Questões de Concurso
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• Fernando: Eu não propaguei o vírus no sistema; • Cícero: Foi o Fernando quem propagou o vírus no sistema; • Hamilton: Fernando está mentindo; • Anderson: Não foi Cícero quem propagou o vírus no sistema.
Se somente um dos quatro estagiários disse a verdade e, consequentemente, os demais mentiram, quem propagou o vírus no sistema?
Língua é progressista, reacionária ou nada disso, muito pelo contrário?
Dia desses, soube que, na nossa praça pública virtual, se travava um interessante debate sobre a língua portuguesa, que, em suma, se resumia a distinguir entre a postura progressista e a postura reacionária (ou “fascista”) em relação ao idioma. A defesa do aprendizado da norma culta coube aos “reacionários”, enquanto o ataque à valorização desse registro formal reunia os “progressistas”. Posta dessa forma, a discussão cai na polaridade ideológica e o público tende a se alinhar segundo o posicionamento de seu grupo (ou de sua bolha), o que, em geral, abrevia o debate, logo dando lugar a outra polêmica qualquer.
Segundo a tese progressista, o que chamamos de norma culta é o registro linguístico das classes dominantes, que, exatamente por sê-lo, seria “elitista” ou excludente. Hoje, soma-se a essa ideia a de que nem mesmo uma boa parte dessa classe dominante brasileira domina à perfeição essa norma, o que faria dela, em grande medida, uma norma obsoleta, um padrão antiquado ou mesmo “subserviente ao modelo colonizador eurocêntrico”.
Se está na ordem do dia contar a história do ponto de vista dos historicamente excluídos e estimular ações concretas (queima de estátuas, destruição de símbolos etc.) para “recontar” o passado, analogamente parece estar em curso uma tentativa de derrubar a norma culta do pilar em que ainda se encontra e promover a “diversidade linguística”. Nesse caso, cada um se expressaria como achasse melhor em qualquer circunstância, tese que parece bem razoável quando vista apenas do ponto de vista de certo ativismo político.
A tese progressista é sempre mais sedutora (e mais o seria se não fosse abraçada tão facilmente pelo sistema). Por que dizer “nós vamos” se a desinência “-mos” carrega a mesma informação contida no pronome “nós”? A formulação “nós vai”, por exemplo, é mais econômica, pois suprime a redundância, que é parte do sistema de concordância. Mais que isso, dizer “nós vai” pode ser algo libertário ou mesmo revolucionário. Pode, mas só enquanto representar um contraponto a uma norma estabelecida. Destruída a norma, “nós vai” se institucionaliza e passa a ser a nova norma. Ou, como aparentemente se deseja, as normas conviveriam todas em harmonia, com o mesmo peso. Será?
Para começar a mudança, talvez os textos pudessem ter um salutar percentual de desvios da norma, outro percentual de estrangeirismos (os que porventura não o tivessem espontaneamente), um percentual de gírias locais, enfim, os textos poderiam ser mais “diversos”, refletindo a língua efetivamente falada pela sociedade. Bem, chega de imaginação.
Quem tem de enfrentar as consequências desses debates são, em geral, os professores nas salas de aula. A eles cabe a parte prática de incorporar essas teses libertárias ao cotidiano da sala de aula ou bater na tecla da importância de dominar a norma dos espaços de poder e, ao mesmo tempo, estimular os jovens a ler os autores da nossa literatura, aqueles que, com sua inteligência e imaginação, cultivaram a língua portuguesa em todos os seus recursos.
Como se sabe, nem todos os estudantes se transformarão em leitores de literatura, principalmente nestes tempos de muita pressa para chegar a lugar algum. Aqueles que se aventurarem nesse mergulho, em que o tempo é suspenso e somos levados para outros mundos, esses, por certo, saberão dar valor à língua que, sim, nós herdamos do colonizador – do qual, a propósito, muitos de “nós” descendem – e cultivamos à nossa maneira, língua que é repleta de recursos e cujo conhecimento é mais que uma vestimenta de luxo para frequentar ambientes “elitistas”.
Literatura requer tempo e um pouco de solidão. A leitura de um livro nos faz adentrar cenários que se constroem com palavras e conhecer pessoas também feitas de palavras, que nos deixam saudade quando o livro se fecha. Escritores transformam palavras e frases (as mesmas que usamos na comunicação) em arte e, assim, somos levados à fruição da linguagem como fruímos música ou pintura.
É para ler os artistas da palavra que aprendemos os recursos da língua e é porque os lemos e vivenciamos em profundidade a experiência que generosamente compartilham conosco que queremos conhecer mais e mais os meandros dessa língua que nos conduz à sua alma.
Ninguém deveria ser privado da experiência da leitura de romances, que é a melhor forma de aprender a língua. O debate público bem poderia sair da superfície e estimular o avanço do conhecimento. Aos professores cabe a tarefa de ensinar os alunos a ler literatura – e a língua estará lá em seu esplendor.
(NICOLETI, Thaís. Língua é progressista, reacionária ou nada disso, muito pelo contrário? Jornal Folha de S. Paulo, 2024.)
Língua é progressista, reacionária ou nada disso, muito pelo contrário?
Dia desses, soube que, na nossa praça pública virtual, se travava um interessante debate sobre a língua portuguesa, que, em suma, se resumia a distinguir entre a postura progressista e a postura reacionária (ou “fascista”) em relação ao idioma. A defesa do aprendizado da norma culta coube aos “reacionários”, enquanto o ataque à valorização desse registro formal reunia os “progressistas”. Posta dessa forma, a discussão cai na polaridade ideológica e o público tende a se alinhar segundo o posicionamento de seu grupo (ou de sua bolha), o que, em geral, abrevia o debate, logo dando lugar a outra polêmica qualquer.
Segundo a tese progressista, o que chamamos de norma culta é o registro linguístico das classes dominantes, que, exatamente por sê-lo, seria “elitista” ou excludente. Hoje, soma-se a essa ideia a de que nem mesmo uma boa parte dessa classe dominante brasileira domina à perfeição essa norma, o que faria dela, em grande medida, uma norma obsoleta, um padrão antiquado ou mesmo “subserviente ao modelo colonizador eurocêntrico”.
Se está na ordem do dia contar a história do ponto de vista dos historicamente excluídos e estimular ações concretas (queima de estátuas, destruição de símbolos etc.) para “recontar” o passado, analogamente parece estar em curso uma tentativa de derrubar a norma culta do pilar em que ainda se encontra e promover a “diversidade linguística”. Nesse caso, cada um se expressaria como achasse melhor em qualquer circunstância, tese que parece bem razoável quando vista apenas do ponto de vista de certo ativismo político.
A tese progressista é sempre mais sedutora (e mais o seria se não fosse abraçada tão facilmente pelo sistema). Por que dizer “nós vamos” se a desinência “-mos” carrega a mesma informação contida no pronome “nós”? A formulação “nós vai”, por exemplo, é mais econômica, pois suprime a redundância, que é parte do sistema de concordância. Mais que isso, dizer “nós vai” pode ser algo libertário ou mesmo revolucionário. Pode, mas só enquanto representar um contraponto a uma norma estabelecida. Destruída a norma, “nós vai” se institucionaliza e passa a ser a nova norma. Ou, como aparentemente se deseja, as normas conviveriam todas em harmonia, com o mesmo peso. Será?
Para começar a mudança, talvez os textos pudessem ter um salutar percentual de desvios da norma, outro percentual de estrangeirismos (os que porventura não o tivessem espontaneamente), um percentual de gírias locais, enfim, os textos poderiam ser mais “diversos”, refletindo a língua efetivamente falada pela sociedade. Bem, chega de imaginação.
Quem tem de enfrentar as consequências desses debates são, em geral, os professores nas salas de aula. A eles cabe a parte prática de incorporar essas teses libertárias ao cotidiano da sala de aula ou bater na tecla da importância de dominar a norma dos espaços de poder e, ao mesmo tempo, estimular os jovens a ler os autores da nossa literatura, aqueles que, com sua inteligência e imaginação, cultivaram a língua portuguesa em todos os seus recursos.
Como se sabe, nem todos os estudantes se transformarão em leitores de literatura, principalmente nestes tempos de muita pressa para chegar a lugar algum. Aqueles que se aventurarem nesse mergulho, em que o tempo é suspenso e somos levados para outros mundos, esses, por certo, saberão dar valor à língua que, sim, nós herdamos do colonizador – do qual, a propósito, muitos de “nós” descendem – e cultivamos à nossa maneira, língua que é repleta de recursos e cujo conhecimento é mais que uma vestimenta de luxo para frequentar ambientes “elitistas”.
Literatura requer tempo e um pouco de solidão. A leitura de um livro nos faz adentrar cenários que se constroem com palavras e conhecer pessoas também feitas de palavras, que nos deixam saudade quando o livro se fecha. Escritores transformam palavras e frases (as mesmas que usamos na comunicação) em arte e, assim, somos levados à fruição da linguagem como fruímos música ou pintura.
É para ler os artistas da palavra que aprendemos os recursos da língua e é porque os lemos e vivenciamos em profundidade a experiência que generosamente compartilham conosco que queremos conhecer mais e mais os meandros dessa língua que nos conduz à sua alma.
Ninguém deveria ser privado da experiência da leitura de romances, que é a melhor forma de aprender a língua. O debate público bem poderia sair da superfície e estimular o avanço do conhecimento. Aos professores cabe a tarefa de ensinar os alunos a ler literatura – e a língua estará lá em seu esplendor.
(NICOLETI, Thaís. Língua é progressista, reacionária ou nada disso, muito pelo contrário? Jornal Folha de S. Paulo, 2024.)
I. A situação descrita reflete um problema global onde o crescimento econômico é frequentemente priorizado em detrimento das condições de trabalho e da proteção ambiental.
II. As empresas multinacionais que operam em países em desenvolvimento muitas vezes adotam padrões ambientais e de trabalho mais rígidos do que em seus países de origem, visando melhorar a imagem corporativa global.
III. A poluição causada pela fábrica tem consequências locais e globais, pois os resíduos tóxicos podem afetar tanto a saúde das comunidades próximas quanto contribuir para a degradação ambiental global.
IV. A legislação trabalhista e ambiental, em muitos países em desenvolvimento, é insuficiente ou inadequadamente aplicada, permitindo práticas de trabalho exploratórias e danos ambientais significativos.
Está correto o que se afirma apenas em
I. Os movimentos sociais são essenciais para promover mudanças nas políticas fundiárias, pois mobilizam a sociedade em torno de questões de acesso à terra e justiça agrária.
II. As políticas fundiárias no Brasil sempre foram justas, oscilando entre justiça social e concentração, promovendo uma distribuição da terra entre a população rural.
III. Os movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), são reações às desigualdades geradas pelas políticas fundiárias que historicamente favoreceram a concentração de terras nas mãos de poucos.
IV. As políticas fundiárias devem considerar não apenas a distribuição de terras, mas também as questões ambientais e de sustentabilidade para garantir um desenvolvimento rural equilibrado.
V. Os movimentos sociais urbanos que lutam por moradia são totalmente independentes das políticas fundiárias e não são afetados por elas.
Está correto o que se afirma apenas em
I. “A pesquisa ___________ tem como objetivo principal identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Ela se concentra em elucidar a razão e o porquê das coisas.”
II. “A pesquisa ___________ busca especificar as propriedades importantes de pessoas, grupos, comunidades ou qualquer outro fenômeno que seja submetido à análise.”
III. “A pesquisa ___________ tem como principal objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses.”
A sequência está correta em
( ) As pesquisas qualitativas são focadas na coleta de dados numéricos e na análise estatística para identificar padrões e correlações entre variáveis.
( ) A pesquisa quantitativa utiliza amostras grandes e representativas da população para garantir a generalização dos resultados.
( ) A entrevista em profundidade e o grupo focal são exemplos de métodos utilizados em pesquisas qualitativas.
( ) A pesquisa qualitativa é mais adequada para explorar fenômenos complexos e compreender as percepções e experiências individuais.
( ) Em pesquisas quantitativas, os dados são coletados principalmente através de questionários estruturados e escalas de medição padronizadas.
A sequência está correta em
Uma grande metrópole latino-americana está passando por um processo acelerado de gentrificação em um dos seus bairros históricos. Tradicionalmente, esSe bairro era habitado por comunidades de baixa renda, mas, recentemente, atraiu a atenção de investidores imobiliários que começaram a adquirir propriedades e construir edifícios modernos de alto padrão. Como resultado, muitos moradores originais foram deslocados devido ao aumento do custo de vida e dos aluguéis.
Sobre o processo de gentrificação, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A gentrificação é uma manifestação do conflito de classes urbano onde os interesses capitalistas de acumulação de capital se sobrepõem às necessidades habitacionais das classes trabalhadoras, resultando na expulsão dos moradores originais. ( ) O processo de gentrificação reflete a transformação das práticas espaciais urbanas em um espaço de consumo, onde o valor de uso do espaço urbano é substituído pelo valor de troca, alterando as relações sociais e culturais do bairro. ( ) A gentrificação representa uma fase natural de evolução das cidades modernas, onde o desenvolvimento econômico sempre leva à melhoria da infraestrutura e qualidade de vida, independentemente dos deslocamentos populacionais. ( ) A gentrificação é um processo inevitável na era pós-moderna, onde a fragmentação e o pluralismo cultural tornam-se características predominantes das cidades, sem relação direta com as dinâmicas econômicas e sociais. ( ) A gentrificação pode ser vista como um exemplo de planejamento urbano eficiente, onde a revitalização dos espaços antigos é realizada de maneira justa, beneficiando tanto os moradores originais quanto os novos investidores.
A sequência está correta em
I. A instituição de Empréstimos Compulsórios cabe apenas à União, e somente em casos específicos. Ainda, sua instituição deve ser efetuada através de Lei Complementar.
II. Não podem os Municípios cobrar taxas de qualquer natureza de empresas públicas controladas pela União sediadas em seus territórios.
III. Os impostos e as taxas poderão ter a mesma base de cálculo; contudo, as alíquotas devem ser diferentes.
Está correto o que se afirma apenas em
( ) Tomada de contas extraordinária é o procedimento instaurado pelo Tribunal nos casos em que as contas a ele devidas não tenham sido prestadas no prazo legal, ou se o forem sem atender aos requisitos legais e regulamentares quanto à sua correta instrução.
( ) Todas as unidades jurisdicionadas do Estado são obrigadas a encaminhar prestação de contas anual ao Tribunal de Contas de Minas Gerais, de forma impressa, para fins de apreciação e julgamento.
( ) Entre outros elementos, as contas anuais serão compostas do relatório de gestão e relatórios sobre a execução orçamentária, financeira e patrimonial. As contas serão acompanhadas do relatório e parecer do órgão de controle interno.
A sequência está correta em