívida

Investimento em carteira – passivos

Ações e cotas em fundos

Títulos de dívida

Derivativos – ativos e passivos

Outros investimentos – ativos4/

Outros investimentos – passivos4/

Ativos de reserva


Erros e omissões

-8 338

-2 619

15 098

17 717

- 990

-5 013

284

23

-8 487

2 369

2 160

209

3 478

3 179

298

898

1 311

- 413

4 881

2 323

2 558

- 6

-1 067

2 761

439


- 172

-27 925

36 363

284 012

247 648

-17 112

-50 471

3 294

225

-35 834

19 157

19 338

- 182

46 441

46 470

- 29

15 164

14 489

675

20 858

-1 027

21 885

- 960

22 399

38 261

13 967


-8 134

-8 146

-1 512

19 824

21 335

-1 498

-5 405

268

20

-8 797

1 942

1 974

- 32

4 709

4 402

307

- 56

- 4

- 52

4 847

2 160

2 687

- 508

- 239

351

- 27


- 671

Memo:

Transações correntes / PIB (%)

Investimento direto no país / PIB (%)



-1,7

2,9


1/ Exclui mercadorias deixando o território nacional sem mudança de proprietário. Inclui mercadorias entregues no território nacional (exportação ficta), encomendas postais, e outros ajustes.

2/ Exclui mercadorias ingressando no território nacional sem mudança de proprietário. Inclui mercadorias entregues fora do território nacional (importação ficta), importação de energia elétrica sem cobertura cambial, encomendas postais e outros ajustes.

3/ Para contas de ativo e de passivo, + = aumento de estoque e - = redução de estoque. Conta financeira = fluxos de investimentos ativos - fluxos de investimentos passivos.

4/ Inclui depósitos, empréstimos, créditos comerciais e outros.

* Dados preliminares.

Fonte: https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticassetorexterno


1. As transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$8,1 bilhões em janeiro de 2022, ante US$8,3 bilhões em janeiro de 2021.

2. Na comparação interanual, houve redução de US$1,1 bilhão no déficit da balança comercial, parcialmente compensado pelas elevações nos déficits em serviços, US$507 milhões, e em renda primária, US$392 milhões.

3. A balança comercial de bens registrou déficit de US$1,5 bilhão em janeiro de 2022, ante saldo negativo de US$2,6 bilhões em janeiro de 2021. As exportações de bens totalizaram US$19,8 bilhões e as importações de bens, US$21,3 bilhões.

4. A conta renda primária é composta pelas receitas e despesas de investimento, tais como lucros e juros pagos e recebidos do exterior. No ano de 2021 o déficit em renda primária totalizou US$35,8 bilhões.

5. A conta serviços registra as receitas e as despesas de divisas oriundas de transações de bens intangíveis, tais como recebimentos e pagamentos de viagens de residentes ao exterior e de não residentes no país, fretes, seguros etc. Nessa conta também é registrada os serviços financeiros, tais como intermediações bancárias, garantias, fianças, comissões, etc. Percebe-se na tabela que esta tem sido uma conta que contribui para reduzir o déficit das transações correntes.


O resultado da somatória dos números correspondentes às afirmações corretas é:

Alternativas
Q2671298 Economia

Analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.


Bem

Unidade de Medida

Preço(R$)

Quantidade

A

Dúzias

25,00

2

B

Litros

15,00

2

C

Quilos

10,00

3


( ) Supondo que as informações do quadro abaixo sejam da produção em uma economia fechada (modelo simplificado), o Produto Nacional Bruto (PNB) é R$ 350,00.

( ) Produto Nacional Líquido a Custo dos Fatores (PNLCF) NÃO é igual a Renda Nacional.

( ) O Produto Nacional Líquido (PNL) é o Produto Nacional Bruto (PNB) menos a depreciação dos estoques de bens depreciáveis (bens de capital), tais como máquinas, equipamentos, prédios etc.

( ) O Produto Nacional Líquido (PNL) avalia os bens a preços de mercado, os quais estão inclusos impostos indiretos, tais como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Para chegarmos ao Produto Nacional Líquido a Custo dos Fatores (PNLCF) basta excluir do preço de mercado os impostos indiretos e acrescentar os subsídios.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2671297 Economia

Analise a tabela a seguir sobre a produção de sacas de milho com fator de produção variável (mão de obra). Para fins de interpretação, considere o seguinte:


Produto Médio do Fator de Produção Variável é igual a: Pme = Q/L, sendo Q a quantidade do Produto Total e L a quantidade de unidades de mão de obra empregada; e Produto Marginal do Fator de Produção Variável como Pmg = ΔQ / Δ/L, sendo ΔQ a variação na quantidade do Produto Total e Δ/L a quantidade de unidades de mão de obra empregada.


Produção de sacas de milho com fator de produção variável

(mão de obra)

Período

Quantidade de Terra Utilizada

T

Unidades de Mão de Obra Empregada

L

Produto Total

Q

1

2

3

4

5

6

7

40

40

40

40

40

40

40

0

4

9

13

14

16

20

0

10

20

120

240

220

210


Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. Pode-se afirmar que até o período 5, o aumento na mão de obra gera um Pmg crescente de 120 unidades e Pme de 17,14 unidades. A partir daí, não é vantagem aumentar o fator de produção mão de obra, uma vez que Pmg passa a ser decrescente.

II. A partir do período 6, o Pme cai de 13,75 para 10,5 unidades e Pmg cai de 10 para 2,5, demonstrando que o aumento de unidades de mão de obra gera decréscimo da produção marginal em unidades.

III. Pela análise do Pme e do Pmg, é possível verificar que há uma eficiência do aumento das unidades de mão de obra empregada até o final do período 7, demonstrada pelo aumento constante do Produto Marginal de Produção até o final do período.

IV. O produto marginal por trabalhador (Pmg) inicialmente cresce, atinge um máximo de 120 sacas (com emprego de 14 unidades de mão de obra) podendo chegar ao Pmg de 2,5 quando utilizar 20 unidades de mão de obra.

Alternativas
Q2645275 Matemática Financeira

Em busca de investimentos para infraestrutura em seu Estado, o Setor de Projetos de determinada Secretaria passou a estudar uma série de ferramentas financeiras para capitalização e apuração dos juros que incidem nessas importantes operações. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta a taxa efetiva bimestral, que é equivalente a uma taxa nominal de 240% ao ano, capitalizados mensalmente.

Alternativas
Q2645273 Matemática Financeira

A Prefeitura Municipal de ABCD realizou uma aplicação a juros de um capital de R$ 6.000,00, que, ao final de um período de 5 meses, resultou em um montante de R$ 6.600,00. Assinale a alternativa que apresenta a taxa de juros simples anual desse investimento.

Alternativas
Q2645272 Administração Geral

Para Montanari et al. (2011), as equipes podem ser classificadas segundo a forma como se estruturam e de acordo com o nível de maturidade do grupo. Sobre o tema, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as categorias e suas respectivas definições.


Coluna 1


1. Pseudoequipe.

2. Grupo de Trabalho.

3. Equipe Potencial.

4. Equipe Real.


Coluna 2


( ) Compõe-se de poucas pessoas, mas com habilidades complementares e comprometidas umas com as outras por intermédio de missão e objetivos comuns. Registra-se a confiança entre os membros do grupo.

( ) Esse tipo de grupo pode definir um trabalho a ser feito, mas não se preocupa com o desempenho coletivo, nem tenta conquistá-lo.

( ) Esse grupo quer produzir um trabalho conjunto. No entanto, os membros precisam de esclarecimentos e orientações sobre sua finalidade e objetivos.

( ) Os membros desse grupo não veem nenhuma razão para se transformarem numa equipe. Podem partilhar informações entre si, porém responsabilidades e objetivos, por exemplo, pertencem a cada indivíduo.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2645271 Administração Geral

Considerando o gerenciamento de pessoas como fator de criação do valor público, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q2645270 Contabilidade Pública

São exemplos de informações relativas aos estoques que devem ser divulgadas nas demonstrações contábeis:

Alternativas
Q2645269 Arquitetura

Sobre a atuação e o registro de profissionais arquitetos e urbanistas, conforme prevê a Lei nº 12.378/2010, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2645268 Arquitetura

Considerando as disposições da Lei nº 12.378/2010, assinale a alternativa que apresenta o prazo prescricional da pretensão punitiva das sanções disciplinares.

Alternativas
Q2645266 Legislação Federal

Considerando a orientação do COSO (2017), assinale a alternativa que apresenta o componente no qual está inserido o princípio intitulado “Analisa o Contexto de Negócios”.

Alternativas
Q2645265 Direito Administrativo

Segundo a Lei nº 13.303/2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a empresa pública NÃO poderá:

Alternativas
Q2645264 Direito Tributário

Assinale a alternativa que, segundo o Código Tributário Nacional, trata de hipótese que suspende a exigibilidade do crédito tributário.

Alternativas
Q2645263 Legislação Federal

Segundo a Lei nº 11.101/2005, são documentos que devem acompanhar a petição inicial da ação de recuperação judicial, EXCETO:

Alternativas
Respostas
1401: C
1402: B
1403: C
1404: D
1405: A
1406: B
1407: A
1408: B
1409: C
1410: C
1411: D
1412: E
1413: C
1414: E
1415: E
1416: D
1417: B
1418: C
1419: B
1420: C