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Para pm-ba
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Leia o texto para responder à questão
[...] Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto psíquico, o exame de patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. [...]
– A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.
– Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.
A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa [...]; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos os loucos de Itaguaí. [...] A ideia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.
– Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.
[...] Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo, tinha cinquenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes.[...] A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. [...] Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates.
Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.p
dfoalienistaacessoem02/12/2019
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[...] Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto psíquico, o exame de patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. [...]
– A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.
– Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.
A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa [...]; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos os loucos de Itaguaí. [...] A ideia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.
– Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.
[...] Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo, tinha cinquenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes.[...] A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. [...] Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates.
Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.p
dfoalienistaacessoem02/12/2019
Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) “Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção”. O vocábulo em destaque é um pronome de referência coesiva que retoma o termo “medicina”.
( ) As palavras em destaque: “inefável dom”/ “arguida pelos cronistas”, possuem o mesmo sentido de “indescritível” e “argiva”, respectivamente.
( ) “Uma vez empossado da licença”. O vocábulo em destaque tem sua formação com o sufixo “em”, a palavra primitiva “posse”, mais o prefixo nominal “ado”.
( ) – “Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais”. A expressão em destaque é classificada sintaticamente como aposto.
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta de cima para baixo.
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[...] Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto psíquico, o exame de patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. [...]
– A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.
– Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.
A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa [...]; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos os loucos de Itaguaí. [...] A ideia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.
– Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.
[...] Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo, tinha cinquenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes.[...] A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. [...] Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates.
Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.p
dfoalienistaacessoem02/12/2019
I. Meu amigo Lucas, goleiro do time, é louco por cerveja. II. Hoje vejo ásperas nuvens bramando antes da eclosão. III. O país do futebol sofreu a derrota de ter perdido em casa. IV. Aos noventa anos, dona Eulália descansou da longa vida.
Leia o texto abaixo para responder às questões.
As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil [...]. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil [...]
— A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo. Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência [...]. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. [...] Ela reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade [...]; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, — únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
Ela mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. [...] e à sua resistência (de D. Evarista), — explicável, mas inqualificável, — devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.[...]
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.pdfoalie
nistaacessoem02/12/2019(adaptado)
Leia o texto abaixo para responder às questões.
As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil [...]. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil [...]
— A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo. Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência [...]. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. [...] Ela reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade [...]; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, — únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
Ela mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. [...] e à sua resistência (de D. Evarista), — explicável, mas inqualificável, — devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.[...]
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.pdfoalie
nistaacessoem02/12/2019(adaptado)
Analise as afirmativas abaixo.
I. Sobre a linguagem, é correto afirmar que, na maior parte do texto, Machado faz uso da variedade técnica profissional visto que apresenta vocábulos que são específicos da área médica.
II. Infere-se que a ideia principal do excerto discorre sobre o casamento de Simão Bacamarte com a jovem celibatária D. Evarista.
III. [...] “é o meu emprego único”. O enunciado anterior é parte da fala do narrador com foco narrativo em primeira pessoa do singular.
IV. [...] “e à sua resistência”. As palavras em destaque são respectivamente classificadas como conjunção, fusão de preposição com artigo definido e pronome possessivo.
Assinale a alternativa correta.
Paciente do sexo masculino, 78 anos de idade em consulta de rotina com o seu cardiologista. Paciente relata dispneia aos esforços habituais iniciada há 6 meses e já teve 2 episódios de síncope relacionado aos esforços no último ano. Apresenta como diagnósticos de base dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica de longa data e tabagismo importante. Ao exame físico está com bom estado geral, corado, hidratado, eupneico em ar ambiente. Pressão arterial de 150/80 mmHg, frequência cardíaca de 72 batimentos por minuto, frequência respiratória de 16 incursões respiratórias por minuto e saturação de oxigênio de 98 % em ar ambiente. Possui bulhas cardíacas (B1 e B2) hipofonéticas, sopro sistólico ejetivo com pico telessistólico +3/+6 com irradiação para fúrcula e região cervical. Demais dados do exame físico sem alterações. Paciente faz uso regular de hidroclorotiazida 25 mg, via oral, uma vez ao dia e atorvastatina 20 mg, via oral, uma vez ao dia. Traz exames de sangue de rotina solicitados na última consulta, que não apresentaram alterações. Os exames solicitados foram: hemograma completo, uréia, creatinina, sódio, potássio, ácido úrico. Também foi realizado eletrocardiograma, demonstrado a seguir:
Em relação ao caso descrito e considerando a última atualização da Diretriz Brasileira de Valvopatias Anatomicamente Importantes, assinale a alternativa incorreta.
I. A hipótese mais provável é de uma miocardiopatia de origem genética, cuja transmissão é de forma autossômica dominante. II. Durante a investigação, deve-se realizar eletrocardiografia cujo achado sugestivo seria de hipertrofia ventricular. Deve-se também realizar ecocardiograma e Holter. III. Caso se confirme a principal hipótese diagnóstica, a ressonância magnética pode ser útil para quantificar área de fibrose, espessura de paredes e gradiente de via de saída do ventrículo esquerdo. IV. Beta-Bloqueador deve ser iniciado para todos os pacientes com benefício prognóstico. Cardiodesfibrilador implantável deve ser considerado, caso a principal hipótese seja confirmada.
Assinale a alternativa correta.
Paciente, homem, 66 anos, comparece a consulta ambulatorial assintomático. Refere ser tabagista pesado. Refere que há 3 meses teve quadro de dor torácica importante, referida como pior dor da vida com irradiação para as costas. Foi ao Pronto Socorro, sendo realizado Eletrocardiograma e marcadores de necrose miocárdica que estavam normais e então recebeu alta. No exame físico, paciente não apresenta alterações. Pela suspeita diagnóstica de etiologia da dor torácica que aconteceu há 3 meses, foi solicitado o exame abaixo e o paciente traz no retorno em 1 mês, mantendo-se assintomático:
Analise as afirmativas abaixo:
I. O paciente provavelmente apresentou dissecção aguda de aorta na sua ida ao Pronto Socorro há 3 meses. Pelo achado da imagem, pode-se concluir que se trata de Dissecção de Aorta Stanford A.
II. Nos casos de dissecção crônica (caso do paciente), deve-se avaliar outros parâmetros para indicação cirúrgica, como tamanho de aneurisma de aorta, se dor refratária, Insuficiência aórtica associada.
III. Caso na ida ao Pronto Socorro tivesse sido realizada a tomografia e identificado o diagnóstico, o paciente tinha indicação cirúrgica de urgência/emergência.
IV. Deve-se prescrever medicações para manter o controle do duplo produto, ou seja, manter Pressão arterial bem controlada e frequência cardíaca próximo a 60 batimentos por minuto.
Assinale a alternativa correta
Analise o caso clínico para a questão.
Paciente do sexo feminino, 65 anos, com
antecedente de hipertensão arterial, tabagismo,
diabética e com histórico familiar de doença arterial
coronariana. Vem em consulta ambulatorial com
histórico de angina de início há 6 meses, atualmente
aos moderados esforços, CCS II (Canadian
Cardiovascular Society), sem dispneia ou demais
queixas. Em uso ambulatorial de aspirina 100mg ao dia,
atorvastatina 40mg ao dia, metformina 850mg 3x ao
dia, enalapril 20mg 2x ao dia e anlodipino 10mg ao dia.
Exames laboratoriais revelam: LDL colesterol de 88
mg/dl, HDL colesterol de 51 mg/dl, triglicérides de 177
mg/dl, glicemia de jejum de 140 mg/dl e hemoglobina
glicada de 7,4%. Ao exame físico, Pressão arterial de
150/70 mmHg, frequência cardíaca de 79 batimentos
por minuto. Demais sem alterações.
Analise as afirmativas abaixo: I. Paciente apresenta lesão grave em artéria coronária direita e a revascularização percutânea dessa lesão pode ser realizada visando melhora de sintomas. II. Paciente apresenta lesão em artéria coronária descendente anterior. O uso de métodos fisiológicos, como reserva de fluxo coronário (FFR) pode ser indicado para melhor avaliação e caso FFR menor que 0,8 a revascularização está indicado. III. Em situações de lesões triarteriais, com acometimento de coronária descendente anterior (DA) em porção proximal, há indicação de revascularização. Deve-se calcular o Synthax escore e caso ele for maior que 32, há indicação de revascularização percutânea (via hemodinâmica) e caso menor que 32, há indicação de revascularização cirúrgica. IV. Independente do tipo de revascularização a ser indicada (percutânea ou cirúrgica), o paciente deve receber dupla antiagregação plaquetária por 1 ano, com indicação Classe IA de diretrizes.
Assinale a alternativa correta.