Questões de Vestibular Sobre português

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Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331496 Português
TEXTO 1


A realidade da saúde no Brasil.


(1) A crise da saúde no Brasil vem de longa data e continua presente. Frequentemente, nos deparamos com notícias de filas de pacientes nos hospitais públicos, além da falta de leitos, equipamentos etc. E, no meio da crise, está a população que precisa de atendimento, e estão os médicos que, quase sempre, atuam em condições precárias.
(2) Independente do jogo de empurra-empurra, há escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, para manter os serviços de saúde operando com eficiência. Problemas, como atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde, baixos valores pagos pelo SUS aos procedimentos médico-hospitalares consolidam o entrave no setor. O mundo econômico da saúde é cruel. Segundo estatísticas oficiais, são gastos R$ 31 bilhões para cuidar de 35 milhões de segurados, enquanto todo o SUS, para suprir o direito à saúde de mais de 145 milhões de brasileiros, gasta quase a mesma quantia. Por essas razões, nos encontramos no 124º lugar no ranking da OMS em qualidade de saúde.
(3) É difícil para qualquer especialista apontar apenas um motivo para tal crise. Mesmo com a evolução do contexto político-social pelo qual o Brasil passou, pouco mudou. Na realidade, em 500 anos de Brasil, independentemente do regime vigente, a saúde nunca ocupou lugar de destaque. Só se olhou atentamente para o setor quando certas epidemias representaram eminentes ameaças à sociedade.
(4) É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criá-lo, por parte do governo colonizador. As noções empíricas (a cargo dos curandeiros) eram a opção. Com a vinda da família real ao Brasil, se fez necessária a organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava no Rio de Janeiro. A carência de médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. Para se ter uma ideia, no Rio, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados, eram mesmo inexistentes, o que fez com que proliferassem pelo país os Boticários, a quem cabia a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos.
(5) Veio a República, e o Brasil continuou o mesmo. No início do século passado, a cidade do Rio apresentava um quadro sanitário caótico, com doenças graves que acometiam a população, como varíola, malária e febre amarela. Isso gerou sérias consequências tanto para a saúde coletiva quanto para o comércio exterior, já que navios estrangeiros evitavam atracar no porto do Rio. Poderíamos escrever muito mais sobre o tema e chegaríamos à mesma conclusão: em pleno século XXI, no Brasil, pouco se evoluiu em política de saúde.
(6) Dados do Conselho Federal de Medicina revelam que a má distribuição de médicos no país ainda persiste. São 65,9% deles atuando nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentra apenas cerca de 25% da população.
(7) É a saúde continuando um sistema embrionário e contraditório, pois nos destacamos mundialmente por nossas pesquisas pioneiras, no combate a Aids, por exemplo, mas não conseguimos dar atendimento básico à maioria do povo.
Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/1466/a-realidadesaude-brasil.
Qualquer ‘ação de linguagem’ tem, explícita ou implicitamente, um ‘propósito comunicativo’, uma intenção. Em relação ao Texto 1, pode-se entender que a intenção do autor foi:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331338 Português
A linguagem dos Quadrinhos, em geral, traz uma crítica a um determinado aspecto da vida social ou, numa perspectiva mais ampla, da própria história da humanidade. Na presente Tira, Mafalda:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331337 Português
Nós sempre fomos invisíveis. O povo indígena, os povos indígenas, sempre foram invisíveis para o mundo. Aquele ser humano que passa fome, que passa sede, que é massacrado, perseguido, morto lá na floresta, nas estradas, nas aldeias. Esse não existe. Para o mundo aqui fora, existe aquele indígena exótico: o que usa cocar, colar, que dança, que canta. Coisa para turista ver. Mas aquele outro que está lá na aldeia, esse sofre de uma doença que é a doença de ser invisível. De desaparecer. Ele quase não é visto. Tanto para o mundo do Direito, principalmente para o mundo do Direito, como ser humano. Ele desaparece. Ele se afoga nesse mar de burocracia, no mar de teorias da academia, ele é afogado no meio das palavras. Quando a academia, os estudiosos, entendem mais de indígena, de índio, que o próprio índio? Ele é individualizado pela própria academia

Almires Martins. Disponível em:
http://alice.ces.uc.pt/news/?p=4203. (Acesso: 23 02 2016). 
As normas que regulam o uso culto da sintaxe portuguesa foram integralmente seguidas na seguinte alternativa:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331336 Português
Nós sempre fomos invisíveis. O povo indígena, os povos indígenas, sempre foram invisíveis para o mundo. Aquele ser humano que passa fome, que passa sede, que é massacrado, perseguido, morto lá na floresta, nas estradas, nas aldeias. Esse não existe. Para o mundo aqui fora, existe aquele indígena exótico: o que usa cocar, colar, que dança, que canta. Coisa para turista ver. Mas aquele outro que está lá na aldeia, esse sofre de uma doença que é a doença de ser invisível. De desaparecer. Ele quase não é visto. Tanto para o mundo do Direito, principalmente para o mundo do Direito, como ser humano. Ele desaparece. Ele se afoga nesse mar de burocracia, no mar de teorias da academia, ele é afogado no meio das palavras. Quando a academia, os estudiosos, entendem mais de indígena, de índio, que o próprio índio? Ele é individualizado pela própria academia

Almires Martins. Disponível em:
http://alice.ces.uc.pt/news/?p=4203. (Acesso: 23 02 2016). 
O Texto 2 sintoniza com as concepções sociais que propõem:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331335 Português

TEXTO 1


Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)

Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de nosso posto.

(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.  

No fragmento seguinte: “Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror”, o entendimento coerente é de que há nesse fragmento um sentido de:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331334 Português

TEXTO 1


Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)

Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de nosso posto.

(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.  

Analise o seguinte trecho: “o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo”. Nesse trecho, mantendo seu modo de ver a cena descrita, o autor recorre:
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Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331333 Português

TEXTO 1


Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)

Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de nosso posto.

(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.  

Para manter a estratégia escolhida para seu texto, o segundo parágrafo do fragmento em análise pode ser entendido como:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331332 Português

TEXTO 1


Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)

Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de nosso posto.

(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.  

Um aspecto do Texto 1 que o torna, de certa maneira relevante, e que toca a sensibilidade do leitor, é que o autor:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330968 Português
TEXTO 5 

O que há de mais importante na literatura, sabe? É a aproximação, a comunhão que ela estabelece entre seres humanos, mesmo a distância, mesmo entre mortos e vivos. O tempo não conta para isso. Somos contemporâneos de Shakespeare e de Virgílio. Somos amigos pessoais deles. (...) O maior prêmio de Estocolmo ou dos Estados Unidos não vale o telegrama de amor que alguém desconhecido, e que não conheceremos nunca, nos manda lá do Pará porque leu uma coisa nossa e ficou comovido e rendido. O telegrama não é para nós, é para a nossa vaidade. É uma voz do coração e do espírito, solta no ar, que nos atinge e repercute em nós. Dito assim, fica meio grandiloquente, mas não sei dizer melhor, você entenderá. Quem já sentiu isso compreende sem explicação. Funciona. É. E constitui uma das grandes alegrias da vida. Palavra, música, arte de todas as formas: essas coisas têm sua magia. Ai de quem não a sente. 

(Carlos Drummond de Andrade. Tempo, vida, poesia. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 58-59).
As palavras de Drummond expostas acima:

1) confirmam o entendimento de que a literatura constitui uma criação artística, mágica e atemporal. 2) atribuem uma certa magia à amizade, cuja compreensão e cujos poderes prescindem de qualquer explicação. 3) enaltecem a interação que a arte literária, pelo seu encantamento, provoca entre as pessoas, superando as barreiras do tempo e da distância. 4) constituem uma espécie de lamento em relação à dificuldade para expressar, com simplicidade, certos sentimentos.


Estão corretas:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330966 Português
TEXTO 3


O canteiro de palavras 

Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.

– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)

– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.

Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.

Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:

– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.

(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996). 
Analise alguns termos do vocabulário em uso no Texto 3, considerando, inclusivamente, os contextos em que eles aparecem.

1) “Respondo no mesmo tom evasivo”, quer dizer no mesmo tom contundente.
2) “Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam.”, isto é, a lida dos homens que lá trabalham.
3) “o talento daquele escultor de estátuas equestres”, isto é, estátuas em pedra.
4) “rotinas que servem para quebrar o gelo”, isto é, para descontrair.

Estão corretos os comentários feitos em:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330965 Português
TEXTO 3


O canteiro de palavras 

Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.

– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)

– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.

Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.

Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:

– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.

(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996). 
O Texto 3, visto ainda globalmente, constitui uma defesa:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330964 Português
TEXTO 3


O canteiro de palavras 

Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.

– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)

– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.

Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.

Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:

– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.

(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996). 
O Texto 3, visto globalmente, se desenvolve:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330963 Português
TEXTO 2


Após a Semana de Arte Moderna, alguns escritores de diferentes regiões do país começaram a produzir obras em prosa que retratavam criticamente a realidade social e política do Brasil. Passaram a tematizar questões como a desigualdade social, a vida miserável e indigna dos retirantes, os costumes escravagistas e o coronelismo, apoiado na posse das terras. Esses problemas muitas vezes eram desconhecidos do público leitor dos centros urbanos da época.

Em 1926, em Recife, essa proposta estética firmou-se em um congresso, no qual escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional comprometida com a participação política e a denúncia social.

(Graça Sette, Márcia Travalha; Rosário Starling. Literatura – trilhas e tramas. São Paulo: Leya, 2015, p. 494. Fragmento). 
O Fragmento transcrito acima se refere ao movimento que deu origem ao conhecido “Romance de 30” e que teve, entre seus principais representantes:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330962 Português
Ainda no âmbito da sintaxe – propriamente uma questão de regência –, podemos analisar a ocorrência do acento indicativo da crase nos enunciados seguintes.

1) Diariamente, é possível constatar como à degradação ambiental podem ser atribuídos muitos problemas quanto à saúde e às condições de vida do homem.
2) A conclusão à que pudemos chegar é que a maioria dos fumantes começam à apresentar elevação da pressão arterial à partir de muito cedo.
3) Qualquer dano causado à saúde do meio ambiente se estende à diferentes áreas da vida humana.
4) A história mostra que o homem, a serviço do desenvolvimento da tecnologia e da economia, sempre utilizou, uma a uma, todas as riquezas naturais.
5) Um debate sobre A relação entre meio ambiente e saúde será realizado na CESMAC, de 12 à 15 deste mês, de 8h00 às 12h30.

Está correto o uso do acento indicativo da crase, apenas, em:
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330961 Português
O uso da norma padrão da gramática portuguesa costuma ser socialmente valorizada como algo distintivo e de prestígio. Identifique a alternativa em que a concordância está inteiramente de acordo com essa norma.
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330960 Português
Analise o seguinte trecho: “diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde”. Lembre-se de que a posição das palavras na sequência dos enunciados é também significativa. Observe, nesse sentido, a alteração que foi feita quanto à posição da palavra sublinhada. Em que alternativa o sentido do enunciado também foi alterado?
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Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330959 Português
Analise o seguinte trecho: “as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória”. Nesse trecho, pode-se ver que as vírgulas sinalizam que se trata:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330958 Português


TEXTO 1



A relação entre meio ambiente e saúde

(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.

(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.

(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)

(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”

(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”

(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.

(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.  

(Paulo Roberto Cunha. http://jus.com.br/947805. Adaptado). 

Analise o uso de determinadas expressões que constam no Texto 1 e sua função na criação e sinalização da coesão e da coerência do texto. Analise ainda os comentários que são feitos em cada alternativa. 1) “Entretanto, é fácil constatar que a equação (...) não vem se revelando verdadeira”. (A expressão sublinhada sinaliza um rumo oposto para o sentido em curso. 2) “Nesse sentido, há quem admita que: Tudo se tornou válido em nome do progresso”. (A expressão sublinhada só pode ser entendida se forem retomados os sentidos de partes anteriores do texto). 3) “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.” (Nesse trecho, são atribuídos dois efeitos à água infectada. A expressão ‘além de’ é fundamental para esse sentido). 4) “Ou seja, diariamente, é possível constatar situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde”. (A expressão sublinhada expressa um sentido de comparação).
Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330957 Português


TEXTO 1



A relação entre meio ambiente e saúde

(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.

(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.

(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)

(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”

(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”

(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.

(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.  

(Paulo Roberto Cunha. http://jus.com.br/947805. Adaptado). 

Considerando a ideia central do Texto 1, identifique o fragmento que, por seu conteúdo, assume no texto inteira relevância.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330956 Português


TEXTO 1



A relação entre meio ambiente e saúde

(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.

(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.

(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)

(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”

(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”

(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.

(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.  

(Paulo Roberto Cunha. http://jus.com.br/947805. Adaptado). 

O que o Texto 1 defende, em sua globalidade, é:
Alternativas
Respostas
5081: D
5082: D
5083: C
5084: D
5085: D
5086: B
5087: B
5088: C
5089: A
5090: E
5091: A
5092: B
5093: D
5094: A
5095: D
5096: D
5097: B
5098: B
5099: B
5100: E