Questões de Vestibular Sobre português
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I) No quarto parágrafo, a expressão na juventude vem isolada por vírgula por se tratar de uma circunstância de tempo deslocada. II) No quarto parágrafo, a conjunção E introduz uma ideia de proporção à oração anterior. III) No quarto parágrafo, o verbo têm está no plural porque concorda com o sujeito plural os adultos.
Está(ão) correta(s):
( ) Convém ser cauteloso, pois podem nos ocorrer os mesmos dissabores que ao próximo. ( ) As vitórias são obtidas com paciência e perseverança. ( ) Depois de confusões, desentendimentos, conflitos, as coisas se acalmam. ( ) É melhor evitar problemas do que ter que arcar com as consequências. ( ) É sempre bom recorrer a um conselheiro antes de tomar decisões difíceis. ( ) O que parecia uma desgraça pode nos trazer resultados proveitosos. ( ) É melhor pensar bem antes de tomar decisões sérias. ( ) As pessoas se revelam quando exercem o poder.
Assinale a alternativa que registra a correlação adequada, respectivamente.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
TEXTO:
Auto da Barca do Inferno
(Aproxima-se um corregedor com uma vara na mão
e diz chegando à Barca do Inferno:)
Corregedor – Hou da barca?
Diabo – Que quereis?
Corregedor – Está aqui o senhor juiz.
Diabo – Oh amador de perdiz* / quantos processos
trazeis?
Corregedor – Por trazê-los, bem vereis, / venho muito
contrafeito.
Diabo – Como anda lá o Direito?
Corregedor – Nos autos constatareis.
Diabo – Ora, pois, entrai, vejamos / o que dizem tais
Corregedor – Para onde vai o batel?
Diabo – No inferno nós ancoramos.
Corregedor – Como? À terra dos demônios / há de ir um
corregedor? [...]
Diabo – Ora, entrai nos negros fados. / Ireis ao lago dos
cães / e vereis os escrivães / como estão bem
prosperados.
Corregedor – Vão à terra dos danados / os novos
evangelistas?
Diabo – Os mestres das fraudes vistas / lá estão bem
atormentados [...]
*“amador de perdiz” – referência ao fato de os juízes aceitarem,
como agrado, a doação de coelhos e perdizes.
VICENTE, GIL. Três autos: da alma; da barca do inferno; de Mofina Mendes. Livre adaptação de Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997. p. 145 -153.
Sobre o trecho da cena transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto afirmar:
I. A cena se inicia com a chegada do corregedor, que é representante do judiciário, à Barca do Inferno, quando o Diabo lhe dirige a primeira acusação: a de corrupção, por manipular a justiça em benefício próprio, com a aceitação de suborno sob a forma de presentes ou doações.
II. Na obra, através de farta argumentação e de provas forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita o pedido de desculpas de ambos e se encaminha para a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos e intensa louvação.
III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o Diabo trocam de papéis e passam a dirigir, respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a punição mais justa.
IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam vivas.
V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas aos costumes impróprios ou pecados de figuras poderosas da época, que são julgadas e punidas com a condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que, embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda certa atualidade e pertinência com questões contemporâneas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
TEXTO:
Sobre aspectos de morfossintaxe desse período, é correto afirmar que
TEXTO:
TIBURI, Marcia e CASARA, Rubens. Ódio à inteligência: sobre o antiintelectualismo. Disponível em:
LISPECTOR, Clarice. Viagem a Petrópolis. A Legião Estrangeira. Rio de
Janeiro: Rocco, 1999. p. 63-71.
I. Viagem a Petrópolis é um dos últimos contos escritos pela autora, no qual a protagonista Mocinha, cujo nome verdadeiro é Margarida, foge de casa dos filhos onde vivia de favores e vai para a casa de parentes, onde também é rejeitada e torna a fugir, morrendo de desgosto numa estrada, por se sentir abandonada pela família. II. No primeiro parágrafo (l. 1-12), na apresentação de características físicas e psicológicas da personagem, a afetividade sugerida pelo diminutivo “sequinha” (l. 1) e pelo adjetivo “doce” (l. 1) revela empatia do narrador em relação à personagem, cuja saga é apresentada metaforicamente através das características de seu vestido, como “velho documento de sua vida.” (l. 4). III. No terceiro parágrafo (l. 14-18), na fala de Arnaldo, a entonação é agressiva e emblemática da rejeição e exclusão da personagem, uma pessoa idosa que é tratada como estorvo. Estabelece-se, aí, um contraste, entre o discurso de poder e de opressão que se volta contra Mocinha e sua atitude de submissão e silenciamento evidenciada ao longo de todo o conto. IV. A expressão “em lembrança do berço” (l. 7) é uma referencia ao fato de que, no conto, a personagem Mocinha frequentemente se refugiava nas memórias agradáveis do tempo da infância e da juventude, como forma de fugir da realidade e, já no final da vida, em seu delírio de morte, pensa poder voltar a viver naquele tempo, para superar os traumas vividos na idade adulta e na velhice. V. No último parágrafo, céu estrada e tronco de árvore são os elementos da paisagem que, finalmente, acolhem a personagem em seus últimos momentos. Sua morte se dá do mesmo modo em que viveu: anônima, resignada, sem vínculos afetivos, em condições de desamparo e solidão, embora pareça desconhecer as condições subumanas em que viveu e a forma como foi tratada.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
I. Diferentemente das outras obras de ficção de Jorge Amado, essa obra é não ficcional, pois tem um caráter essencialmente documental. Nela, histórias sobre personagens reais, recolhidas pelo autor em suas vivências na cidade de Salvador, constituem um mosaico de situações vivenciadas por meninos de rua. II. Nessa obra, o autor consegue agregar seu posicionamento crítico em relação à injustiça, bem como sua crença na possibilidade de uma revolução social, com uma visão e uma linguagem poéticas, evidentes, principalmente, nas referências e louvores ao sincretismo religioso, à cidade de Salvador, sua paisagem e sua gente sofredora. III. O personagem Pedro Bala é um negro que, quando adolescente, em Salvador, foi líder de um grupo de meninos de rua, vítimas da exclusão, da opressão e da injustiça social. O trecho transcrito expressa a convocação emocionada que ele, já adulto e sindicalista, faz a seus antigos companheiros para aderirem à revolução socialista. IV. Nesse trecho, o autor expressa os apelos de uma voz interior de Pedro Bala, como um chamamento íntimo de todos os oprimidos com quem conviveu em Salvador, que o convocam a aderir à utopia de criação de uma sociedade justa, pluralista, democrática e inclusiva, capaz de garantir a todos os necessários espaços de liberdade. V. Pedro Bala, já adulto, tem surtos de loucura, nos quais ouve vozes vinculadas a todas as suas vivências passadas, em Salvador. O trecho retrata um desses surtos em que, num delírio épico, ele retoma seus vínculos identitários e se considera capaz de liderar um processo revolucionário para resgatar a liberdade dos oprimidos socialmente e dos discriminados pela opção de fé.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
I. A cena se inicia com a chegada do corregedor, que é representante do judiciário, à Barca do Inferno, quando o Diabo lhe dirige a primeira acusação: a de corrupção, por manipular a justiça em benefício próprio, com a aceitação de suborno sob a forma de presentes ou doações. II. Na obra, através de farta argumentação e de provas forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita o pedido de desculpas de ambos e se encaminha para a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos e intensa louvação. III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o Diabo trocam de papéis e passam a dirigir, respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a punição mais justa. IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam vivas. V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas aos costumes impróprios ou pecados de figuras poderosas da época, que são julgadas e punidas com a condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que, embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda certa atualidade e pertinência com questões contemporâneas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
TEXTO:
Transcrição de diálogo do filme ELE ESTÁ DE VOLTA, entre Hitler (H) e Sawatzki (S). Sawatzki mantém Hitler sob a mira de um revólver e o ameaça, dirigindo-o para a beirada do pátio de um edifício alto.
H – Sawatzki? [vira-se para trás e vê Sawatzki que lhe aponta um revólver]. Você demorou de responder...
S – É você... Você é ele!...
H – Nunca disse o contrário. Acho que meu destino é me despedir de meus leais companheiros de trabalho.
S – Por ali [indica uma porta que dá acesso ao pátio superior de um edifício]. A história está se repetindo. Está enganando as pessoas com seus discursos.
H – Ah, Sawatzki, você não entende. Em 1933, ninguém precisou de discurso nenhum. O povo elegeu um líder que deixou claro para todos quais eram seus planos. Os alemães me elegeram...
S – [Encaminha-o, apontando o revólver, para a beirada do prédio]. Continue... Você é um monstro! H – Sou? Então é melhor culpar também aqueles que elegeram esse monstro. Eles todos eram monstros? Não, eram pessoas normais... Que escolheram eleger alguém diferente dos outros, para confiarem o destino de seu país. O que vai fazer, Sawatzki? Impedir as eleições?
S – Não, mas vou impedir você...
H– Nunca se perguntou por que as pessoas me seguem? Porque, no fundo, elas são como eu. Têm os mesmos princípios. E é por isso que você não vai atirar...
[Sawatzki atira]
ELE ESTÁ DE VOLTA. Direção de David Wnendt. Intérpretes: Oliver
Masucci, Fabian Busch, Thomas Köppl e outros. Alemanha, 2015. Baseado
no livro Er Ist Wieder Da, de Timur Vermes.
Dahmer, André. https://66.media.tumblr.com/29b78461327db2f95 1c7c08fd84a9388/tumblr_mnkcw5fMPV1qmggloo1_500.jpg Acesso em: 15 nov. 2016.
São trechos do texto que podem ser associados à narrativa da tirinha acima:
I. “Os preconceitos não são inúteis. Eles têm uma função importantíssima na economia psíquica do preconceituoso.” (l. 1-3).
II. “Vivemos tempos de descompensação emocional profunda, em uma espécie de vazio afetivo” (l. 22-23).
III. “Há um ódio que se dirige atualmente à inteligência, ao conhecimento, à ciência, ao esclarecimento, ao discernimento.” (l. 43-45).
IV. “Há, dividindo espaço com opressões próprias ao campo do saber, um estranho ódio ao saber em sua forma crítica e desconstrutiva.” (l. 53-55).
V. “O pensamento e a ousadia intelectual tornaram-se insuportáveis para muitas pessoas” (l. 59-60).
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
O “messianismo” e a “peste” são categorias corretamente explicitadas, de acordo com o texto, em
I. O messianismo faz crer que coragem, populismo e performance são os requisitos do sucesso político e qualidades para dirigir os destinos da pátria. A peste é uma categoria que transfigura os problemas brasileiros como males cuja solução depende da intercessão divina ou de líderes iluminados.
II. A peste constitui uma referência ao passado, quando os problemas do país eram decorrentes de um sistema político retrógrado ou ultrapassado. Já o messianismo abarca os líderes que foram responsáveis pela superação desses problemas, a partir da valoração da ciência, do conhecimento e da educação.
III. O messianismo supõe a necessidade, na direção política do país, de líderes heroicos, salvadores da pátria, mesmo que não disponham de preparo, cultura ou inteligência. Já a peste constitui uma concepção que atribui causa desconhecida e extensão indeterminada às dificuldades reais e mais graves do país.
IV. A peste representa o perigo atual de disseminação de um ódio irracional dirigido para o conhecimento, o saber, a inteligência. Já o messianismo constitui uma crença de que existem indivíduos predestinados para as funções públicas por sua capacidade de resolver os problemas do país a partir de suas qualidades intelectuais e morais.
V. Ambos, a peste e o messianismo são categorias vinculadas a uma lógica superada de pensamento, e estão presentes numa onda atual e crescente de conservadorismo, caracterizada pela rejeição a uma educação e um conhecimento capazes de estimular o senso crítico e a reflexão, atitudes indesejadas e combatidas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a