Questões de Concurso Sobre colocação pronominal em português

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Q2900932 Português
O texto adiante é um fragmento do romance autobiográico Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda a questão proposta.

“Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem ‘sabido’ que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: ‘A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.” Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página inal da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai.

- Mocinha, quem é Terteão?

Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém”.

- Mocinha, que quer dizer isso?

Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu iquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.”

Relativamente às formas e à colocação de pronomes, podemos airmar corretamente que:
Alternativas
Q2895678 Português

Assinale a alternativa que indica, respectivamente, os pronomes adequados ao preenchimento das lacunas.


I. Nunca ____ disse a verdade.

II. Encontrei - ____ na rua ontem.

Alternativas
Q2895353 Português

A geração de pais- avôs

Espremidos entre a infância dos filhos e a própria velhice

chegando, homens de 50 ou 60 anos com filhos pequenos

têm um grande desafio pela frente: envelhecer sem deixar

de ser jovem


Isabel Clemente


Eles tiveram filhos depois – ou bem depois – dos 45. Sentiam-se jovens. Não tinham dúvida a respeito disso, mas quando viram os filhos crescendo, vacilaram. O tempo começou a passar mais rápido. Voltaram a malhar para recuperar o vigor físico. Estão mais vaidosos. De uma hora para outra, incorporaram hábitos alimentares mais saudáveis. Precisam ter saúde, cabelos, músculos. Beber menos, dormir mais. Prometeram aos filhos viver muito. E em nome dessa promessa, desejam a eternidade. Como todos nós.

[...]Vencer a morte é um desejo humano, ainda que inconsciente. Uma utopia que nos move atrás de qualidade de vida, de cura para doenças, de antídotos para o sofrimento, de vitaminas para a beleza. São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo. Envelhecer é um processo. A boa notícia é que a juventude é um estado de espírito que podemos cultivar.

Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles.

“Juventude não é liberdade no sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; de cometer erros. A juventude entende que toda liberdade tem limites e que ser adaptável é a única maneira de ser livre”.

Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro, nem que cometa desatinos dos quais vá se arrepender depois. O recado é “adapte-se”. Pare de fumar ou beber tanto. Pratique algum esporte, ainda que seja empinar pipas. Dê-se ao luxo de sentar no chão, por cinco minutos que seja, ao lado daquela criança para brincar de boneca. E tire partido dos sorrisos. Você, que a essa altura já deve ter assistido ao filme de animação Monstros S.A., sabe que as gargalhadas das crianças liberam muito mais energia do que os gritos e os choros. Para terminar, antes de reclamar de novo de alguma coisa, respire fundo. Respirar fundo também é um ótimo antídoto para a velhice como predisposição da alma.

A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida, e não perder tempo pensando no fim. De preferência, não ser tedioso e, finalmente, ser aquilo que você gostaria de ser. Tem fase melhor da vida para alcançar este objetivo do que a meia idade? Talvez hoje, mais do que nunca, vocês tenham a paz e o discernimento necessários para experimentar algo novo ou tomar decisões que mudem para melhor o rumo de suas vidas. É uma hipótese. Dêemse o benefício da dúvida. Nossa cultura está repleta de interesses cruzados entre as gerações. Talvez, com o fim da cerimônia e a relativização de certas tradições, estejamos inaugurando uma era propensa à maior comunicação entre pessoas de idades tão diferentes. Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde - que a vida de cada um carrega histórias únicas, e que buscar uma escala de valores sobre as vantagens e as desvantagens de ser filho de um pai “velho” é um exercício inútil.

“Por muito tempo, a idade esteve amarrada a uma série de expectativas sociais. Mas quando o jovem da geração Boomerang retorna para o ninho vazio e a aposentadoria fica mais distante a cada dia, o vínculo entre idade e expectativas sociais começa a se desfazer”, diz outro trecho do estudo da Box1824. Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude. E te digo que a presença de uma criança em casa é um ótimo começo.

Ser pai de criança pequena agora é o seu predicado. As pessoas irão enxergá-lo também sob essa nova lógica. Pode ser que você não tenha mais paciência para “certas coisas”. Considere a algazarra excessiva, o barulho, desnecessário. Mas o pacote é esse do jeito que está aí, aguardando para ser desembrulhado. Não inventaram nenhuma fórmula melhor para viver do que usufruir um dia depois do outro. E quando você faz tudo isso no “modo jovem”, você não se torna imortal, mas, parafraseando as mentes criativas da Box1824, você fica infinito.


Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/isabel-clemente/ noticia/2014/03/geracao-de-bpais- avosb.htm

Assinale a alternativa correta, considerando as regras formais de colocação pronominal, quanto ao que se afirma.

Alternativas
Q2891126 Português
Como em “que as caracterizou” linha 24 a colocação pronominal está correta em
Alternativas
Q2890997 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.


Língua PORTUGUESA: MODO DE USAR


Há muito tempo me fascina a língua portuguesa falada e es-

crita nos hospitais, por médicos, enfermeiros, pacientes, ajudan-

tes diversos, visitas. Em 2006, publiquei um artigo sobre as bulas,

onde dizia: "As bulas de remédios são inúteis para os consumido-

5 res. Além de trazerem informações desnecessárias e assustado-

ras; vêm carregadas de advertências· confusas, que podem aba-

lar a confiança que os clientes têm nos médicos. O objetivo é for-

necer argumentos aos advogados dos laboratórios' em eventuais

ações judiciais. Os consumidores que se danem". E acrescenta-

10 va, então, que "a bula deveria prestar informações indispensáveis

aos consumidores. Mas não o faz com eficiência. A primeira difi-

culdade é o tamanho das letras. Quem lê as bulas? Quase sem-

pre pessoas mais velhas. Ou porque tomam aqueles remédios ou

porque vão administrá-los a quem, mesmo sabendo ler, não en-

15 tenderia o que ali vai escrito. Os laboratórios não pensaram nisso

ao escolher letras tão pequeninas; Ou pensaram e quiseram eco-

nomizar papel. Seus cons􀌳ltores diriam "otimizar recursos".

Pois agora a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) definiu um

novo modelo para as bulas. A resolução prescreve que deverão

20 ser impressas em letras Times New Roman, corpo 10, isto é, qua

se o dobro do atualmente usado. E terão um tipo de informações

para os pacientes e outra para os profissionais. Foram incluídas

também nove perguntas respondidas·, que explicam quais as indi-

cações do remédio e quais os males que ele pode causar.

25___Um remédio que tomo com frequência vem com o seguinte avi-

so: "Atenção fenilcetonúricos: contém fenilalanina".A maioria dos di-

donários comete o mesmo erro das bulas: tudo é explicado, nada é

entendido. "É uma doença devida a um defeito congênito do metabo-

lismo da fenilalanina, ou seja, digestão inadequada de um dos ele-

30 mentos da proteína do leite. Também se chama idiotia fenilpirúvica".

Assim diz a melhor explicação dos dicionáriós que consultei. Quanto

à Anvisa, está de parabéns, o que, aliás, negou a este professor e

escritor, um dos primeiros a se insurgir, na mídia, contra o descaso

que os laboratórios têm com os cidadãos que tomam remédios. Ali-

35 ás, os marqueteiros diriam clientes para os primeiros e produtos para

os segundos. Os eufemismos imperam em todo o meio. Em vez de

"este remédio pode matar" lemos "o produto pode causar óbito".

(Deonísio da Silva, Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2009, adaptado)

Em "Ou porque tomam aqueles remédios... " (l. 13), substituindo- se o complemento em destaque por um pronome, obtém-se tomam-nos. Dentre as frases abaixo aquela que apresenta pronome oblíquo de terceira pessoa do plural é:

Alternativas
Respostas
26: B
27: D
28: A
29: C
30: B